Caminho a seguir escrita por Franflan
Notas iniciais do capítulo
E ai meus amores, voltei com mais um capitulo para vocês, espero que gostem, pois eu gostei de escreve-lo ^^
Boa leitura
Salácia sentia-se protegida, aquecida e totalmente confortável, ela até queria abrir os olhos, mas sentia-se tão cansada, fazia tanto tempo que já não dormia tão bem assim, um gemido insatisfeito saiu de seus lábios, uma hora ou outra ela teria que abrir os olhos e encarar a realidade. Ela pode sentir uma mão acariciar sua cintura, a sensação do áspero com sua pele lisa causou-lhe arrepios, mas também lhe assustou, forçando-a a abrir os olhos e encarar um par de olhos verdes que brilhavam intensamente.
O vermelho tingiu o rosto pálido da garota que se levantara de um pulo e se pôs a vestir sua roupa, que agora já estava seca. Sem nem um pingo de vergonha o moreno se levantou e lentamente se vestiu. Enquanto ele se vestia Salácia não pode evitar ficar a observar seu corpo, a musculatura, a tonalidade, as cicatrizes, tudo o tornava tão sedutor, não podia tirar a razão das mulheres de se entregarem tão facilmente a ele, alguma vezes era tão difícil evitar se entregar a seus hormônios, aos seus sentimentos, mas enquanto sua mente lhe dizer que era perigoso ela evitaria. Despregando seus olhos do corpo do homem ela se pôs a observar o lado de fora da gruta, quando Kallel finalmente terminara de se vestir Nathan entrara na gruta desesperado, mas quando seus olhos caírem nos dois o alivio lhe invadiu.
– Então fora aqui que vocês dois se enfiaram!
– O que aconteceu?
– Nada, mas todos os homens estavam preocupados por vocês terem sumido!
– Preocupados?
– Sim, estavam pensando que a Salácia lhe matou, escondeu o corpo e fugiu!
– Serio?
Salácia se mantinha afastada da conversa, o cansaço parecia maior agora.
– Sim!
– Pensei que eles iriam insinuar que nós dois estávamos fazendo outro tipo de coisa ao invés de nos matar!
A imagem deles semi nus, deitados juntos, o calor do corpo, fez o rosto da ruiva ferver ao imaginar a cena evoluir para outra coisa, fazendo com que ela rosnasse para seus próprios hormônios e se fazer presente.
– Pronto você já viu que eu não matei o Kallel e nem que ele encostara a mão em mim, tudo certo, agora podemos voltar para o navio?
Kallel sorriu ao ver que o que dissera surtira efeito na ruiva e Nathan não entendia o porquê de tanto mal humor naquela hora do dia.
Eles caminharam para o navio lentamente, o silencio fora uma regra imposta silenciosamente pela ruiva, ninguém se atrevia dizer nada devido sua aura furiosa, sabiam que qualquer coisinha faria com que a ruiva explodisse.
O navio estava frenético, homens entravam e saiam com sacolas, caixas e barris, mas todos pararam o que faziam quando viram os três voltando em segurança, o alivio estava na cara de cada um dos piratas.
Salácia revirou os olhos, pegou o primeiro recruta que viu pela frente e o puxou para o convés, precisava de uma luta, para isso nada melhor do que pegar um recruta.
Enquanto a luta ocorria no convés, Kallel estava conversando com Gregory para se atualizar da situação do navio e como fora o dia sem ele por perto. O homem sorria e lhe atualizava sobre tudo.
Nathan ajudava o resto da tripulação no que podia, alguns até agradeciam, mas alguns ainda não gostavam de ter o loiro a bordo.
O pobre recruta já estava esgotado, por isso a ruiva mudara seu alvo, pegara um tripulante mais experiente e começou a lutar com ele. Salácia tentava focar sua mente em seu corpo, em seus movimentos, mas ela sempre acabava voltando para cenas dela com Kallel, cansada ela gritou frustrada e jogou seu oponente do outro lado do navio. Seu corpo pingava suor, seus músculos estavam exausto, mas sua mente trabalhava a mil por hora. Cansada ela guardou a espada e foi sentar-se a beira da poupa. Finalmente sua mente se distanciou da cena que ela queria esquecer. Ela regrediu a quando era uma criança e sua mãe sentava-se perto dela na beira do penhasco e cantava, sem se dar conta o refrão da musica surgiu em seus lábios e pela primeira vez toda a tripulação pode entender o que ela cantava.
– “O mar levou pra longe o mal; E o tempo mostrou quem é quem; E o mar levou pra longe todo o mal; E a sorte diz amém; Pra quem não deve nada a ninguém!”
A musica preenchia o vazio dentro da garota e algo dentro de si se moveu, se desprendendo de correntes e achando o caminho para a superfície.
Os homens se impressionaram por a princesa saber cantar musicas do mar, musicas cantadas por piratas e pescadores, canções que aos poucos iam se perdendo.
Infelizmente a ruiva só conseguia se lembrar daquele refrão, mas aquelas cinco frases foram o suficiente para acalmar sua mente e coração, o suficiente para lhe libertar e finalmente poder se entregar a sua mente calma e pensar sem julgamentos.
O que se passava em sua mente era um mistério para o resto da tripulação, todos estavam curiosos, mas ninguém se atrevia a perguntar qualquer coisa a ruiva.
O dia já ia acabando, o céu estava a ser coberto pela escuridão da noite, mas o brilho das estrelas impedia a total falta e luz, a maior parte da tripulação fora para dentro do casco na área da cozinha, a janta seria servida, assim como a bebida, Salácia evitou se misturar a multidão por isso ficara no deque. O cansaço a dominava, mas ela não queria dormir, a ruiva estava em um estado de total contradição, seu corpo estava a lhe dizer algo, e sua mente lhe aconselhava ao contrario.
Sem fome a ruiva desceu para sua rede, porem não a encontrou lá, nada seu estava mais lá, aproveitando que um recruta estava a passar elo corredor ela o puxou pela orelha.
– Você sabe onde estão minhas coisas?
O menino ficara pálido, pois parecia que a ruiva iria corta-lo em pedacinhos dependendo de sua resposta.
– Ele mandou levar suas coisas para a cabine dele!
A ruiva o soltou e saiu do lugar bufando ruidosamente, enquanto resmungava. Ela estava em busca do capitão, mas parecia que o homem desaparecera, não estava em sua cabine, não estava no deque, só lhe restou buscar dentro do navio, no conglomerado de homens bêbados, e não foi de se surpreender de telo achado ali, em meio aos bêbados, sendo ele mais um. Sem demora a ruiva o puxou pelo colarinho para fora da multidão que observava a cena em meio a risos e gritaria. Ela o arrastou até o deque e o empurrou.
– O que você pensa que esta fazendo ao levar minhas coisas para a sua cabine?
– Você vai dormir comigo a partir de hoje!
– Não, eu não vou!
– Sim você vai e este assunto não está aberto à discussão!
– Você não pode fazer isso comigo!
Kallel abriu o sorriso mais cafajeste que podia e se aproximou perigosamente da ruiva.
– Não só posso como fiz, está é a minha vingança pelo o que você fez comigo!
A ruiva arregalou os olhos.
– E o que eu fiz para merecer isso?
– Tentou um homem com o que ele mais deseja e ainda assim não o permitiu tomar isso para si!
– E agora você mesmo vai se atormentar tendo a minha presença na sua cabine?
– Vai ser uma doce tortura, tanto pra mim quanto pra você!
– Pra mim? Onde isso vai ser uma doce tortura para mim?
Kallel passou sua mão na cintura da garota e a puxou com vontade para si, colando seus corpos. Salácia sentiu seu coração disparar e a respiração falhar, realmente não entendia o que acontecia com seu corpo e continuava a culpar seus hormônios por isso.
– Você acha que eu não vi você devorando meu corpo com seus lindos olhos?
– Não sei do que esta falando Kallel!
Seu folego estava curto e aquele homem nem havia feito nada direito, as mãos dele repousavam tranquilamente em seu quadril, suas mãos estavam em seus braços, mas todo o seu corpo tremia em vontade de se aproximar mais, como se fosse possível. Os olhos do moreno brilhavam em diversão enquanto observava os olhos da ruiva brilharem em desejo e em confusão, ela não estava pronta e ele sabia, mas também não se importava.
– Sim você sabe do que eu estou falando, senti você me observando enquanto me vestia, Salácia, não adianta mentir, seu corpo sempre vai lhe trair!
A ruiva não teve tempo de falar mais nada, o moreno destruirá qualquer distancia que ela ainda impunha, ele selara seus lábios em um beijo repleto de desejo, seus corpos se encaixavam com perfeição, a mente da garota se perdera e algo dentro de si começou a queimar feito fogo, ele ascendeu algo dentro de si que ela já não poderia mais conter.
Kallel pode sentir a ruiva desistir de resistir e se entregar a ele, ela começou a lhe retribuir o beijo de forma sedenta, faminta.
Os dois estavam perdidos um no outro, compenetrados demais nos toques, no beijo, que não notaram uma onda um pouco mais alta que o navio se quebrar e os molhou completamente, apagando o fogo que os dominava.
Salácia não sabia onde enfiar a cara enquanto que Kallel apenas sairá dali como se nada houvesse acontecido, indo novamente para junto dos seus. A ruiva pingava agua quando entrara na cabine do moreno, rapidamente pegara uma roupa limpa, se lavara com um pouco de agua limpa e deitara-se na cama do moreno.
Aquela não havia sido a primeira vez que se sentira assim, desde o dia na casa onde vivera com sua mãe em que o moreno a beijara pela primeira vez algo dentro de si se ascendera e a cada vez em que se tocam isso se ascende mais e em algum momento ela sabia que iria perder o controle, e agora dormindo no mesmo quarto, dividindo a mesma cama ela já não sabia o quanto ainda poderia segurar-se em sua sanidade e não ser traída por seu corpo. Sua mente ficou divagando até que pegara no sono.
Kallel se juntara, apesar de ensopado, a sua tripulação, seu sorriso era enorme, a satisfação de saber que logo aquela ruiva seria sua o preenchia, ele assumia que a queria, mas ainda não era diferente de como queria qualquer outra mulher bonita, não havia um real sentimento envolvido, somente a luxuria, pelo menos era o que sua mente lhe dizia enquanto tampava a boca de seu coração, ele apenas enganava a si mesmo, mas diferente dele o resto da tripulação podia ver a adoração que o capitão tinha por aquela ruiva, se ele a tivesse, todos sabiam que qualquer mulher não teria mais vez com ele, aquela ruiva se tornaria a única mulher aos olhos do moreno.
Nathan também já havia percebido isso e também havia isto que a ruiva já não era tão indiferente ao moreno, algo nela se atraia por Kallel, mas isso não o impedia de sentir raiva, ele nunca gostara de Kallel, ele não o queria perto de sua princesa, ela merecia algo muito melhor do que aquele capitão, seu ciúmes uma hora o dominaria e neste dia ele se arrependeria profundamente de seus atos
Na manha seguinte a ruiva acordara cedo para não fazer nada, simplesmente ficou a observar o mar enquanto o navio cortava as ondas, seus olhos acompanhavam as ondas e sua mente divagava enquanto sentia-se ser observada, mas não se importava. Ate que uma mão pousou em seu ombro e ela encarou um par de olhos verdes.
– O que quer capitão?
– precisamos de ajuda na cozinha!
– Não sei cozinhar!
– Apenas faça o que Anthon mandar!
Salácia suspirou e foi para a cozinha, onde estaria longe da distração do oceano e longe dos olhos de seu capitão.
– Anthon nunca precisa de ajuda, capitão!
– Hoje ele precisa!
– Kallel!
– O que foi Gregory?
– Porque esta mantendo a garota longe dos olhos dos outros?
– Não é da sua conta!
O moreno simplesmente voltou a dar ordens para os tripulantes e olhar o mapa em sua mesa, mas nada parecia deixa-lo realmente concentrado, parecia que o perfume da ruiva ainda estava ali, impregnando o ambiente, tirando sua concentração e o fazendo pensar no quanto gostaria de ouvir seu nome sair pelos lábios dela em forma de gemidos. Com seus pensamentos nada puros o moreno rosnou, seu corpo esquentara e aquele não era momento para se excitar.
– Maldição!
Nenhum dos dois conseguia tirar da cabeça o que poderia ter acontecido se aquela onda não tivesse os acertado, ambos pensavam em como a noite teria terminado e seus corpos respondiam com de uma forma que a mente tinha que impedir ou seriam levados a um momento de loucura.
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