3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 18
Capitulo 17 - Enjoo e tonturas




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Após tirar o bolo delicioso do forno, Alice chamou Candice para vir fazer o seu lanchinho já que haviam dedicado tanto do seu esforço naquela receita. A pequena veio até à cozinha em tantos saltinhos feliz e já deixava de lado a sua bonequinha.


– Cheira mesmo bem! - afirmou ela ao subir no banco mais alto e num pequeno esforço quase se colocar em pé nele. - Vou querer uma fatia gorda. - apontou o dedo para as fatias que a tia cortava cuidadosamente.


– O bolo vai ter que ser dividido em partes iguais para que todos possam disfrutar do mesmo. - argumentou a morena já terminando de fazer as suas fatias e retirar uma enrolada no guardanapo. - Vá prometo que vais poder repetir, mas atenção só apenas mais uma vez se não depois não vais conseguir ter espaço para o jantar e na verdade hoje até estava a pensar em fazer aquela lasanha que a tua mãe disse que tu tanto gostas.


Candice pegou ansiosa a fatia, mas escutando a tia afirmar tal coisa começou logo com "hum, hum" e mesmo de boca cheia fazia suas caretas bem engraçadas de fazer qualquer pessoa rir, mesmo que estivesse em baixa com o seu humor.


– Lasanha, eu adoro e vou comer tudo. - respondeu rapidamente ao dar uma nova mordida ao qual Alice levou as mãos na cintura com aquela postura repreendedora.


– Não se come de boca cheia, Candice! - e caiu na gargalhada porque não conseguia ser séria com uma menina tão fofinha como aquela.


As horas no relógio da parede iam realmente passando, era como se o tempo tivesse ganho vida e andasse por suas próprias pernas, o que no jeito literal de pensar não fazia qualquer sentido.


Com brincadeira aqui e ali o bolo já estava na metade e se não fossem mais cautelosas, Rafael acabaria sem um único pedaço, ou sequer migalha. Mas pensando bem Alice ainda conseguiu duas fatias para o noivo e as guardou dentro daquela caixinha de guarda-bolos.


Candice feliz por ter comido grande parte do bolo saltou para o chão e correu de imediato até ao sofá pegando sua boneca e comçear a brincar ao seu jeito de menina que gosta de brincadeiras bem tradicionais. Por ai Cynthia havia tido uma bela sorte, até porque muitas crianças da idade da pequena Candice já não brincavam como antes, hoje em dia tudo ia para ia em formato digital, vindo assim os bonecos em 3D dentro daqueles tão pequenos jogos portáteis, e já para não falar que até os filmes podiam ser visto atraves de um pequeno tablet.


Mas no caso da pequena a saudade da infância perdida com as gerações foi sendo mantida ao longo do tempo, e até algumas das bonecas antigas do sótão haviam sido reveladas ainda preciosidades. Não era à toa que aquela boneca que a menina justo no momento brincava tinha pelo menos quase uns 15 anos, afinal havia sido o brinquedo favorito de Alice e quando esta havia visto sua "antiga amiga" como gostava de dizer, ficou emocionada. Tem vezes que as coisas não ficam perdidas no tempo, só deixam de aparecer.


***


Havia sido duro ter aquele impace com o irmão que tanto amava e dizia que jamais em tempo algum viraria as costas, mas infelizmente até as maiores promessas eram quebradas, e aquela no caso havia sido a pior. Caroline sentia-se mal e por muitas razões, primeiro porque não havia sentido bem ao ter ignorado Bella que era sua prima tão querida e que sempre era uma ótima conselheira, mas o orgulho estava ferido e tentar levar a sério os factos ali divulgados, era se ferir a si mesma.


Damon não era o homem que ambos descreviam, nem de perto teria tal caracter, afinal neste momento estava a comportar-se tão bem no casamento que parecia uma nova chance a si mesmos, até já se colocava a hipotese de aumentar a família, de dois passar a três. Não, aquele não era o Damon que estavam afirmando ser infiel.


Pensando daquele modo Caroline pousa as suas malas dentro da bagageira e ao dar um passo em direção da porta do condutor sente uma leve tontura ao qual se agarra de imediato a manzota da porta do carro e um rapaz bem simpático por ali em sua corrida diária observa a loira. Simpático como era aproximou.


– A senhora está bem? - pergunta este ao pousar os olhos no rosto dela. - Quer ajuda?


Caroline ainda não havia percebido bem o que estava ali a passar, porque ela estava tão bem em um hora e do nada já estava a sentir o mundo lhe fugir dos pés.


– Senhora! - voltou a insistir ao balançar levemente o ombro da loira.


Mas aquela sensação estava mesmo a ofuscar até a audição dela, os seus sentidos pareciam a desaparecer e quando deu por si estava apagar. O rapaz é que a sustentou nos braços e mesmo tendo visto que a mulher havia desmaiado baixou para que a sua sustentabilidade fosse mais fácil e quando estava no chão, aproveitou para tirar o aparelho do bolso e pedir ajuda de uma emergência médica.


– Preciso urgentemente de uma ambulância, uma mulher acabou agora mesmo de desmaiar nos meus braços. - pedia ele olhando para os lados tentando perceber se alguma daquelas pessoas podia ou não ser familiar.


Vinte minutos depois a assistência acabou por chegar e com alguns esforços acabaram por conseguir ajuda-la o que no fim deu a impressão de que havia dado trabalho a um desconhecido e que precisava mesmo de agradecer por isso.


Ao sair para fora da ambulância visto que o estado dela não era relevante ao ter de ser assistida num hospital, Caroline aproximou do rapaz com um sorriso simpático.


– Nem sei como agradece-lo, você foi incansável. - afirmou ela ajeitando desse modo uma mexa loira atrás da orelha.


– Fiz apenas o que qualquer pessoa faria em meu lugar. - respondeu ele em tom cordial e também com um sorriso sincero. - Espero que esteja mesmo bem e que caso volte a sentir alguma coisa fora do normal vá ao hospital... ou caso eu esteja por perto, eu mesmo a levarei.


A loira não conseguiu não rir em satisfação face aquelas afirmações do rapaz, ele estava a ser tão gentil com ela sem a mesmo conhecer, o que na medida do possivel gerava sempre a oportunidade para que isso desse para acontecer em outras ocasiões com a velha desculpa do "que tal um café?".


– Espero que não seja necessário ou vou me sentir uma inconveniente. - retorquiu dando uns breves passos ao carro.


– Inconveniente é ter a minha prima a ligar em hora inapropriadas como agora. - e mostra o visor do aparelho a piscar chamada de Nettie. - Bom, tenho mesmo de atender, mas de qualquer modo já sabe. - disse ele ao afastar um pouco e levar o aparelho ao ouvido.


Mordida pela curiosidade Caroline ainda atreveu abrir a boca, mas assim que escutou a voz dele ao falar na ligação logo a fechou e recolheu-se para dentro do carro.


Ao sair dali começou a pensar no que podia ter tido grande efeito com o fato daquele mau estar, e em todas as vezes que possibilitava o pensamento a ser coerente, ela começava a achar que uma certa e determinada gravidez podia bem ser a causa, mas agora Caroline temia não pela reação do próprio marido, mas por não saber se era a certa para engravidar já que por inicio de uma recuperação no casamento havia começado. Bem, a verdade é que filhos nunca são um mal em relações, embora gerem algumas complicações e na verdade eles não tinham as condições necessárias para criar um filho vivendo num hotel.


Em outro momento talvez nem pensasse duas vezes e pulasse de alegria porque finalmente ia ser mãe, no entanto mesmo que tal não fosse motivo para ficar triste, também não tinha com quem partilhar, a não ser claro Bella, mas ambas haviam tido um pequeno desentedimento e tirando isso, Caroline não encontrava ninguém mentalmente que pudesse partilhar tal coisa, a não ser com as suas colegas do créche.


Tão absorta nos pensamentos nem havia percebido que estava prestes a chegar no hotel onde em tão pouco tempo havia se ficado e no ponto crucial era a nova morada até novas decisões. Um moço gentil ainda ajudou ao abrir a porta e se oferecer para arrumar o carro, a loira nem fez qualquer tipo de caso e quando pode apenas dirigiu-se aos elevadores.


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