3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 16
Capitulo 15 - Brigadeiro de chocolate




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Às compras no shopping Alice procurava por entre as parteleiras alguns dos ingredientes certos para confessionar um bolo delicioso e por outro lado, era um jeito simpático dela poder compensar a menina depois de encontrar algumas das figuras meio desagradáveis do tio.


– Sabes hoje estava a pensar em fazer um bolo, mas não um qualquer como esses que a avó faz, uma coisa de profissional. - gracejou Alice ao pegar mais um produto e pousar no carrinho de compras.


– Igual aqueles que passam na tv e que a avó fica presa tentando fazer igual? - pergunta Candice subindo as maozinhas para pegar um saquinho de biscoitos. - É que eu já vi, mas ela nunca acerta, só diz que eles são muito rápidos e que não sabem ser fáceis.


A morena riu ajudando a menina e continuaram a percorrer o corredor. Após as compras estarem feitas, dirigiram-se para a caixa realizando o pagamento e só então é que foram com o carrinho até ao pequeno café do lado do super para comer algo, pois a menina queria um doce.


Depois desafazer essa golusice, foram para casa prontas para realizar o momento culinária do dia e transformar a cozinha em um palco de guerra de farinha, ovos e chocolate.


A verdade é que Alice quando chegou em casa, esperava ver Rafael, e isso realmente acabou por não acontecer, pois ele havia saido, e nem avisado tinha. Ela acabou não fazendo caso quanto a isso, e provavelmente teria saido para trabalhar, e tinha esquecido de avisar como em tantas vezes já havia acontecido.


Postos esses pensamentos de lado, ela focou nas suas sacolas e na menina que atenciosamente ajudava a desavazialas e corria para pegar o avental e a toca para os cabelos não fugirem para a frente, no qual fez a tia rir e dizer em alto e bom som "minha mini chefe de cozinha".


Estava tudo pronto para começar, se não fosse o telefone em cima da mesinha da sala começar a tocar. A morena não esperava ser interrompida naquela hora, contudo, sabia que se não atendesse a ligação, a pessoa do outro lado da linha não ia parar de insistir. Então num "desculpa princesa" afastou para atender antes de deixar cair a ligação em caixa.


Do outro lado estava Rosalie em um pleno stress, porque não conseguia dar conta do recado sozinha ali no ateliê. Alice havia estado lá mais cedo, mas por azar não havia cruzado com a loira que a tanto tempo precisava falar com ela, e quanto mais tentava, menos conseguia. É certo que sabia que amiga estava de ferias e que a ordem de descanso não permitia pensar em trabalho, mas aquele caso, era o empreendimento mais vantajoso do ano, e ela não queria de forma alguma perder essa oportunidade para a concorrência. Pois haviam imensos ateliês de arquitetura na cidade, que tinham altos trabalhos na sua qualidade imediata. E perder um cliente que podia proporcionar um grande impulso na carreira delas, seria deitar fora anos de esforço.


Ao ser recuperada aquela ligação, Rose suspirou de alivio e quase deu uma reza de "Avé Maria".


– Alice, que bom que atendes-te! É que está dificil entrar em contacto contigo, parece bem mais fácil entrar no contacto da gente do além. - e a morena revirou os olhos ao comentário torto da amiga.


– Algum problema? - perguntou ainda assim, esperando um bem grande e embaraçoso para resolver.


– E não é tão pequeno quanto parece. - Alice acabou sentando em cima da cama após encostar a porta para continuar a ouvir o relato da colega e amiga. - Um cliente novo apareceu no ateliê esses dias, e bom, sabes como os clientes de agora são exigentes quanto à qualidade de serviço e demora de planificações. - Rosalie quase que nem conseguia respirar para dar a conhecer a ideia toda para que Alice percebesse a dimensão da sequência que podia ser ou não um problema. - Então, a pessoa em questão quer um disgn arrojado, moderno e de primeira qualidade... pelo que fiquei sabendo é para fazer uma especie de casa de eventos.


– Uma casa de eventos. - repetiu esta ao perceber.


– São milhões que podem chover na nossa conta se conseguirmos realizar um trabalho bem conclusivo para arquitetar esse lugar.


– Você quer que eu faça a planificação das ideias do senhor, é isso? - perguntou.


– Basicamente, até porque tudo o que envolve a parte decorativa consigo encontrar a solução, já o resto sabes que é mais a tua área. - a loira ficou a espera de uma resposta positiva, ou teria mesmo de recusar o trabalho para o cliente.


– Avisa o cliente que segunda feira estarei ai, e não importa se estou de férias, é um trabalho importante e quero resolver isso logo. - Rose soltou um suspiro de alivio ao escutar carta positiva. - Até, Rosalie tenho mesmo de desligar.


Após um problema resolvido, Alice retomou a sua atividade vestindo o avental e ir ao encontro de Candice que já pegava nas formas de bolos para mostrar à tia qual escolher.


– Desculpa o atraso mini chefe!


***


Edward havia conseguido convencer Rafael a ir à empresa para resolver o dito cujo e ao chegar lá suspirou de alivio por ver que Maria tinha tirado o dia para ficar com os filhos.


– Que alivio não ter ninguém para me chatear hoje, a não ser tu. - brincou o rapaz ao entrar no próprio escritório, e o outro o seguiu puxando a cadeira sentando com pouse formal.


– Como ontem foi uma noite de comemoração, tenho a dizer que hoje temos outros trabalhos importantes a resolver e como tu és o "Rei" preciso da tua ajuda. - disse ele cruzando uma perna ao afastar a cadeira para se sentir à vontade.


– Um novo cliente?


– Não! Vários novos clientes na verdade... - o rapaz ergueu uma sobrancelha bem surpreso, já que não imaginava ter sucesso tão grande à conta de um pequeno esforço.


Animados ali a discutir o futuro dos avanços da empresa dentro daquela sala e à espera do bem dito café de Ellen. A secretária já fazia conversa fiada com um entregador de correspondência do dia, sendo que todos os dias isso acontecia, mas nesse em particular, estava encantada.


Heidi que era a secretária adjunta de Maria, passava naquele corredor ali e quando percebeu que alguém não fazia a competência de seu trabalho, não demorou para chamar atenção.


– Secretária Ellen! - chamou altruista o que fez a pobre moça dar um pulo e se virar as suas atenções à mulher. - És paga para fazer o trabalho de agendar os programas do doutor Rafael Holdford, e não para ficar de conversinha de café com um entregador. - encostou a pracheta mais a si.


– Desculpe, mas esse educado moço só estava a pedir um esclarecimento, não é mesmo? - tentou argumentar pedindo uma ajudinha ao rapaz que balançava a cabeça em concordância.


A morena dos olhos verdes claros não parecia muito convencida desse pequeno e deslavado discurso, que logo avançou até ao seu posto para organizar a agenda da doutora Garcia.


Como ela tinha saido da vista deles, a mulher dos cabelos cor de violino pode suspirar de alivio e pensar "só estragas, mulher" e sorriu ao rapaz que já despedia continuando a sua ronda. Sendo assim, ela ia de fato pegar os cafés, antes que esquece-se ou o patrão a voltasse a chama-la.


Entretidos vendo mais uns documentos relacionados com a contabilidade, deram dois toques na porta ao qual Rafael respondeu com um "entre" e lá Ellen entrou com a bandeja e um pedido de desculpas educado como sempre. Mas para melhorar isso sempre trazia um mimo para os patrões tendo aquela velha ideia na cabeça de "passa a mão na cabeça do patrão e vê se ele te desculpa".


– Obrigada, Ellen! - agradeceu Edward pegando a xicara.


– Vão precisar de mais alguma coisa? - pergunta ela antes de sair, mas uma mão levantada do moreno faz ela recolher-se.


Ela resmunga qualquer coisa como "está mal disposto" ao sair e regressar para o seu posto quando uma senhora estranha entra pedindo uma informação. A sua postura era bem elegante e bom, Ellen desde que lembrava de trabalhar ali nunca a havia visto antes, tendo aquela ideia "nunca te vi mais gorda ou mais magra na minha vida".


– Boa tarde, posso ajudar? - pergunta ela fazendo seu papel de sempre, já que essa era a sua profissão.


A mulher de cabelos semi loiros tira os óculos escuros mostrando um olhar sedutor e altamente belo. Os seus olhos eram verdes, uns autenticos oceanos. Sua postura era fina e delicada, parecia uma barbie. Os seus lábios muito bem desenhados com um tom vermelho sobressaindo.


– Gostaria de falar com Maria Garcia! - diz ela ao pousar os óculos acima da nuca.


– Bom, sobre a doutora Garcia tenho a dizer que está de folga hoje, mas se quer entrar com contacto com ela, terá de falar com a secretária adjunta. - indicou ela apontando com o dedo para a porta da sala envidraçada. - É a secretária Heidi.


– Obrigada, então!


A mulher acaba afastando com alguns passos elegantes do qual Ellen fica acompanhando com o olhar imaginando-se numa figura assim e com uma série de perguntas para fazer, mas de Heidi não ia conseguir nada, já que esta era profissional até mais não.


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