De Menina À Mulher - Interativa escrita por Happy


Capítulo 7
Você está mesmo grávida, Julie?


Notas iniciais do capítulo

Oláááá, sorveteeeeees! Me desculpem mil e uma vezes pela demora! Eu viajei para a roça do meu avô e fiquei inspirada para escrever sobre fazendas, então me perdoem por personagens da escola não aparecerem :/ Mas no próximo vem as tretas malignas da escola muahhahaha *risada maligna* kkkk
Bom, boa leitura! ♥

Obs: não deu tempo de eu revisar, me desculpem pelos erros :(



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POV. Julieta

Acordo sentindo cotoveladas nas minhas costas e uma voz feminina familiar me chamando. Abro os olhos lentamente e vejo grandes árvores e arbustos dos lados da estrada de terra. Há algumas vacas e cavalos deitados ou comendo capim. Olho para os lados no carro e vejo Ashley e Augustus (irmão de Ash) no banco de trás junto comigo e os avós de Ash no banco da frente, já que Tia Aline (mãe dela) não quis ir, pois ia trabalhar na empresa. Agora lembro que estou indo pra fazenda da família de Ashley.

Nós pensamos em chamar Alyna, já que é uma amigona nossa, mas ela tinha um show no fim de semana para ir. Pensamos em Emily, mas ela disse que preferia passar o fim de semana em casa. O Rick foi o que acordou nossa mente: quem iria dirigir o carro onde nossos amigos iriam? Sophia, uma amiga minha da aula de italiano que acabou se tornando amiga de todos, decidiu ficar em casa pois iria visitar algumas pessoas. E o Leo... ele é muito festeiro... e só de falar em ir para um lugar grande, ele já começou a planejar festas. Por fim, os avós dela acharam melhor irmos só nós, já que seria só um fim de semana.

O coitado do Gus teve que agüentar quase que a viagem inteira, eu dormindo com a cabeça apoiada no ombro dele. Fico envergonhada por ter, provavelmente, deixado o ombro do menino dormente, mas como o conheço há 8 anos, pouco estou me importando com isso; nós nos conhecemos a muito tempo, então não há motivos para vergonha! Olho pra frente e vejo a fazenda chegando à vista, começo a procurar meus chinelos no chão do carro e, quando os acho, coloco nos pés.

– Bom dia, bela adormecida! – diz Ashley ironicamente. – Você dormiu as duas horas da viagem com a cabeça no Gus e os pés em mim, sua folgada! – ela diz, fingindo estar brava.

–- Gente, eu estou grávida, preciso descansar! – digo rindo. Quando vejo que Ash está me olhando com os olhos esbugalhados e todo mundo me encarando sem rir, me toco do que eu falei. – Tô brincando, ta?! Não achem que eu estou grávida! Só estou zuando porque ando meio gordinha! – digo, me sentando ereta pro causa do susto do momento. Dou uma risadinha constrangida e olho pra Ash, esperando um apoio dela.

Vejo Ashley começando a rir e me chamando de gorda só pra disfarçar a tensão no ar. Pelo retrovisor, o Marcelo, avô de Ashley, está me encarando, mas dá um sorriso e volta a prestar atenção na estrada. A Gabi, avó, continua como estava, tentando fingir que não aconteceu nada. E Gus... está me encarando como se eu tivesse dito a coisa mais louca do mundo. Ele olha pro meu rosto e depois olha pra minha barriga. Lentamente, faço sinal de “não” com a cabeça. Como o conheço desde que conheço Ashley, ele acabou se tornando um amigo meu também, então digo mexendo os lábios sem som: “conversamos depois”.

Viro para frente, dou meu sorriso mais brilhante e digo: -- Então, estamos chegando?

–- Você ta parecendo aquelas crianças chatas que ficam perguntando de cinco em cinco minutos se está chegando ou não, Julie. – diz Gabriela, com um sorriso divertido no rosto. – A Ashley era assim, mas o Gus era beeem pior. - Começo a rir da cara emburrada que os irmãos fizeram. - Bom, acho que você percebeu que a fazenda já está ali na frente, né? – ela diz, fazendo eu revirar os olhos de brincadeira.

O carro para em frente a uma porteira de madeira já gasta. Gus desce do carro e vai abri-la. Quando vejo Huck e Shake, os “cães de guarda” da fazenda, vindo correndo na direção de Gus, desço do carro quase que voando e vou gritando o nome deles, fazendo eles pularem em mim. Meus deuses! Eles cresceram tanto! O Huck pula em mim e apoia as patas em meus ombros, me fazendo cair. Começo a rir feito louca enquanto tento fazer os cachorros pararem de me lamber. Ouço a voz de Gus mandando eles saírem, e eles saem (pelo menos são obedientes, ao contrário de Winnie...). Gus estica a mão pra mim e eu o uso de apoio.

O carro já está estacionado embaixo do telhadinho que é usado como garagem e Gabi, Marcelo e Ash já estão descendo. Vou pro carro e pego minha mala do porta-malas e minha mochila no banco de trás. Entro na casa por uma porta de madeira branca e me encontro na cozinha/sala de jantar, pois são juntas, só divididas por um balcão.

Entro no corredor e passo por uma varanda onde tem uma mesa redonda, com um forro de renda branco e flores vermelhas dentro de um jarro. Da varanda vemos o curral e algumas montanhas ao longe. Continuo meu caminho e chego a uma outra sala de jantar que não é muito usada, mas é muito bonita. A sala tem uma mesa com 10 cadeiras e uma estante cheia de taças, copos, pratos e coisas que não usamos no dia-a-dia, e sim, usamos de enfeite.

Entro na primeira porta que há na sala, que é um quarto com três camas de solteiro. A cama em frente à porta tem um forro azul claro com um cachorrinho de pelúcia em cima: minha cama. A cama ao lado é uma beliche; a cama de cima está com um forro verde e uma máquina fotográfica de pelúcia em cima: cama da Wen. A cama de cima está com forro vermelho e almofadas com frases legais: cama da Ash. As paredes brancas estão cheias de retratos minha, de Ash e de Alyna juntas, desde pequenas até agora. Tem um pequeno guarda roupa onde eu e Ash encaixamos nossas malas. Abro as janelas e tenho a vista dos campos. Este quarto foi construído para nós três, pois quando compraram a fazenda, tínhamos 9 anos e queríamos ter um quarto para nós.

Sei que na porta ao lado é o quarto dos avós de Ashley e ouço eles conversando sobre minha possível gravidez. Gabriela diz para conversarem sobre isso depois, e eu agradeço por não ouvir uma conversa dessa.

Na porta da frente do quarto de Gabi e Marcelo é o quarto de Aline, que quase sempre está vazio e, ás vezes, é usado para hóspedes que vão com a gente. Na porta ao lado é o banheiro, que não preciso explicar como é, certo?

Lá na ponta da sala há outra porta que é pro quarto de Gus, onde tem duas camas, caso algum amigo dele venha pra cá. O quarto tem uma parede que é preta (sempre que lembro disso, quero o quarto pra mim!), com um guarda-roupa pequeno e alguns pôsteres.

Agora, estou jogada de qualquer jeito na cama e quando me viro para falar com Ashley, vejo que ela já dormiu e está quase caindo da cama. Levanto, vou até ela e a empurro para ficar melhor na cama; pego um lençol e jogo em cima dela.

Saio do quarto devagar e fecho a porta. Vou até a porta de Augustus e abro rápido e grito: -- Ahá! Te peguei no flagra! – Sim, sou retardada o bastante para sempre dizer isso, mesmo não tendo sentido.

–- Caralho, garota! Tava dormindo! – grita Gus, caído no chão. Vejo que a cama dele estava arrumada pra dormir, com coberta e travesseiro. – Cara, E-U TA-VA IN-DO DOR-MIR, Julieta! – ele diz pausadamente cada sílaba das palavras. - VOCÊ me fez CAIR da cama! – ele diz dando ênfase em algumas palavras.

Estes dias estou estranha... Com os sentimentos a flor da pele... então ao ver ele brigando comigo e xingando baixinho enquanto volta pra cama e cobre a cara, meus olhos se enchem d’água. Mas não choro! Na verdade, fico com raiva por ele ter feito essa pirraça toda sendo que eu só ia explicar pra ele sobre a possível gravidez.

Quer saber: se ele me perguntar sobre isso, vou mandar ele ir se danar! Espera... Credo! Tô igual aquelas meninas mimadas... Mas mesmo assim, vou esperar ele implorar pra eu contar! Ponto final. Acabou.

Saio do quarto pisando duro e fecho a porta batendo ela, pra ele saber que fiquei com raiva. Passo pela sala e vou até o quintal da fazenda. Vou pro curral, um dos meus lugares favoritos lá, e fico com os bezerrinhos recém-nascidos que estão ali. Gosto de animais, ou melhor, amo! Por isso, sempre que vou em fazendas, gosto de estar perto das vacas, cavalo... Calma...!

Lembro rapidamente que a Estrela está aqui! Sim, minha égua chama Estrela, pois nasceu com o desenho de uma estrela na testa. Meu pai tinha uma fazenda, mas vendeu e eu pedi para deixar a Estrela junto com o BlackNight (da Ash).

Vejo ela comendo capim perto de um riozinho e vou caminhando devagar até ela.

–- Oi, meu bem! Que saudade de você, Estrela! – digo, falando devagar para ela se lembrar de mim. – Que tal dar um passeio? – passo a mão pelo focinho branca dela e pela extensão de seu corpo até a barriga. – Vamos. – digo, e saio andando e ela me segue.

Entro para o curral e pego uma cela bege com detalhes vermelho. A encaixo em cima dela e prendo as correias em volta de seu corpo. Me preparo para subir, mas me lembro que estou com chinelo e fica ruim de montar à cavalo assim; mas, sabendo que Estrela é mansa, sei que ela não vai acelerar de mais, me fazendo escorregar no estribo. Passo minha perna pelo outro lado e, desta forma, estou em cima dela: pronta pra ir.

–- Vamos, Estrela! – digo, animada. Abro a porteira do curral de cima da égua e a conduzo até um pasto aberto. – Agora, tome cuidado, mas quero correr e sentir meu cabelo as ventos ouviu? – digo, rindo ao perceber o que estou falando e com quem estou falando. Mas sempre converso com animais, é o melhor modo de se aproximar deles.

Ela começa a correr quando faço barulho de beijos, que eu ensinei como: “vá!”. Começo a conduzi-la para fazer curvas e correr por todo o campo onde estou. Gosto dessa sensação de vento no rosto, dos meus cabelos voando, das coisas passando rápido ao meu lado, do cheiro de ar livre... isso tudo me lembra liberdade! É como se eu estivesse longe desse mundo onde vivemos cheio de regrinhas e coisinhas impostas pela sociedade.

Sei que está começando a escurecer, então vou voltar pra dentro. Conduzo Estrela para a direção do curral e vejo Gus apoiado na porteira de entrada do curral, me observando. Chego com Estrela perto e ele abre a porteira pra mim. Antes de eu passar e chegar ao curral, onde poderia soltá-la da cela, Gus segura a minha mão, segurando dessa forma Estrela, para que ela não continue a andar. Encaro ele esperando uma resposta pra ele ter feito isso. Ele abre a boca pra falar e trava um pouco. Mas por fim, pergunta. E eu sinto que deveria ter ficado longe para não ouvir isso.

–- Você está mesmo grávida, Julie?


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Como acham que a Julie vai reagir a essa pergunta? Vamos fazer um trato? Se chegar a 6 comentários (ou mais) esse capítulo, o próximo sai semana que vem! E antes de quarta... que tal? Talvez sai amanhã se eu ficar muito animada e o computador estiver livre :3
Enfim, espero vocês nos comentários e até depois!



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