POV Billy Black

A morte prematura da minha Sarah cobrou seu preço e foi alto e sinceramente eu não sei por que a vida requereu isso de mim por que eu sempre procurei fazer o que era correto mesmo quando isso significava ir de contra a todos o que incluía claro meu pai.

Palavras duras foram lançadas ao ar dentro da minha sala e sinceramente uma exaustão física e emocional tomou conta de mim a ponto de eu simplesmente não ter conseguido sair mais cedo do escritório como eu havia imaginado que faria.

Mensagens particulares da Ângela me chegaram o tempo todo e sinceramente agradeci aos céus por ter colocado ela em meu caminho, por ela ser aquela em que eu posso confiar e demonstrar minhas franquezas mais intimas.

Virei-me ficando de frente a janela, mas não me levantei, muito pelo contrário depois da briga com Steve essa tarde minhas pernas não tinham mais força pra nada e tudo que eu mais queria e precisava era ficar quieto um pouco em meu próprio mundo particular.

Quanto ressentimentos ele guardava dentro de si, céus eu jamais poderia imaginar que ele tivesse tanta inveja de mim. Éramos amigos, éramos irmãos e tudo simplesmente se perdeu.

Conhecemos-nos por toda uma vida, mas sinceramente nesse momento percebo que jamais o conheci, ele desejou a minha Sarah, mas era por capricho eu tenho certeza, ele não seria capaz de amá-la como eu amei, ele não seria capaz de dedicar-se a ela como eu me dediquei, ele não seria capaz de passar por cima de todos e viver um bom tempo em uma reserva como eu vivi em nome do amor. Não, ele era egoísta e interesseiro demais pra isso e ouso dizer que o amor dele pela Sarah era baseado no fato de que ele nunca a teve, era capricho de alguém que não aceitou um não e uma rejeição como resposta.

Mas ele provou do gosto dos lábios delas pelo menos uma vez e isso realmente me consumia embora a minha própria Sarah tivesse me contado que não valeu de nada, que foi apenas um beijo sem importância e que ela havia feito isso na ânsia de me esquecer já que eu havia prometido voltar e não havia voltado. Mas nada poderia mudar ao fato de que ele a tocou de modo tão intimo e pessoal.

Sem dúvida que fazer amor com uma pessoa é muito mais intimo do que um beijo, mas de qualquer modo pra mim o beijo sempre significou o prelúdio do amor que estar por vir e sempre valorizei a importância que um beijo tem na relação de um casal.

Minha mente não descansava eu realmente estava exausto!!!
Apertei meus olhos na tentativa de repelir a dor de cabeça que me atingia em cheio e pior Ângela havia presenciado tudo, o modo como eu defendi a honra da Sarah, o modo como declarei meu amor por ela na frente de todo mundo e eu vi nitidamente o quando cada palavra foi uma facada ao amor que ela decidiu dedicar a mim.

Como fui tolo ao esbravejar que jamais amaria outra mulher que não fosse a Sarah. Como a Ângela deve ter se sentindo nesse momento em que apenas uma palavra tomou o poder de um tiro certeiro bem no meio do seu coração.

O silencio no escritório era assustador e me fazia arrepiar e quando eu abri meus olhos eu a vi como há muito tempo eu não a via.

Ela estava ali com o mesmo vestido branco do nosso casamento, sua trança de lado caprichosamente desalinhada, os pés descalços, um sorriso tranqüilo no rosto.

Uma de suas mãos estava no meu ombro enquanto a outra ela sutilmente tocava meu rosto e enxugava as lágrimas que não fiz questão de segurar.

- Billy. - sua voz de anjo falou comigo com doçura e carinho.

- Sarah. - olhei fundo em seus olhos.

- A Ângela Billy não a afaste de você, você precisa muito dela. - era difícil pra ela dizer isso eu sabia, mas era necessário.

- Não vou... - as minhas palavras eram embargadas pelo choro silencioso de alguém que desafogava ali suas dores.

- Ela é quem deve receber seu amor agora, ela é a única que poderá curar sua dor. Eu não fico bem quando você não está bem. - era como abraçar o vento, mas ao mesmo tempo a sua presença era real por demais.

- Sim você tem razão, eu me descontrolei...

- Steve não vai parar por ai, vocês precisam estar fortes para enfrentar tudo. Jacob irá precisar de você.

- Mas ele está bem. - argumentei olhando em seus olhos.

- Sim está, mas de qualquer modo muita coisa ainda irá acontecer. Entregue a ele meus diários, não fique protelando será preciso que ele os leia atentamente e a Nessie poderá ajudá-lo nisso. As respostas estão todas lá.

- Mas eu já li seus diários...

- Mas você leu com os olhos do amor é totalmente diferente. Entregue a ele, ele saberá o que fazer com as informações que vão estar ali tenho certeza.

- Sarah não me deixe. - um pedido tolo eu sabia.

- Nunca Billy, eu sempre estarei aqui, sempre. Agora eu preciso ir, quero ver nossos filhos. - ela tocou novamente meu rosto e sumiu assim como havia aparecido.

Ouvi uma batida na porta e ela se abrindo em seguida.

- Billy? Eu ouvi você conversando com alguém. - Ângela me olhou assustada. - O que foi que ouve é o Steve? - ela correu até mim ocupando exatamente o mesmo lugar que a Sarah estivera minutos antes.

- Não ele não voltou, não é isso. - respirei fundo. - Sarah... Acabou de sair daqui. - ela se ajoelhou na minha frente.

- Ah Billy não fique assim, eu sei que seu amor pertence a ela você não irá perdê-la não se preocupe. - sentir dor para me ver sorrir, Ângela era capaz disso.

- Não Ângela meu amor pertenceu a ela, hoje pertence a você, a única mulher que pode me fazer feliz. - seus olhos ficaram marejados. - Me desculpe pelas declarações de amor que eu fiz a Sarah quando o Steve esteve aqui, me desculpe por ter deixado que assuntos pessoais entrassem na reunião e por ter feito você ouvir tudo aquilo.

- Billy eu não me importo até por que vamos concordar que isso não era apenas uma sociedade sendo desfeita, mas é como sua própria vida, sua história de vida.

Ela era sabia, era capaz de entender muito mais do que eu supunha.

- Sim, era a história da minha vida. - falei resignado.

- Venha vamos embora já está tarde todos já se foram. - ela sorriu de modo meigo e carinhoso.

- Sim vamos. - saímos em direção ao elevador. - Ângela o que você acha de irmos viajar, apenas nós dois por uma semana.

- Eu iria adorar. - um sorriso estonteante apareceu em seu rosto. - Quando você pretende viajar?

- Não sei temos o casamento da Rachel daqui a duas semanas e logo na semana seguinte o noivado do Jacob.

- Então podemos ir depois do noivado do Jacob.

- Certo então vou pedir... - ela riu. - Eu sempre peço isso a você não é?

- Sim. - seu sorriso era inocente e feliz. - Acha que vou me importar de marcar algo que me inclua como parte do programa?? Não mesmo.

Era muito complicado não em sentir entristecido por tudo que havia acontecido e Ângela parecia entender perfeitamente isso quando se manteve calada, apenas acariciando minha nuca enquanto eu dirigia. Era bom poder compartilhar as coisas com alguém que era capaz de me entender tão bem.

Quando paramos em casa as luzes acesas evidenciavam que todos já deveriam estar em casa a nossa espera para o jantar e sinceramente isso era tudo que eu precisava nesse momento, de uma boa rotina familiar.

POV Jacob Black

O dia passou rapidamente, na verdade naquela velha rotina, mas eu sinceramente não me importei por que cada coisa estava no seu devido lugar.

Seth ligou no final do dia no meu celular pra me contar o quanto está feliz ao lado da Patty e o quanto sua decisão de ficar ao lado dela foi acertada. Juro que fazia muito tempo que não via meu amigo tão feliz. A sua voz alegre me lembrou da nossa infância quando tudo era perfeito, não tínhamos problemas apenas curtíamos tudo da melhor maneira possível.

Ele perguntou da Nessie e pela primeira vez eu não senti a presença do amor dele por ela em sua voz, a entonação era completamente diferente assim como o certo tom de indiferença ao perguntar. Não é que ele deixou de gostar dela sim, havia carinho em sua voz o que não havia era aquele tom dramático típico de quem ama e não é correspondido.

A Nessie acho que já está melhor, bom pelo menos eu senti isso durante a aula que tivemos juntos e quando eu a fui levar até sua sala ele sorriu pra mim e me beijou docente ao se despedir.

Nosso almoço foi como no inicio do nosso relacionamento, nos sentamos no gramado da universidade e partilhamos de um momento prazeroso, repleto de declarações de amor, beijos, enfim repleto do amor que sentimos um pelo outro.

O melhor de viver meu relacionamento com a Nessie é por que eu sei que somos almas gêmeas que se encontraram aqui. É como ter certeza de que fomos feitos um para o outro e nada vai mudar em relação a isso, ainda que não fiquemos juntos um dia nosso amor não irá se acabar, na verdade acho que será parecido com o que meu pai sente pela minha mãe, embora ele venha a amar a Ângela nunca será igual ao que ele sente pela minha mãe.

Alias por falar na minha mãe hoje no final da tarde a imagem dela não me saiu da cabeça, foi algo que realmente até certo ponto me atormentou por que junto da imagem dela vinha a sensação de que meu pai não estaria bem.

Eu não consigo entender essa ligação que temos uns com os outros, é estranho e totalmente diferente. Rachel me ligou perguntando se tudo estava bem comigo por que ela estava sentindo uma angustia muito grande e não sabia de onde vinha apenas que era algo comigo ou com o nosso pai.

Tentamos falar com ele durante a tarde, mas ao que parece ele esteve em uma reunião longa e difícil o dia todo já que ele nem veio mais cedo pra casa como havia imaginado fazer.

- Está tudo bem Jacob? - Nessie perguntou diante da minha total ausência no período em que estava me lembrando de tudo que havia ocorrido no dia de hoje.

- Está sim meu amor. - beijei o alto da sua cabeça já que estávamos sentados na sala de televisão a espera do jantar.

- O Seth parece realmente feliz não é mesmo? - ela se virou pra mim e pude perceber um sorriso tranqüilo e feliz em seu rosto.

- Sim ele me disse que está adorando tudo por lá. E o Seth merece ser feliz.

- Boa noite Nessie, Jacob. - Paul entrou na sala.

- Boa noite. - respondemos juntos.

- A Rachel está terminando de tomar banho. - ele sentou-se no sofá ao lado do nosso.

- Tem problema não o meu pai nem chegou ainda. Mas eu liguei no escritório e ninguém atendeu.

- É seu pai deve estar muito mal. - havia preocupação na voz do Paul.

- O que foi que aconteceu? - perguntei ansiosamente preocupado e sinceramente como pode ser tão complicado as coisas em nossa família, parece que sempre teremos problemas a enfrentar!
Mas resolvemos um problema aparece outro assim ninguém merece, eu sinceramente não dou conta por que de algum modo meu lado protetor me faz querer ajudar a todo mundo e a viver os problemas de todo mundo. Dizem que eu herdei isso da minha mãe, não tenho certeza.

- Bom hoje tivemos a separação definitiva do Steve dos negócios então já consegue imaginar o clima e as discussões não é mesmo? - Paul deu um sorriso torto. - De qualquer modo acho que seu pai é quem deve falar alguma coisa caso ache necessário, eu não acho certo falar qualquer coisa, pode parece antiético da minha parte.

- Claro eu entendo.

- Mas essa família, minha nossa parece que existem pra trazer problemas pra vocês. - Nessie falou enquanto sacudia levemente a cabeça em sinal de total desaprovação.

- Boa noite a todos. - minha irmã desceu as escadas com aquele típico sorriso feliz estampado no rosto, mas que escondia por trás sua preocupação em relação ao nosso pai.

Ela se juntou ao Paul no exato momento em que ouvimos um som de carro se aproximando e parando exatamente na entrada principal.

- Deve ser o papai. - Rachel me olhou preocupada.

- Olha vamos tentar não valorizar nada entende como. Deixa ele subir tomar o banho dele e se ele sentir vontade vai compartilhar conosco o que aconteceu.

- Sim você tem razão, alias Jake você anda tão centrado nos últimos tempos, eu inclusive comentei isso com o Paul.

- Ah meu Jacob está mesmo um verdadeiro homem. - os olhos da Nessie brilhavam em admiração ao me olhar.

- Acho que tudo pelo que passei me fez ver a vida de modo diferente, deve ser isso não sei. - dei de ombros.

A porta se abriu e ouvimos passos em direção ao lugar onde estávamos.

- Boa noite a todos. - Ângela falou sorridente mente. Quando meu pai entrou ao seu lado seu semblante era carregado, mas quando ele nos viu, ele sorriu.

- É bom chegar em casa e encontrar todos vocês. - havia sinceridade e verdade em suas palavras.
- Que bom que chegou pai, estamos esperando o senhor para o jantar. - falei sorrindo.

- Posso tomar um banho primeiro?

- Claro pai fique à-vontade. - Rachel foi quem respondeu.

Ângela sentou-se ao lado da Rachel e elas começaram a falar sobre o casamento que já seria em alguns dias, haviam alguns detalhes e a Rachel queria a ajuda da Ângela.

Na verdade a Rachel sempre gostou da Ângela e agora que ela era a namorada do nosso pai era como se ela tivesse transferido as responsabilidades que antes haviam sido impostas a ela, tanto que a Nessie também percebeu o quanto ela está sorrindo mais, o quanto parece mais leve.

Rachel coitada amadureceu demais em muito pouco tempo.

- Ângela você e a Nessie serão minhas damas, eu não tinha resolvido sobre isso ainda na verdade nem sabia se teria, mas quero vocês duas e depois você ficará ao lado do papai no altar e a Nessie ao lado do Jacob.

- Jura mesmo Rachel? - a empolgação estava presente na voz da Nessie.

- Não vejo à hora desse casamento chegar, é tanta coisa pra se resolver. - Paul comentou encostando a cabeça no sofá e o semblante dele e da Ângela era o mesmo.

- Nessie eu já volto. - falei baixinho em seu ouvido enquanto lhe beijava o rosto.

- Aonde você vai? Aconteceu alguma coisa? - seu olhar era preocupado.

- Quero falar com meu pai é isso. - ela assentiu e eu me levantei.

Respirei fundo e segui em direção ao quarto dele sentindo alguns olhares me acompanhando.

- Ele vai falar com o papai não é? - ouvi Rachel perguntando.

- Sim. Jacob está preocupado, passou a tarde toda angustiado pensando no pai enquanto a imagem da mãe de vocês não sai da cabeça dele. - ouvi a Nessie comentando e não me surpreendeu que ela me conhecesse tão bem!

- Será bom ele falar com o Billy. - Ângela parecia saber de alguma coisa, mas que não iria compartilhar conosco e gostei de ver a cumplicidade dela com meu pai.

Bati na porta.

- Posso entrar pai. - ele não respondeu, mas escutei o chuveiro ligado então acabei por entrar.

Fui até a varanda e fiquei pensando em tudo que poderia o estar incomodando tanto, eu sinceramente achava muito pouco provável que ele estivesse tão absurdamente chateado em tirar o Steve dos negócios embora certamente isso devesse ser como se eu tivesse que tirar o Seth da minha vida.

Bom pensando bem ele tinha razão de estar tão absurdamente triste e mal com tudo isso.

- Jacob? - ele perguntou surpreso ao me ver.

- Pai me desculpe eu bati na porta, mas...

- Não tem problema eu preciso mesmo falar com você. - ele sorriu e eu adorava poder ver meu pai de novo na minha vida, acho que sempre me sentiria assim diante dos seus sorrisos.

- Falar comigo? - perguntei arqueando a sobrancelha.

- Sim. - ele sentou-se na cadeira de frente a minha. - Bem hoje eu tirei o Steve da minha vida nos negócios e infelizmente acho que podermos esperar ainda por muito da parte dele e da filha não sei e sinto realmente por ter sido tão cego esse tempo todo.

- Hei, se é por isso que está assim nem se preocupe posso lidar com isso. - falei demonstrando entusiasmo.

- Bem a reunião não foi da melhores. - ele suspirou. - Ele me agrediu verbalmente eu acabei dizendo coisas que não deveria e vou ser bem sincero que a sensação é de que briguei fisicamente com alguém.

- Ah, mas isso é por que você se alterou emocionalmente vai passar depois que jantar o senhor descansa e ficará tudo bem. - tentei passar confiança e era assim mesmo, eu sabia por experiência própria que passava.

- Ângela já me disse isso. - ele sorriu torto. - Mas de qualquer modo eu vi sua mãe hoje, ela apareceu pra mim você acredita?

- Sim, eu acredito. - engoli em seco.

- Pois é ela me confortou disse que tudo ficará bem, mas que muita coisa ainda está por vir e que eu não posso mais negligenciar a entrega dos diários a você...

- Ela falou de mim? - um sorriso bobo apareceu em meu rosto.

- Sim ela falou que você precisa ler os diários dela que tudo que precisa saber está lá.

- Mas o senhor já não os Leu? - essa eu realmente não entendi.

- Fiz exatamente essa pergunta a ela, mas ao que parece eu li com os olhos do amor, eu sinceramente não entendi nada meu filho. - ele se levantou e eu o segui.

- Que estranho tudo isso, por que será que a mamãe quer tanto que eu leia os diários dela.

- Não sei isso é algo que você terá que descobrir por si só ou perguntar a ela e esperar que ela possa lhe responder. Aqui dentro dessa caixa estão todos os diários da sua mãe e essa é a chave que abre a caixa. - ele me entregou e não vou negar que meu coração disparou.

Era estranho primeiro ver as coisas da mamãe tão bem cuidadas, era como se ela ainda estivesse viva, o perfume que vinha em minha direção das coisas dela era real demais e uma onda de medo, angustia e tristeza passou por mim. Respirei fundo sem que meu pai percebesse.

- Vou guardar no meu quarto e podemos descer para jantar. - falei sugestivamente.

- Sim podemos. - saímos em direção ao meu quarto e enquanto eu colocava tudo em cima da minha mesa do computador ele ficou me esperando na porta e sorrindo.

- Eu fico feliz por você ter encontrado a Nessie sabia disso?

- Ela é especial e agora que o “ triangulo amoroso” entre eu, ela e o Seth foi resolvido eu me sinto bem melhor.

- Eu percebi que havia alguma coisa entre vocês, mas que bom que conseguiram resolver por que foi justamente algo parecido que arruinou a minha amizade com o Steve e sinceramente filho eu não vou me surpreender se descobrir que foi ele que atentou contra mim, mas acabou matando a Sarah acidentalmente.

- Acha mesmo que pode ter sido ele? - admiração, espanto e raiva estavam presente em minha voz.
- E quem mais poderia ter feito isso, quem mais teria interesse em fazer algo contra mim. Pensa comigo se eu não estivesse aqui hoje, mas sim sua mãe...

- Ela teria procurado consolo na amizade dele e... - nojo era o que eu sentia agora.

- Seria a oportunidade perfeita pra ficar com ela como ele sempre quis e desejou. Mas vamos deixar isso pra depois agora vamos jantar em família.

Quando chegamos à sala de televisão todos nos olharam, mas acho que as feição do meu pai já estava melhor e quando a Ângela sorriu e se aproximou dele eu tive a, mas plena certeza de que tudo ficaria bem pra ele.

O passado da minha mãe e do meu pai me seriam revelado e sinceramente eu tinha um certo receio do que iria encontrar ali e o que minha mãe quer dizer com “ eu tenho que ler seu diário”.

De qualquer modo chega um momento na vida da gente em que é preciso agir, em que é preciso fazer algo e me parece que solucionar o mistério que envolve a morte da minha mãe está na minha mão e eu vou descobrir quem fez isso, por que fez e sem dúvida a pessoa irá pagar muito caro por isso, não que eu vá fazer algo com as minhas mãos por que eu não sou assim, mas que ela irá pagar por estragar a vida da minha família isso sem dúvida ela irá pagar!