Casada com Tony Stark escrita por Bruna


Capítulo 11
Meu porto seguro


Notas iniciais do capítulo

Oie genteeeeeeee linda! Mais um capítulo para vocês!
Quero desejar um Feliz 2016 a todos, a menos que esteja lendo isso em 2017, se for o caso, um Feliz 2017! Tudo de bom ^-^
Espero que gostem do capítulo, falo com vocês nos comentários e próximos capítulos, se houver qualquer erro perdoem-me.
Até o próximo!
Beijos s2



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O sol começava a nascer quando decidi levantar, caminhei calmamente até o banheiro, tirei minhas roupas e entrei em baixo do chuveiro. Deixei a água percorrer todo meu corpo, e me permiti não pensar em nada, pelo menos por enquanto.

Logo que sai já me sequei e enrolei-me na toalha. Fazendo tudo com a maior calma do mundo, penteei meus cabelos, passei um creme pelo meu corpo, deixando toda a sua extensão com cheiro de morango. Após esse período de relaxamento, coloquei um vestido solto cor de creme.

Respirei fundo e estiquei meus músculos, deixando um sorriso mínimo brincar em meus lábios, era realmente bom não pensar em nada...

Meu sorriso era instável, com certeza. Caminhei para perto da minha cama, ficando de frente para a mesa, então deixei meu corpo cair em cima dos cobertores bagunçados, dando um grito que foi abafado pelo colchão.

– Será que é pedir demais não pensar nele por cinco minutos?! – virei para cima e encarei o teto, como se falasse com uma entidade superior, que era com certeza responsável por aquela maldição insuportável.

Sim, eu havia matado meu desejo ontem, quando, imprudentemente, havia matado minha vontade e ficado rapidamente com Tony.

Okay, eu tinha que falar a verdade, havia sido ótimo e eu não tinha cometido nenhum crime, mas eu não conseguia me sentir totalmente bem com tudo isso, não adiantaria nem se o Papa viesse aqui e me dissesse que eu fiz a coisa certa.

Meu orgulho e meu ego eram coisas extremamente importantes para mim, e que ficavam na frente de praticamente tudo em minha vida, não seria diferente com Tony.

Sentei na cama e suspirei frustrada, levantando logo em seguida, indo em direção à cozinha.

Não havia nem sinal de Stark pela casa, e eu não sabia dizer se isso era bom ou ruim. Como estava sozinha, passei um café e peguei um pedaço do bolo de chocolate que estava guardado na geladeira.

Enquanto dava pequenas garfadas em meu bolo, lembrei que não via Clint fazia um tempo. Bom, eu, já a Natasha dessa realidade era um mistério. Mesmo sendo um pouco arriscado ver Clint agora, eu sentia uma necessidade extrema de vê-lo, nem que para isso, precisa-se dar uma de louca e contar a verdade – que ele não acreditaria.

Terminei meu café e deixei tudo na pia, imaginando que alguma empregada devia trabalhar todos os dias pela casa, apesar de raramente ver alguém estranho por aqui.

Quando já estava em meu quarto, raciocinei que não fazia sentido procurar meu celular, que nem sabia como era e onde estava, optando por algo muito mais útil e prático.

– Jarvis? – chamei alto.

– Sim, Sra. Stark – a voz robótica de Jarvis ressoa pelo quarto respondendo.

Sra. Stark, isso soava realmente estranho.

– An, teria como eu fazer uma... Ligação para Clint Barton? – perguntei para as paredes, enquanto sentava na cama.

– Claro Sra Stark...

– Pode me chamar de Natasha? – não era nada legal ser lembrada sempre que estava louca.

– Como desejar, Natasha. Fazendo uma ligação para Clint Barton. – o barulho de chamada logo foi tomando conta do quarto. Estava perdendo minhas esperanças quando Clint finalmente atendeu.

– Alô? – como era ótimo ouvir sua voz.

– Clint! Aqui é a Natasha!

– Nat... Que saudade, nunca poderia imaginar que você casada ficaria tão afastada, começo a sentir o que você sentia quando era eu que era o comprometido. – Clint dá uma risada abafada e eu o acompanho. Ah, Clint, só você consegue ser o único ainda.

– Como o mundo gira, não é mesmo?! Queria muito saber se você quer sair para conversar, está por perto?

– Estou em Nova York sim, aconteceu alguma coisa Nat? – questiona.

– Não, só saudade mesmo. – respondo deitada na cama, meio desconfortável por conversar com um quarto.

– Tudo bem, Vegas Café?

– Vegas Café, encontro você lá meio-dia. – confirmo.

– Até lá, beijos.

– Até – despeço-me e a chamada é encerrada, dando lugar a voz de Jarvis novamente.

– Deseja algo mais?

– Não Javirs, obrigada.

– Quer que avise o Sr. Stark de que irá sair? – essa pergunta não havia sido nada legal, me fez começar a pensar novamente.

– Só diga a Stark se ele perguntar onde fui.

– Como quiser.

Após essas palavras o quarto mergulha em um silêncio profundo, que eu deixo seguir, apenas contando as horas para sair.

. . .

Eu havia chegado ao lugar marcado dez minutos antes do horário combinado, o que significava ter que ficar esperando. Usei o tempo para pegar uma das nossas mesas preferidas no café, a que ficava ao lado da janela e do lado do café onde ficava o palco.

Clint e eu havíamos descoberto o Vegas Café por acidente, durante uma de nossas missões juntos. Nós precisávamos de um esconderijo e de um passatempo, então esbarramos nessa lanchonete que era feita toda com tema de Las Vegas. Eu sempre adorei o estilo de Las Vegas, então arrastei Clint para dentro sem rodeios, além da comida boa, tudo era muito engraçado.

As mesas tinham desenhos de cartas e fichas, tudo era cheio de luzes que piscavam e tinha direito até de ter um pequeno palco, que apresentavam shows estilo Vegas.

Passei os minutos que esperava brincando com o porta-guardanapos em formato de caixa de cartas.

– Nat! – exclamou Clint quando me viu, abri um sorriso enorme.

– Clint. – o Gavião depositou um pequeno beijo em minha bochecha e sentou-se na cadeira do outro lado da mesa.

– Estava com saudade desse seu cabelo ruivo.

– Pois é, faz quanto tempo que não nos vemos? – pergunto tentando ser sutil no quesito “essa realidade não é a minha, por favor, diga-me como estão as coisas”.

– Acho que alguns meses, a última vez foi no jantar que o sei maridinho fez. – não me contive, tive que rir, era engraçado Clint falar que eu tinha um marido, ou “maridinho”. Vindo de outras pessoas era estranho e desconfortável, mas vindo dele, era divertido ver meu melhor amigo assassino dizendo que tenho um marido, eu, uma assassina quase sem sentimentos para os outros.

– Querem olhar o cardápio? – um garçom interrompeu meu momento rindo. Encarei Clint e nossos olhares se confirmaram.

– Não precisa, iremos querer dois hambúrgueres completos e dois Drinks Mix. – Clint fala enquanto o garçom anota o pedido em um bloco.

– Já trago. – diz afastando-se de nossa mesa.

– Faz tanto tempo que não venho aqui. – olho para os lados absorvendo mais do lugar, ele não havia mudado nada do que eu me lembrava. Mesmo estando em um universo alternativo, sim, iria chama-lo desse jeito, ele ainda era o mesmo, e eu estava feliz e surpresa por eu e Clint estarmos nos dando tão bem.

– Faz mesmo, muito tempo desde a última vez que nós saímos, o que me faz perguntar o porquê do convite repentino. – Clint me encara.

– Nada de especial, só saudade. – não era totalmente mentira, não era totalmente verdade.

– Natasha, você pode ser a melhor espiã do universo, mas eu sei muito ler você. Qual o problema? – os olhos preocupados de Clint se fixam em meus olhos. Ao mesmo tempo em que me sinto mal por não estar contando toda a verdade e ter que ser posta contra a parede agora, era impossível não sentir uma pontada de bem estar, Clint sempre se preocuparia comigo.

– Talvez eu esteja em dúvida e esteja pensando demais, fazendo círculos atrás da minha própria calda. – digo. O que era totalmente verdade, eu podia ter a presença de Clint e sua ajuda, mesmo não contando tudo.

– Desde que você disse que ia se casar, eu juro que você não é a mesma pessoa. – sorrio. – É bem difícil ver Natasha Romanoff em dúvida. Você que sempre foi há mulher mais forte que eu conheci, sem precisar da ajuda do soro, e também decidida.

– Eu sei, mas isso não se aplica no quesito relacionamento.

– Xeque-mate. – Clint faz um movimento com as mãos como se estivesse jogando Xadrez, o que me faz rir. – Sabe que pode ser totalmente sincera comigo, não é?

– Eu sei, só acho que estou louca, e eu não queria envolver você na minha loucura. – falo suspirando.

– Sabe que se é sobre você, eu já estou envolvido. – diz mantendo contato visual comigo. Eu sabia que Clint sempre estaria comigo. Nossa comida chega em seguida, distraindo nossas atenções para a refeição.

. . .

Eu e Clint caminhávamos lado a lado agora, deixando nossos corpos serem guiados pelas ruas de Nova York.

– Se você sabe que é certo, se você quer e se não tem nada de errado, então não pense, isso é que é o “amor”. – Clint diz pondo as mãos em seus bolsos. – Eu realmente estou confuso com a sua história, mas a que tudo indica, é sobre Tony, e mulher, você é casada com ele! Se ainda o ama, melhor ainda, fico realmente feliz por você.

Fico alguns segundos em silêncio, absorvendo suas palavras. Sem revelar muito, havia despejado minhas incertezas em Clint, e como sempre, ele me dava conselhos e me guiava.

Mesmo que eu não quisesse admitir, talvez eu sentisse um pouco mais do que só desejo.

– Talvez você esteja certo.

– Eu sempre estou certo. – fala com ar de superioridade, me fazendo rir. – Mas é sério Natasha, independente de qualquer coisa, faça só o que faz você feliz, só o que faz bem. Eu te amo, não suportaria ver você mal.

Como eu havia sentido saudade de Clint. Paro e encaro seu rosto, ele exala uma calma invejável, mas seus olhos trazem preocupação e, é claro, compaixão. Abraço-o

– Eu também te amo.

Não importava se passassem dias, horas, anos ou meses, ou que estivéssemos em cidades, países ou até universos diferentes, Clint sempre estaria ali para mim, sempre me ajudaria, sempre me amaria, e eu sempre o amaria também.

Qualquer dos problemas que surgissem, por mais difícil e complicado que fossem ele nunca me abandonaria. Sempre que eu precisava de carinho, de ajuda, de compaixão, de amor, de um amigo, de um confidente, sempre teria ele para me ajudar.

Mesmo tendo confiança e sendo forte, era necessário alguém para manter você de pé, para guiar suas buscas que às vezes parecem impossíveis, alguém para levantar você quando o pior acontecesse.

E para mim, essa pessoa era Clint.

Ele sempre fora e sempre seria o meu porto seguro


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