Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 66
Excluída - Dirty Secrets


Notas iniciais do capítulo

Essa não é exatamente uma cena excluída, por que de fato nunca tive a intenção de posta-la. Era meu segredinho sujo, por assim dizer, sempre imaginei que isso tivesse acontecido por baixo dos panos. Mas vocês mereciam saber. Ela se passa após o capítulo "Cruella is Dead", antes de Victor acordar depois de ter dormido com Cherry. Ele retrata os sentimentos reais dela, que sempre teve tantas faces, assim como a confusão no seu coração, justamente por ter tantas pessoas diferentes dentro de si. Cherry é única, e ela gosta de deixar tudo as claras... Então acho que ela gostaria que soubesse dessa história.



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Fique com seus segredos sujos querido, e eu ficarei com os meus

— Cherry Cat

...

..

.

Cherry queria poder fazer aquilo durar para sempre. Então ela manteve os olhos fechados só mais um minuto, para poder memorizar cada pedaço daquele sonho. O cheiro de Victor, a sensação dos braços dele em volta dela, sua boca áspera roçando na sua testa.

Ela se sentia tão segura, ali, quase como se o mundo pudesse de fato desaparecer como naquela noite; Era como estar em casa. Se ele deixasse, ela ficaria ali para sempre com ele.

E então, ela abriu os olhos, e o sonho acabou. Por que todo o vermelho, preto e dourado daquele quarto a lembraram que o coração dele pertencia a outro alguém.

—Ah, Valette... – Ela suspirou, sorrindo, tocando com a ponta das unhas o rosto dele – O quão tola fui eu, em me deixar amar você?

Ele suspirou em meio ao sono, a abraçando com mais força. Ela sentiu seu peito pressionado contra o dele, e sorriu – Tão tola...

Ela deixou uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto, enquanto se afastava dele, sentando-se na cama. Queria poder convencer a si mesma que a noite passada não havia significado nada, mas há muito tempo aprenderá o quão venenoso é mentir para si mesma.

Mas também sabia o quão venenoso era deixar os outros verem dentro de seu coração, e ela já havia ficado bastante vulnerável deixando-se desmoronar na frete dele. Então ela faria o que de melhor sabia... Levaria seus sentimentos para o túmulo, e riria daquilo.

Ela jogou as pernas para fora da cama, e se levantou, confortável com a própria nudez – Ela nunca se importara com isso, virá coisas demais na vida para sentir vergonha – e começou a catar suas roupas pelo quarto, se surpreendendo com quão longe haviam ido parar.

Ela vestiu sua calça e suas botas, andando até o outro lado do quarto para pegar sua blusa, mas foi outra coisa que lhe chamou atenção. Abaixo da blusa uma folha de papel, parecendo amassada e desamassada mais de uma vez. Ela vestiu a blusa e pegou a folha.

“Tem tanta coisa que eu queria te contar, e você está tão longe de mim

As vezes, antes de dormir, ainda ouço seu riso, e então fico feliz.

Você fica indo e vindo na minha cabeça, brincando com meus sentimentos, menina cruel.

Minha pequena, adorável e louca menina cruel.

Queria achar no céu um azul tão profundo quanto os de seus olhos,

Que me julgam e riem do qual bobo eu sou perto de você.

Queria que alguma fruta fosse doce como seus beijos,

Ou que alguma flor fosse tão rosa quanto seus cabelos.”

Ela piscou, e depois riu – Ora, ora, Valette... Seria possível eu ter tocado um pedacinho do seu coração?

Ela não se iludiria. Não, ela podia ver a fúria dele amassado aquele papel e desamassando com mais fúria ainda. Podia ver a culpa ao pensar que estava traindo Carmim – ah, se ele soubesse... –. Mas alguma coisa estava mudando. Talvez ela tivesse, em algum momento, feito a coisa certa e começado a desmanchar as muralhas dele também.

Ela já o vira desesperado. Na noite em que percebeu que seu pai era um assassino – santo pires de leite, parecia ter se passado tanto tempo – ela o viu desmoronar. Talvez isso seja amor, o fim, confiar o suficiente em alguém para se deixar desmoronar.

Mas isso só o tempo diria, ela tinha muito o que fazer. Cherry amassou a folha e jogou na lata de lixo.

—Fique com seus segredos sujos querido, e eu ficarei com os meus – ela suspirou, olhando para ele, dormindo completamente nu sobre as cobertas – Não se preocupe, eu também sei guardar segredos...

Ela deslizou sobre o chão, sem fazer barulho com os saltos, e atravessou a porta. Afinal, o dever chamava... Alguém precisava roubar a rainha!


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