Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 60
Extra - A Terrible Beautiful Day


Notas iniciais do capítulo

Não há amigos na Ilha dos Perdidos. Pelo menos, não deveria haver... Mas quando se é uma vilã, você desobedece a todas as regras, mesmo aquelas que já estão erradas.
E em meio a isso, uma amizade nasce. Como Carmim e Hannah, tão diferente e parecidas, acabaram por virar melhores amigas? Isso você descore agora!



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E eu? Acha que eu tenho algum futuro? Que posso ser má?

—Hannah Hook

...

..

.

Hannah Hook entrou no quarto de Carmim d’Copas sem sequer bater, a ruiva levantou os olhos do seu café da manhã e encarou a morena por um minuto, repreensiva. Ela e Hannah não eram próximas há tanto tempo assim para que ela tivesse esse direito.

Carmim ergueu uma sobrancelha, quando a menina não se moveu, mas ela ficou apenas ali, parada, em choque como uma retardada. Carmim suspirou. Tinha mesmo um dedo pobre para amigos, há dois anos atrás, no final do oitavo ano, quando parará de andar com Evie Queen – perdedora – , por que ela ficara amiga de Bertha – Perdedora II – tinha decidido escolher Hannah como parte de seu novo círculo social. Não seu braço direito, é claro, esse lugar era de Gart LeGume, o mais traiçoeiro, manipulador e ambicioso aluno da turma, após ela, é claro. Mas sinceramente, Hannah vinha sendo uma decepção.

—O que foi? – perguntou Carmim por fim – Vai ficar parada ai, ou o que?

Mas ela foi pega de surpresa quando a menina se jogou na cama dela, chorando como uma louca. Era só o que faltava, um acesso de lágrimas... Como se ela não tivesse muito trabalho tentando não irritar sua mãe sozinha.

—Hein, pode parar com o drama e me explicar o que está acontecendo? – grunhiu Carmim, mas a menina seguiu chorando. Ela revirou os olhos. Tudo bem, ia ter que apelar. Hannah gritou quando ela a puxou pelo cabelo a fazendo a encarar – Você está manchando de rímel barato minha colcha favorita, é bom ter um motivo muito bom para isso!

—Minha mãe... Mataram minha... Mãe... – falou Hannah, aos prantos. Carmim soltou ela, e deixou que ela chorasse. Ela provavelmente não choraria por sua mãe, como a maioria dos alunos da escola também não fariam, mas com Hannah as coisas eram diferentes. A mãe dela não era nenhuma grande vilã, ou algo assim... Apenas uma subalterna que havia sido mandada para a Ilha por algo menor... E elas realmente se davam bem!

—Olha, eu geralmente não falo isso, mas... – Carmim suspirou, passando a mão no cabelo da morena chorosa – Você tem que ficar calma!

—Eu não quero ficar calma! – gritou Hannah, com a cara enfiada nas cobertas.

—Tudo bem, não fique – Carmim deu os ombros – Vamos!

—A onde? – a morena perguntou chorosa, mas curiosa.

Carmim deu os ombros, andando em direção ao armário.

—Você vai contar pra todo mundo, não é? – perguntou Hannah, receosa – Vai acabar comigo como fez com Evie!

—Não – Carmim suspirou, após pensar por um longo momento. Era tentador – Não vou contar a ninguém. Então é melhor me agradecer por isso, fracassada... Vamos quebrar alguma coisa por ai!

...

—Soube que Queenie Queen fugiu de casa – falou Hannah, enquanto voltavam para a mansão de Copas. Parecia melhor, embora não tolamente melhor. Pelo menos não estava mais chorando.

—Já era hora – Carmim deu um gole em seu café mais do que muito quente e exalou – Aquela menininha... Ela é realmente má, tem um grande futuro, não podia passar a vida inteira sendo a empregada da irmã.

—E eu?- perguntou Hannah – Acha que eu tenho algum futuro? Que posso ser má?

—Bem... – Carmim deu mais um gole no café – Acho que pode ser se se esforçar... Você tem um ótimo sorriso psicótico.  

—Mesmo? – ela perguntou, desconfiada.

—Escute aqui, Hook, por que eu não falo essas coisas duas vezes seguidas – ela suspirou – Escolhi você por um motivo. Assim como Hugo e Gart. Não somos fracassados como Bertha e Evie. Não precisamos causar confusão para aparecer. – ela riu de canto – Eles já sentem medo de nós sem isso. Nossa presença já é bastante ameaçadora. Isso sim é maldade! Não... Derrubar algumas frutas no mercado!

Hannah ficou pensativa, andando ao lado dela na rua, olhando em volta. Era verdade, ela notou, o jeito como as pessoas olhavam para Carmim e tremiam. Isso acontecia sempre? Ela não sabia.

—Gart é manipulador. Hugo é genial. E você... – continuou Carmim – É corajosa! Por isso escolhi você, é determinada o suficiente para seguir em frente quando acredita em algo! Isso é maldade!

—E você, o que é? – perguntou Hannah, rindo.

—Eu – ela jogou o cabelo para trás – Sou a princesa de Copas. Rica, bonita e ameaçadora. Sou a carta na manga. O último recurso... Eu sou quem uniu vocês, e quem faz as coisas acontecerem! Como agora...

—O que tem agora? – perguntou Hannah.

—Eu vou fazer você acontecer!

...

No velório de sua mãe, Hannah enfim nascia. Em meio ao pequeno grupo de pessoas agrupados na popa do navio viam Hook jogar as cinzas no mar, e riam silenciosamente de seus olhos vermelhos de um homem que amou e sofreu – o mais miserável entre os vilões – Hannah sentia a fúria negra percorrer suas veias.

Ela olhou para Carmim ao seu lado, que mexia nas cutículas desinteressadamente. Tinha sido importante para Hannah ela ter vindo, ter alguém forte ali quando sabia que não podia se apoiar no pai. Ela tocou o anel de sua mãe, aquele que o pai dera a ela a dois anos no aniversário de “casamento” para se defender dos idiotas da Ilha.

Ela aprenderia a usar uma espada. Seria corajosa e determinada como Carmim falará.

Ela honraria o nome de seu pai.


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Notas finais do capítulo

UAU! Hannah no melhor estilo Hannah, senhoras e senhores!
—Miau!
E Lúcifer!
Enfim, comentem e até mais!
Bjs, Meewy!



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