Efeito Dominó escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 6
Capítulo 6: Encontro Doloroso


Notas iniciais do capítulo

A sumida tá de volta... Por pouco tempo . U.u

Eu acho que vocês estão prontas para conhecer o vilão anti-sasusaku da nossa história. E quem sabe... Um pouco sobre o passado da nossa Saky. :D

E para aquelas que perguntaram sobre NaruHina, teremos um capítulo especial para vocês. :D O próximo será um bônus com visão do Naruto sobre o encontro. :D Espero que leiam também. :D

Boa leitura! ;D



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Ok! Quando eu disse para o Naruto que ele podia contar comigo para o que desse e viesse, eu não estava, de fato, me referindo a isso. Deixei um suspiro irritadiço escapar por meus lábios, atraindo a atenção do loiro que até então mantinha sua atenção completamente para a estrada a sua frente. Naruto deixou o ar escapar por seus lábios e virei meu rosto rumo à janela.

― Ok... ― sussurrou o Uzumaki. ― Pode desabafar. Pode me chamar de tudo que seja nome feio que você conheça. ― ele resmungou e eu sorri internamente. Pobre Uzumaki se eu começasse a chama-lo de todos os nomes que eu chegava a conhecer. Meu dicionário de palavrões era bem vasto. ― Mas lembre-se... Você que se oferecera a me ajudar em qualquer momento.

― Sim, mas isso não era uma afirmação generalista. ― retruquei vendo-o encarar-me de rabo de olho. Ergui uma sobrancelha e lhe lancei meu melhor olhar de irritação. Talvez assim ele conseguisse entender que as pessoas exageram nas palavras usadas apenas a fim de melhorar o astral de outra. Humanos nunca cumprem 100% do que chegamos a prometer e isso era um fato. ― Naruto eu nunca me referi a você me levar junto nesse encontro às escuras babaca.

― Tarde demais. ― ele retrucou enquanto estacionava o March preto do tio Minato na vaga. ― Acabamos de chegar.

Encarei o prédio a nossa frente. Era o Shopping Center, um lugar típico para crianças, adolescentes, jovens, adultos, enfim... Um lugar típico para qualquer pessoa no final de semana. E eu, em pleno sábado à tarde, teria que atuar um encontro duplo em que eu não estava envolvida. Encarei o Uzumaki a minha esquerda. Ele terminava de desligar o automóvel e estava abrindo a porta do lado do motorista. Suspirei derrotada enquanto abria minha própria porta.

Entramos e eu comecei a vislumbrar as pessoas que ali estavam caminhando. A praça de alimentação estava, deveras, lotada. Era mais fácil contar as cadeiras vagas do que as que estavam sendo usadas. Porém, não fora difícil para mim e nem para o loiro ao meu lado encontrar a figura de Deidara no centro da multidão. Os longos cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo alto. Os olhos azuis toparam na figura de Naruto e ele ergueu rapidamente a mão.

― Boa sorte... ― sussurrei para o Uzumaki de cabelos loiros. Naruto me encarou confuso e eu dei de ombros. ― Eu disse que estaria aqui para te dar apoio moral. Agora, vai nessa, tigrão! Eu vou estar na banca de revistas.

― Sakura...

Escapei de suas vistas antes que ele pudesse me impedir. Em poucos passos, eu já havia deixado uma multidão entre nós dois. Encarei a fachada de uma das poucas lojas que eu ainda frequentava no shopping. Ao contrário de várias outras garotas da minha idade, eu nunca fui fã de compras, então as lojas de roupa sempre alcançaram um nível baixíssimo em minhas possibilidades de visita quando eu vinha ao shopping. Além, logicamente, de viver grudada em meu pai ou em Naruto. Digamos que nenhum dos dois tem muita paciência para compras e meio que eu adquiri essa mania.

Acenei para Nagato assim que coloquei meus pés dentro da loja. Nagato Uzumaki, primo de segundo grau de Naruto por parte da tia Kushina, sua mãe. Ele era o responsável por essa banca de revistas, mangás e livros. E, das cinco horas que eu Naruto costumávamos ficar no shopping, nosso tempo era divido entre um bom filme e horas a fio lendo os mais recentes lançamentos de mangás, uma de nossas paixões.

Encaminhei-me até a estante principal. Meus olhos praticamente adquiriram um brilho mágico quando me deparei com o segundo volume do mangá de Tokyo Ghoul. A digníssima Touka-chan esbanjava a capa. Ela era, sem dúvidas, minha heroína preferida daquele mangá. Sui Ishida é realmente um gênio dos personagens de olhos redondos e rostos carismáticos. Peguei o mangá entre as mãos e folhei-o. Eu estava bastante entretida no volume quando alguém esbarrara em mim.

― Desculpe... ― a voz ecoou por meus ouvidos e virei o rosto para encarar seu dono. Então eu tive a certeza que havia cometido um erro e que deveria simplesmente manter meus olhos presos na imagem da Touka. ― Nossa... O destino não para de nos pregar esses encontros.

― O que você quer? ― perguntei tentando ao máximo voltar minha atenção ao mangá em mãos. Não estava no clima de ouvir baboseiras dele novamente. Meu pavio para suas falas inadequadas e ações questionadores estava, deveras, curto. Talvez ele nem existisse mais.

― Vamos lá, Sakurita. ― ele resmungou e eu fechei meus olhos. Odiava aquele maldito apelido, principalmente quando ele o esbanjava de livre e espontânea vontade. Aquele asco indesejado sabia, exatamente, como deixar-me irritada. E, bem... Era o que ele estava fazendo no exato momento. ― Nossa história juntos ainda não chegara ao fim. Eu acredito que nem ao ápice ela tivera chance de chegar.

― Bem, sinto muito lhe informar, mas está errado Idate. ― murmurei virando-me para o moreno que mantinha um sorriso debochado em seus lábios. ― Eu descobri que a vida é tudo sem você. Sua existência para mim é tão importante quanto à de uma barata que anda por cima do lixo. Então... Deixe-me aproveitá-la com um frasco de Baygon em mãos.

Meu plano era simplesmente desaparecer da frente do moreno, mas a ideia tornou-se falha quando senti meu braço ser seguro. Encarei-o como quem encara um drogado no meio da rua. Meus olhos seguiam caminho do rosto rude do moreno até sua mão que ainda segurava meu braço. Forcei o puxão para ver se ele me largaria, mas aparentemente, Idate Morino, um grande cretino do século XXI, não estava com a mínima vontade de fazer isso.

― Algum problema. ― uma voz grave e rouca fora ouvida atrás de mim. Reconheceria aquela voz em qualquer lugar e fora apenas encarar a pessoa as minhas costas que senti um alívio percorrer minha espinha e uma mão soltar meu braço. Nagato estava parado alguns quadros de piso atrás de mim. Em suas mãos, um taco de beisebol de cabo negro descansava. Mas aos bons frequentadores daquela loja de cultura, o conhecimento da existência de uma pistola semiautomática, completamente legalizada, na parte de trás de sua calça, deixava aquele taco de beisebol como mero espectador. ― Idate?

― Nenhum problema... ― ele retrucou. Encarei a face do moreno e percebi que estava, definitivamente, irritado pela aparição do Uzumaki. ― Apenas conversamos sobre os velhos tempos.

― Acho melhor você sair daqui. ― Nagato resmungou para o moreno. Idate encarou-me antes que desse, simplesmente, meia-volta e saísse pela porta principal da loja. As pessoas que frequentavam o local voltaram às atenções aos gibis, mangás e revistas. A decepção por um não tiroteio era visível em suas faces. Provavelmente as cenas de um mangá shounen passavam por seus cérebros divertidos. Nagato voltou sua atenção para mim e eu deixei um suspiro aliviado escapar por minha garganta. ― Você está bem?

― Claro... ― sussurrei. Podia ser fácil para que alguém, que me conhecia desde sempre, como Nagato que aquele encontro estressante com uma ameba do meu passado não tão remoto pudesse me deixar mal. Ergui o mangá do Tokyo Ghoul. ― Eu posso levar para ler lá fora? ― perguntei e vi o ruivo sorrir minimamente antes de confirmar com um breve aceno. ― Obrigada...

[...]

Deixei que meu queixo caísse quando vislumbrei a mesa mais adiante. Deidara sorria animado na companhia de sua atual peguete, Kurotsuchi, enquanto dividiam um sundae de banana. Ao lado deles, Naruto conversava calmamente com uma garota que já havia visto em várias ocasiões. Os longos cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo alto. Os olhos tão claros que pareciam prateados encaravam o loiro a sua frente enquanto, com os dedos, ela remexia o canudo do milk-shake. Vi os dois rirem e depois lançarem uma grande quantidade de olhares furtivos, imersos em segundas, terceiras e as mais variadas intenções.

Eu estava com ciúme. Sim, eu estava... Meu dia estava sendo um tédio, mesmo que eu tivesse conseguido um bom desconto em mangás, ainda estava ali esperando algo que, provavelmente, não me ajudaria em nada. Suspirei lentamente enquanto terminava de bebericar o suco de graviola de uma lanchonete de refeições naturais que havia ali por perto. Joguei-me sobre uma das cadeiras vermelhas da praça de alimentação e remexi no celular, aproveitando-me do Wi-Fi gratuito do shopping.

― Milagre encontrar você aqui. ― murmurou uma voz que rapidamente atraiu minha atenção. Cabelos negros e rebeldes cobertos por um boné dos Yankes. Um colete vermelho cobria seu corpo e uma sacola de compras estava presa a sua mão direita. O sorriso desdenhoso e completamente questionável ainda esbanjava seus lábios quando ele fizera o desprazer de puxar uma cadeira e sentar-se a minha frente. ― Você realmente não faz o tipo de garota que gosta de shopping.

― E não gosto... ― a frase escapara de modo automático por meus lábios. Encarei Sasuke arqueando a sobrancelha. ― O que o traz ao shopping? Você não me parece o tipo de cara que gosta de compras... ― retruquei de volta fazendo questão de usar-me de seu mesmo argumento. Para mim, Sasuke Uchiha não era o exemplo de rapaz metrossexual que adorasse compras. Provavelmente fosse a quantidade de testosterona que ele fazia questão de exalar por onde passava, mas eu nunca admitiria isso em voz alta. ― Ou você é o tipo de cara que gosta de comprar roupas e sapatos no final de semana.

Ele sorriu mais abertamente e como resposta erguera a sacola que trazia entre as próprias mãos. Encarei o conteúdo desta definitivamente surpresa. Já havia visto aquele lado do moreno em um determinado momento, mas a cena de um Uchiha carregando um pacote de ração de filhote, uma novíssima coleira e um frasco de shampoo canino ainda era extremamente estranha em minha mente.

― Falando nisso... ― resmunguei rapidamente. ― Como vai o Bobby?

― Ele vai bem... ― ele murmurou a própria declaração em um tom baixo enquanto soltava uma misera risada. ― Admira-me que ainda lembre-se do nome dele.

― Eu tenho uma boa memória, Uchiha. ― murmurei de volta enquanto colocava o copo descartável sobre a mesa de tampo vermelho. ― E digamos que Bobby é um nome muito comum para cachorros. ― novamente voltei minha atenção aos objetos na sacola que o moreno carregava. ― Mas não acho que o Bobby vá gostar de uma coleira vermelha.

Ele riu um pouco mais alto. E, bem... Sua risada pareceu-me bastante contagiante, tanto que me esforcei ao máximo para não acompanha-lo. Passei as mãos pelos fios de meu cabelo que teimavam em querer invadir minha face. Coloquei-os para trás de minha orelha e voltei a encarar o moreno.

― Provavelmente... ― sussurrou o moreno. ― Mas a coleira não é para ele. É um presente.

― Sem embrulho? ― questionei-o. ― Sem bilhete?

― Digamos que a pessoa que vá recebê-la não é fã de embrulhos. ― disse o Uchiha rapidamente. Seus olhos tornando-se ainda mais escurecidos. ― A conheço bem para confirmar isso.

Os olhos de Sasuke se voltaram para a mesa mais adiante. A mesma mesa em que Naruto, Deidara e as duas moças estavam sentados. Eu agradeci a Deus que estávamos longe o bastante das vistas de Naruto, pois se conheço bem o Uzumaki de sangue quente, ele não toleraria me ver ao lado do Uchiha. Bom, eu provavelmente deveria manter-me afastada de Sasuke, mas após nosso último encontro somado ao de hoje, eu decidi que poderia dar-lhe o ar da dúvida. Não confiava em Sasuke. Suas ações depois de nosso trágico primeiro encontro não me davam a segurança de confiar nele. E, bem... Provavelmente ainda converso civilizadamente com o Uchiha por causa de minha total falta de noção.

― Quem é? ― perguntou Sasuke atraindo minha atenção para a direção contrária da mesa de Naruto. Meus olhos seguiram a mesma direção até encontrar com um rapaz parado algumas mesas atrás. Os olhos e cabelos negros eram facilmente visíveis na multidão. Ele balançava um pedaço de corda verde entre os dedos enquanto ele permanecia encostado à coluna. A figura de Idate deixou que os pelos de meu antebraço arrepiassem-se e eu encarei o tampo da mesa. ― Ei... Aconteceu algo?

― Não é nada... ― murmurei me recompondo. ― O que estava dizendo?

― Hinata parece estar gostando do tal encontro duplo. ― ele murmurou. Seus dedos moviam-se livremente sobre o tampo espelhado da mesa. O sorriso debochado atingira seus lábios e encarei a mesa de Naruto novamente. ― Nada contra esse encontro. Ela precisava disso, mas eu realmente não estou contente que seja um encontro com o seu amigo loiro.

― Naruto é um rapaz decente. ― disse para o moreno. Sasuke voltou sua atenção para a mesa mais distante. ― Ele é um bom amigo. Não é um gênio, mas sempre trabalha duro para conseguir o que quer. E eu sei que sempre posso contar com ele, para o que der e vier.

― Claro... ― sussurrou o moreno colocando a mão sobre o rosto. A lembrança do fatídico dia em que Naruto depositara um belo soco em seu rosto deve ter sido refrescada. ― É desse tipo de cara que a Hinata precisa. Ela já sofreu muito... Só quero que ela seja feliz.

― Você parece gostar muito dela. ― murmurei para o moreno. Sasuke apenas confirmou com um breve aceno. ― Devem ser bons amigos. Ela estava com você naquele dia...

― Ela sempre está comigo. ― disse e pude facilmente perceber que seu tom de voz mudara drasticamente. Os olhos escureceram e adquiriram um brilho negro. Os dedos prenderam-se a mesa deixando que os nós ficassem brancos. Seu maxilar travara deixando que a face esbelta tornasse-se incrivelmente rude. ― Por alguns motivos... Eu meio que devo a ela.

― Entendo... ― sussurrei. Minha voz saiu mais fraca do que eu imaginava e o motivo para mim era desconhecido. Suspirei lentamente enquanto colocava a sacola com os mangás entre os dedos. ― Preciso ir. Até...

― Quer que eu...

― Não precisa. ― retruquei rapidamente. Como eu disse, não confiava no moreno o suficiente. Ele havia, definitivamente, criado os nós de dúvidas em minha mente. E, bem... Eu não tinha um bom histórico em consequências por acreditar demais nas pessoas que, de início, não se fizeram bem visíveis as intenções reais. ― Eu pego um táxi.


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Notas finais do capítulo

Devo continuar? Ansiosos para o capítulo NaruHina? Bem... Espero que continuem acompanhando. :D

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