Sem Alice no País das Maravilhas escrita por AnneWitter


Capítulo 11
Festa das Maravilhas


Notas iniciais do capítulo

-Cap Não betado.
-Para quem ficou curioso com o final do cap 9 eis a continuação deste...
-Não esqueçam de comentarem!!!!
-Espero que gostem e valeu!



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–Uchiha. – pronunciou Sakura se levantando.

O vento gélido que invadia a torre desprotegida foi de encontro á Sakura, fazendo com que seus cabelos entrassem numa dança involuntária, enquanto sua dona mirava com azedume o recém chegado.

–O que você quer?

O moreno deu um daqueles seus sorrisos que representavam tão bem a falsidade. A rosada ainda não se acostumara com o fato de que Sai era tão parecido com seu primo, e talvez por isso que não era nada agradável vê-lo ali.

–Nada demais. Só estava de passagem, sabe gosto de vim aqui ás vezes. – explicou ainda com seu sorrisinho nos lábios. – E quando subi e lhe vi aqui não pude perder a oportunidade de falar com você.

Ela deu um sorriso forçado e virou-lhe as costas, observando então a paisagem avermelhada, devido a estação que se encontravam, qual se estendia por todo o terreno de Hogwarts.

–E o que você quer falar comigo?

–Nada. – respondeu ele colocando-se ao lado dela. – Só achei que você queria falar com alguém.

Sakura se virou e mirou o perfil do moreno. Ele olhava para a paisagem também, e a rosada gostou de não ver no rosto dele aquele seu típico sorriso.

–Bem, na verdade queria mesmo. – admitiu ela voltando a olhar o espetáculo que se seguia pelo terreno. – Esses dias os únicos que falam comigo são os fantasmas. – disse com um sorriso digno de pena.

– Notei isso, mas dizem que os mortos são os melhores ouvintes.

Sakura voltou a encará-lo, ele ainda continuava sério e a olhar para frente; mas ela não pode deixar de sorrir com o que ele havia falado.

–Achou engraçado rosadinha?

Sakura removeu o seu sorriso na mesma hora.

–Tenho nome. – repreendeu-o

–Achei que entre amigos o valido fosse os apelidos. – disse ele sorrindo.

Sakura o encarou por alguns segundo para logo desviar o olhar do dele.

–Você tem alguma coisa para fazer hoje á noite? – perguntou ela de supetão

O moreno a observou por instantes, confuso.

–É... Dormir?

Sakura sorriu e o olhou.

–Então quer dizer que você está livre, ótimo.

–Porque?

–Gostaria de ir para uma festa diferente?

–E porque não? – disse ele sorrindo.

–Ótimo.






O horário de recolher em Hogwarts era exatamente ás dez da noite, e aquele que era encontrado fora depois desse horário era severamente punido. Assim os monitores preguiçosos demais para realizar seu trabalho queriam que acreditassem. Naquela noite quem deixaria de acreditar nisso era Sakura, que após as dez, por volta das onze horas, deixou o salão comunal.

Cautelosa ela seguiu pelo corredor, olhando cada canto para verificar que estava seguro. Ela tinha visto Gaara sair minutos antes para a monitorizarão diária; e certamente naquele momento ele estaria do outro lado, na entrada para escadaria móvel, e por isso ela optou descer pela escada imóvel, o que não adiantaria muita coisa, uma vez que essa chegava apenas até o quinto andar, dali ela teria que seguiu pela escadaria móvel. Mas isso era só um detalhe.

Cuidadosa ela saiu da escadaria imóvel no quinto andar, e antes de partir para a escadaria móvel verificou o andar, ela definitivamente não queria ser pega por nenhum monitor, tampouco pelo velho Fich.

Silenciosamente ela pegou a escada, indo então para o sétimo andar, e dali seguiu um corredor cumprido que levava para a escadaria da torre desativada.

O caminho para chegar a torre – corredor e escadaria – não aparentava ser um lugar desativo, era tão usual como qualquer outro lugar dentro daquele imponente castelo. Na verdade Sakura havia notado aquilo naquele corredor maluco que encontrara em seu primeiro dia de aula. O lugar era como os demais, o que certamente facilitava na questão em se perder lá dentro. Na certa as coisas eram dessa forma em Hogwarts, simplesmente para testar seus alunos – ou – começou a pensar quando avistou Sai no patamar superior da escada – depois da reforma, devido a batalha que ocorreu ali, todos os lugares desativado ou não ficaram idênticos, como novo. Pensou já diante do garoto.

Sai lhe deu o seu sorriso de costume, e Sakura retribuiu com outro sorriso. O garoto não estava usando uniforme, como a rósea pensou que ele iria fazer. Ele estava com uma vestimenta bruxa na cor violeta e vermelha, o que normalmente famílias bruxas gostavam de vestirem quando estavam em lugares próprios para bruxos. Ao contrario de Sakura que estava vestindo-se como uma verdadeira trouxa, calça jeans, tênis e uma camiseta rosa com dizeres em preto que cobria boa parte da roupa.

–Gostei da roupa. – disse ele sorrindo.

–Obrigada, e eu da sua. – disse franca.

Então os dois seguiram o pequeno corredor que levava para a porta de madeira escura. Ali a garota deu duas batidas e, antes que pudesse pensar numa terceira, a porta se abriu.

Os dois entraram encabulados, o Barão Sangrento foi quem abriu a porta, mas ele não tinha aquele ar de irritado de sempre, ele estava sorrindo. Só aquilo havia valido a pena em ir aquela festa.

O lugar estava lotado de fantasma, como Dama cinzenta havia lhe dito. Todos os fantasmas de Hogwarts realmente estavam ali, e na verdade parecia que até tinha convidados de fora.

Foi curioso para rósea ver que eles também haviam decorado o lugar, não de uma forma mórbida como certamente seria o certo para uma festa daquela; essa tinha cores. Haviam abóboras como as que estavam no salão principal, velas que flutuavam alegremente, fitas de cetim preta, vermelha e violeta que enfeitavam cantos e o teto alto da torre. E também para sua surpresa haviam pequenas vassourinhas voadoras, e sobre essas pequenas bruxinhas bem ao estilo de conto de fadas, essas riam quando perpassava algum fantasma e notavam de cores quando acertava algo solido; como por exemplo o braço de Sai, que o acertou quando os dois seguiram em direção a Dama Cinzenta que estavam o chamando.

Ele sorriu observando a bruxinha violeta passar a ser vermelho sangue, e voltou-se para a fantasma parada diante de Sakura que o olhava curiosa.

–Desculpa-me trazê-lo sem avisar. – desculpou-se Sakura. – Mas quando ele veio falar comigo achei que seria interessante compartilhar essa experiência única.

–Tudo bem. – disse-lhe Dama Cinzenta sorrindo. – Sai Uchiha, da Lufa-Lufa, certo? – perguntou-lhe a fantasma.

–Sim. – respondeu singelo. – Estou achando tudo muito fascinante.

–Normalmente não fazemos todas essas decorações, mas como teríamos uma viva entre nós essa noite, achamos que seria interessante dar alguma cor em tudo isso. – explicou Dama Cinzenta.

–Além de pedir para os elfos preparem algumas guloseimas. – completou Nick-quase-sem-cabeça, que se aproximou dos três. –Como fiz noutra vez.

–Outro...Eh...Vivo já participou de uma festa de hallowen com vocês? – quis saber Sai.

–Oh sim! – exclamou Nick orgulhoso. – Uma pessoa de grande importância, alguém que realmente valeu a pena convidar.

Sakura ignorou o comentário acido dele, pois já estava acostumada com essas coisas. Sai, notou ela ao olhá-la, também não se mostrou abalado.

–E quem é esse importante bruxo? – indagou ele confirmando a suspeita de Sakura, embora a voz dele soara um pouco irônica.

–Harry Potter, é claro.

Os dois únicos vivos naquela festa ficaram impressionados, ao mesmo tempo em que Nick se mostrava orgulhoso por ser o portador daquela noticia.

–Então nosso futuro será grandioso. – disse Sai com aquele seu sorriso de volta em seus lábios.

Nick o olhou com desaprovação, enquanto Dama cinzenta pedia para Sakura e Sai a acompanhar.

A rósea olhou encantada para uma banda de corda que tocava alegremente, tocando algo antigo, mas que tinha uma melodia adorável, que fazia os fantasmas – boa parte desses – dançarem.

Ao fundo da torre havia uma mesa relativamente cumprida, e sobre essa doces que davam água na boca, como também salgados e bebidas. Caso eles estavam esperando apenas um convidado vivo, eles esperavam que esse fosse comilão, pois havia dez ou quinze quantidades de cada prato.

Sakura seguiu para os salgados, como já havia virado costume, ela não tinha jantado naquela noite, e por isso seria agradável comer algo que tivesse sal.

Sai ao seu lado pegou um dos docinhos, este era um tipo de doce de abóbora, mas que tinha chocolate e pequenos confeitos coloridos que ao morder soltava diversos de gostos, algo similar ao feijãozinho de todos os sabores, ao contrario deste, entretanto não se corria o risco de comer algum que poderia trazer algum gosto ruim ou estranho á boca.

Sakura ao dar a primeira mordida percebeu os olhares dos fantasmas mais próximos em direção á ela e Sai, como que ambicionando o que eles comiam, ou talvez o fato deles conseguirem comer. Dama Cinzenta também os olhava com a mesma feição. Sakura ficou sem jeito em dar a segunda mordida, por isso resolveu deixar a torta de frango de lado por algum tempo – por outro lado, Sai se deliciava com o doce, sem se importar com os olhares.

–Come mais. – disse Dama Cinzenta amável.

Sakura suspeitou se caso fosse possivel para um fantasma corar, certamente a Dama Cinzenta estaria completamente rubra. Sorrindo ela resolveu pegar de volta a torta, afinal ela estava com fome, e olhando para um ponto qualquer, sem precisar olhar diretamente para os fantasmas, ela devorou o pedaço de torta.

–Estava realmente com fome, não? – brincou Sai quando a viu terminar.

–Ultimamente ela não anda comendo direito. – explicou Dama Cinzenta.

–Hum.

–Estava delicioso. – comentou sentindo o rosto quente.

–Fique á vontade para pegar mais. Agora irei andar um pouco pela festa, caso quiserem conversar comigo estarei próxima á porta.

Sakura e Sai concordaram com um balançar de cabeça; quando ela não estava mais a vista, algo difícil de acontecer uma vez que todos os convidados era semi-transparente – Sai e Sakura voltaram-se para a mesa de guloseimas.

–Muito agradável a festa. – comentou o moreno.

–Também achei, pensei que fosse diferente. – disse pegando da mesma torta.

–Eu também, quando você me convidou pensei em coisas bizaras. – admitiu. – Quero dizer, numa reunião de pessoas mortas não é nada comum, e imaginava que eles ficariam no escuro contando sobre a vida após a morte.

Sakura riu diante a essa explicação, fazendo o rapaz também rir.

–E eu imaginei que eles falariam de suas mortes, e nos contariam historias assombrosas.

–Posso fazer isso, caso queiram.

Sakura e Sai se viraram abruptamente e, o fantasmas que havia ali era o que Sakura havia conhecido mais cedo, o Sangue Fresco. O nome certamente vinha da mancha que havia em sua roupa, que estranhamente – como naquele momento – parecia mais vívida, como sangue fresco.

–Oh! Oi Sangue Fresco. Este daqui é Sai Uchiha da Lufa-lufa.

O fantasmas curvou-se diante, sendo imitado em seguida pelo moreno.

–Embora não tenha historias de terror, estão gostando da festa.

–Certamente que sim, realmente agradável. – garantiu Sakura.

–Ótimo, ótimo. Alguns fantasmas ficaram apreensivos com a sua vinda, sabe sobre o ocorrido.

Sakura fez que sim com a cabeça e encarou desanimada a torta em sua mão.

–Mas há alguns que não acreditam no que dizem, incluindo a Dama Cinzenta e eu. – disse de forma amável.

–Obrigada.

–E imagino que o Sr. Uchiha também não, não é? Afinal veio acompanhá-la, e pelo que sei ela está meio sem amigos nos últimos dias.

Sai não disse nada apenas sorriu, Sakura olhou o perfil dele, confusa. O que aquele sorriso queria dizer?

Qualquer coisa que ela pudesse refletir sobre aquele simples acontecimento dissipou com o chamado da Dama Cinzenta, a fantasma estava próxima á porta – como havia falado – e ao seu lado estava mais dois fantasmas, ambos a rósea nunca tinha visto dentro de Hogwarts. Antes que a fantasma voltasse a chamá-la, ela correu para lá – uma tarefa que se mostrou desconfortável, uma vez que chegou a perpassar dois ou três fantasmas congelando-a, além de ter que ouvir os resmungos brados desses.

Desculpando-se ela chegou ao lado da Dama Cinzenta.

–Quando lhe convidei para esta festa já tinha algo em mente, não achei que daria certo, mas por sorte sim. – começou ela alegre. – Mas antes de mais nada deixe-me apresentar esses senhores. Este daqui é Senhor Olho Bom. – disse mostrando o fantasma do seu lado direito, um homem alto, pálido como todos os fantasmas, e que tinha um taba olho do lado esquerdo – E este é o senhor Dois Dedos. – apontou para o fantasmas do lado esquerdo, este era baixo comparado ao primeiro e tinha somente os polegares das mãos, notou Sakura quando ele levou as mãos ao peito para reverenciá-la. – Eles são amigos de Barão Sangrento, e quando soube disso pedi que ele os convidassem.

Sakura sorriu para ela, mas não conseguindo entender o que isso tinha haver com ela. E certamente seu rosto era tão nítido sobre isso, que Dama Cinzenta lhe pediu desculpas e disse que esclarecia tudo.

A narração não foi longa, os fantasmas – como Sakura já suspeitava – eram de outro lugar, mas especificamente da pequena instituição para novos aurores. Algo semelhante a escola onde esses eram treinados por seis meses; Lá Dois Dedos e Olho Bom havia ouvido uma interessante historia, sobre um professor de DCAT de Hogwarts que segundo relatos queria ensinar para um grupo seleto a Arte das trevas.

Essa informação fez Sakura tremer, mas se segurou para continuar a ouvir o resto da narração.

Esse mesmo professor estava na instituição para novos aurores, treinando um novo grupo; mas o chefe dos aurores garantiu que essa historia é uma farsa, certamente criada por alguém que o queria tirar de Hogwarts. E segundo os fantasmas ninguém estar sabendo que a culpa caiu em cima de uma aluna, afinal o próprio professor declarou que tem suspeitas de quem seja, e pelo que parece não é um aluno, e sim algum funcionário de Hogwarts.

Aquilo deixou a rósea aliviada, extremamente aliviada. O fato era agora arrumar um jeito de ir falar com o professor e conseguir ajuda deste. Sorrindo ela olhou para trás em busca de Sai, este entretanto não se encontrava ali, provavelmente ainda estava perto da mesa de guloseimas, mas aquilo não importava naquele momento, ela estava feliz, todos deixariam de lhe chamar de traidora.

–Obrigada. – caso ela pudesse abraçar ela teria abraçado Dama Cinzenta.-Agora eu posso provar que sou inocente!

Sakura sentia-se novamente capaz de governar o seu país das maravilhas...




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Notas finais do capítulo

-Não esqueçam de comentarem!



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