Ela acorda pulando, foi até o guarda roupa de Fleur e pegou uma calça jeans clara e uma regata de algodão e completou com um kimono levinho e florido, calçou a sapatilha branca e foi até lá, apesar dos protestos de Fleur para que descansasse, ela contou seu plano.
–Sim, é uma boa ideia-disse Luna.
Hermione se sente um pouco tonta e se apoia na cadeira.
–Vá tomar um banho querrida- diz Fleur, que usava uma calça jeans clara e uma camiseta simples com um cardigam azul por cima.
Fleur a ajuda, Hermione olha para a marca em seu braço, já cicatrizada e suspira. Ela veste uma camisola do mesmo modelo da noite anterior, só que branca e se senta na cama.
Elas ouvem batidas na porta, fleur vai atender e e Hermione coloca um robe branco e pega a varinha de Draco, para eventuais conflitos.
Logo a porta se abre, de início achiu ser Fleur pelos fios louros, mas era Draco, seu Dragão de Má Fé, tirou o robe e a varinha e o abraçou. Apoiando seu peso nele, com os joelhos fraquejando.
Percebendo isso, ele a coloca na cama, deitando-a em seu peito.
–Você está bem?
–Já vou voltar a ativa.
–Hermione -diz repreendendo-a
–Voce nao entende...
–Eu quero seu bem...
–Nao quero brigar por isso.
–Eu sinto muito, diz encarando o braço dela.
–Devia sentir vergonha, repulsa pela marca, mas ela diz QUEM eu SOU. Aos meus olhos, isto é pra mostrar que eu não devo sentir vergonha de quem eu sou, de quem eu sempre fui.
–Não se sente abalada com tudo o que aconteceu?
–Sou humana Draco. Dois estupros, agressões físicas e morais, maldições, marcas. É realmente difícil. Mas não posso me dar ao luxo de sofrer, de ligar para as dores que eu sinto tanto internamente, tanto externamente. É uma guerra, e, se eu sobreviver, eu vou ter uma vida inteira pra sentir qualquer coisa.
–adiar a dor não vai fazê-la menor quando finalmente a sentir.
–Me dar conselhos de moral não vai me fazer desistir. E... Não podemos nos dar ao luxo de ignorar tudo, Draco. Sabe porque eu não pareço estar desmoronando? Porque meu papel é esse, não importa o quanto eu esteja despedaçada, são ele que vão me reconstruir, juntar cada caquinho, eu preciso deles. Eles precisam de mim. Nós três protegemos um ao outro. É simplicidade,cumplicidade. Somos irmãos, confidentes. Significa que quando um fraquejar, quando um estiver desmoronando, despedaçando, os outros vão ser o apoio. É amizade, é todo mundo igual. Peso, altura, idade, são só números. Não existe hierarquia ou poder centralizado, é apenas você sendo você perto de outras pessoas que são elas mesmas perto de você.
–Eu sei que posso confiar você a eles.
–Obrigada.
Ele a da um beijo de despedida. E se foi.