O outro lado da moeda : Skye escrita por Blake


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Resolvi escrever algo aqui hoje pois não quero parecer antissocial e porque na maioria das fic's têm, fiquei com inveja, pronto, falei. Também queria dizer que pretendo postar a história com ou sem comentários, no stress é o meu lema, mas se quiser mandar, não me faria triste também e é isso. Beijos na bunda, amadinhos.



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Encontrou muitas referências a obeliscos, aparentemente são monumentos típicos do Egito antigo, representam proteção ou qualquer coisa do gênero, passou horas seguindo aquela linha de pesquisa mas algo não parecia certo ... Não tinha nada relevante ali, a não ser que procurassem por uma múmia, o que apenas tornaria toda aquela situação ainda mais bizarra. Já ao procurar “diviners” encontrou menos referências ainda, mas eis, que navegando na dark web se deparou com uma história no mínimo incomum, o título era “Anjos azuis que caíram do céu”, Skye estava preste a fechar a aba, acreditando se tratar de alguma ficção, mas parou instantes antes, ao ler “o mito real”, deu de ombros – Não tenho nada a perder mesmo – dito isso acomodou-se um pouco mais na cama, já que o texto era um pouco extenso.

A muitos séculos uma espécie de alienígenas desceram à terra, sua raça ? Kree’s. Apesar das suas formas quase humanoides, eram azuis e nossos ancestrais acreditaram que eles fossem anjos, enviados à terra para nos salvar. Parte dessa teoria era verdade, mas ao contrário do que pensavam, os Kree’s não vieram nos salvar, eles próprios precisavam de salvação. Sua espécie estava sendo eximida e seu planeta natal, devastado. A busca pela salvação da espécie já havia levado aquele grupo de seis Kree’s a diversos outros planetas e em nenhum deles houve sucesso em seu plano de incorporar seu DNA a outras espécies, a maioria delas apenas rejeitava ou morria, mas aqui, na terra, foi diferente. Nossos corpos se adaptaram com perfeição àquela combinação e assim os Kree’s, finalmente, puderam descansar, sabendo que sua espécie, ou parte dela, estaria a salvo, aqui, conosco. Eu digo parte dela pois diferentemente do que a maioria pensa, nós ainda somos humanos, apenas temos a capacidade de sermos algo a mais. Óbvio que nem todos humanos têm essa característica, apenas os descendentes dos escolhidos são capazes de coisas que muitos considerariam ... Inumanas, temos habilidades que humanos comuns não possuem. Sim, temos poderes. Antes de partir os Kree’s explicaram aos escolhidos o que eles deveriam fazer para transformarem-se e os deram os diviners, ou obeliscos, e dessa forma, a tradição foi passada adiante e continua até os dias atuais. A terrigen mist é a única forma de alcançar a transformação e atualmente é bem menos complicada do que nos dias de nossos ancestrais, chegando ao ponto de não necessitarmos dos diviners ou dos templos Kree’s. Hoje, há muitos de nós por aí, pessoas com habilidades capazes de mudar o mundo, mas que se mantêm escondidas, com medo do que poderá lhes acontecer caso se mostrem. Seres humanos temem o que não conhecem e por temerem acabam ignorando a beleza das diferenças. Eu sou um dos escolhidos e se houver alguém aí que também seja e que esteja cansado de se esconder, não se preocupe, eu saberei e irei lhe achar.”

R.

E dessa forma terminava o texto, Skye não fazia ideia do que pensar, aquilo tudo parecia tão ... Insano, mas ao mesmo tempo não podia negar, esse texto fora o único no qual conseguiu uma clara referência tanto ao diviner quanto ao obelisco,t inha que ser aquilo. Tinha que ser.

Levantou-se, com o sangue a flor da pele – Pessoal, acordem e venham todos aqui! – gritou de modo entusiasmado, o ânimo no avião ainda estava meio cabisbaixo, os recentes eventos não ajudaram em nada nesse aspecto mas aquilo eram águas passadas. Skye tinha um jeito tão otimista de ser que ninguém diria os horrores pelos quais ela já havia passado, tudo bem que as vezes ela era um pouco irritante, descontrolada, misteriosa e provavelmente bipolar, mas aquele grupo estaria perdido sem a presença da garota ali, ela era a cola que mantinha todos unidos.

– Garota, você já viu que horas são ?! – Ward reclamou ao sair do seu dormitório que Skye notou, pela primeira vez, ser ao lado do seu.

– Não, porque ao contrário de você eu estava trabalhando e não dormindo – respondeu sarcasticamente e deu um sorriso cínico.

Jemma e Fitz saíram em seguida, ambos de pijamas de personagens em quadrinhos, não conteve um riso, até nisso eles eram parecidos, só poderiam ser gêmeos, não havia outra explicação e por último se juntaram ao grupo May e Coulson, o que não passou batido pela garota foi o fato de May ter saído do escritório do homem com o cabelo um pouco desgrenhado, como se tivesse se arrumado as pressas. Piscou na direção da chinesa num ar malicioso e só então anunciou.

– Bem, desculpem ter chamado todos a essa hora e me desculpem pelo meu descontrole mais cedo – iniciou e todos estranharam, Skye se desculpando ?! O ferimento só poderia ter infeccionado e ela estaria delirando – Mas não os chamei para isso, Coulson me pediu para procurar referências para as palavras obelisco e diviner e foi isso que encontrei de mais relevante – falou rapidamente e mandou o texto que lera mais cedo para o painel, permitindo que todos o lessem também – Eu sei, eu sei – se precipitou antes que Fitz-Simmons pudessem ditar em ordem alfabética o quão pouco confiável aquilo aparentava – Mas May me falou que enfrentou um cara que conseguia soltar bolas de fogo e no texto faz clara referência que eles precisam dos tais obeliscos para transformaram os “escolhidos” e que eles têm poderes – falava de forma apressada como se daquela forma fosse fazer sentido mais rapidamente para os demais – Talvez eles queiram essas coisas para criarem um exército de superpoderosos e dominar o mundo – finalizou e encarou cada um dos presentes, esperando que eles dissessem algo.

– O que ele quer dizer com “não se preocupe,eu saberei e irei lhe achar” ? – Coulson questionou com o cenho franzido e os braços cruzados.

– Não sei, talvez o poder dele seja telepatia ou prever o futuro – Skye respondeu a primeira coisa que lhe veio a mente.

– Você conseguiu rastreá-lo ? – fora a próxima pergunta que o homem fizera, arrancando um sorrisinho adorável da morena.

– Bem ... Não exatamente, ele usa o TOR e levaria dias para passar pelos firewalls do sistema – ia falar todo o processo que necessitaria para burlar o programa, mas ao notar a cara de desinteresse da maioria cortou o papo furado – Eu sei que ele está em Nova York – finalizou e deu de ombros, aquilo era o melhor que ela poderia fazer por hora.

– Então Nova York será – o mais velho suspirou e lançou um sorriso amigável na direção de Skye que apenas maneou a cabeça afirmativamente em resposta.

MAY

May pôs o avião na direção da cidade e se convenceu que não conseguiria dormir naquela noite, sua cabeça estava muito cheia e a única forma que tinha para esvaziá-la era socando algo ou alguém.

Como sempre, chegava silenciosamente até a sala de treino, não demorando a ouvir algumas batidas; alguém já estava lá. Pensou em retornar para sua cabine, não era muito adepta de treinos em grupo, embora não pudesse negar, gostara da luta que tivera com Skye, simplesmente não achava que a menina fosse demente o suficiente para treinar menos de oito horas após ter sido baleada, mas como sempre, fora surpreendida, lá estava Skye, treinando como se nada houvesse acontecido.

– Garota, você tem algum problema mental ? – falou ao descer as escadas, que levavam até a ala que a jovem estava. Pelo menos daquela vez, não a assustara.

– Assim vou achar que você gosta de mim – retrucou de modo divertido e lançou um sorrisinho para a mais velha, enquanto continuava a pular corda, numa velocidade impressionante.

May apenas bufou, não queria negar aquela informação, mas se a confirmasse sabia que teria que aguentar muitas piadinhas, então preferiu calar-se.

– Se você abrir meus pontos eu te jogo desse avião – ameaçou, embora seu tom não fosse irritado, estava mais para protetor.

– Me lembrarei de dormir com um paraquedas agora – respondeu prontamente. A garota tinha uma piadinha pronta para qualquer situação, May pegou-se pensando e riu internamente.

Não pôde deixar de notar a tatuagem que ela tinha um pouco abaixo da clavícula, já havia visto-a antes e desde então mantivera-a na mente “Lost souls can't find forgiveness”, aquela simples frase fazia todo sentido do mundo para si.

– Acredita mesmo nisso ? – questionou, pela primeira vez demonstrando algum interesse na jovem e apontou para a tatuagem da mesma em seguida.

Viu um sorriso triste brotar no rosto dela e desejou não ter feito a pergunta – Uma vez me disseram que para alcançar perdão, primeiro você tem que se perdoar, mas para algumas coisas ... – a menina falou e havia um ar de pura tristeza em sua voz.

– Não há perdão – May completou, ela acima de qualquer um sabia o que Skye queria dizer. Se encararam por algum tempo, compartilhando um pouco daquela dor de forma silenciosa, o que não durou muito já que Skye não se fez de discreta.

– Então ... Você e Coulson ?! Eu até que desconfiei, lá no Brasil, quando você ficou brava por ele não querer sua presença e quando você foi atrás dele nos deixando para morrer – falava num ar adolescente e brincalhão – Sem rancores por esse último fato aliás – emendou com um sorriso largo e foi impossível não sorrir também.

– Não sei do que está falando, linguaruda – rebateu, tentando não lhe mostrar o sorriso que exibia. May sempre tão discreta fora descoberta por uma adolescente ?! Isso não poderia estar acontecendo - E você e Ward se viraram bem no final das contas - disse de forma sugestiva, trazendo uma careta de repulsa para o rosto da jovem.

– Sou como você, comprometida - respondera sem titubear - E tudo bem, eu aceito o segundo lugar no seu coração – finalizou no seu habitual ar cômico e meio irônico.

E apesar de ter falado num ar de brincadeira, May realmente já tinha feito espaço para a menina em seu coração, só nunca teria coragem de lhe contar isso, Melinda May não era material para o amor, ou pelo menos ela se julgava dessa forma. Skye viria a lhe provar o contrário, eventualmente.


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Notas finais do capítulo

Dia dos pais! Não peçam dinheiro pros coroas hoje, essa é a maior prova de amor. E com essa frase de sabedoria, eu me despeço.



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