Escarlate escrita por yulia_Belle


Capítulo 7
Capítulo 7




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Amélia acordou com o raiar do dia.

Levantou e foi até uma mesa de madeira com um espelho e vários utensílios espalhados por ela.

 

Lavou o rosto repetidamente, depois secou-o com uma toalha que estava pendurada ao lado.

 

Batidas leves na porta, que após alguns segundos abriu-se lentamente.

Ela olhou de soslaio para a porta aberta. 

 

Era Rosa, sua empregada. Rosa fechou a porta e sorriu para a menina à sua frente.

 

- Como acordastes, menina?

 

- Muito bem, Rosa...

 

- Vim arrumar-te, pois teu pai a espera junto de tua mãe. Disseram-me que Dom Afonso está para chegar.

 

- Não quero vê-lo.... não quero ter com ele Rosa... - disse entristecida

 

- Tu não  tens saída, Amélia...

 

- Pois te digo que tenho!

 

   Amélia sorriu. Confiava o bastante em Rosa para contar-lhe o plano de fuga. 

Já tinha tudo esquematizado. Sabia para onde iria.

 

- Fale-me!

 

- Se meu pai não deixar sair sozinha para o vilarejo... fugirei.

 

   Rosa olhou-a assustada. Como fugiria se não há lugar para ficar? Amélia estava ficando maluca? Nunca que seu pai permitiria! .

 Mas... não iria impedi-la.

Gostava daquela menina e queria vê-la feliz. Ajudaria no que fosse preciso.

 

Sua expressão assustada, tornou-se um belo sorriso acolhedor.

 

- Bom... vamos arrumá-la. Acho que Dom Afonso chegou.

 

- Tudo bem...

 

Amélia escolheu o melhor vestido que tinha e com a ajuda de Rosa, colocou-o.

 

Foi encontrar-se com Dom Afonso na mesa do café.

 

Chegara onde estavam os pais, entristecida.

Ao lado estava um moço louro, de cabelos lisos grandes e sedosos, trajando um belo e caro terno português.

  Amélia corou com os olhos verdes do rapaz olhando-a.

 

- Olá Amélia, como estás?

 

- Estou bem, Afonso. E tu?

 

- Bem.

 

- Amélia, deixarei tu andares com Dom Afonso.

 

- Por quanto tempo?

 

- Até o pôr-do- sol.

 

- Trarei-a no horário combinado, Dom Luís.

 

  Luís sorriu para Afonso e deixou que levasse sua filha.

 

Amélia e Afonso foram para um belo campo. Ambos andavam cabisbaixos. Ela daria tudo para sair dali... e ele... a mesma coisa faria.

 

- Minha doce Amélia... sinto que não estás contente.

 

- Estou sim, Afonso.

 

- Não estás. Nos conhecemos de pequenos. O que houve?

 

- Nada. Temos apenas de conversar.

 

- Sobre nós não é?

 

- Sim. Olha Afonso... eu não estou mais a gostar de ti como gostava antes.

 

- Eu sei. Sinto isso também.

 

- Sentes? -  assustou-se

 

- Sim. Mas só estou ainda contigo por nossos pais. Tu sabes que querem nos casar.

 

 Amélia não sabia o que dizer. Aquilo era praticamente um  milagre. Afonso sempre gostara dela.

 

- De quem tu gostas?

 

- Só lhe conto se nos tornarmos apenas amigos.

 

- Mas sempre fomos. Me contes de quem gostas, que eu lhe conto por quem estou apaixonado.

 

 Ela sorriu para o rapaz. Nunca estivera tão feliz. Passaram à andar depressa para o vilarejo e conversar.

 

- Na verdade... Não sei se gosto mais de Miguel ou de Manuel...

 

- De quem tu sentes mais falta?

 

- De Manuel. À tempos não o vejo... sinto saudades... Vi Miguel noite passada.

 

- Tu tens de decidir, Amélia... não podes ter os dois para si. Gula é pecado. - riu

 

- Ah! seu bobo! - riu também - Eu não sei de quem gosto. Mas conte-me. Tua vez. Quem é a rapariga de sorte por quem está fisgado?

 

- Ah! Ela é tão linda Amélia... tens de ver... tu és parecida com ela, mas ao invés de cabelos claros... ela tem eles da cor do vinho. O mais doce vinho... Seriam boas amigas!

 

- Como é o nome dela?

 

- Se chama Ana. A conheci numa festa.

 

- Ah... que bom estares apaixonado....

 

 Continuaram conversando e andando... Entraram no vilarejo. Poucas pessoas circulavam....

 


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Notas finais do capítulo

reviews????