Angelus escrita por um lorde


Capítulo 1
Capítulo 1 - Controle




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– Raphael! Vamos Raphael ta na hora!

Era terceiro dia de Agosto e as aulas – para desgosto de Raphael - tinham de começar. Onze anos depois dos últimos acontecimentos ele ainda morava na mesma cidadezinha meio perdida no mapa com pouco mais de 20 mil habitantes.

– Garoto! Acorda, ta na hora!

Ele vivia com o pai, dono de uma cafeteria na cidade, com a mãe e sua priminha de quatro anos, os pais dela morreram em um acidente de carro e sua mãe adotou a sobrinha como filha.

– Raphael!

Sua vida nos últimos anos não foi nada agradável, boa parte da cidade e a grande maioria dos colegas de classe, não, não. Boa parte da escola inteira ignorava Raphael e quando não ignoravam, puxavam o saco dele o chamando de “estranho”, “esquisito”, “paranormal”.

– Fael! – Uma bebê de vinte quilos e meio pulou em cima de Raphael que lutava por não acordar, tudo em vão com o impacto da menina em cima dele que o arrancou da sonolência matinal. – Bom Dia Fael!

– Ah! O que?! Oh Bom Dia Sophie. – E passou a mão sobre os cabelinhos dela.

– Titia falou que você tem que comer. – Avisou Sophie, de um jeito muito amável.

– Tá, ta bom, diga a ela que eu já estou descendo.

A menina pulou da cama e saiu correndo do quarto para entregar a noticia a sua tia. Raphael ficou mais um pouco e olhou a janela por alguns segundos, deixou um pouco de luz tocar seu rosto branco, liso e os cabelos morenos e cacheados até o pescoço, fitava o céu com seus olhos verdes, profundos, como quem espera por algo. E era mais ou menos o que ele fazia, esperar por algo, voltou a si, mergulhou a cabeça no travesseiro e soltou um grunhido abafado.

***

– Bom Dia Filho!

– Bom Dia Mãe!

– Dormiu Bem?

Ele fez uma expressão azeda como quem diz “mais ou menos, né” – Cadê o pai? Já saiu?

– Já sim! – Respondeu a mãe, Clarice. – Sente-se, fiz waffles. Você está bem?

– Tô sim. – Disse meio desanimado.

– Primeiro dia, né? Oh querido, vai dar tudo certo meu am... Ai meu Deus! – Nesse momento Clarice correu para acudir Sophie, ela tinha derramado um pote de cauda de chocolate na roupa dela e a dona de casa correu para socorrê-la.

– Derramou tudo titia.

– Meu amor! Como você fez isso?

– Caiu titia.

– Sujou tudo, olha só.

– Pff – Raphael sorriu assistindo a sena. Terminou seu café, juntou sua mochila, pegou uma chave no chaveiro e saiu.

Os demais garotos exigiam dos pais uma picape, um carro conversível, uma Ferrari, essas coisas que com 16 anos eles se acham no direito de possuir... Raphael preferia motos. E ganhou uma no seu aniversário de 16. Não tinha um cabide de amigos que costumava levar para sair, na verdade quase não saia. Uma moto era perfeita para ele. A casa dele era meio afastada da zona habitada de Nothingland. Foram meio forçados a se mudar para longe porque a antiga casa deles era bastante atacada por salvas de pedras e ovos, além das pichações ofensivas, vizinhos inconvenientes, enfim.

Eram uns 4km até a cidade e mais um até a praça onde ele estacionava, andava só uma rua para chegar a escola. Primeiro dia de aula e parabéns, já estava atrasado.

***

– Sentando alunos!

– Sentando alunos! – uma voz feminina debochada da ultima carteira imitou a voz da professora e prosseguiu cantarolando – Sem saco pra te ouvir hoje

– Essa senhora nunca morre! – Disse um garoto negro na carteira da frente.

– Ei, Jony! Não é pra tanto! – Reclamou a garota dando um tapa na nuca do colega.

– O casal aí atrás, silêncio! - Disse a voz rude da professora na frente.

A sala toda fez um “hmm” longo e a professora tentava miseravelmente recuperar o controle da turma. De repente, alguém abre a porta, todos se ajeitam nas carteiras, era o diretor que veio desejar a todos um bom ano letivo. A figura dele era autoritária e fazia qualquer um sentir-se diminuído.

– Maracujá de gaveta – Disse a garota.

O diretor saiu e o alvoroço voltou a pairar na classe. Entre advertências e “cala a bocas” a porta abriu novamente, dessa vez revelando o semblante de Raphael. Nesse instante todos se calaram.

– Só entra assombração por essa porta. – Disse um garoto loiro com um sorriso enjoativo, sentado desleixadamente na terceira carteira. A sala toda riu (quase toda)

– Silêncio! Atrasado senhor Hasford. Anda, sente-se.

Ele seguiu para o fundo, última carteira, onde ele já estava habituado a sentar.

– Errou o caminho do circo, Rafs? –Dessa vez foi uma garota de cabelo californiano, longo e ondulado, da ultima fileira. Os risos contagiaram novamente. O rapaz ignorou.

– Cala a boca, vaca! – A voz do fundo insultou. – Quem sabe o endereço certinho é você! Sua macaca!

E a sala continuou badernando. Raphael sorriu de leve, escondido.

– Silêncio! – A senhora insistia.

Rapha continuou andando até sua carteira, perto das duas únicas pessoas que ele podia considerar amigos naquela escola: A garota, ruiva de olhos verdes e pele clara com um piercing no nariz e uma fita preta no pescoço, que acabara de chamar a outra de vaca e macaca. Cecilia Tarantelli e um garoto de pele negra, cabelo raspado, olhos castanhos, meio metido a pegador, Jonas Belt.

– Dou 100! – Disse Jonas se esquivando para Raphael. – E você?

– Que?

– Que exagero! Ela não está tão nova assim! 150, nada menos. – Disse Cecilia que estava na cadeira do lado a de Raphael.

– Vocês...

– E aí? Como foi as férias? – Indagou Cecilia, ajeitando o cabelo ruivo atrás da orelha!

Raphael fez sinal de OK e apontou com o indicador.

– Calem a boca! – Berrou a mentora.

Os três reviraram os olhos quase sincronizadamente. Jonas fingiu atirar na própria cabeça.

Passado algum tempo, uma bolinha de papel amassada caiu na mesa de Rafa, ele a desembrulhou e dentro havia um desenho de um garoto com os olhos pretos e chifres na cabeça. Em baixo havia uma inscrição dizendo: “esse é você”. Ele levantou um pouco os olhos e viu o garoto loiro da terceira carteira com o mesmo sorriso enjoativo. “Andrew idiota” ele pensou amassando com força o papel na mão direita deixando saltar as veias.

45 minutos até o intervalo...

– Então... O que vocês fizeram nas férias? – Perguntou Cecilia sentando-se à mesa da cantina com seus colegas. – As do Rafs sei que foram... – E repetiu o sinal que ele fez para descrevê-las anteriormente. – Mas e as suas Jony? Cê tava de rolo com uma garota até o fim das aulas... E então...

– Pff... Angela Key? Ela é meio burrinha, e grudenta. Você agüenta um mês, quando começa a completar os aniversários do namoro ela fica insuportável.

– Angela Key? – perguntou Rafa confuso. – Essa é nova, cê não me contou dela, quando foi que a Paty foi pro espaço?

– Pois é... Não foi bem eu que terminei com ela, Angela descobriu que eu saia com a Paty.

– Cafajeste! – Xingou a ruiva – Cê tava com as duas! Bem feito ta sozinho.

– Fui eu que planejei o encontro delas, era a única maneira de se livrar das duas. – Disse descaradamente.

– Cê queria se livrar da Paty? – indagou Raphael

– Mais ou menos. E a propósito, não estou sozinho, tava só abrindo caminho pra ela ali. – Falou apontando pra uma garota mediana com cabelo meio preso em rabo de cavalo e desarrumado. – Linda!

– Chloe? – Rafa e Cecilia exclamaram juntos.

– Falta de bom gosto. – Comentou a garota. – Anda Rafs, quero ver seu celular.

– Ham? Mas porq...

– Ué, cê esqueceu que a mamãe aqui tem direito de vasculhar o celular dos dois? E a propósito quero o seu também Jonas, apesar do nojo prévio que estou sentindo pelo que vou encontrar. Vamos ver como se comportaram durante as férias. - ambos relutaram. – Andem logo e não discutam ou vão querer sentir minha fúria? Hm?

– Não, não, muito obrigado, pega! - Jonas entregou o celular como quem se livra de uma bomba.

Raphael estava a procurar o seu, mas não encontrava.

– Droga!

– Que houve?

– Acho que esqueci meu celular na sala!

– Quê? Como que você...

– Eu sei lá, eu sei lá, vou voltar lá pra pegar!

– Vai, vai, vai logo.

Rafa deixou a mochila e voltou à sala. Abriu a porta e caminhou pela sala meio escura até a sua carteira, atento aos lados. Lá estava ele no chão com a tela virada para baixo. O rapaz se abaixou e pegou o celular, tirou um pouco de areia da tela e virou-se. Talvez pela velocidade, Rafa sentiu um pouco de tontura, uma brisa correu pela sala e as luzes piscaram por alguns segundos. Rafa estranhou, não obstante um pressentimento ruim se alojou em seu peito. Optou por ignorar. A caminho do refeitório um grupo de garotos começou a segui-lo, quando quase chegava a seu objetivo, um garoto escorado em um armário estendeu a perna propositalmente e Rafa foi ao chão. O grupo de garotos cercou o rapaz caído e derramaram milk shakes, hamburguers e restos da comida do lanche sobre ele.

– Agora está vestido como deve! – Disse Andrew que fazia parte do bando. – Como uma aberração.

Rafa saltou pronto para acerta-lhe um soco no queixo, mas foi frustrado pelas mãos ágeis de um dos garotos que bloquearam o golpe, outro garoto o agarrou pelos braços e Andrew deu repetidos golpes no abdome de Raphael, a confusão – próxima a porta do refeitório - logo foi percebida por quem estava na cantina e os alunos corriam para o corredor. Jonas e Cecilia perceberam o fluxo de pessoas mudando e entenderam que se tratava de uma briga.

– Caramba! É o Rafa! – Exclamou Jonas.

– Quê? – Inquiriu Cecilia.

– É ele mesmo! Olha ali. – E apontou para os vidros da porta que mostravam a briga.

Eles correram para ajudar o amigo, empurrando alunos e se espremendo para passar pela o aglomerado e alcançar o colega. Quando Cecilia finalmente chegou, logo atrás de Jonas, a ilustre presença do diretor já chegara ao local. Alto, magro, vestido em seus trajes sociais rigorosamente passados a ferro, sapato de um preto brilhante, gravata vermelha, cabelo grisalho bem penteado e face majoritária com rugas referentes aos seus 40 anos e um meio sorriso estampado. Ordenou todos os alunos a retomarem seus afazeres, inclusive os rapazes encrenqueiros, com exceção de Andrew e Raphael, estes ele levou a sua sala.

– Muito bem, rapazes! – Disse olhando para uma janela e de costas para os meninos do outro lado da mesa – Sabem quanta confiança seus pais e a nossa cidade depositam em mim para cuidar de sua segurança dentro dessa instituição de ensino ao qual são mandados para estudar? – Ele virou-se para os garotos – Hm? Alguma resposta?

Os garotos, nada falaram.

– Custa muito que vocês convivam pacificamente? Não é a primeira vez que os dois são pegos engalfinhados pelos corredores. Alguma explicação?

– Essa aberração...

Raphael ergue-se ameaçadoramente como se fosse bater em Andrew.

– Ei! O que é isso? – Questionou o diretor.

– Ele me chama de “aberração” na sua frente e o senhor não vai fazer nada? – questionou indignado.

– Senhor Hasford! O que eu vi aqui foi uma tentativa de violência contra o senhor Andrew Lewy.

Rafa encarou a face sorridente do diretor com ódio por dentro.

– Bom! Acho que nossa conversa está terminada. – Andrew se levantou rapidamente e saiu. Quando Rafa já alcançava a maçaneta o diretor chamou sua atenção. – Ah! Senhor Hasford, pare de se meter em confusões.

– Só se eu sumisse Senhor.

E o diretor arqueou as sobrancelhas ainda com seu sorriso intacto como quem confirma o que acabou de dizer.

Raphael saiu da sala batendo a porta violentamente. Ficou parado em frente a sala por algum tempo de cabeça baixa e apertando os punhos com força. O ódio estava embrulhando o estomago e fervendo seu sangue.

Naquele dia ele não voltou mais para a sala, foi para o banheiro lavar o rosto, trocou a camisa por uma que ele levava de reserva na mochila e ficou por lá até o fim da aula. Escutando o repertório de musicas do seu celular, observando o padrão dos azulejos, riscando as paredes e se hipnotizando com as moscas que se chocavam contra a lâmpada. Deixou o ócio consumi-lo e a solidão acalmá-lo. Geralmente funciona, mas naquele dia estava difícil, era como se a raiva estivesse impregnada nele e enraizando, agora estava furioso e deprimido. Longo tempo até o toque de fim das aulas, Rafa estudava em tempo integral até as cinco depois do meio dia.

Certa hora a porta do banheiro se abriu e duas pessoas entraram vasculhando os boxes. Mas Rafael ficou feliz ao ouvir uma vez feminina conhecida.

– Rafa! Rafa!

Raphael sorriu e falou normalmente.

– Eu to aqui. – A porta do seu boxe foi empurrada e a ruiva saltou em cima dele abraçando-lhe. Jonas estava atrás dela.

– Rafs cê ta bem? Poxa, nesse buraco é complicado te encontrar. – Acontece que ele foi para o banheiro antigo, numa parte esquecida da escola, quase ninguém usava a não ser algum servente que andasse por aquelas bandas. - Ta muito machucado? O que o capitão ameixa falou?

– Diz aí kara... Ta bem?

– Calma gente! Eu to bem – mentiu um pouco – O... porque ameixa?

– Porque ele tem rugas e dá dor de barriga. – Replicou Cecilia.

– Putz! Que merda! – Jonas reclamou.

– Haha! Ele disse que eu tinha que sumir.

– Como? – Exclamaram

– Não nesses termos, mas foi tipo isso. Enfim, quero ir pra casa.

– Casa? E nós não vamos fazer nada hoje? – Indagou Cecilia. – Putz, eu passei um tempão na casa dos meus avós, lonjão daqui, com um oceano de distancia. Vocês ficaram aqui as férias todas, tiveram muito tempo pra se encontrar, eu to com saudade dos meus machos!

Eles acabaram aceitando e foram até a parada de ônibus. Não tinham muitas opções de rota pra escolher, a cidade era pequena, uma rota só rodava por quase toda a cidade.

– E a Itália Cecilia? Como foi? – Jonas perguntou.

– Hm... ótima! Como todo ano. Meus primos são: uns deuses. Tenho um monte deles já que a família, lá, é enorme!

– E as primas? – Raphael repontou.

– Não ficam atrás não viu, são... Uns amores também. Mas o melhor da Italia não foram os parentes bonitões, foi o Giogo.

– Seu namoradinho de infância, né! – Jonas glosou.

– E de todas as férias também. Mas eu não sou essa tarada que vocês tão pensando também não. Fora as ficadas, teve mais na Itália do que isso. Eu visitei Veneza dessa vez, uma tia minha mora lá. Passei duas semanas na casa dos meus avós em Milão, depois essa minha tia... Epa! – Cecilia leu algo no celular.

– Que houve? – Um dos garotos perguntou.

– Droga gente! Vamos ter que deixar nosso passeio pra amanhã. Problema seriíssimo em casa. Tenho que correr pra lá! Desculpa amores, prometo que recompenso vocês.

– Quer que eu te dê uma carona? – Rafa perguntou.

– Não, não precisa. Tchau, tchau! Beijos!

Cecilia se foi e os garotos ficaram se olhando meio confusos.

– É! Acho que é isso... E você? Quer uma carona pra casa?

– Pensei que não ia perguntar. – Jonas brincou.

Os amigos foram buscar a moto de Raphael deixada escondida próxima a tal praça uma rua antes da escola. Fazia isso para não correr o perigo de deixá-la exposta para ser alvo das brincadeiras de seus “colegas”. Novamente uma brisa forte correu e a luz dos postes falhou. De novo um pressentimento ruim.

– Jonas, cuidado! – Advertiu Rafa

– Oi? – Com um súbito golpe na cabeça, Jonas perdeu a consciência e despencou.

– JONAS! – Raphael berrou e levou um golpe na cabeça que também o derrubou, contudo não o deixou inconsciente, Raphael viu o rosto de seu amigo desfalecido e os pés dos agressores aproximando-se. A raiva de Raphael voltou a aumentar, invadir os seus vasos sanguíneos e se espalhar como um veneno mortal que eleva a adrenalina. Uma serie de chutes foram depositados pelo seu corpo em meio a xingamentos até eles pararem para se preparar para o próximo round. Iriam matá-lo, Raphael sabia disso. Não estava com medo de morrer, mas furioso de acabar daquele jeito, sentia seu corpo latejar e ferver ao mesmo tempo. Eles voltaram, dessa vez foram mais violentos e além de chutes, o esmurraram, pisotearam e até o acertaram com objetos de madeira e ferro.

Raphael foi fechando os olhos devagar e sua consciência começou a falhar.

– Aberração!

– Esquisito!

Espasmos de dor e rajadas de consciência o traziam de volta, mas seu corpo condoía-se e ele adormecia novamente.

– Macabro

– Deve estar possuído

– Ele está doente

– Esquisito

– Essa criança é obra do demônio

– Esquisito

Vozes ecoavam na sua cabeça, em seguida ele recobrava traços dos sentidos, era como se eles caíssem e fossem puxados de volta, depois voltava a cair. Estava sem forças e já não queria mais lutar.

– Você acha que ele pode estar...

– Pode confiar em mim.

– Possuído

– Estranho, estranho!

– Espíritos que se alojam no corpo de crianças.

– Pare de se meter em encrencas.

Raphael era quase sozinho no mundo, pensava em desistir, pensava em se entregar de vez.

– Só se eu sumisse diretor.

– Só entra aberração por essa porta.

– Aberração.

– Você será sempre meu filho.

– Estranho, estranho.

– Fael!

Não, não podia simplesmente desistir, ainda queria vencer, queria se vingar dos que o menosprezavam, queria poder fazer mais. Ele começou a lutar pra não adormecer novamente, mas caiu mais uma vez.

– Perdeu o caminho do circo?

– Você ta bem?

– Vai dar tudo certo.

– Eu te amo.

Raphael relutou ferozmente e recobrou a consciência. Ele iria lutar contra isso, pelos seus amigos, pelos seus pais, pela pequena Sophie. O vento soprou forte novamente. As luzes voltaram a ligar e desligar com muita freqüência. Estava acontecendo de novo. Raphael estava sentindo de novo, ele estendeu o braço e algo diferente aconteceu, havia algumas pedras a sua frente, elas começaram a flutuar a alguns centímetros do chão. Raphael entendeu o que ele tinha de fazer e como devia fazer. Estava acontecendo de novo, Mas não era do mesmo jeito. Dessa vez ele sabia de uma coisa.

– Eu tenho o controle.


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Notas finais do capítulo

Digam pra mim aqui o que acharam! :))) E não deixem de ler o próximo capítulo, posto amanhã!O que será que Raphael vai fazer agora?



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