A Jornada do Príncipe escrita por Andy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

E... Finalmente é dia de "A Jornada do Príncipe" de novo! :D
Foi só para mim que essas duas últimas semanas pareceram demorar uma eternidade?
Mas hey...! O número de comentários está diminuindo! Por quê? Leitores lindos, voltem! Falem comigo! Eu posso dar cookies metafóricos para vocês! ç3ç"
Não, mas falando sério agora... Por favor, comentem! Como uma amiga minha diz, "leitores-fantasma assombram o autor". Por favor, deem pelo menos um "oi", só para eu saber que vocês estão aí... Por favor?
De qualquer forma, muito obrigada a todo mundo que está lendo, comentando ou não. Vocês são incríveis!
Ok, sem mais blábláblá... /o/



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Legolas não tinha aceitado que eles acampassem enquanto estivessem nas proximidades da floresta, então fazia muito tempo que eles não descansavam. Gimli estava num dos piores humores em que Legolas já o havia visto, pois além de cansado, estava com fome. Por mais que o elfo tivesse caçado alguns esquilos e recolhido tantas frutas e raízes quanto eles seriam capazes de carregar enquanto andavam, eles não tinham muita comida, e Legolas estava racionando tudo cuidadosamente para que durasse até que eles chegassem a Lórien. O anão, é claro, não estava satisfeito.

— Comida de passarinho! — Ele resmungou, quando Legolas lhe passou o saco de sementes.

— São sementes especiais. Um dos ingredientes que usamos para fazer lembas. Vão te dar certa sensação de saciedade durante algum tempo.

— Comida de passarinho, é o que eu digo!

— Veja. Há uma colina boa o bastante ali. Vamos armar acampamento. O sol já está quase se pondo.

Gimli o seguiu, resmungando. Quando eles chegaram ao topo da tal colina, ele se atirou ao chão e cruzou os braços, determinado a não mover um músculo para ajudar o elfo.

— Eu estou velho demais para isso!

— Eu sou séculos mais velho que você, seu filhote de orc preguiçoso!

— Você não vai me convencer com esse truque barato de novo! Não adianta provocar, pode ir tirando o cavalinho da chuva!

Legolas fechou a cara para Gimli e se afastou, contrariado, para reunir pedras para preparar uma fogueira. Apesar de os dias estarem ficando cada vez mais quentes, as noites ainda eram frias.

~~ ♣ ~~

Era frustrante. Eles podiam ver a velha floresta de Lothlórien na distância, mas quanto mais andavam, mais ela parecia se afastar. A comida era escassa agora, e estavam ambos cansados. Mas eles haviam chegado a um ponto em que continuar era a única opção. Legolas tentava não demonstrar seu desânimo, mas Gimli praticamente se arrastava atrás.

O elfo parou, pressentindo algo estranho. Ele inspirou profundamente e estreitou os olhos, olhando ao redor. Tão longe quanto seus olhos élficos podiam ver, não havia nada de suspeito. Nada que estivesse às vistas, pelo menos. Mas o cheiro...

— Ei, Gimli! Você também está sentindo isso?

— “Isso” o quê?

— Esse cheiro.

— Bom, já tem algum tempo que estamos andando sob o sol quente, eu imagino que...

— Eu estou falando sério! Parece... — Ele cheirou o ar novamente. — Parece o cheiro de um bando orc. Um bando grande. — Ele girou para olhar em volta novamente — Grande demais.

Os olhos de Gimli brilharam.

— Quão grande? — Ele ergueu o machado enfaticamente.

— Grande demais para nós dois. Centenas deles.

— Onde eles estão? — Gimli olhava para todos os lados.

— Não seja tolo. Eu não estou falando de apenas oitenta ou cem deles. — Legolas recomeçou a andar. — Vamos! Nós precisamos sair de campo aberto o mais rápido possível!

— Covarde! — O anão disse, só para não perder o costume, mas sabia que Legolas tinha razão. Ele o seguiu sem questionar.

Já era noite quando eles finalmente chegaram à floresta de Lórien. Estavam ambos muito cansados e decidiram se sentar para descansar ali mesmo, próximos à margem da floresta. Legolas recostou-se numa árvore, e Gimli deitou-se no chão úmido, de barriga para cima. A floresta já se havia adaptado plenamente à nova estação, e o perfume das flores era penetrante. O elfo fechou os olhos, inspirando profundamente.

— Eu me pergunto de onde o cheiro dos orcs estava vindo.

— Eu não senti nada.

— Mas eu sim. E estava próximo. Próximo demais.

— Eu pensei que tivéssemos dado conta dessas criaturas imundas. Você, eu, Aragorn e Eldarion.

Legolas se mexeu inquieto, abraçando os joelhos.

— Eu também pensei. E é isso o que está me preocupando.

— O quê?

— Eldarion. É possível que os orcs estejam indo para Gondor.

— Você acha?

— Você não? Aonde mais eles iriam, deste lado das montanhas?

— Mas então...

— Eu fico preocupado, porque Eldarion ainda está frágil. Ele mal acaba de se sentar no trono, nem sequer teve tempo de se recuperar da perda do pai.

Gimli se sentou de uma vez, agitado.

— Então, nós devíamos voltar!

Legolas ficou apenas olhando para ele, considerando a ideia. Se estivesse sozinho, ele voltaria, sem dúvidas. Mas ainda que os sinais de cansaço exagerado que notara no amigo antes fossem apenas o efeito do veneno de Mirkwood, ele se preocupava. A jornada para o Oeste seria muito longa, e talvez Gimli não resistisse se eles voltassem agora. Por outro lado, se Eldarion precisava deles...

— Talvez seja um alarme falso. Talvez eu tenha me enganado com relação ao cheiro.

— Você nunca se enganaria! Nunca se enganou antes, por que agora?

O elfo considerou aquilo por mais um instante. Era uma decisão dolorosa.

— Legolas?

O loiro se levantou, decidido.

— Eu acho que devemos seguir viagem...

— O que quer dizer? Você mesmo disse que Eldarion deve estar precisando de nós!

— Deixe eu terminar! Vamos seguir viagem e atravessar Lórien e Fangorn. Podemos pedir por informação em Rohan, e se for verdade, arrumamos um cavalo e vamos direto para Gondor. Os orcs terão de passar por Rohan de qualquer forma, certo? E se os rohirrim não derem conta deles, eles pelo menos reduzirão seu número. Depois, ainda teremos tempo para chegar a Gondor. Os orcs provavelmente não vão querer atravessar as montanhas e vão tentar dar a volta. Mas nós temos acesso à passagem de Elrond*.

Gimli pesou as palavras de Legolas por um instante, então se levantou também.

— Está certo. Acho que você tem razão. De qualquer forma, precisamos ficar dentro da floresta, ou vamos acabar morrendo de fome.

— Exato.

— Bom, então, o que estamos esperando? Já descansamos mais que o bastante! — Gimli começou a andar, abrindo caminho entre um grupo de arbustos espessos.

— Vá na frente. — Legolas sorriu, seguindo o amigo.


~~ ♣ ~~

Depois de uma pausa para o descanso, na manhã seguinte, os dois companheiros chegaram ao coração de Lothlórien e ao antigo reino de Galadriel e Celeborn, mas eles mal o reconheceram. Aliás, eles estranharam a floresta inteira, mesmo antes de chegarem ao reino élfico. As árvores, antes prateadas e de folhas douradas, agora exibiam apenas os comuns tons de marrom e verde. Eram belas, é claro, como sempre, mas não chegavam perto do esplendor que aqueles dois conheceram antes, há tanto tempo que parecia ter sido em outra vida. Na ausência do poder de Galadriel, Lórien era apenas mais uma floresta.

E estava tudo muito quieto, como se até os animais tivessem partido. As botas de viagem dos dois ressoavam no piso de madeira, que já mostrava sinais do castigo do tempo. Eles se aproximavam do salão principal do palácio, quando Legolas foi tomado por um pressentimento terrível e parou. Ele segurou o anão pelo braço:

— Gimli! — Ele sussurrou.

— O que foi? — O anão perguntou alto demais, e sua voz ecoou por todos os lados.

— Eu acho... — Pela voz, Legolas parecia prestes a romper em lágrimas, o que surpreendeu Gimli. Em todos aqueles anos de amizade, ele nunca o vira verter uma lágrima que fosse, nem mesmo quando eles pensaram que Gandalf havia morrido em Mória. — Eu acho que nós não queremos ir lá.

— Por quê? O que aconteceu?

— Nós... — Legolas engoliu em seco. — Nós vamos precisar de um tempo, nós... Venha.

O elfo se virou e apressou-se na outra direção. Com suas pernas significativamente mais curtas, Gimli praticamente correu para segui-lo.

Legolas só parou de andar quando chegou ao recanto de Galadriel, onde ficava o espelho que ela mostrara a Frodo. Em verdade, ele ainda estava lá, mas seu encanto havia acabado, agora que a dama élfica não estava mais ali. A pedra estava tomada de musgo, praticamente irreconhecível. A fonte ainda rumorejava ao canto, espalhando água cristalina. Foi para lá que Gimli se dirigiu, enquanto Legolas se apoiava na pedra, respirando aceleradamente.

— Não toque nessa água!

O anão saltou, afastando-se da fonte rapidamente, com os olhos arregalados. Ele havia aprendido a lição.

— Por quê? Ela também está amaldiçoada?

— Não. Ao contrário. Mas não devemos tocá-la, por respeito a Lady Galadriel. Essa fonte é sagrada, e nós somos indignos dela.

Gimli resmungou alguma coisa sobre “elfos e suas frescuras sagradas” e sentou-se no chão úmido. Legolas sentou-se ao lado dele.

— O que aconteceu lá atrás?

— Você verá. — Legolas olhou para ele, os olhos azuis repletos de uma tristeza profunda. — Assim que meu coração estiver pronto, nós iremos, e você verá.

Muito tempo depois, depois de eles terem descansado e comido, Legolas achou que era melhor não adiar mais aquilo. Ele e Gimli subiram novamente em direção ao salão principal do palácio. Desta vez, Gimli não teve dificuldades em acompanhá-lo: o elfo andava muito devagar, como se relutasse em ir adiante.

Quando eles pararam em frente às grandes portas do salão de Galadriel, Legolas hesitou. Ele pôs as duas mãos contra a porta de madeira pesada. Gimli o imitou, se preparando para empurrar a outra folha. Ele olhou para Legolas, esperando por um sinal. Legolas respirou fundo, e não olhou para ele, apenas fez um sinal com a cabeça. Os dois empurraram ao mesmo tempo.

Apenas alguns raios do sol poente se infiltravam pela pequena janela alta, o suficiente para que os dois pudessem ver a poeira que cintilava no ar, agitada pelo deslocamento de ar que a porta provocou ao ser aberta. O salão estava vazio, exceto por aquele ponto, bem no centro. Ali, uma pedra branca, que parecia muito nova em relação ao resto do ambiente, se destacava dele. A luz do sol, convenientemente, incidia exatamente sobre ela, fazendo o mármore rebrilhar como uma pedra preciosa. Legolas sentiu a fisgada no coração ao vê-la, tão forte que ele vacilou. Gimli descobriu a cabeça e se aproximou lentamente.

— O que... — O anão falava surpreendentemente baixo. — O que diz aí? — Ele não conseguia ler as inscrições douradas, que estavam em élfico.

Legolas deu as costas, incapaz de continuar olhando. Praticamente sussurrando, ele recitou as palavras em Quenya**. Elas soavam quase como uma canção. Depois, ele traduziu:

Aqui dorme Arwen Undómiel, rainha de Gondor e Arnor, princesa de Valfenda, senhora amada de elfos e homens.

Aquela foi a primeira vez em que Gimli viu Legolas chorar.

~~ ♣ ~~

Eles passaram aquela noite em Lórien, e na manhã seguinte, continuaram seu caminho, com os corações apertados. Estavam muito quietos. Nenhum dos dois dormira bem. Legolas não dormira, em absoluto. Passara a noite revivendo as lembranças que sua memória, adaptada à imortalidade, registrara com detalhes demais, que só tornavam sua dor maior. Às lembranças de Arwen, mesclavam-se as da mãe, da outra morte élfica que ele havia chorado. E além disso, havia as incômodas memórias de outra elfa que ele havia perdido quase tão definitiva e dolorosamente quando aquelas duas.

— O que você vai querer fazer quando chegarmos a Fangorn? — Legolas rompeu o silêncio pela primeira vez, ansioso para escapar àqueles pensamentos.

— Eu não sei. — Gimli respondeu, parecendo distante. — Por que queríamos retornar a ela, para começo de história?

— Não me lembro. — Legolas franziu a testa. — Já faz muito tempo.

O anão não respondeu. Nenhum dos dois estava com muita disposição para conversar naquele momento.

Fangorn ainda tinha todo o ar de antiguidade de que eles se lembravam. Legolas parou um pouco antes de adentrar a sombra sob as copas das árvores, admirando-as. Ele nutria um grande respeito por aquela que era a mais antiga floresta da Terra-Média. Ainda que sua extensão houvesse diminuído muito, ela tinha de alguma forma sobrevivido a todas aquelas eras de destruição, caos e morte. Legolas tocou o tronco de uma das árvores, fechando os olhos. A casca era espessa e áspera.

— Será que o velho Barbárvore ainda vive aí? — Gimli perguntou, olhando desconfiado para a floresta. Pelo que ele sabia, as árvores ali tinham ouvidos. A ideia lhe dava calafrios, mesmo que ele jamais admitisse isso.

Legolas sorriu:

— Tenho certeza de que sim. E a esta altura, ele já deve saber que estamos aqui. — O vento agitou as copas das árvores, que se sacudiram como se concordassem com o que o elfo tinha dito. Ele franziu as sobrancelhas: — Só espero que ele tenha avisado aos huorns que somos amigos.

— “Huorns”?

— Árvores que vão nos matar se acharem que devem.***

— Orcs querendo nos matar, árvores querendo nos matar, isto está começando a lembrar os velhos tempos, não é?

Legolas riu de leve, adentrando a penumbra da floresta. Gimli hesitou um pouco, mas o seguiu, resmungando.

Quando a noite caiu, os dois armaram acampamento. Já haviam feito um longo percurso dentro da floresta e estavam cansados. Gimli deixou para Legolas a tarefa de encontrar lenha para a fogueira, temendo ofender as árvores de alguma forma. Ele tomou conta do resto, limpando o terreno na clareira que haviam encontrado. A todo momento, ao menor ruído, ele levantava a cabeça para olhar. Não gostava da sensação que aquela floresta lhe causava. O sopro do vento sempre lhe parecia sussurros, ali.

— Droga de floresta. — Ele resmungou. Um vento particularmente forte soprou, agitando as folhas secas ao redor. — Desculpe! Desculpe! — Ele gritou, se encolhendo.

Não longe dali, Legolas recolhia galhos secos que encontrava, conversando com as árvores para lhes pedir autorização enquanto o fazia. Elas não lhe respondiam verbalmente, é claro, mas, como um elfo da floresta, ele podia ouvi-las em seu coração. Estar na floresta lhe fazia bem. Por muito tempo, ele havia desprezado isso, preferindo viver nas cidades, mas agora, com o avançar dos séculos, ele aprendera a valorizar suas origens. Mesmo porque, de certo modo, ele estava tornando a elas.

O que o incomodava ainda, no entanto, era o fato de que ele não sentira de novo a presença dos orcs, no caminho entre Lórien e Fangorn. Era possível que as asquerosas criaturas tivessem tomado um caminho diferente para evitar passar por ali, por causa dos huorns, é claro, mas mesmo assim. Algo lhe parecia muito errado. Ele e Gimli tinham discutido e decidido falar com Barbárvore, mas não havia sinal do ent. Isso também o preocupava.

Ele estava pensando nisso com os braços cheios de lenha, quando o som de um galho estalando o fez olhar para cima, estreitando os olhos.

Te achei!

Legolas nem teve tempo de entender quem tinha dito aquilo, e já estava no chão. A lenha que ele carregava se espalhou por todos os lados, e suas costas bateram dolosamente contra uma raiz sobressalente de uma árvore:

— Aah...! — Ele deixou escapar um gemido de dor.

— Oh! Desculpe! — A elfa se apressou em sair de cima dele, com um risinho.

— Você! — Ele se levantou rapidamente, olhando furioso para ela.

— Eu. — Ela sorriu para ele.

— O que... Quem... O que você está fazendo aqui? — Ele sentiu o rosto ardendo, o que só serviu para deixá-lo mais irritado.

— Ah! É! O que era mesmo...? Hnm... — Ela fingiu não se lembrar, divertindo-se ao vê-lo trincando a mandíbula de raiva. — Ah, sim! Eu vim avisá-lo!

— Me avisar...?

— Seus amigos em Gondor correm grande perigo!

— O quê?

— Há um bando de orcs indo para lá. Não, não, “um bando”, não. Um exército.

— Como você...?

— Eu os vi. Eles passaram por Mirkwood há algum tempo. Eu os ouvi dizendo que iam para Gondor. Já devem estar chegando lá.

Legolas sentiu como se ela tivesse lhe dado um soco no estômago. Se aquilo fosse verdade, então Eldarion... Ele balançou a cabeça, tentando clarear seus pensamentos. Ele não conhecia aquela elfa. E o fato de ela ter os cabelos negros e se vestir naquela cor...

— Por que devo acreditar em você?

— Algo me diz que você acredita, amorzinho.

O loiro arregalou os olhos para ela, e não se deu tempo para pensar. Ele lhe deu as costas e correu em direção ao lugar onde tinha deixado Gimli. Ela o seguiu, mantendo-se apenas alguns passos atrás dele.

— Gimli! Precisamos continuar! Temos que chegar às montanhas ainda nesta noite!

— O quê?

— Pelas montanhas não! — A elfa exclamou. — É por lá que os orcs estão indo. Eles conseguiram passar por Rohan.

— De onde ela veio? — Gimli estava confuso. Ele olhava de um para outro, tentando entender.

— Como assim?

— Eles passaram por Rohan e estavam indo em direção à passagem de Elrond. — Legolas estremeceu ao ouvir aquilo. Nem os orcs nem ela deviam saber sobre a existência da passagem de Elrond. — Vocês não podem ir pelas montanhas.

— O que está havendo? — O anão praticamente gritava, mas os elfos pareciam não o escutar.

— Como eles sabiam da passagem de Elrond?

— Eu não sei. Mas vocês não têm tempo para descobrir.

— Legolas! — Gimli empurrou o amigo, tentando fazê-lo prestar atenção nele. Sem sucesso. Legolas encarava a elfa à sua frente, perplexo.

— Eu posso levar vocês para Gondor a tempo se você deixar, amorzinho.

Legolas engoliu em seco, pesando suas opções. Se o que ela dizia era verdade (e algo no coração dele lhe dizia que era), então ele precisaria de um milagre para conseguir chegar ao auxílio de Eldarion a tempo. Se ele tivesse que contornar as montanhas, sem cavalo e sem mantimentos, poderia levar semanas. Ele olhou no fundo dos olhos da elfa. Ela parecia sinceramente querer ajudá-lo, mesmo que ele não entendesse por quê. Ele apenas assentiu, derrotado.


Mapa da Terra Média ao fim da Terceira Era


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Notas finais do capítulo

* Explicando... Isto foi algo que eu inventei. Supostamente, Aragorn teria feito um acordo com Rohan e, juntos, ele e Éomer construíram uma passagem secreta pelas montanhas, interligando os dois reinos. Aragorn a batizou de “Passagem de Elrond”, em homenagem ao pai de Arwen. Sei que vocês não costumam gostar de invenções que fogem ao cânone, mas eu acho esta bastante plausível, certo? Se não concordarem... Bom, me desculpem.

** Quenya é a língua falada pelos elfos noldor. Legolas descende dos elfos sindar, que falam Sindarin, mas tanto Galadriel quanto Arwen descendem dos noldor.

***Os huorns são criaturas muito parecidas com os ents. Algumas pessoas acreditam que eles são ents que se tornaram “arvorescos”. Eles são muito perigosos. Os orcs são seus principais inimigos, mas eles odeiam qualquer criatura que corte árvores. E são vingativos. Se quiserem impedir que alguém saia da floresta, eles o farão. É por isso que Fangorn é uma floresta muito perigosa, e são muito poucos os que têm autorização para circular ali.