Feliz para sempre escrita por Lady Salieri


Capítulo 1
Cena 1 - "Eu estava bem, por um tempo..."


Notas iniciais do capítulo

Bom, em primeiro lugar, não devia postar essa história aqui, porque eu queria planejá-la e dar-lhe um rumo, porém, foda-se, se eu não postá-la aqui eu nunca vou começá-la, então fica mais uma para minha lista interminável de coisas inacabadas.Em segundo lugar, se você veio procurando um romance clichê, não sei se posso te garantir isso. Ainda não sei nem se eu posso garantir romance, porque acho que a paradinha aqui é mais um antirromance no sentido romântico da coisa xD.Em terceiro lugar, boa leitura, anyway, quem sabe o projeto não vinga, né? Quem sabe não vira um livro e essas coisinhas todas? Estou tentando ser séria.



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Existem acontecimentos que a gente vive repetidamente na nossa cabeça, até eles acontecerem de verdade, mas de uma maneira inesperada que nos humilha como seres humanos e...

Era assim que Bárbara se sentia diante de Ezequiel naquele momento. De todos os 144 mesmos roteiros elaborados e ensaiados para a situação que vivia, abraçar o ex e dizer-lhe “quanto tempo”, além de soar uma cena ridícula, não revelava, em absoluto!, a gravidade que o momento pedia.

Dez anos eram suficientes para fazer uma pessoa esquecer-se da existência da outra, a ponto de sequer reconhecê-la. Seria muito mais digno ignorá-lo, ou olhá-lo interrogativamente, fazendo maciça toda a distância temporal, espacial, sentimental e mais o que quer que fosse — e havia, sim, muita coisa — entre eles. Ansiava por isso. E nisso falhara.

Maldita festa! Maldito aniversário de casamento! Costumava esquivar-se desses compromissos com maestria, tinha um leque de desculpas variadíssimo! E podia tê-lo feito, afinal, que importância tem uma festa para comemorar bodas de papel? É ridículo! Pior: quem aluga uma chácara por três dias para comemorar isso?

E dez anos de sucessivos ontens, de agoras-há-pouco…? Podia correr para qualquer lado assim que se soltasse daquilo. Podia se esconder em qualquer canto, fazer-se invisível, porque era assim que gostava de estar. Poder, podia, mas o abraço perdurava o suficiente para fazê-la querer estar dele.

Empurrou-o de leve. Não escutou o que Ezequiel disse em seguida, mas teve certeza de que foram todos os clichês de um encontro forçado. Também, sem escutar, vomitou quase a mesma coisa de volta, oxalá não estivesse sendo repetitiva, dizendo, em seguida, que precisava “terminar de chegar”. E por isso entendia-se que ela precisava se instalar em algum dormitório disponível, de preferência o mais longe do burburinho, da batida das canções que odiava, de alguns olhares agudos voltados para si, do ambiente asfixiado.

Ao desvencilhar-se dele, porém, Ezequiel tocou-lhe o braço, bloqueando seu caminho:

— Eu… quando for possível, queria falar com você.

Se não fosse o calço do orgulho, ela teria caído diante dele, por falta de oxigenação adequada no corpo.


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Notas finais do capítulo

Primeiro cap, done.Vamos ver, né? Obrigada quem leu, obrigada duas vezes a quem comentou. Serei ajuizada e responderei todos os coments, embora ainda não sei se haverá ^^.