Recomeçando - Peeta e Katniss escrita por Zoey


Capítulo 6
A cerimônia P1


Notas iniciais do capítulo

Hey! _|||_

Olá pessoal! Bem, primeiramente quero agradecer por todos os comentários de vocês.
Muito obrigado de verdade por vocês comentarem. Eu valorizo cada comentário postado.
E leitoras novas, sejam todas bem vindas! :)
Bem, vamos lá.
Eu acabei escrevendo muito coisa nesse capítulo. Quando fui contar as palavras já tinha mais de 5000. :o
Então vou dividir ele em dois capitulos, mas postarei os
dois agora. Ficará parte 1 e part 2.
P.s: Ainda estou sem pc. Então qualquer coisa que eu me passar me perdoem. Fazer tudo pelo celular é complicado, mas tô fazendo.
Bem, então é isso
Postarei as duas partes agora.
Espero que gostem :)



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Eu aperto com força entre os meus dedos a folha de papel que está em minhas mãos. Olho mais uma vez para a escrita bem desenhada e corro o polegar sobre as letras. Ela não vem. Eu leio a carta da minha mãe pela centésima vez tentando fazer a minha mente aceitar os motivos dela. O pior é que eu entendo. Só que é inevitável não me sentir triste por ter uma mãe que sempre me falta nos momentos em que mas preciso dela.
Dois dias depois que o mensageiro do trem trouxe o pequeno envelope, minha mãe ligou me pedindo compreensão. A dor pela morte de Prim é insuportável . Eu entendo. Porque só eu sei o que passo todos os dias quando olho para cada canto dessa casa e tudo me faz lembrar da minha irmã . Qualquer lugar que eu ande no distrito 12 me faz lembrar dela. É doloroso.
Também estou em fase de aceitação. Tenho que aprender a lídar com isso, mas a opção de esquecer simplesmente não existe. Jamais esquecerei minha irmã ou algum dos meu companheiros mortos. Minha mãe poderia estar junto comigo tentando achar uma maneira de conviver com essa dor, mas a decisão dela foi outra.
Eu tenho Peeta. Que é o meu forte, a minha esperança de levantar todas as manhãs e prosseguir. Já minha mãe não tem ninguém. Ela está sozinha, mas por escolha dela. E só me resta respeitar.
Fecho os meus olhos e penso no que vou fazer com a carta. Jogar fora ou guardar? Eu não sei, não consigo me decidir. O que eu sei é que minha mãe não vem para o meu casamento com Peeta.
Deixo o papel sobre a mesa e esfrego minhas mãos no meu rosto. Hoje é o nosso casamento e não quero deixar Peeta triste com isso. Afinal, faz um ano que ele espera essa data chegar. Um ano faz que ele pediu a minha mão em casamento e quero que hoje seja um dia especial para nos dois. Sem tristezas.

Nesse meio tempo Peeta abriu sua própria padaria. Graças a ele, todos no 12 se abastecem de pães frescos todas as manhãs . Ele esta tão feliz. Feliz como eu nunca o vi antes. E é muito satisfatório presenciar e partilhar com ele todos esses momentos.
Além de Peeta, todos estão se reestruturando. Os que voltaram, retomaram as suas vidas e novos comércios foram abertos. E finalmente o hospital ficou pronto. Ele não é muito grande, mas vem ajudando a todos.
É assim que estamos conseguindo levantar das cinzas o que a capital destruiu. Estamos todos juntos recomeçando, mesmo que as nossas almas estejam marcadas pela eternidade com cicatrizes profundas e dolorosas.

Ainda indecisa pego a carta e coloco dentro de uma caixa e a guardo no armário da sala. Então descido subir para o meu quarto, mas antes que eu possa chegar nas escadas uma batida leve na porta me para. E me surpreendo quando a abro e vejo a figura colorida e vibrante na minha frente. Effie Trinket.

— Effie?! - Digo surpresa.

Ela sorrir.

— Olá Katniss. - Ela se aproxima e beija nas minhas duas bochechas.

Eu olho para ela, parada em pé na minha porta com sua peruca laranja vibrante e seus saltos imensos. Sinto os meus olhos arregalados. Porque Effie estaria aqui? Plutarch à mandou?
Eu mal tenho tempo de pensar em alguma resposta lógica. Quando três criaturas ofuscantes e que me são tão familiares aparecem gritando e me fazendo sobressaltar.

— Surpresa! - Gritam os três uníssono. Flavius, Octavia e Vênia. Eu olho incrédula.

— O que vocês fazem aqui? - Pergunto olhando confusa e perplexa para os quatro.

Effie me olha surpresa. Eu diria até que decepcionada.

— Isso não é jeito de falar com velhos amigos mocinha! Imaginei uma recepção mais calorosa. E óbvio que estamos aqui para o seu casamento! - Sua expressão se suaviza e ela sorrir. - Isso não é espetacular?! - Effie bate palmas saltitando.

O resto passou vago, porque o meu cérebro parou de registrar as palavras de Effie no momento em que ela disse "casamento".
E um nome me vem imediatamente a mente. Plutarch. E sinto todo o meu corpo queimar em ódio.
Havia muitas coisas que faziam o meu sangue subir à cabeça e uma delas era definitivamente Plutarch Heavensbel! Eu e Peeta fomos bem claros quando dissemos que não queríamos a capital envolvida com nosso casamento. Ele só tinha que respeitar!

— Eu vou matar Plutarch pessoalmente! - Eu digo entre os dentes .

Eles param imediatamente de conversar e todos me olham assustados.

— Calma Mockingjay. Estamos em missão de paz. - Diz Flavius com as suas pálpebras coloridas de gliteres dourado. Seus cachos verdes brilham em cada movimento dele ao sol.

Eu olho confusa para Flavius.

— Você entendeu errado. Plutarch não nos mandou aqui Katniss. Veja você mesma, estamos sozinhos. - Effie se aproximar e me mostra o restante da Villa.

Eu olho a rua com raiva. Viro minha cabeça de um lado para o outro, mas esta completamente vazia. Então volto os meus olhos para os quatro.

— Então vocês estão realmente sozinhos? - Pergunto ainda desconfiada.

Octavia sacode a cabeça confirmando.

Eu mordo o meu lábio inferior sem conseguir manter a carranca no meu rosto. E sinto que as minhas bochechas ruborizaram um pouco, não de raiva, mas pela maneira fria que tratei eles.

—Desculpem, pensei que vocês estavam aqui a mando de Plutarch. -Respiro fundo.- Plutarch foi uma pedra no meu sapato desde que ele descobriu sobre o meu casamento com Peeta - Digo exasperada.

—Não Katniss! Estamos aqui porque não queríamos perder o seu casamento. -Octavia me explica paciente e depois começa a chorar. - Estou tão emocionada! Vocês finalmente vão se casar! - Ela pega um lenço do bolso e enxuga os cantos dos olhos.

— Pelo amor de Deus! Octavia não vá chorar agora! Se não eu vou chorar também! - Flavius murmura abanando as mãos no rosto para tentar secar as lágrimas que já brotaram dos seus olhos.

Só me resta rir ou chorar.

A verdade é que eu me divirto tão pouco que me permito rir dos exageros deles. Também acho que provavelmente não os verei outra vez. Eles não tem mais motivos para virem atrás de mim e não tenho planos nenhum de ir algum dia na capital. Somente em algum caso extremo. Que espero nunca acontecer.
Os meus olhos correm para Effie e ela inclina a cabeça um pouco de lado. E seus lábios rosa choque deslizam em um imenso sorriso. Ela não tem mais o olhar vago e perdido como estava no nosso último encontro na capital.

Effie corre seus olhos de mim e aperta os lábios em uma fina linha.

— Nada de choro! Temos que sorrir muito! Afinal, hoje é um grande, grande, grande dia! - Ela dispara estridente.

Otavia me abraça e eu paro por um momento para observar-los. Da para sentir que eles mudaram de alguma forma. Como resultado de tanto sofrimento eles não estão tão superficiais como antes. Claro que continuam exagerados e muito temperamentais, mas eles estão diferentes, sim. Também assumo para mim mesma que sentir um pouco de saudades deles, mas lógico que nenhum deles precisa saber disso. Meus bichinhos bobos, superficiais e carinhosos. Meu time preparatório. Quase chorei também, mas conseguir conter as minhas lágrimas. Pelo menos por enquanto.

Eu abro mais a porta permitindo a passagens de todos e Flavius é o último a passar. Ele entra arrastando uma maleta pequena ate o meio da sala e a abre mostrando todos os seus instrumentos de embelezamento, que para mim não passam de itens de tortura física. Ele olha para mim e um arrepio percorre toda a minha espinha.
Eu conheço esse olhar! Meu subconsciente começa a me alertar de que eu estava em uma enroscada.
Ah, Eles podem esquecer!

— Então, vamos começar? - Flavius pergunta com a voz radiante.

— Começar o que? - Pergunto na tentativa de parecer desentendida.

Flavius torce a boca de lado e levanta uma sobrancelha que dessa vez faz par com a cor do seu cabelo.

— Bobinha. - Ele fala rindo.- Você acha mesmo que vamos deixar você se arrumar por sua conta? - Ele se aproxima de mim e olha o meu cabelo. - Cruzes! Katniss seu cabelo está pavoroso!

Reviro os olhos.
Eu não estou com ânimo para deixar eles brincarem de boneca comigo. Já não bastava a ansiedade e o nervosismo que estou sentindo hoje e agora isso.
Eu fecho os meus olhos respirando fundo. Começo a contar até dez mentalmente.

— Tenho alguma outra opção ?! - Pergunto sem esperanças.

Ele rir.

— Não. - Ele responde satisfeito.

Eu reviro os olhos de novo.
Eu sei o quantos eles desejaram me arrumar nesse dia e imagino o quanto eles sonharam em me ver casada com Peeta. Não quero ser injusta. Eles vieram aqui por minha causa.

Então uma última vez Katniss, eu penso. Só uma última vez.

Quando as minhas idéias começam a ficar em ordem, lembro-me que deveria ver como Haymitch está. Depois da bebedeira de ontem a noite, cheguei a pensar que teríamos que leva - lo para o hospital. Me assustei com a quantidade de sangue que saiu do seu corte. Corte que ele causou depois que caiu bêbado e quebrou o copo que segurava em uma de suas mãos. Por sorte o corte não foi muito fundo e Peeta conseguir drenar o sangue. Haymitch já exausto e completamente bêbado caiu desmaiado no sofá com a boca aberta.
Quando comento com eles que preciso ver o estado de Haymitch, Effie insiste em ir no meu lugar. E ela ainda se voluntaria para uma missão praticamente impossível. Deixar Haymitch sóbrio ate a tarde. Eu sei que vai ser uma completa perda de tempo, mas disposta, ela segue determinada para casa de Haymitch . Enquanto ainda posso, decido comer alguma coisa acompanhada da minha equipe. Meu estômago pede desesperadamente por comida, não por fome, mas por ansiedade. Eu acho. E comer me faz relaxar nem que seja um pouco, e no momento, preciso muito desse pouco.
Passado alguns poucos minutos, Effie surge na porta completamente descabelada, ofegante e assustada. Se não fosse pela maquiagem branca eu poderia afirmar que ela estaria completamente pálida.

— Eu já disse para vocês o quanto odeio Haymitch Albernathy! - Ela diz histérica e com a peruca bagunçada caindo um pouco de lado.

Todos olhamos ao mesmo tempo confusos para Effie.

— Que tragédia aconteceu com você querida?! - Pergunta Flavius.

— Vocês acreditam que fui perseguida por gansos? - Effie responde aos prantos.

— Que gansos? - Vênia pergunta assustada.

— O fundo da casa de Haymitch Albernathy está cheio de gansos ferozes e violentos. E me atacaram. Quase me devoraram!

Devoraram?!
Eu mordo meu lábio para tentar conter um riso, mas falho. Effie me olha feio.

— Posso saber o motivo da graça mocinha ?! - Ela pergunta furiosa.

Eu paro de rir e tento ficar seria.

— Graça nenhuma. - Minto -Haymitch não está casa? - Pergunto para tentar não rir.

— Não! E não quero mas saber daquele rabugento beberrão! - Effie responde sem me olhar e sai batendo os seus saltos no chão.

E continuo rindo.

Além de beber até cair, criar gansos se tornou a nova tarefa de Haymitch durante o ano inteiro. A sorte é que as pobres aves sabem se virar sozinhas. Se não estariam mortas de fome a essa altura.

Já com os ânimos mais calmos. Effie me arrasta para o quarto. Flavius,Venia e Octavia nos acompanham para começar a minha secessão particular de tortura.
Então, Vênia e Octavia se revezam para fazer minhas unhas e ainda decidem depilar minhas pernas. Triste, me despeço passando a mão mais uma vez nos meus finos pêlos antes de serem cruelmente arrancados. Flavius aparece e se senta do meu lado.

—Aonde está o seu futuro marido? - Flavius pergunta curioso.

—Na padaria. Só verei ele na hora da cerimônia.

— Que pena. Poderíamos da um ótimo jeito nele também. - Ele diz suspirando. - Daria um jeito naquele cabelo loiro.

Eu olho para Flavius e encolho o nariz.

— Eu gosto do cabelo dele exatamente do jeito que é. - Digo séria.

Flaviu sorrir.

— Não está mais aqui quem falou. - Ele levanta as mãos em um gesto de rendição.

Esqueço Flavius e volto minha atenção para a minha pele que pinica e coça já irritada de tantos puxões. E o final eu já sabia. Vermelha igual a um tomate maduro.

Enquanto minha velha/nova equipe de preparação debatem o que fazer com o meu cabelo, decido tomar um longo banho. Eles são tão barulhentos que mesmo depois de fechar a porta do banheiro, consigo escutar enquanto conversam. Eu entro para dentro da água e me afundo na banheira deixando de fora somente o meu nariz para respirar . Fico sem escutar nenhum som, e procuro relaxar o quanto posso. Fecho os meus olhos e tento a calmar o pânico que cresce a cada segundo dentro de mim. Calma Katniss. Eu tento dizer várias vezes para mim mesma.

Fico assim por alguns minutos até Venia abrir a porta do banheiro e entrar. Acho que eles ainda não conhecem a palavra privacidade ou se conhece renegam a sua existência. Olho feio para Venia, mas ela me ignora.

— Vamos Katniss. Chega de banho. - Ela diz e fica em pé esperando que eu saia da banheira.

Eu desisto porque sei que não vou ganhar essa batalha e levanto de mau humor. Pego o meu roupão e a sigo ate o quarto.

—Daqui a pouco você vai nos agradecer. -Ela murmura caminhando atrás de mim .

— Tá. - Respondo cheia de "ânimo".

Ela rir.

Quando entro no quarto o meu vestido de noiva está sobre a cama. Eles o encontraram no guarda-roupa. O vestido que minha mãe mandou bem antes da carta em que ela me avisou que não viria. Seu presente adiantado de casamento para mim e Peeta. Eu me aproximo dele e o acaricio com as pontas dos meu dedos. Descendo sobre o bordado de renda no busto. Simples e bonito.
Olho para minha equipe. Estão todos calados e me observando.

— Vamos ajudar você a coloca-lo Katniss. - Octavia diz olhando os meus olhos.

Eu deixo o meu roupão cair no chão e os três se aproximam de mim, porque entre eles e o meu corpo marcado nunca existiram segredos. Enquanto ajustam o vestido em mim, observo os olhos deles sobre as minhas cicatrizes, mas não dizem nada.
Colocado o vestido eu sento em uma cadeira é com dedos ágeis Vênia faz uma maquiagem leve no meu rosto, por exigência minha, obvio. Se dependesse das escolhas deles, eu estaria com cílios de quatro centímetros nos meus olhos e toneladas de cores vibrantes pesando minha face.

Já ansioso, Flavius começa seu trabalho no meu cabelo. A idéia inicial dele era fazer uma trança embutida, mas ele acaba me perguntando seu eu não preferiria a minha velha trança. A trança da Mockingjay. Eu peso minhas opção e estou quase dizendo que não, mas lembro-me o quanto Cinna a admirava. Então em homenagem ao meu amigo, eu aceito e digo que sim para Flavius. Meu cabelo está maior que o de costume, então quando pronta a trança toca a baixo do meio das minhas costas.

Octavia aparece do meu lado com uma pequena cesta em suas mãos.

Olho confusa

— O que é isso? - Pergunto olhando a cesta.

Octavia sorrir triste para mim.

—São Prímulas. - Ela olha e observa a minha reação. - Colhemos para enfeitar o seu cabelo Katniss. Se você quiser, claro.

Eu não digo nada, apenas coloco a mão dentro da cesta e tiro uma pequena Primrose amarela. A observo atentamente sobre minha à mão e imediatamente eu começo a chorar. A perto a flor contra o meu peito e todos no quarto choram silenciosamente comigo.
Eu imagino como Prim estaria pulando de alegria hoje aqui comigo. Lembro-me de como ela ficou feliz quando me viu de noiva na prova dos vestidos da capital. Minha menina. Prim se foi para o mundo. Mas ela sempre estará comigo, no meu coração e na minha alma.
Ainda com lágrimas escorrendo no seu rosto, Flavius recomeça o seu trabalho enfeitando toda a minha trança com as prímulas, as flores escolhidas para da o nome a minha irmã. Primrose. Quando ele termina, levanto meia cambaleante e calço os meus sapatos. Todos me observam. Eu dou um passo para trás e paro me olhando no espelho. Estou com um vestido branco sem alças que vão até os meus sapatos. Meu cabelo está preso em uma longa tranca repleta de primroses que tocam as minhas costas, e os meus olhos estão realçados pela vermelhidão e pelo inchaço causado pelo choro.
Eu olho a pessoa refletida no espelho. Olho fundo em seus olhos. Olho a minha imagem. E um pânico descomunal toma conta de mim outra vez. Preciso manter o controle.

Meu nome é Katniss Everdeen. Eu tenho 19 anos. Moro no distrito 12 e em algumas horas estarei casada oficialmente com Peeta Mellark. E serei Katniss Everdeen Mellark. Peeta me ama. Então, não à o que temer.

Digo em voz alta para tentar controlar o meu pânico. Eu fecho os meus olhos e imagino Cinna com as mãos ao redor do meu ombro. Me apoiando, dizendo que tudo ficará bem. Que eu vou conseguir.
Ainda com os meus olhos fechados sinto os braços da minha equipe me cercando. Quando olho todos estão com os olhos vermelhos e inchados também. Sinto um nó se formando na minha garganta.

— Obrigada por vocês estarem aqui comigo.- Eu digo enquanto lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Effie pega um lenço e enxuga as minhas lágrimas.

— Você está parecendo um anjo Katniss. - Ela diz emocionada.

— Um anjo que teve as asas cortadas. - Respondo.

— Mas sempre há esperança de que elas voltem a crescer. - Effie diz sorrindo.

Ela estende a mão para mim.

— Não vamos deixar o pobre do Peeta esperar mais. Não é mesmo?

Eu confirmo com um balançar de cabeça e aceito à sua mão.
Do lado de fora da casa um carro nos espera. Eu tento me opor para irmos andando. O edifício da justiça não fica muito longe, mas obviamente todos rejeitam. Por outro lado tenho que concordar, nunca chegaríamos a tempo com esses sapatos extravagantes que eles gostam de usar. O carro foi disponibilizado pela presidente Paylor. Para a equipe desfrutar enquanto estiverem aqui no 12. Assim eles disseram.

O carro para bem em frente ao edifício da justiça. Eu olho pela janela e vejo algumas pessoas nos observando, aparantemente todos de Seam. Flavius abre a porta e me ajuda a descer do veículo e todos caminhamos juntos em direção ao edifício. Antes de entrar paro rapidamente olhando a frente do local.

Não tenho boas recordações desse lugar. É aqui que está o memorial do meu pai. Onde fui chamada como a filha mais velha do minerador morto para receber uma medalha em sua homenagem. E foi aqui que me despedir da minha família antes de ser levada para a capital. O edifício da justiça esconde muitas tristezas. Respiro fundo e continuo andando.

Quando entramos, Haymitch é o primeiro que eu vejo. Ele esta próximo a uma porta, olhando para o chão com as mãos no bolso. Ele esta usando um terno azul escuro, limpo, barbeado e penteado. E por mais incrível que pareça, sóbrio. Quando ele percebe minha presença seu olhos se iluminam e ele sorrir.

Haymitch pigarreia.

—Você está linda querida!

Olho para ele e sorrio.

— Gosto de ver você assim. - Murmuro.

Um sorriso curva os lábios de Haymitch. Seus olhos o denunciam que ele está emocionado.
Ele me olha calado e depois de alguns segundos passa meu braço sobre o dele.

—Vamos que o garoto está te esperando.

Haymitch comprimenta minha velha/nova equipe de preparação com um aceno e sorrir para Effie. Ele não se surpreendeu com a presença deles. O que deduzo que ele já sabia e não me contou.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Postarei agora a continuação na parte 2.
;)



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