Amandil - Sombras da Guerra escrita por Elvish Song


Capítulo 31
Cárcere


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Estou de volta, após um bloqueio horrível! Perdoem-me pela demora, por favor!
Aqui, teremos um vislumbre do que ocorreu a Amandil durante seu aprisionamento, ok? Tomaram que gostem!



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Galadriel despertou com o som de seu próprio grito; elfos poucas vezes tinham pesadelos, pois raramente dormiam; em geral, entravam naquele transe hipnótico que os repousava mais depressa que qualquer sono. Hoje, porém, a rainha élfica havia mesmo adormecido, e tido outro pesadelo com a Sombra, com a guerra e, principalmente, com sua filha. Um sonho no qual o Inimigo se mostrava como uma grande serpente negra rastejando ao redor de Amandil sussurrando para a rainha dos elfos:

“Ela é minha. Minha, sim, e não há nada que possa fazer para impedir, mulher elfa. Eu encontrarei a pequena estrela, e a arrastarei para as sombras.”

Ofegante pelo pesadelo, sentiu a mão terna e quente de Celëborn em seu ombro, e a voz tão amada lhe perguntou:

— O que houve, Galath nin?

— Apenas um pesadelo, meu amor. – respondeu ela, sentando-se à beira da cama. O “sonho” lhe mostrara coisas perturbadoras, que ela sabia serem mais do que meras preocupações; tensa, soube de imediato o que tinha de fazer. Fechando seu penhoar, percebeu que seu marido sequer havia posto vestes de dormir, e perguntou – ainda não fechou os olhos, não foi?

— Têm sido dias difíceis para todos. – respondeu o rei, dando de ombros. Galadriel sabia que ele não falava acerca da própria dor pelo aprisionamento da filha, por mais que esta o ferisse tanto quanto a ela; não falava nada, porque sabia que tocar no assunto apenas machucaria mais sua amada esposa, e ela o amava ainda mais por isso. Mas não era momento para ternuras: abrindo o pequeno porta joias sobre seu criado-mudo, tirou de lá um objeto e o guardou no bolso.

Levantando-se da cama, a Senhora da Luz sentou-se em sua penteadeira e começou a pentear e prender os cabelos, antes de escolher um vestido entre seus pertences e trocar as vestes de dormir por ele. Celebörn a abraçou pelas costas e deitou o rosto nos cabelos cor de ouro, aspirando o doce perfume do qual nunca se cansava; ele a amava tanto quanto a terra congelada amava o sol, tanto quanto os peregrinos amam a luz. Galadriel era sua melhor amiga, sua rainha, sua amada... Sua luz. Por ela faria qualquer coisa.

— Quer que eu vá com você? – perguntou ele, sabendo que ela iria visitar a filha. A Senhora, porém, negou:

— São visitas que prefiro fazer sozinha, meleth nin. – ela beijou seu esposo, carinhosa e apaixonada, e aquele beijo dissipou em parte as sombras em seu coração. E quando ele beijou sua fronte, e depois sua mão, percebeu o quanto era afortunada, por ter o amor daquele homem. Com um sorriso para ele, deixou o quarto e, depois, o palácio, descendo as longas escadarias rumo às raízes das árvores e ainda mais abaixo, até as celas.

Caminhou em silêncio até a cela de sua filha, onde afastou a cortina de musgo; depois que a princesa fora ali encerrada, há poucas semanas, todo o lugar começara a florescer, mesmo na ausência de sol. Flores pequenas, brancas e coloridas, a se espalhar pelo musgo, pelo teto e pelas paredes, enquanto a própria princesa parecia irradiar luz constantemente. Era impressionante o modo como a adolescente fingia estar bem. Contudo, já por duas vezes a agonia do cárcere a havia vencido, e momentos de pânico haviam posto abaixo seu autocontrole. E então Galadriel compreendera... Pois ao perder o controle de si mesma, Amandil dera vazão a enorme poder, do qual até então seus pais apenas suspeitavam. Sem sequer se mover, arrancara das dobradiças as portas de todas as celas do andar, praticamente implodindo todo o calabouço! Duas árvores grandes haviam tido suas raízes estraçalhadas, e apenas por magia dos elfos não caíram de suas bases. Da segunda vez, até mesmo as pedras haviam rachado, abrindo a enorme vala no chão, da qual a rainha agora tivera de se desviar, para chegar ali.

Emoções intensas são algo perigoso para os que possuem magia; algo mais perigoso ainda para os que possuem grande magia. Amandil era uma dessas pessoas. Uma das mais poderosas da Terra-Média, embora suas habilidades houvessem mostrado apenas a mais ínfima parte de sua totalidade, até agora, por ser ela extremamente jovem. Porém o medo, a angústia e a ansiedade de estar presa deixavam a jovem elfa instável, e sua magia – outrora bloqueada pelos encantos da própria Senhora da Luz – começava a fluir sem controle.

Era pensando nisso que a mulher observava sua menina adormecida: ela parecia tão delicada e frágil, ali, não obstante fosse uma poderosa guerreira... Chegava a se assemelhar ao bebe que a rainha tivera nos braços, o qual ela aleitava em seu seio antes de o pôr a dormir num berço adornado por flores douradas, cantando baixinho. Idril Amandil, filha de Elrond e Celebrían, mas, ao mesmo tempo, de Celebörn e Galadriel. O fato de a menina ter nascido do ventre de sua filha, e não de seu próprio, não diminuía em nada o amor entre ambas, e talvez até o fortalecesse. Mas agora tal amor era inócuo... Não era suficiente para tirar Amandil da cela, nem bastante para proteger a jovem de si mesma, ou dos males que havia lá fora, no mundo, e que fariam o impossível para se apoderar da garota, se soubessem quem, e o que ela era.

Após longos minutos, a guerreira sentiu a presença a observá-la e despertou; por reflexo, levou a mão sob o travesseiro, à procura da faca que não portava mais, antes de se aperceber de onde estava. Esfregando as mãos no rosto, sentou-se no catre e deu um sorriso desanimado:

— Olá, Nana.

— Olá, minha filha. – respondeu Galadriel, fazendo abrir-se a porta da cela e indo sentar-se ao lado da jovem, que censurou:

— Isso é contra as regras, mãe.

— Ao Abismo com as regras. – devolveu a rainha – regras que põem em cadeias alguém que não fez nada além de ouvir o próprio coração? Não ficarei insone por quebrar algumas delas, pelo menos as que posso infringir.

Amandil sorriu e pôs os cabelos atrás das orelhas; a queimadura em seu ombro se curara, mas a marca dourada estava ali, como ainda ficaria por longos anos... Ela viu o olhar de sua mãe sobre a marca, e declarou:

— Já nem dói mais.

— Você mente mal, sabia? É uma de suas qualidades.

A guerreira riu baixinho, e se aninhou no colo da mãe:

— Sonhei que estava lá fora, no mundo. Eu olhava para o leste, e uma grande onda escura subia sobre a terra, engolindo tudo... Eu queria correr, lutar, fazer qualquer coisa, mas estava presa no lugar, e só podia ver aquela onda chegando mais e mais perto. – ela pegou um raminho seco no chão, e fez dele brotar uma flor branca – então, uma luz muito forte veio de trás de mim, e a onda parou de avançar. A luz ficou mais forte, criando uma onda branca, que se lançou contra a onda negra. Nessa hora consegui me virar, e vi... – ela hesitou.

— O que você viu, filha?

— Vi a mim mesma. Era eu quem conjurava a onda de luz. – a moça se apoiou num braço e encarou a elfa de cabelos louros – acha que faz algum sentido, nana? Que eu teria forças para combater a Sombra?

— Creio que faça todo o sentido, minha criança, mesmo que de modos que você ainda não compreende.

— Então explique-me, mãe! – pediu ela – O que está havendo comigo? Por que sinto essa força crescendo em meu interior?! Às vezes é tão forte, que parece prestes a me esmagar de dentro para fora, e então acontecem essas explosões, chamas, tremores de terra... O que é isso? Por que isso começou, depois que invoquei a luz das estrelas?

— Meu bem, terá de ser paciente. – disse a rainha, angustiada por ter de manter segredo – são coisas que descobrirá, com o tempo, mas agora não é o momento. Apenas entenda: você é uma criatura muito especial, muito cheia de luz, e uma das elfas mais poderosas que já caminhou sobre Arda. O poder que possui faria inveja aos senhores élficos de Valinor, mas isso tem um preço. Para controla-lo, tem de descobri-lo aos poucos, testar os limites devagar e, principalmente, sem perder o foco. Precisa aprender a controlar essa força que sente, e a dirigi-la.

— Como, mãe? Como faço isso?

— Controlando suas emoções. Controlando seus pensamentos. Não há outro meio. – disse a rainha. Então, levou a mão ao bolso do vestido, e de lá tirou algo: um colar de safiras, que pôs em torno no pescoço da filha – mas isso vai ajudar. Sua energia corre descontrolada, em alguns momentos, então ele a drenará, quando você não puder se controlar sozinha.

A menina encarou a gema pendurada em seu pescoço e sorriu:

— Obrigada, mãe.

— Não me agradeça. É apenas temporário, até que esteja mais controlada, e consiga lidar com esta força que vem crescendo em seu interior. Este treino de mente é algo que deve fazer, entendeu? Não deve ficar dependente deste colar. – mãe e filha se abraçaram – queria ser eu aqui, aprisionada em seu lugar.

— Não diga isso, nana. A Terra-Média precisa antes da Senhora da Luz, do que de uma adolescente incapaz de seguir regras.

— Você é muito mais do que isso, Amandil... – a rainha acariciou os cabelos castanho-dourados da princesa – na hora certa vai descobrir o quanto.

A jovem deitou a cabeça outra vez no colo da mãe, que se pôs a niná-la como fazia quando ainda tinha nos braços um bebezinho, em vez de uma mulher adulta. E como o bebê fazia, a mulher caiu no sono, um sono tranquilo e sem pesadelos. Com um sorriso, a Senhora dos Galadhrim deitou a menina no travesseiro, cobriu-a delicadamente com a manta de musgo macio e deixou a cela, fechando a porta sem ruído ao fazê-lo. Ainda sofria pelo cárcere da garota, como o faria por todos aqueles dez anos, mas havia uma angústia a menos em seu peito: com o colar que agora portava, sua filha estava protegida de si mesma, da Sombra – que buscaria por ela com todas as forças – e dos conhecimentos que ainda era cedo demais para virem à tona.

*

— Olhe só, milagres acontecem! – exclamou Haldir, apoiando-se na grade, numa tentativa de animar Amandil – um mês sem destruir nada aqui no subsolo!

— Haldir! – sorriu a prisioneira, indo até a porta de sua cela e tocando o rosto do amigo através das barras – fico feliz em vê-lo!

— Eu diria o mesmo, se você não estivesse atrás dessas grades. – lamentou o capitão – malditas regras que não me permitem sequer leva-la a dar um passeio ao ar livre...

— Ah, pare de se queixar. Sou eu quem está presa, e não estou reclamando. – brincou a dama – mas o que traz o tão ocupado capitão da guarda de Lothlorien às celas sob a cidade?

— Talvez apenas o desejo de ver uma amiga.

— Ora, Haldir, você não me engana – disse a moça, erguendo uma sobrancelha – você odeia este lugar, e odeia me ver nele. Só vem aqui quando precisa.

— Pego em flagrante, então. – confessou o guerreiro, pegando algumas cartas – cartas remetidas a você. Eu poderia mandar que outro as trouxesse, mas, como disse, eu queria vê-la pessoalmente.

A princesa pegou as cartas com o mesmo sorriso doce e delicado; descobrira que sorrir e pensar em boas lembranças era um modo eficaz de fugir à ansiedade e pânico que a claustrofobia lhe causava. Olhou cada uma das cartas, e estas eram em número de cinco: duas vinham de Rivendell, uma, de Dale, e as duas restantes não possuíam identificação, mas ela reconheceu os remetentes pela caligrafia: Legolas e Gandalf. Com ânimo um pouco melhor, virou-se para o amigo, e quase derramou uma lágrima de felicidade quando ele lhe estendeu, através das grades, uma flor de Elanor:

— Obrigada, Haldir. – disse, pegando a flor e, com sua magia, fazendo-a criar raízes. Com os dedos abriu um buraco na terra e plantou a florzinha, que já começava a crescer nas mãos que irradiavam energia.

— Não me agradeça, princesa. Eu só queria ver como está, e fazer-lhe um agrado. – o elfo fez uma reverência – agora, alteza, devo retornar ao meu dever.

— Espere! – pediu ela; aproximou-se da grade e puxou o amigo para perto, até conseguir dar-lhe um beijo no rosto. Ele riu, pois jamais alguma outra princesa ou dama seria tão impropriamente informal, mas a Amandil o capitão tudo permitia. Via-a como sua irmãzinha menor, talvez até como sua filha, embora a idade dela fosse antes mais próxima à de sua esposa.

Depois que o capitão a deixou a sós, a moça abriu cada uma das cartas; a primeira foi a que mais lhe interessava, enviada por Legolas:

 

Meu amor

 

Estamos em caça a Gollum já há tempos, e enfim capturamos a esquiva criatura. De fato, não possui mais o objeto que buscávamos, e creio que apenas por isso conseguimos pegá-lo. Porém, recusa-se firmemente a dizer o que seja quanto a onde e como perdeu “seu precioso”, como se refere àquela peça. Creio que tentar arrancar-lhe algo seja mais inútil do que tentar moldar a rocha com uma faca de caça.

Mas não lhe escrevo apenas para falar sobre Gollum; estou preocupado com você. Sei que quebrou muitas regras, e que isso terá consequências, mas até que ponto você chegou em suas infrações? Pois estou certo de que não me contou tudo. Como você está, meu amor? Por que não recebo notícias suas há tantos meses? Estou preocupado, e desejo ardentemente vê-la em breve.

Com todo o meu amor

Ela deu um sorriso triste, e pegou o papel e tinta que Arwen lhe havia dado, já há alguns dias, para que a moça pudesse se entreter escrevendo e desenhando.

 

Meu querido

 

Fico feliz em receber notícias suas, elas acalmam meu coração perturbado! Tinha medo de que algo lhe houvesse acontecido, e me acalmo ao saber que não é o caso. Continue sendo cuidadoso, para que nenhum mal lhe aconteça, pois eu não suportaria tal dor. Quanto ao objeto que buscam, eu já imaginava que Gollum não o teria mais, e estou certa de que apenas uma tortura prolongada arrancaria a ele quem lhe tomou o que procuramos.

Também é enorme meu desejo de revê-lo, mas isso não será possível, tão breve. Tenho coisas a resolver, assuntos pendentes que devem ser concluídos; tenha paciência, meu amado, e prepare-se. Trevas muito densas erguem-se no Leste, e a Terra-Média precisará de seus guerreiros mais valorosos, no futuro. Prepare-se. Esteja pronto quando chegar o momento.

Sei que estou sendo vaga, mas isto é tudo o que posso lhe dizer. Por favor, fique bem. Fique vivo.

Eternamente sua

 

Amandil

Com um sorriso triste e saudoso ao mesmo tempo, ela dobrou o papel e o lacrou com a cera da própria vela que queimava em sua cela. Em seguida, abriu a segunda carta, vinda de Rivendell, escrita na fluente e bonita caligrafia de Tauriel:

 

Amandil

 

Espero que esta carta a encontre bem, e que a punição não lhe tenha sido pesada. Uma angústia constante me acompanha e sinto grande culpa em pensar que algo pode ter lhe acontecido, por ter nos ajudado. Desejo ardentemente que esteja bem, e que o Conselho lhe tenha sido clemente.

Lorde Elrond manda suas lembranças a você, e mandou-me escrever a seguinte frase (cujo significado não serei intrometida de tentar decifrar): “O que está acontecendo não é um mero acaso. Tudo o que nos ocorre, de bom e mau, vem invariavelmente para nosso crescimento. Compreenda a lição que a vida lhe dá, aproveite as oportunidades que lhe são dadas, e use-as para crescer como pessoa.”

Kili está bem, embora sua perna, de acordo com Lorde Elrond, vá levar alguns séculos para se curar completamente. Ele não teria sobrevivido, sem a bênção que você lhe deu, e nem a eternidade será suficiente para lhe agradecer por isso... Bem, instalamo-nos aqui; ele trabalha como ferreiro, e eu ingressei na patrulha do Vau, para guardar as fronteiras do Vale de Imladris. Estamos felizes, estamos bem, e estamos juntos. Queria que pudesse nos ver.

Mas minha maior preocupação é você: como está, irmã? O que lhe aconteceu? Por favor, preciso saber se há algo que possa fazer por você! Peça, e farei qualquer coisa para ajudá-la!

Não posso me demorar, nem escrever mais do que devo nesta carta, pois sei bem que pode ser interceptada. Ainda assim, faço meus votos para que esteja bem, e ponho-me a seu dispor para qualquer evento.

Em eterna gratidão

 

Tauriel

Um sorriso percorreu os lábios de Amandil, que respondeu:

Tauriel

 

Meus atos não saíram completamente impunes, é claro, mas minha punição foi infinitamente menor do que esperei. E mesmo que houvesse sido a própria morte, eu não me queixaria: teria valido à pena, se significasse impedir a morte de Kili. Fique tranquila: estou bem, e irei visitar você e seu esposo, assim que meus assuntos pendentes se resolverem.

Diga a meu pai que compreendi suas palavras, e farei delas minhas guias, para continuar aprendendo sempre mais e crescendo como elfa e como indivíduo. Obrigada pelo conselho, que é muito valioso.

Quanto a Kili, mande a ele lembranças minhas; para o ferimento dele, uma infusão com algumas flores de Mallörn acelerará a cura do ferimento. Envio-as junto a esta carta, na quantidade de três doses, a serem dadas com o espaço de um ano.

Fico extremamente feliz em saber que estão bem, e felizes, pois foi este o mais puro desejo que me moveu a fazer o que fiz. Sua felicidade, e a dele, é o que mais quero; o trabalho como Guardiã do Vau certamente a satisfará: Lorde Elrond envia seus guardiões com frequência a outros reinos, e creio que você terá a oportunidade de fazer a diferença que pretendia, mesmo porque o Vale está no entroncamento de vias movimentadas, e é o catalisador de muitos acontecimentos. Monotonia não haverá em seus dias, creia-me.

Poderia passar dias escrevendo-lhe, mas a verdade é que não há muito a contar: meus dias têm sido... Monótonos, basicamente ocupados com estudos, e não tenho nada a contar, de fato. Mas folgo com as notícias que recebi, que me encheram de alegria! Que possam todos em Rivendell serem felizes e estarem protegidos de todo o mal.

Com todo o meu afeto

 

Amandil

 

A carta de Dale era uma compilação de cartas de Dain Pé-de-Ferro, Fili e Bard, que agradeciam mais uma vez às intervenções da moça, e narravam a ela a reconstrução da cidade e a retomada dos laços comerciais e militares que um dia haviam existido. Isso a deixou feliz: ao menos, suas ações não haviam sido inócuas. Uma pequena lágrima escorreu por seu rosto, ao pensar em tudo o que se passara, e em como era boa a liberdade de outrora, mesmo quando acarretava consequências e sofrimentos... Imediatamente, porém, ela se repreendeu:

— Pense nas palavras de Lorde Elrond, Amandil. Chorar é para os fracos! Seja forte, aprenda com seus erros e com as circunstâncias! – Ela secou suas lágrimas e pegou a última carta, um grosso rolo enviado por Gandalf. Aquela não era uma carta simples, ela sentiu apenas em tocá-la... Havia coisas sérias, graves mesmo, a serem tratadas ali. E com um profundo suspiro, a dama abriu o lacre.

Madrugada adentro, ela leu a carta, dedicando-se a memorizar cada letra, uma vez que deveria queimar aqueles escritos assim que os tivesse decorado. Pelos Valar, era mais grave do que ela pensava!


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Notas finais do capítulo

HUAHUAHUAHUAHUAHUAHA! O que haverá na carta de Gandalf? Isso, só no próximo capítulo! HUAHUAHUAHA!
Gostaram? Odiaram? Alguém aí fez a relação entre o sonho da Amandil, e o sonho da Éowin, que vemos no livro (e na versão estendida do filme) em O Senhor dos Anéis?
Espero que tenham gostado, e me despeço desejando que a Graça dos Valar os proteja hoje e sempre!



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