Um novo trilhar escrita por Nyne


Capítulo 19
Capítulo 18 - Enquanto a cegonha não vem


Notas iniciais do capítulo

Olá e desculpem pela demora...
Bem, pretendo finalizar essa fic no capítulo 20 (motivos pra isso, logo mais nas notas finais) então estamos na reta final.
Espero que gostem do capítulo.
Ótima leitura!



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Suzana não cabia em si de tanta felicidade. Seu sonho de ser mãe estava cada vez mais próximo. 

Ouvir aquela jovem falar da gravidez como um tipo de maldição a machucava, porém, se não fosse desse jeito, provavelmente não estaria tão perto de ter uma criança em seus braços, pronta para receber todo o amor e cuidado que Suzana estava pronta a muito tempo para dar.

Carlos e Estela conversavam em uma sala em particular, enquanto Suzana permanecia no mesmo lugar que Paula.

A jovem parecia incomodada em estar lá agora.

Algum tempo depois, Estela chama Suzana e Paula para se integrarem a conversa.

 - Paula, conversei com o Senhor Castiel e...

 - Eu já sei Estela. Eles querem adotar uma criança e eu quero me livrar de uma. Estou disposta a unir o útil ao agradável.

Suzana não estava gostando da maneira como a jovem se referia aquele pobre inocente, era seu filho apesar de tudo, mas ao mesmo tempo, se sentia aliviada, pois isso só mostrava que Paula estava decidida e não mudaria de ideia.

 - É isso mesmo que você quer Paula? 

 - Sim. Desde o início sabia que isso aconteceria e você também sabia.

Suzana olha confusa para Estela.

 - O que ela quis dizer com isso?

Antes que a mulher responda, Paula toma sua frente.

 - Imagino que saibam a minha história. Como fiquei assim. Mas não acho que a Estela tenha dito exatamente como me conheceu e me convenceu a vir pra cá.

Suzana olha para o marido e em seguida para Estela.

 - Ela disse que foi no hospital, quando uma das mulheres daqui foi dar  luz.

 - Sim, essa parte é verdade. Mas ela omitiu um ponto muito importante.

 - E que ponto foi esse menina? Diga de uma vez.

 - Eu havia tentado me matar. Mais de uma vez. 

 - Isso sabemos - diz Carlos se pronunciando pela primeira vez. - Ela nos contou.

 - Mas da vez que ela me encontrou lá não foi por isso. Quanto tentei suicídio nem conhecia a Estela e muito menos este lugar.

 - Por favor, vá direto ao ponto, está bem? - diz Carlos já com certa impaciência.

 - Tentei me matar duas vezes, nenhuma deu certo. Foi então que me dei conta que não era eu que devia morrer, mas sim essa coisinha que devia desaparecer pra sempre.

Suzana leva as mãos a boca.

 - Não precisa ficar assim senhora Castiel. Não aconteceu nada, como infelizmente pode ver. - diz olhando com certo ódio para a barriga.

 - É um ser inocente. Você não tem o direito de interromper uma vida assim.

 - Será mesmo? - diz Paula com a voz alterada. - Inocente? As custas desse inocente como você diz, eu perdi a minha inocência, então ele não é tão inocente assim.

Estela vendo tudo aquilo, decide se impor.

 - Chega Paula. Você está certa. Esse casal quer ter um filho e você não. Esse casal está disposto a amar e cuidar de uma criança e você não. Então vamos logo acabar com isso. Já me informei dos passos que devem ser tomados daqui em diante. Nós iremos até o Conselho Tutelar e lá você vai deixar claro sua vontade de integrar seu filho para a adoção. O fato da criança ainda não ter nascido não vai interferir em nada. Você passará por vários exames psicológicos e o Conselho determinará se é melhor para a criança ficar com você ou com o casal Castiel.

 - O que? Então corremos o risco de não ficar com a criança? - pergunta Suzana com a voz beirando o desespero.

 - O risco existe meu amor, mas depois de tudo o que ouvimos aqui, acho difícil o Conselho optar por deixar a criança com ela.

 - Já disse que não precisam se preocupar. Deixarei bem claro que não quero essa criança. Só quero ter minha vida de volta ou ao menos o pouco que restou dela.

Suzana ainda está um tanto atordoada, mas sente Carlos segurar sua mão com força.

 - Então vamos. Você vai recuperar o que restou da sua vida, como disse, e nós, - diz olhando nos olhos marejados de Suzana -  dar um novo e esperado passo na nossa.

 

  *************************************

MESES DEPOIS

 - Ficou lindo não ficou?

Suzana tinha um sorriso de orelha a orelha enquanto olhava o quartinho que, enfim, havia terminado de decorar.

 - Sim, ficou. Pena que não pudemos usar cores mais direcionadas. 

 - Isso é o de menos Carlos. Com o tempo, conforme ele for crescendo, podemos decorar com todos os os tons de azul.

 - Você tem certeza de que é um menino. Por que?

 - Meus sonhos. - diz com um sorriso. - Lembra do sonho que te falei, onde nossa filha mandava me dizer que mandaria um menino pra eu cuidar? 

Carlos balança a cabeça e esboça um sorriso.

 - Sei que você não acredita Carlos, mas pra mim nada do que tem acontecido é coincidência.

 - Sei que foi uma pena ela fazer os ultrassons e não querer saber o sexo. Eu gostaria de saber, pra deixar tudo com a carinha da criança. E se for uma menina?

 - Vou amar do mesmo jeito. Mas ainda assim, tenho certeza de que em pouco tempo a Paula terá um menino. O nosso menino.

 - Agora falta pouco amor. Pouco mais de um mês e seremos pais.

 - Estou tão ansiosa. Fiquei radiante quando o Conselho Tutelar achou que o melhor seria a criança ficar conosco, mas, ao mesmo tempo, tenho pena da Paula. Ela sofreu demais.

 - Meu maior medo era ela não seguir as orientações da obstetra, mas a senhora Gutierrez disse que está a monitorando e ela está fazendo tudo certinho. No fundo, mesmo que bem no fundo, sinto que ela quer o bem pra criança e sabe que isso nunca aconteceria se ficasse com ela.

 - Ainda tenho medo dela mudar de ideia, se arrepender na última hora.

 - Mesmo que isso aconteça amor, a decisão já foi tomada pelo Conselho, além do mais, ela assinou um documento onde abre mão da criança. Quanto a isso não precisa se preocupar. Logo nosso filho estará aqui conosco.

 - Não vejo a hora.

 - Calma. Agora falta pouco.

 - Preciso me distrair um pouco.

 - Sei disso. Vamos visitar minha mãe. Ela me disse que está fazendo um enxoval pra ele... Ou ela. Está usando cores neutras também.

 - Estou com saudades da sua mãe.

 - E ela de você. Ótima oportunidade pra matar a saudade e a ansiedade não acha?

 - Acho - diz com um sorriso. - Vou pegar minha bolsa e já venho.

 

  ************************************

 - Olha Suzana,  o que você acha? - diz Selma mostrando um pequeno macacão de tricô na cor amarela.

 - É a coisa mais linda que já vi.

 - Como o Carlos disse que você ainda não tem certeza do sexo, estou usando cores que tanto meninos como meninas podem usar. Mas assim que souber o que é, faço mais.

Carlos olhava a mãe e a esposa conversando e sorrindo enquanto mexiam nas pequenas peças de roupas.

Sentia-se feliz e realizado por ter as duas em sua vida. Ver o sorriso de Suzana novamente, puro e espontâneo, enchia seu coração de felicidade. Ver Selma, sua mãe, não biológica, mas mãe de coração, também fazia com que se sentisse orgulhoso e realizado.

Não pensava mais no passado e nem nas duras marcas que deixou, queria apenas estar onde estava, vivendo o presente e aguardando o futuro, futuro que estava cada vez mais próximo com a chegada daquela criança.

Carlos estava vivendo o inicio de um novo tempo na sua vida. Um tempo de renovação.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim =)
Bem, vamos lá!
Disse que pretendo finalizar essa fic no capítulo 20 e vou dizer os motivos:
1° Acabei por sair um pouco da linha que planejava escrever e sinto que isso acabou que influenciando negativamente no desenrolar da fic.
2° Poucas visualizações e consequentemente, quase nenhum review. Até algumas leitoras que sei que acompanham a fic não deixam mais seus comentários e isso tem me chateado bastante.
3° Estou com outros projetos de fics, algumas já em andamento e outras na cabeça. Ones e fics mais longas, no gênero que sou mais habituada a escrever. Vou me dedicar mais a elas e torcer pra que agradem vocês mais do que essa.
Bem, é isso.
Apesar das poucas visualizações e reviews, não abandonarei a fic em consideração e respeito a cada uma de vocês que permanecem aqui, fiéis.
Muito obrigada.
Beijos e até o próximo capítulo.



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