Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 9
A foto - O acampamento - Parte 5


Notas iniciais do capítulo

Enfim, eu sei, eu sei. Não postei nem sábado, nem domingo.
Maas, desde o fim de semana, minha rotina voltou ao normal, então não tive muito tempo para escrever. Por isso, a partir de hoje, aquele negocinho de dois capítulos por semana vai entrar em ação (?). Eu postarei segunda (hoje!!) e quinta feira. Eu estava pensando em postar três capítulos, mas aí lembrei que daqui á algum tempo, terei uma prova importante, então tenho que estudar e etc. Escreverei a noite, e depois de almoço. Devo postar entre 18:00 e 21:00 :)
Enfim, aproveitem o capítulo!
P.S.: Muito obrigada a todos vocês que estão comentando, não imaginam o quanto é importante para mim!



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Ao abrir meus olhos, pude sentir os raios de Sol invadir a barraca onde dormi. Devo ter ficado no mínimo uns três minutos fitando o teto, com preguiça de me levantar. Ao fecha-los novamente, todas as cenas da noite anterior vieram a minha cabeça. E as sensações também. Só de pensar no toque de Charlie sinto todos os pelos de meu corpo se arrepiar ao mesmo tempo. Passo os dedos em meu lábio, tento recordações de seus beijos e mordidas. E sinto uma vontade absurda de beija-lo novamente.

Afasto o pensamento com um suspiro, e decido me levantar, já que senti minha barriga roncar. Ao sair da barraca, topo com Camily, com um notebook no colo. Ela olhava fixamente a tela do computador, enquanto comia um dos sanduíches que Charlie fizera no dia anterior. Seu olhar se desviou para mim, após alguns segundos observando-a, e seus lábios formaram um sorriso.

— Bom dia! — diz, um pouco baixinho, fazendo um sinal para que me aproximasse.

Andei ainda sonolento até ela, me sentando ao seu lado na grama.

— Bom dia...

— Quer ver as fotos que eu tirei de ontem á noite?

— Você tirou alguma foto? — indago.

— Hum... Sim, bobinho — dá ombros, com um sorriso sacana. — Acho que você estava ocupado demais com Charlie para perceber, não é? — sinto meu rosto ficar vermelho em pouco tempo, e um nó se formou em minha garganta. Acho que fiz uma careta bem feia, que tirou várias risadas de Camily. — Tudo bem, eu já sei de tudo! Não precisa ficar com vergonha, fofo.

— Sabe de tudo? — gaguejo um pouco, totalmente constrangido.

— É, tudo, oras. Sou a irmã preferida dele. Eu que apresentei vocês dois. Eu que planejei o acampamento para vocês ficarem juntos. Eu dividi as tarefas para que ficassem a sós na cozinha. Eu comprei a pasta de dente do Charlie para que ele não ficasse com mau hálito quando fosse te beijar.

Franzi a testa, tentando digerir aquilo tudo.

— Camily... Pode me explicar isso direito?

— Ah, claro, Se. Esqueci que você acabou de acordar e deve estar um pouquinho lento — soltou uma risada. — Quando te vimos na rua pela primeira vez, eu vi que meu maninho ficou todo, ‘nossa, que cara gostoso’, então, me prontifiquei de ir falar com você, para que apresentasse vocês dois. E eu estava certa, naquele dia, ele sorria como bobo em sua direção, e também notei que o senhor aí olhava para o Charlie como se ele fosse um Deus grego — “que de fato é”, pensei em dizer, mas preferi ficar quieto. — Então, falei com ele a noite, que admitiu que se sentiu atraído por você. Enfim, o restante você já pode imaginar. Quis bolar uma noite para que ficassem juntos e um meio para que ficassem a sós.

— Eu... — não sabia o que dizer. — Ahn...

— Antes que você pense que só falo com você por causa do Charlie, já vou dizendo que é mentira, Sebastian — me interrompeu. — Inicialmente, eu não pretendia criar nenhum laço com você, mas agora, eu realmente gosto da sua amizade, então nem pense em fazer chilique, ouviu?

— Isso nem passou pela minha cabeça — sorrio, dando um beijo em sua bochecha. Camily sorri, se deitando na grama e me puxando para ir junto.

— Eu gosto de ver vocês dois... Como um casal, sabia? — murmura, fitando o céu azul claro, sem nuvem nenhuma.

— Eu também gosto da ideia — suspiro.

— No começo foi difícil aceitar que meu irmão gostava de garotos — afirma. — Principalmente quando eu o peguei quase transando com um garoto na escola. Mas acho que agora já estou aceitando melhor isso tudo.

— Ele já ficou com muita gente?

— Hum... Sim — confirma um pouco desconfortável. — E de fato você é meu preferido.

Solto uma gargalhada com seu comentário, respirando e inspirando apaixonadamente, enquanto ela ficou quieta por um tempo, me fazendo virar o rosto para encara-la, ver se havia algo de verdade.

— Tome cuidado — sussurra por fim.

— Cuidado? Com o que?

— Com o Charlie.

Fitei-a sem compreender direito o que acabara de dizer.

— O que tem seu irmão? — pergunto confuso.

— Sebastian... Eu amo meu irmão, mas, eu o conheço. Ele não costuma dar valor as coisas, e nunca quer ter compromisso com alguém. É um exemplo clássico do “pega e larga”... E eu gosto de você. Tá entendendo? — me olhou com aqueles imensos olhos azuis.

— Sim, mas...

Formos interrompidos por um barulho de barraca se abrindo. Levantei-me depressa, vendo Charlie se espreguiçar, com os olhos fechados. Meu coração deu um salto, e não consegui parar de encara-lo. Estava vestindo uma regata preta, bem justa ao corpo, conjuntamente á uma bermuda azul marinho, mais soltinha. Pude notar todos seus músculos peitorais e seus braços bem bronzeados. Eu não o via desde quando acabei acidentalmente, dormindo na sua cama. Agora, parando parando pensar, como eu fui parar dentro da barraca, se adormeci no quarto do moreno?

— Bom dia para os dois — ele me tira de meus devaneios, andando até mim.

— Bom dia, maninho! — Camily diz animada.

— Bom... Dia — murmuro.

Ele começa a caminhar para dentro da casa, passando as mãos no cabelo escuro e esfregando os olhos, lentamente.

— Promete que vai tomar cuidado? — indaga, voltando ao assunto.

— Tentarei — suspiro, sendo sincero.

— Se por acaso você se machucar saiba que eu estarei aqui, tudo bem?

Sorri para a baixinha, que imitou o gesto.

— Posso dizer o mesmo pra você, Cam — bagunço seus fios escuros de leve.

— Obrigada, mas acho que não será necessário — suspira. — Ethan é incrível, você vai ver.

— Vocês ficam bem juntos — deito novamente ao seu lado, fechando os olhos. — Ele parece gostar bastante de você.

— Eu sei — diz, super modesta. — Ontem você tinha que ver que fofura ele colocando marshmallow na minha boca.

— Imagino...

— E você e o Charlie perderam toda a comida — fala distraída.

— Meu estômago me lembra disso a casa segundo — dei uma indireta bem direta da minha fome; acho que ela a entendeu bem, pois no segundo seguinte se levantou brutamente, sem avisos. Abri os olhos, encarando-a. — O que foi?

— Você deve tá morto de fome, Sebastian! Por que não me disse nada? — pegou, acho que do outro lado dela, a vasilha com o restante de sanduíches e me entregou. — Aqui, pode comer tudo, não tem problema.

— Obrigada — suspiro, aliviado. Estava com fome desde ontem, porém, a vergonha impediu que eu falasse alguma coisa. Peguei um sanduíche e dei um enorme mordida, saboreando o gosto sobressalente da geleia em minha boca.

— Ah! E eu não te mostrei minha foto preferida! — exclama, e pega o notebook que havia colocado – ainda aberto – em seu lado, perto de onde estava a vasilha que me entregara. — Eu, particularmente, acho que você e o Charlie vão adorar.

Levanto-me para olhar o que de tão interessante estava no computador, e, ao ver a imagem, acabo me engasgando com a comida. Nela, estávamos eu e Charlie, nós beijando. Foi quando subimos para o quarto dele, eu estava com as mãos dentro de sua blusa, e ele passava as mãos nas minhas costas. Completamente constrangedor!

— Camily — gaguejo.

— Linda não? Eu mandaria revelar se fosse você — pisca em minha direção.

— Não é isso!, digo, a foto ficou... Hum, legal, mas...

— Sim? — indaga curiosa.

— Como conseguiu tirar desse ângulo? A imagem dá impressão que você estava dentro do quarto.

— E eu estava, bobinho.

— Como?! — exclamo surpreso.

— Sim, vocês deixaram a porta destrancada — estala a língua no céu da boca, balançando a cabeça negativamente. — E, quando fui chamar vocês, os encontrei na maior pegação. Aproveitei para registrar o momento.

— Hum... entendi — murmuro com vergonha. — Só mais uma coisa.

— Manda — sorri.

— Pode enviar essa foto para mim?


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