O sol invadia o quarto de Caroline. A loira tentava desviar dos raios que insistiam em entrar, mas em vão. Abrindo os olhos com certa dificuldade, viu que sua mãe havia aberto a cortina e a olhava fixamente com um sorriso no rosto.

– Bom dia... - ela se espreguiçou - Está aqui há quanto tempo?

– Bom dia. - Liz sorriu - Cheguei ainda agora... Só senti falta da minha menina aqui em casa, perto de mim... - ela se emocionou

– Mãe, estou aqui agora. - Caroline levantou num impulso. Foi até Liz e lhe deu um abraço - Não saio de Nova York de novo por nada, vai me ter por perto até não aguentar mais.

– Sei que não fui a melhor mãe do mundo, muito pelo contrário. Mas quero que saiba que te amo muito e...

– Elizabeth Forbes, você está sendo a melhor agora. - ela cortou a mãe - Sei que também não fui a melhor filha do mundo, mas agora temos uma a outra depois de tantos desentendimentos. Filha rebelde, mãe "workaholic"... Não era uma boa mistura mesmo... - encarou o nada

– Oh, Care... Assim vou chorar. - ela disse orgulhosa da filha

– Me perdoa? - ela sorriu com os olhos marejados

– Só se você me perdoar também.

Ambas assentiram e se abraçaram por mais um tempo e desceram para tomar café. Após isso, Caroline tomou um banho, vestiu-se com um short jeans claro e rasgadinho, com uma blusa bata preta com alças finas e uma sapatilha branca. Falou com seus pais, que estavam na sala, marcando um almoço e partiu em direção a casa de Elena.

– Care, que surpresa! - Elena sorriu ao abraçar a amiga

– Desculpe vir sem avisar, mas...

– Bom dia, Barbie. - Damon apareceu atrás de Elena, abraçando-a por trás.

– Vim em péssima hora. - ela torceu a boca - Volto outra hora.

– Nada disso, entre!

Elena deu uma leve cotovelada em Damon para que ele a soltasse e liberasse o caminho para a entrada de Caroline. A loira adentrou pela sala e logo se sentou no sofá, admirando o lugar. Estava como da última vez que entrou lá para se despedir da amiga: paredes creme, sofás caramelo e diversas fotografias ocupavam as paredes.

– Como estão seus pais? - Caroline perguntou. Os pais de Elena haviam partido para o Canadá administrar os negócios de família e ela havia ficado com a casa.

– Estão bem. Ficaram felizes com a sua volta.

– Quem não ficou? - Damon sorriu - Temos nosso maior reforço de volta, estamos prontos pra qualquer coisa.

– Senti muita falta de vocês. A vida lá era muito diferente...

Caroline começou a contar um pouco mais do que não havia contado no dia anterior. Passou um bom tempo jogando conversa fora com eles, o que não fazia há tempos. O casal convidou a loira para almoçar com eles, mas ela negou. Esclareceu que ia sair com os pais e deixaram para uma próxima vez. Deixou a casa após mais de três horas e seguiu para o restaurante para encontrar com seus pais.

Elena foi tomar um banho enquanto Damon se apoderou da cozinha para fazer o almoço. Preparava uma lasanha quando sua namorada apareceu.

– Notou Caroline um pouco cabisbaixa? - Elena perguntou

– Sim, não pude deixar de notar isso. - Damon - Será que é por causa do cansaço da viagem ou por algum outro motivo?

– Eu senti que ela queria perguntar alguma coisa, mas não fez. Deve ser só da viagem mesmo, melhor pensarmos desse jeito.

– Agora vamos almoçar que fiz esse prato especialmente para a mulher da minha vida. - ele a cercou com os braços, depositando beijos em seu pescoço - Eu te amo.

– Eu também te amo, meu namorado chef de cozinha. - ela o beijou apaixonadamente

Caroline foi para um famoso restaurante italiano almoçar com seus pais. Depois voltaram para casa, onde ela montou um mini escritório em seu quarto. Voltara para Nova York para trabalhar, mas passaria a maior parte dos dias fazendo isso de casa e não da empresa, onde só precisaria ir para editar e deixar no sistema. Deus graças por isso e também por só precisar redigir a coluna de tendência de moda nas revistas de domingo do "New York Times", ganhando um bom dinheiro. Colocou seu notebook branco em cima da mesa próxima a televisão e seus papeis de trabalho ao lado de onde havia colocado o computador portátil. Tinha de sair para comprar uma cadeira de rodinhas, pensou. Isso era uma tarefa para ser feita com seu pai, um especialista em mobílias e fanático por decoração, assim como a filha. Saíram juntos para a compra principal e voltaram com mais alguns itens. Assim ela terminou seu novo cantinho, quase dez horas da noite e ali adormeceu. Ainda estava muito cansada.