Pretending escrita por Aline Song


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Como disse nos avisos, essa é a primeira fanfic de verdade que tenho coragem de postar, porque até hoje, só tinha me arriscado com uma oneshot. Essa história surgiu exatamente da necessidade de dividir o que escrevo com alguém, e como eu li e me apaixonei pelo romance de Jenny Han há bem pouco tempo, resolvi me inspirar nele para criar a fic. Eu realmente espero que dê certo e que vocês gostem! Nos vemos lá em baixo!



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POV Tracey

- Tudo bem, me diga de novo por que aceitei fazer isso. – digo enquanto abotoo meu cardigan cinza em frente ao espelho. Mollie está deitada em minha cama, mordiscando metade de uma maçã que provavelmente pegou em minha cozinha. – Preciso que você reforce para mim os motivos pelos quais vou me sujeitar a isso, antes que eu desista.

- Pega leve Tracey, você sabe que não precisa fazer isso.

- Preciso sim. A senhorita Herrera conta comigo. Ela pediu a minha ajuda, não a de outra aluna qualquer, mas a minha. Se eu tivesse recusado, ou se voltar atrás agora, vou decepcioná-la profundamente. Não posso correr o risco de perder a carta de recomendação que ela prometeu escrever. Sem essa carta jamais chegarei a uma universidade da Ivy League.

Mollie ri enquanto eu falo e penteio meus cabelos ondulados rapidamente. Sei que as vezes pareço obcecada quando o assunto é entrar para a faculdade, mas venho planejando isso há muito tempo, e não posso permitir que nada saia do controle.

- E por isso você aceitou dar aulas particulares para um dos jogadores do time de lacrosse – Mollie se senta na cama de pernas cruzadas e me encara, claramente se divertindo com a minha situação. – justo do time de lacrosse que você tanto detesta?

- Sim. E não são aulas particulares, é monitoria. Serei monitora do tal garoto.

- Entendi. Alias, por que a senhorita Herrera não disse de uma vez para qual dos acéfalos você vai ter que dar aulas part... – encaro-a contrariada e Mollie se interrompe no meio da frase – monitoria?

- Provavelmente por medo de eu recusar sua proposta. – digo enquanto apanho as chaves do carro na escrivaninha e coloco minha bolsa em um dos ombros. – Mas isso não importa, são todos iguais de qualquer forma. Terei de vê-lo duas vezes na semana, duas horas em cada dia e pronto, não vai ser tão ruim assim. Vai passar rápido. – Mollie dá de ombros porque sabe que na verdade estou tentando convencer a mim mesma. – Agora vamos, não quero chegar atrasada no primeiro dia de aula.

- Por falar em primeiro dia – ela me rodeia, e eu sei que Mollie quer me dizer algo sem saber como. Conheço minha melhor amiga há pelos menos uns oito anos, e não há nada em seu comportamento que eu não perceba.

- Fala logo, Mollie.

- Tá. Você sabe que ainda é verão, não é? O que você está fazendo com essa roupa?

Sinto minhas bochechas corarem imediatamente, e do mesmo jeito que as atitudes de Mollie não passam despercebidas por mim, sei que também não posso esconder nada dela. Olho para a saia curta e as sapatilhas que ela escolheu para o primeiro dia, e não posso deixar de compará-las com o cardigan com blusa pólo e calça jeans que estou usando. Isso sem falar das botas de cano baixo.

Mollie continua olhando para mim, estamos paradas, uma bem de frente para outra, de modo que não posso me esquivar de sua pergunta.

- Não posso ir para escola parecendo uma vadia. Não quero dar nenhum espaço para que o tal garoto pense que pode se sentir a vontade demais comigo. Você sabe como são os atletas, eles estão sempre com os hormônios à flor da pele.

Termino de falar e faço uma careta, revirando os olhos dramaticamente para demonstrar o quanto desprezo o jeito como os jogadores do colégio agem, mas surpreendo Mollie me encarando com os olhos semicerrados e um sorriso irônico no rosto.

- Está me chamando de vadia? – dessa vez minhas bochechas coram muito mais rápido que antes e meus olhos se arregalam, porque não foi isso que eu quis dizer, mas logo que Mollie solta uma gargalhada eu me deixo rir e relaxar junto com ela. – Você é uma figura sabia, Tracey Morgan?

POV Luke

Desço as escadas que me levam para o primeiro andar do apartamento apressado mais uma vez. Minha mãe grita da cozinha para que eu me junte a ela e meu irmão para tomar café, mas estou mais que atrasado para o primeiro dia de aula, e ainda tenho que passar na casa de Georgina para buscá-la. Posso imaginá-la bufando com os braços cruzados, me esperando impecável na porta de sua casa. Esse não é um primeiro dia qualquer, é o primeiro dia do nosso último ano, e ela vem fazendo planos há muito tempo para que tudo seja perfeito.

Georgina e eu nos conhecemos desde criança, mas só começamos a namorar no primeiro ano do ensino médio. Desde então estamos sempre juntos, e embora algumas vezes ela me tire do sério com seu jeito autoritário e egocêntrico, já me acostumei com sua companhia, e gosto de dividir meus sonhos para o futuro com ela. Além do mais, Georgina é linda, de longe a garota mais linda do colégio e eu tenho sorte de estar com ela.

Destravo as portas de meu Audi e me preparo para girar as chaves, só então me lembro de que não peguei material nenhum para hoje, afinal, é o primeiro dia, porém, graças a senhorita Herrera, tenho um encontro com uma das nerds da minha classe, que segundo ela, vai me ajudar a melhorar minhas notas este ano. Minha primeira reação ao ouvir essa besteira, foi dizer que estou pouco ligando para minhas notas, mas acontece que se eu continuar me saindo tão mal nos exames, terei de deixar o time de lacrosse, e estar fora do time, significa também estar fora da universidade. Sendo assim, tive de aceitar a proposta que a senhorita Herrera me fez, e agora, me encontro em um impasse: voltar para buscar meu material, deixando Georgina provavelmente ainda mais irritada, ou ir sem o material mesmo e esperar que a tal nerd me deixe usar o dela. Sem pensar muito, escolho a segunda opção e dou partida no carro.

A casa de Georgina fica a apenas dois quarteirões da minha, de modo que, mal uma música inteira toca no rádio, e eu estaciono em sua porta, mas hoje, algo está diferente. O carro de Georgina está fora da garagem, e ela está lá, encostada nele, de cabeça baixa, encarando seus pés. Um cenário totalmente diferente do que eu imaginava, porque já estava preparado para ouvir suas acusações por chegar sempre atrasado.

De repente ela vira a cabeça na direção do Audi e como se soubesse que a estou observando pelo retrovisor, faz sinal para que eu desça, e eu obedeço. Sorrio para ela, mas Georgina está seria e não sorri de volta, o que me faz sentir um bolo no estômago, e olha que eu nem comi nada antes de sair. Quando me aproximo, tenho vontade de dizer que ela está linda, seus cabelos loiros vão até os ombros, e estão presos só na frente, fazendo com que seus olhos verdes ganhem toda a atenção que merecem, e seu vestido com certeza é novo, como não seria no primeiro dia de aula? Eu a elogiaria, mas algo me diz que não é o momento pra isso.

- Luke, nós precisamos conversar – ela finalmente diz, e só então olha diretamente para mim. – e eu vou direto ao ponto porque não posso mais adiar isso.

- Fale. – eu digo, porque não aguento mais essa tortura, mas quando Georgina fala, desejo que ela nunca tivesse terminado a frase.

- Não quero mais namorar com você.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso galera. Espero que tenham gostado. Pretendo postar o primeiro capítulo ainda hoje mas, por favor, comentem pra eu saber a opinião de vocês. Qualquer comentário será muito bem-vindo!



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