Instituto V.G: Escola de Super-Heróis - Interativa escrita por Matheus


Capítulo 4
Capítulo III: Consequências


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!
Mais um capítulo atrasado, eu sei, mas está tudo tão corrido!
Ainda estamos na introdução dos personagens estão continua sendo difícil uma abordagem mais direta com eles, mas fiz o que pude.
Desculpem se alguém ficou sem aparecer, prometo que no próximo capítulo seu personagem aparece. Espero que gostem!
Boa leitura!



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A Cúpula encheu-se de professores-heróis que interromperam imediatamente os treinamentos com suas respectivas equipes e vieram o mais rápido possível averiguar o que se ocorria dentro da mesma, pois os raios negros advindos de Matthew haviam cruzado todo o céu do Instituto sendo visíveis por todo o terreno, o que assustou tanto os estudantes quanto os professores.

Warren pairou no chão com um Matthew desacordado, após seu estado demoníaco ter passado, ele perdeu a consciência, pois com muito esforço e apoio de seu mentor, o jovem conseguiu suprimir sua raiva e expulsar as energias demoníacas que havia lhe dominado.

A Cúpula estava em choque. Todos os estudantes estavam boquiabertos, muitos nunca tinham visto algo parecido, até mesmo a equipe doze estava espantada com o manifesto do poder do amigo, tanto quanto estava preocupada.

A pequena Megan, que no momento encontrava-se sendo deitada na maca da equipe médica, ainda desacordada, seguia todo o percurso acompanhada de seu mentor para a ambulância. Banner olhava-a com preocupação e até mesmo com um pouco de culpa por não ter interrompido a luta mais cedo.

– Qual o estado dela, Bruce? – Pergunta Warren aproximando-se do colega ainda segurando um Matthew desacordado no colo.

– Ela ainda está respirando, mas temo pelo estado de sua mente. – Responde Bruce sem tirar os olhos da aluna ajudando a equipe médica a coloca-la dentro do carro. – Nos encontramos lá no Hospital.

Warren podia ver a aflição tomando conta do amigo.

– Não se preocupe, Bruce. Vai dar tudo certo.

– Obrigado. – Ele responde num fio de voz ainda abatido.

As portas da ambulância são fechadas e Megan é levada às pressas ao hospital do Instituto.

– Professor! – Grita uma Anna preocupada quando finalmente consegue aproximar-se de Warren que ainda segurava Matthew no colo.

O restante da equipe doze aproxima-se também.

– Ele vai ficar bem?! – Pergunta James nervoso e preocupado, já pensando no pior.

– Não se preocupem, o Matt está bem, só está um pouco exausto, essas possessões acabam com ele. – Diz pesadamente o experiente mentor com um sorriso de canto tentando esconder o seu temor a respeito da fonte daquela possessão. – Vou leva-lo agora mesmo para o Hospital para tratarem dos ferimentos que ele sofreu durante a batalha, mas tenho certeza que não é nada demais.

Warren enlaçou os braços de Matthew em volta de seu pescoço e segurou fortemente no garoto. Suas grandes asas brancas abriram-se e, reluzentes com o brilho do sol, ele voou velozmente pelo céu em direção ao Hospital do Instituto deixando seus alunos preocupado lhe observando até que este sumisse no horizonte.

– Vamos atrás dele, gente. – Diz Mayara sem pensar duas vezes.

– Mas é claro que vamos! – Responde James decidido num impulso

Todos correm para a saída da Cúpula, podia-se ouvir um murmúrio por toda a arquibancada vindo dos alunos que comentavam fervorosamente a respeito da luta. “Um bando de urubus, nem estão preocupados com o Matt ou com a garota.” Pensa Anna ao ler os pensamentos daqueles mais próximos que desciam da arquibancada e caminhavam para a saída.

A equipe doze começa a seguir pelo caminho de tijolos em direção ao Hospital, todos correndo apressadamente para chegar o mais rápido possível em seu destino. Mesmo tendo escutado de seu mentor que Matthew ficaria bem, a necessidade de estar ao lado do amigo era maior, seu amigo precisava de apoio e era isso o que equipe estava disposta a fazer.

Pelo percurso eles podiam ver alguns alunos espantados, a notícia já havia se espalhado pelo Instituto, além de que muitos tinham avistado os raios negros saindo da Cúpula durante seus treinamentos. Alguns cochichavam entre eles ao ver o grupo passando, com certeza não deveria ser algo muito agradável de se ouvir.

– É nesses momentos que o teletransporte do Matthew faz falta... – Confessa Edward correndo ao lado dos amigos.

– Fica quieto e continua correndo, Stark. – James responde sem muita paciência.

– Encontro vocês daqui a pouco. – Diz Anna revirando os olhos com a discussão dos dois e sai correndo na velocidade da luz com sua conhecida agilidade.

– Humildade que é bom... Ah, ela não é demais? – Suspira Edward tirando um pequeno riso de Mayara.

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Já era noite no Instituto, a lua cheia brilhava estonteante no céu, todos os estudantes estavam jantando no refeitório ou preparando-se para recolherem-se aos seus dormitórios. O assunto que predominava em todas as mesas daquele refeitório era o mesmo: a luta do dia.

A escola inteira estava comentando do batalha entre Matthew e Megan, além de não ter tido nenhuma batalha após o incidente, não é todo dia que acontecimentos assim ocorriam nesse tedioso presidio. Ou era assim que Andressa pensava.

Além de ter perdido a batalha por sua mentora não ter liberado sua equipe para assisti-la, teria uma prova complicada no dia seguinte. Estava jantando, ou pelo menos tentando, numa mesa com seus colegas de equipe. Ainda estava adaptando-se à equipe então preferia guardar seus comentários para si e ficar sonhando acordada enquanto sua comida esfriava.

– Que cara é essa, Andressa? – Questiona Mary Pyn Lang, a exótica garota dos formigas, para sua colega de esquipe. – Você não deu uma garfada desde que se sentou aqui.

– Oi? – Disse despertando-se – Érr... Nada... Na verdade eu estou pensando no que todos estão falando... E se fosse eu? Ainda nem tive a minha primeira luta e já estou morrendo de medo. – A jovem desabafa para seus colegas.

– Isso é normal, na minha primeira luta eu fiquei com tanto medo que desmaiei antes de entrar na Cúpula, ficaram falando de mim a semana toda... Velhos tempos hahaha... – Confidencia Spencer rindo logo em seguida.

Perto dali, a estrela do quinto ano (ou penúltimo ano, tanto faz) Chat Cheshire chegou na fila do refeitório com sua conhecida suntuosidade, todos que estava próximos dela deram espaço para ela passar. Nenhum estudante, principalmente os novatos, arriscaria envolver-se ou entrar no caminha da garota. Seu histórico de lutas no Instituto é um dos mais impecáveis e seu desempenho nas matérias, em destaque as que envolvem força física, são quase sempre as melhores.

Quando estava próxima da merendeira ela olhou para um garoto de canto e esse percebendo o olhar lhe entregou sua bandeira o mais rápido que pôde já gaguejando.

– A-aqui e-está... – Ele entregou e ainda sim continuou sendo encarado. – Por favor, não me machuque! – Disse saindo o mais rápido possível dali.

Ela deu uma leve risada sarcástica por conta da reação do rapaz e revirou os olhos, logo seguiu em direção à merendeira que servia uma aluna.

– Sai da frente, magricela.

Rosalie King Crawford, a amável integrante da equipe onze, fingiu não ter ouvido, mas ao se repetir, ela olhou docemente para Chat e a encarou.

– Me desculpe, moça, mas é a minha vez. – Diz timidamente a pequena Rosalie quase num sussurro voltando-se para a velha merendeira. – Pode colocar mais uma almondega, por favor?

– O quê?! Mas só pode estar brincando comigo! – Vociferou Chat dando um tapa na bandeja de Rosalie, que estava sendo servida, caindo toda a comida em seu rosto e em sua roupa.

Todos voltam sua atenção para ambas quando a bandeja cai no chão fazendo um barulho alto cessando as conversas no refeitório e deixando o silêncio se instalar no ambiente.

– M-mas... Por que você fez isso? – A jovem coberta da macarronada limpava-se com as mãos.

– Definitivamente não tenho tempo para isso. – Disse Chat revirando os olhos e deixando suas unhas crescerem.

– Ah, mas não vai fazer isso! – Grita Nicole Stacy Parker, outra grande conhecida pela escola por conta da fama de seu pai.

Ao Chat desviar sua atenção para Nicole, ela recebe um esguicho de teia no rosto que gruda em seu cabelo e impede sua visão.

– BRIGA! BRIGA! BRIGA!

Todos levantando-se do seu lugar no refeitório começam a gritar cercando as três numa roda impedindo a visão da merendeira que tentava avançar na multidão para separa-las. Mary, Andressa e Spencer eram os únicos que se encontravam ainda sentados olhando com reprovação para o acontecimento.

– Um bando de selvagens. – Profere Mary cruzando os braços.

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Não muito longe dali, os corredores do dormitório masculino estava repleto de rapazes, que já tinham jantado e estavam indo se “preparar para dormir”, ou seja, fazendo algazarra. Os mais jovens batiam nas portas dos quartos de seus colegas e saiam correndo, os mais velhos preferiam sentar-se na sala de estar do dormitório e conversar com seus amigos até pegarem no sono, o que podia levar a madrugada toda. Definitivamente aquela parecia ser uma noite longa.

– Que dia mais tedioso, parece que nunca vai terminar... Bom, todo dia é assim. – Declara Mike sentado numa poltrona, próxima à lareira, com os pés em cima da mesa de centro.

Mike Beluschi, o badboy do Instituto Van Gould. Seus poderes são tão impressionantes que muitos desistem de batalhar com ele na Cúpula ou em campeonatos por conta disso.

– Tedioso, Mike? O Roth quase fritou a Maximoff e você ainda diz que está com tédio?! – Responde Kevin J. Smith incrédulo.

Mike apenas revira os olhos, aquela conversa estava lhe deixando ainda mais irritado. Na verdade, para ele quase tudo é irritante.

Luke Bonnet, um dos garotos mais inteligentes do Instituto, aproxima-se dos dois e senta-se próximo à Mike, segurava um livro de capa dura que mais parecia uma enciclopédia de tão grosso e com todo o seu ar de mistério, ao colocar seus óculos redondos, começou a folheá-lo calmamente enquanto as chamas da lareira esquentava seu corpo ainda molhado por conta do banho recente.

– E o que o nerd está lendo? – Pergunta Mike com um ar de deboche.

– Está falando comigo? – Questiona Luke olhando para ambos os garotos por cima dos óculos.

– Esquece o Mike, Luke. Ele só está tentando arranjar uma briga para acabar com o tédio. – Replica Kevin antes que o amigo pudesse responder com sua conhecida “sutileza”.

– Admiro o seu equilíbrio e noção da realidade, Kevin. Mas prefiro evitar conflitos desnecessários. – Disse simplesmente levantando-se e recolhendo-se para seu quarto.

– O que foi? Está com medo de mim, Boneca?

– É Bonnet, seu estúpido!

Mike levanta-se abruptamente da poltrona, mas antes que pudesse fazer algo, um dos garotos interrompe a discussão de ambos com um berro.

– Ei, caras! Está acontecendo a maior briga no refeitório, tentaram separar, mas acabaram se juntando no meio! Vocês precisam ver!

O rapaz sai correndo sendo seguido por Mike.

– Mas eu não perco isso por nada! HAHAHA. – Vocifera Mike já partindo do dormitório.

"Pré-histórico." Pensa Luke.

O advento deixa Kevin e Luke sem reação que por um momento se olham sem saber o que dizer. Pelo silêncio que o dormitório masculino apresentava, parecia que todos os garotos haviam ido presenciar a briga que estava ocorrendo no refeitório. Kevin resolve então quebrar o silêncio.

– Qual o nome do livro que você está lendo?

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O Hospital parecia quieto durante a noite, apenas o médicos de plantão e algumas enfermeira perambulavam pelo recinto. Na sala de espera havia apenas os quatro integrantes da equipe doze sentados nos bancos de madeira aguardando há horas alguma notícia do amigo que havia sido levado pelo mentor para a ala de traumas.

Antes do anoitecer, o adorado professor de biologia havia chego a procura de seu filho. Todos o cumprimentaram e o colocaram a par do que tinha se sucedido na batalha daquela tarde. Sem pensar duas vezes, Mutano encaminhou-se à sala onde encontrava-se Matthew que já estava sob companhia de Warren.

De hora em hora, Edward dirigia-se para a recepção e perguntava para a enfermeira de plantão se havia alguma novidade a respeito do amigo, mas a enfermeira sempre dizia que só poderia atualizar apenas integrantes da família em relação ao quadro do rapaz, o que deixava todos flamejando de raiva.

No entanto, Anna perseguia Edward com os olhos todas as vezes em que este começava a puxar assunto com a enfermeira sempre que perguntava a ela sobre o amigo. Não estava com ciúmes, ou pelo menos negava-se a admitir isso, mas sua telepatia não mentia e os pensamentos de ambos não eram muito agradáveis quando estes estão flertando.

Apesar da diferença de idade, a enfermeira mostrava tanto interesse no rapaz só com o jeito que encarava-o que não era preciso ser telepata para tirar essa conclusão. Edward é um garoto bonito e atlético que chama a atenção de muitas garotas do Instituto, isso Anna não tinha dúvida, mas definitivamente assisti-lo divertir-se com esse fato não era nada fácil para ela.

– Há quanto tempo estamos aqui? – Pergunta Mayara com a cabeça deitada no colo de Anna que observava atentamente a conversa de Edward com a enfermeira.

– Já perdi as contas... – Suspira James sentando de frente para Mayara e Anna. – Minha barriga já está roncando.

De repente a porta principal do Hospital, de frente para a sala de espera, é aberta por uma conhecida energia vermelha. Uma mulher alta e imponente, trajando um uniforme rubro adentra no ambiente de forma impaciente. Edward, Mayara, Anna e James ficam boquiabertos. Era ela. A tão notória Feiticeira Escarlate, temida por muitos estava ali entre eles.

– Onde está a minha filha?! – Sua voz ecoou por todo o espaço.

Antes que qualquer um, inclusive a enfermeira da recepção, pudesse dizer algo ou esboçar alguma reação, novamente a porta é aberta violentamente, só que dessa vez sendo coberta por uma energia obscura, muito familiar para todos.

A figura do corvo atravessa a porta em passos calmos. Ela retira seu capuz purpuro expondo então sua identidade. A mãe de Matthew reconheceu os amigos do filho e recebeu-os com um leve aceno. Entretanto, ao sentir mais atentamente a aura que, para Ravena, impregnava o ambiente, olhou de soslaio e ambos os olhares das heroínas se encontraram. Olhares rancorosos, antipáticos e indubitavelmente mortais.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Viram só que era o mentor da equipe da Megan, essa foi muito fácil e só uma pessoa acertou haha.
Qual o estado de saúde do Matthew e da Megan? O que será que as mamães irão fazer nesse encontro depois de tanto tempo? E qual o desenrolar daquela briga no refeitório? Não esqueçam de comentar!
Abraços