Instituto V.G: Escola de Super-Heróis - Interativa escrita por Matheus


Capítulo 2
Capítulo I - Rivalidades


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?
Adorei escrever esse capítulo, ainda estamos na introdução dos personagens, espero que vocês gostem, pois foram vocês que os criaram xD
Já tenho o próximo capítulo pronto e dependendo da recepção desse, eu já posso posta-lo em seguida. Alguns já descobriram quem é a mãe do Matthew! Deixei mais pistas nesse capítulo para quem ainda não descobriu e criei novos mistérios! Todos bem fáceis :D
Boa leitura!



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Os corredores do Instituto Van Gould, mais precisamente o segundo andar do prédio de didática, estava preenchido por um mar de estudantes, o sinal estava para tocar dando início às aulas da manhã, para muitos dos estudantes essas são as aulas mais tediosas do dia, pois trata-se das matérias escolares regulares, ou seja, matemática, história, biologia, etc. que significa: sem poderes.

De repente o sinal toca e Anna, que tirava de seu armário os livros das matérias que teria na manhã e colocava-os em sua mochila, acelera o processo com sua habilidade de agilidade, guardou o material na mochila, trancou o armário e ainda jogou seu longo cabelo loiro para trás, quase que na velocidade da luz.

Os garotos que estavam perto ficaram boquiabertos, seja pela rapidez, seja pela sua beleza, o que lhe tirou um quase imperceptível sorriso de canto “Esses garotos... Me olham assim agora, mas sempre desistem quando chega a hora de conhecer meu pai.” e com um ar bem humorado rumou para a sua classe de química.

Hoje seria química orgânica, sempre tirava notas boas nessa disciplina, assim como em quase todas, não por gostar, mas por querer ser a melhor. Sua superinteligência lhe ajuda muito, o problema é apenas a concorrência, ela e boa parte da escola compartilham esse dom. Outro problema nessa disciplina é o professor, sua telepatia lhe traía de vez em quando, a dificuldade de lidar com esse poder e suas consequências é um desafio diário para Anna.

Uma vez, durante um teste surpresa, quanto terminou de responder uma pergunta e foi para a seguinte, olhou para o professor e o pegou lhe encarando atentamente e, sem querer, leu sua mente... Não foi nada “gentil” o que se passava na mente dele, depois daquele dia nunca mais conseguiu olhar para o professor sem ruborescer. O que dificulta ainda mais a situação é o fato de seu professor ser filho de um dos maiores cientistas do mundo. Quando se envolve com um Banner, não há mais volta, ou pelo menos é assim que Anna pensa.

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Na sala ao lado da classe do professor Bruce Banner II, a aula de biologia já estava começando, os alunos, como sempre, conversando em voz alta, exibindo seus poderes e jogando aviõezinhos e bolinas de papel uns nos outros. O professor tentava fazer a chamada desde que chegou, mas ninguém colaborava e mal dava para ouvir sua voz.

– Mayara Campbell!

– Presente!!! – Gritou num berro, pois com a algazarra da sala não podia-se nem ouvir seus próprios pensamentos.

De repente o professor transforma-se num leão verde e solta um rugido tão alto que pôde ser ouvido por todo o andar. A sala toda ficou em silêncio e os alunos fora das carteiras foram correndo para seus lugares.

– Será que posso fazer a chamada?! Todos para a detenção no final das aulas!!! – Berrou quando voltou para sua forma humana.

– Mas professor, iremos perder as lutas na cúpula de combate! Tenho uma batalha hoje depois do almoço! – Disse Mayara.

– Tudo bem, eu só queria ver a cara de assustado de vocês HAHAHAHA. – Disse o professor Mutano começando a rir. – Hahaha...

Mutano parou de rir quando percebeu que ele era o único que havia achado engraçado

– Érrr... Bem, onde paramos aula passada?

Estudar em Van Gould significa ter de lidar com o gênio e o humor dos professores, e Mutano é o sinônimo da comédia, pelo menos para a pequena Mayara, já que sempre se deu bem na matéria de biologia e, principalmente, com seu professor brincalhão. Sempre sentava-se na primeira carteira nas aulas do seu querido professor. Como os poderes dos dois são correspondentes, assim como a disciplina, Mayara e Mutano são bastante próximos.

“Além de ter de suportar a Miss Natureba tenho que aguentar isso...” pensou a inquieta Megan duas carteiras atrás observando a jovem Mayara mostrar no caderno onde o professor havia parado na aula passada. Seu pensamento foi tão forte que, acidentalmente, foi capaz de ser lido por uma “certa” telepata na sala ao lado.

Certamente Megan nutre um desentendimento de longa data com a garota, não é de se estranhar que toda a escola saiba dessa rivalidade das duas. E qual o motivo? Oras, um jovem de cabelos negros lisos, olhos tão azuis quanto o céu, pele corada e uma personalidade arrogante que deixa todas as garotas do Instituto apaixonadas, seu nome? Spencer Strange. Seu sobrenome carrega uma responsabilidade tão grande que todos imaginam o peso que esse garoto tem de suportar.

Rivalidades são o que há de mais comum nesse Instituto, por mais que o diretor tente esconder isso de todos. Seja rivalidades antigas, familiares, ou criadas dentro da academia. E, no caso de Megan e Mayara, a causa é o tão desagradável e enjoado ciúmes juvenil. Um prédio comportando mais de novecentos adolescentes, sendo todos dotados de poderes especiais, certamente contribui para a formação de um emaranhado de hormônios prontos para entrar em ebulição a qualquer momento.

Além disso, esses jovens possui uma forma muito satisfatória de lidar com esses conflitos. A cúpula de Combate, onde as batalhas obrigatórias ocorrem quase todos os dias, torna-se a válvula de escape dos mesmos. O diretor gaba-se até hoje de ter inventado uma forma tão inteligente de aproveitar as habilidades e o emocional de seus jovens estudantes.

A aula de Mutano estava quase no fim, em breve os alunos iriam para as outras salas com suas devidas matérias, entretanto, a maioria deles estavam com o pensamento para os acontecimentos depois do horário de almoço onde uma batalha em particular, entre todas as disputas do dia, e muito esperada pelos estudantes irá acontecer.

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O refeitório estava lotado, os alunos na fila com as bandejas na mão aguardando sua vez de serem servidos conversavam animadamente, viam-se garfos e facas flutuarem pelas cabeças dos que estava sentados às mesas, os estudantes com telecinese com certeza aproveitam esses momentos. Como as guerras de comida estava proibidas com punições severas, pregar essas peças com seus poderes eram as alternativas dos alunos.

– Você já está sabendo das batalhas de hoje na Cúpula de Combate? – Cochichou um jovem na fila para o garoto que estava na sua frente.

Andressa, uma estudante nova no Instituto, escutava atentamente, mesmo estando um pouco mais à frente na fila, a conversa dos dois rapazes. Como ainda está criando laços com o lugar novo, estar alheia a tudo é muito importante para compreender o ritmo dos alunos. Ela chegou há pouco mais de uma semana da Califórnia, onde morava com a mãe, e ainda está adaptando-se à escola nova e à academia.

– Mas é claro, todos estão comentando a semana toda. – Sussurrou o outro garoto.

– Ainda não acredito que vamos ver um acontecimento desses! É um clássico!!!

– Eles são apenas filhos delas, não devemos esperar muita coisa disso.

– De qualquer forma, eu não perco por nada!

Andressa não estava sabendo ao certo do que iria suceder, mas ouviu boatos como este o tempo todo nos últimos dias. Assim como os garotos, estava ansiosa e curiosa. Nunca havia assistido uma batalha de heróis, muito menos participado. As batalhas obrigatórias na Cúpula seria um grande marco para si mesma, portanto estar o mais preparada possível é o melhor que pode-se fazer quando ainda não é convocada pelos professores da Academia.

– Infelizmente acabou o brócolis refogado, menininha. – Resmungou a merendeira mal encarada.

– Ah, tudo bem. – Estava tão absorta em seus pensamentos que não percebeu que era sua vez. – Eu não gosto mesmo.

Logo depois de ser servida pela merendeira foi sentar-se em uma mesa mais afastada da algazarra dos alunos. Depois do almoço iria procurar sua colega de quarto para pedir para acompanha-la à Cúpula. Passava tão pouco tempo com a colega que não conseguia guardar seu nome.

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O almoço na sala dos professores parecia bem mais animado como o de costume, dificilmente os professores encontram tempo para socializar, quando não estão nas aulas estão com suas equipes treinando ou então em missões quando são convocados. Todos já tinham saído e restaram apenas dois professores na sala que podiam conversar abertamente sem a presença dos outros.

– Meu filho vai lutar com uma Maximoff?! – Perguntou um Mutano incrédulo.

– Estão todos dizendo pela escola, pela algazarra que está essa escola me surpreende você não estar sabendo. – Respondeu Bruce sentado ao seu lado sem tirar os olhos de seu notebook mordiscando um donut.

– Só espero que eles lembrem-se que trata-se apenas de uma disputa acadêmica para aproveitamento escolar! – Argumentou Mutano enquanto pegava outro donut.

– Falando assim você realmente me faz lembrar do quanto está velho, Mutano! – Zombou Bruce.

– Ainda posso ameaçar contar para o seu papai, pirralho! Não vai querer importunar o verdinho.

– Nisso vocês se entendem hahahaha.

E nesse bom humor mais um dia de aula na escola do Instituto Van Gould chegava ao fim. Entretanto as atividades na academia de super-heróis estava somente começando e pela empolgação dos estudantes naquele dia, prometia durar até o anoitecer.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O próximo capítulo terá muita ação, só espero ter acertado na dose.
Quem é a "certa" telepata? Quem é o filho do mutano? Quem é a mãe do Matthew? E que luta ocorrerá na Cúpula? Está bem fácil, deixei várias pistas pela história, é só juntar as peças do quebra-cabeça...
Não deixem de comentar. Suas críticas, sugestões e elogios são muito bem-vindos!
Abraços.