Paixões gregas - Adrenalina do amor(degustação) escrita por moni


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeee
Último capítulo de Degustação, espero que gostem.



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Pov – Ulisses

Olho para ela adormecida a minha frente, linda. A garota mais bonita que já vi. Tudo nela é vivo e intenso. Sophia tem aquele jeito italiano de falar com as mãos, olhos e todo o corpo. Me cativa.

Não quero me envolver ao mesmo tempo que não consigo evitar e isso me assusta. Se deixar o modo como me sinto por ela me dominar não a deixo partir e um dia talvez eu seja tão infeliz como minha mãe foi e faça todo mundo infeliz como ela fez.

Só que ela está aqui agora. É toda cheia de energia e curiosidade. Livre e inteligente e não precisa ser sério ou para sempre. Talvez Sophi não queira uma promessa de amor.

Isso não posso afirmar. É uma garota e garotas gostam de promessas. Não sei por que perco tempo pensando tanto se no fim faço tudo no impulso como sempre. Eu não sou sensato. Não sou como meus irmãos. Não tenho medo de arriscar a sorte. Então é isso. Deixe que aconteça o que tiver que acontecer e depois lide com isso. Digo a mim mesmo e então me aproximo dela.

Pego uma mecha dos cabelos escuros e brilhantes e passo em seu nariz, ela coça o nariz, mas continua dormindo. Repito o processo ela afasta minha mão e abre os olhos.

─Que jeito gentil de acordar uma garota! – Ela diz rindo e se arrumando na poltrona.

─Você é a pior companheira de viagem que já vi na vida! – Eu reclamo depois de ter passado o voo todo sem ter a quem importunar. – Devia ensinar aos meus irmãos. Eles tentam se livrar de mim nos voos e nunca conseguem, mas você é mestre em me ignorar.

─Pobrezinho. – Ela brinca olhando pela janela.

─Daqui a pouco vai ver Nova York, achei que seria bom te acordar. Quer café da manhã?

─Pode ser. Dormiu?

─Sim. – O comissário de bordo se aproxima. – Café da manhã. Por favor.

─Vou ao banheiro lavar o rosto. – Fico sozinho. Já andei pelo avião, fui até a cabine do piloto e ela dormindo. Me senti abandonado e Sophia nem se importa.

Quando ela volta o café é servido. Está linda. O rosto limpo e penso que minhas duas cunhadas vão gostar dela. Sempre saio com garotas ligadas a moda e cheias de maquiagem e com histórias sobre viagens pelo mundo e Sophi é tão natural e simples. A típica garota Stefanos, isso me dá muito medo.

─Teve a maior turbulência e nem acordou.

─Eu estava cansada. Andei sendo perseguida pela máfia. Isso estressa sabia?

─Verdade? A máfia caçou você? E quem te salvou?

─Um homem lindo, alto, forte, mas depois eu descobri que ele queria me matar e um carinha me ajudou a fugir.

─Malvada! – Eu reclamo enquanto ela ri. Depois tomamos café e logo temos que nos preparar para descer. Ela prende o cinto e se concentra na paisagem. É primavera e o céu está claro. Sophi tem os olhos brilhantes e nem parece notar as sensações que o pouso causa.

─É tudo tão lindo! – Diz sorrindo o tempo todo. Não importa quantas vezes ela repita essa viagem seus olhos nunca vão brilhar como agora que é novidade e gosto de saber que sou eu aqui a seu lado. É estranho como gosto de fazer as coisas para deixa-la feliz.

O motorista da empresa me esperava. Ele arruma as malas no carro e me sento ao lado de Sophi no banco de trás.

─Para casa. – Aviso o motorista. Amanhã vou para o escritório e me acerto com os Stefanos.

O carro ganha as ruas e os olhos dela brilham tanto. Lembra uma criança.

─Te apresento o transito de Nova York. – Brinco quando o carro fica parado atrás de uma fila de outros.

─É tudo tão vivo e intenso. A câmera tinha que estar aqui e não na mala.

─Vai ter tempo para passear e fotografar.

─Vamos passar pela Times Square e o Central Park? – Ela pergunta pendurada na janela.

─Faz um caminho mais turístico Pedro.

─Tem certeza Ulisses? – O motorista pergunta. É um brasileiro que trabalha conosco a bastante tempo e tem aquele jeito próximo de tratar a todos. Outro motorista obedeceria em silencio. Não Pedro, ele sempre tem uma opinião.

─Eu sei. Vamos demorar para sempre, mas tem coragem de negar algo a ela? – Sophia sorri para Pedro. Ele devolve o sorriso.

─Times Square então.

As luzes fazem os olhos de Sophi sorrirem, mesmo de dia os neons são mesmo incríveis. Leon chama de poluição visual. Ele e Lissa gostam da paisagem natural e não compreendem Nova York como eu e Nick.

─Vamos caminhar por essas ruas à noite e vai amar.

─Sua casa é bem longe? – Pelo visto ela espera que sim e sorrio. Nada é longe em Nova York.

─Não muito. – Nos aproximamos do Central Park meia hora depois.

─Aquele é o Central Park?

─Ok. Você venceu. Para o carro Pedro. Vamos a pé pelo parque. Deixa as malas em casa e pode voltar para o escritório.

─Tudo bem.

Ele encosta. Sophi se despede dele e salta animada. Faço o mesmo e começamos a caminhar.

─A gente vai no lago e naquelas escadas e na pontezinha?

─Vamos Sophi. Fica bem no centro do parque, mas tudo bem. Temos o dia todo.

─Você está merecendo ouvir que é lindo!

─Estou mesmo. Pode dizer.

─Ulisses. Você é lindo. – Ela diz e seguro sua mão. Eu estava tentando evitar, mas ela pode se perder no meio de tanta gente e nunca mais encontro ela. É isso. É para sua segurança.

Entramos no parque e os olhos curiosos passeiam por cada pedacinho do parque. Olhando tudo encantada.

─Como é no inverno? – Ela pergunta animada.

─Frio? – Respondo e ela me faz uma careta.

─Vem sempre aqui?

─Nunca. Não depois de grande, mas conheço cada pedacinho desse parque como a palma da minha mão. Cresci aqui. Foi um bom amigo e um ótimo refúgio.

─Imagino. – Ela diz pertinho de mim com seus dedos presos aos meus como se isso fosse comum. Está se tornando tenho que admitir. ─Assisti muitos filmes em que os personagens caminhavam por esse parque. Fugindo, brincando, se apaixonando. Sex and City.

─Verdade. Não é tão glamoroso como parece, mas deixo para que descubra isso sozinha. – Ela concorda ansiosa. Nesse ponto é como eu. Quer tudo de uma vez.

Continuamos caminhando pelo parque. Ela parece quase uma menina. É como Lizzie na Disney. Busco seu olhar e ela olhava para um homem sem camisa brincando com um cachorro.

─Ei, eu não sou o seu amigo gay. – Reclamo e ela me olha sem entender. – Está paquerando o cara sem camisa na minha frente!

Aponto o homem uns bons metros de nós. Ela olha para ele e depois para mim. Está bem calma e eu prestes a explodir.

─Claro que não. Eu estava olhando para ele sim, mas não desse jeito que está pensando. Estava olhando para o clichê. O cara e seu cachorro no Central parque, pensando em quando surgiria o sorveteiro, a garotinha com um balão de gás que escaparia por entre seus dedos e se perderia no céu. É o modo como eu olho para as coisas. Parece que sempre estou fotografando ou algo assim. – Ela abre um largo sorriso. – Está com ciúme?

─Sim. – Admito. Esse sou eu, não escondo muito as coisas.

─Sim? Devia dizer que não, que sou uma louca.

─Mas eu estou. Quero beijar você o tempo todo e não faço, porque deixaria que outro fizesse?

─Quer me beijar? Tipo agora? – Ela olha dentro dos meus olhos e parece enxergar minha alma.

─Tipo agora. – Eu digo dando um passo para ela enquanto ela dá um passo para mim e ficamos frente a frente ainda de mãos dadas no meio do Central Parque como numa porcaria de filme romântico e não consigo parar aquilo. – Devia se afastar por que acho que vou te beijar.

─Devia me beijar, porque acho que vou corresponder.

Então é isso. Não tem mesmo como fugir e nem quero. Solto sua mão apenas para poder envolve-la em meus braços e tomar seus lábios sem cerimônia.

Sophia se entrega e aquilo me domina por completo. É cheio de emoções novas e ao mesmo tempo é como se isso fosse algo que sempre fiz. Não sei como podemos ser tão íntimos se é a primeira vez que nos tocamos.

Suas mãos sobem por meu peito e descansam em meu ombro. Minhas mãos envolvem suas costas e adoro seus lábios, seu perfume, não consigo parar com aquilo. Quando finalmente nos afastamos. Estamos os dois confusos.

─Não sei se isso foi boa ideia. – Digo sem solta-la. – Beijos levam a outras coisas e eu não quero compromisso, Sophi eu não estou pronto, gosto da minha liberdade. Tenho medo que se iluda e espere mais.

─Achei! – Ela diz abrindo um largo sorriso que me deixa mais uma vez atrapalhado, esperava por decepção, alguma tristeza e não esse sorriso divertido.

─Achou o que? – Estamos ainda abraçados no meio do parque e isso é muita novidade para mim.

─Um defeito. Eu venho procurando um defeito em você e não encontrava, mas agora achei. É atencioso, educado, inteligente, também é o homem mais bonito que já vi e pensei que tinha que ter um defeito. – Ela podia continuar com as qualidades, a lista estava bem agradável. – Você é pretencioso.

─Eu? – Pergunto afastando uma mecha de seus cabelos que cobrem seus olhos divertidos.

─Sim. Acha que se formos além eu vou me apaixonar por você e quem sabe persegui-lo exigindo que case comigo. Talvez eu me arraste a seus pés desesperada por seu amor.

Ela beija meus lábios e me sorri despreocupada.

─Sou irresistível Sophi.

─Pode ser que aconteça ao contrário. Pode ser que você se apaixone perdidamente por mim. Pode ser que você acabe de joelhos implorando para que me case com você e tenha muitos filhos e nesse dia pode ser que olhe para você e diga, não, obrigada, mas não estou interessada em compromisso.

─Que medo! – Eu comento e depois beijo Sophi. Se ela está bem com isso eu também posso ficar. – De joelhos nem pensar! – Aviso e ela ri. Então eu a puxo pela mão e voltamos a caminhar. – Você tem razão. Fui um pouco pretencioso.

─Mais uma qualidade. Sabe reconhecer seus defeitos.

─Pelo menos posso afirmar que a lista de qualidades é imensamente maior que a de defeitos.

─Em compensação os defeitos ficam cada vez mais acentuados. – Eu a puxo para mais um beijo.

─Chega de beijo em público! – Brinco com ela quando passo meu braço por seu pescoço e ela segura minha mão. – Vamos para casa. No caminho compramos algo para comer.

─Comprar? Sou italiana Ulisses. Eu cozinho minha própria comida.

─Você que sabe. Eu não sei nem fazer um café descente usando a máquina.

─Vou gostar de cuidar disso.

─Amanhã. Hoje compramos pronto.

─Feito. É Nova York afinal. A cidade do fast food.

─Mas também dos maiores restaurantes. Vamos conhecer eles também. – Não consigo parar de fazer planos e depois desses beijos quero prolongar nosso tempo juntos.

Passamos no mercado. Sophia se diverte fazendo compras enquanto empurro um carrinho achando tudo chato e gostando disso, o que é bem esquisito. Depois compramos comida chinesa e seguimos para casa. Alguém vai entregar as compras.

Nossas malas estão no hall e quando ela entra no apartamento sinto que gostou.

─É só isso? – Ela sorri.

─Acha pequeno? – Pergunto olhando em volta. É quase como um loft, sala escritório e cozinha juntos num grande ambiente e apenas quartos e minha sala de jogos separadas por portas e paredes.

─Acho aconchegante, pensei que seria um apartamento imenso e requintado e prefiro que seja assim.

─Esse é mais o estilo dos meus irmãos, eu gosto assim. Sou sozinho. Duas suítes. – Aponto as portas. - Uma sala intima e lavabo.

─Perfeito.

Ela sorri, pego sua mala e caminho para a porta que vai ser seu quarto ao lado do meu, não precisamos dividir uma cama e nem sei o que penso disso.

─Esse é seu quarto. A casa é sua. – Ela abre a porta. É confortável e acho que tem tudo que alguém precisa, não me lembro de já ter usado esse ambiente. Meus irmãos sempre ficam em hotéis quando vem para Nova York.

─Lindo. – Ela caminha por ele e segue para a vista. – Uma boa vista da cidade. – Se dobra para olhar para baixo. – Alto.

─Bastante. Vem. Vamos comer?

─Banho. Preciso disso mais que tudo. Você sabe...

─Andou fugindo de mafiosos! – Completo por ela. – E o carinha te salvou.

─Ajudou! – Ela corrige rindo. – Já te encontro.

─Vou tomar um banho também.

Quando ela deixa o quarto vinte minutos depois está perfeita e isso é irritante. Usa um vestido leve e sapatilhas. Os cabelos estão soltos.

Ela se aproxima da mesa onde a aguardo com cara de idiota. Não resisto e só consigo beija-la mais uma vez.

─Adoro seu perfume. – Ela me diz e ficamos nos olhando.

─Come com hashi ou quer um garfo.

─Ulisses eu morava numa vila, não numa tribo indígena.

Acabo rindo. Nos sentamos e comemos juntos enquanto fazemos planos para os lugares que vamos conhecer.

─Estou segura aqui? Quer dizer, não preciso ter medo de sair pela cidade?

─Não. Espero que não. Acho que nos livramos da máfia. Amanhã passo o dia no escritório e depois meu irmão vem jantar aqui, assim ele te conhece, mas eu compro comida.

─Acho que anda duvidando dos meus dons culinários.

─Então você cozinha. – Brinco gostando da ideia. ─ Daqui a pouco suas compras chegam e se precisar de mais é só ligar e pedir.

─Sim senhor. Durante o dia eu vou ver se arrumo um emprego temporário. É Nova York a cidade da oportunidade, deve ter algo para mim.

─Emprego? Não precisa de um.

─Ulisses eu realmente não ligo de ver você pagar as coisas, e nem é porque é rico, mas por que vejo que faz com carinho, mesmo assim não gosto de ficar dependente de você.

─Entendi. Pode me dar um dia? Quando eu chegar amanhã a noite falamos disso? – Preciso ganhar tempo para pensar em algo, não quero Sophi trabalhando de garçonete que é o tipo de trabalho que ela vai conseguir assim temporário.

─Tudo bem. Tem um dia. Sou generosa.

─E linda! – Beijo seus lábios. A comida cai do hashi.

─E como a moda oriental melhor que você senhor nova-iorquino.

─E eu que sou pretencioso?

─Sim. – As compras do supermercado chegam e aproveito para dar uma olhada nos meus e-mails e resolver algumas coisas do trabalho enquanto ela guarda tudo e desfaz sua mala.

─Oi delicia. – Ligo para Ellen, ela precisa reorganizar minha agenda agora que voltei.

─Finalmente lembrou que sua secretária existe! Nunca fica um dia sem falar comigo.

─Que mulher possessiva. Andei ocupado.

─Ela é bonita?

─A coisa mais perfeita que já vi. – Aviso e Ellen ri do outro lado da linha.

─Entendi senhor Smith.

─Meu irmão está ai?

─Sim senhor Smith.

─E estamos fugindo dele?

─Exato senhor Smith.

─Então diz. Senhor Smith o senhor é muito sexy, te dou um aumento se fizer isso.

─Impossível senhor Smith.

─Covarde! – Ela ri e eu também. – Amanhã estou aí de manhã. Arruma a agenda do senhor Smith.

─Pode ficar tranquilo senhor Smith. O senhor Ulisses vai estar aqui as nove da manhã e eu aviso de sua ligação. Tenha um bom dia.

─Obrigado delicia. – Desligo e Sophia estava sentada no sofá sorrindo. O dia já estava terminando. – Era minha secretária. Trabalha comigo há tempos, tem mais de sessenta anos. – Eu estou me explicando. É isso que estou fazendo?

─Uhmm! Gosta de mulheres maduras? – Sophi provoca do sofá. Largo o trabalho pelo meio. Faz horas que não a beijo e já que comecei com isso que se dane o resto.

Caminho para o sofá. Ela fica me olhando de modo sensual, nem sei se ela sabe que está fazendo isso, mas está e meu corpo começa a ganhar poder sobre minha mente.

─Não. Acho que no momento só tem um tipo de mulher que me interessa.

─Que tipo? O tipo italiana jovem?

─Um tipo mais especifico. – Digo quando eu a trago para mim. – O tipo Sophia.

Ela gosta de ouvir e eu de dizer, gosto mais ainda quando a beijo e ela corresponde e ficamos no sofá como dois adolescentes descobrindo novas sensações.

─Está anoitecendo. – Ela diz sentada em meu colo e nem sei como chegamos nisso.

─Vem ver Nova York acender. ─Digo me erguendo com ela no colo. Sophi ri animada.

Vamos até a vidraça e ela fica encantada com a vista.

─Vou pegar champanhe. Esse momento merece. – Abro a champanhe enquanto ela observava o movimento da cidade. Levo duas taças e ofereço uma a ela.

─Champanhe na geladeira para quando recebe garotas? – Ela me pergunta em tom natural, nunca parece uma crítica quando vem dela.

─Não recebo garotas aqui Sophi, essa é minha casa, é minha de das pessoas que me importam.

─Então sou uma exceção?

─Não. Ainda é a regra, é uma das pessoas que me importam.

Tomamos um gole, e depois nos beijamos e de novo e a noite cai e esquecemos na vista, só tem seus olhos grudados nos meus e os beijos e as mãos.

─Sophi isto está ficando perigoso.

─Estamos acostumados com o perigo. Ele é atraente.

─Tem certeza? Eu posso parar.

─Pode, eu sei, mas não quer e nem eu. Sei o que quero e onde estou indo. – Isso é a coisa que mais gosto nela, sua determinação e seu jeito honesto.

─Você é especial. – Tomo seus lábios. Depois eu a levo para minha cama, ela ri no caminho. Eu a deito, beijo seus lábios, desço por seu pescoço. Aspirando seu perfume suave e sentindo o gosto doce de sua pele.

─Se lembra que contei sobre a minha vasta experiência? – Ela diz quando deixo sua pele para olhar para seus olhos escuros e cheios de desejo.

─Não tem fórmula, vamos aprendendo juntos.

─Compreensivo. – Ela sorri.

─E a lista de qualidades só aumenta.

─Vamos ver. – Ela brinca toda linda e depois disso vamos atendendo nossos desejos. Ela me ajuda a tirar a camisa, suas mãos percorrem meu peito, então é minha vez de tirar o vestido leve, ela fica com as peças intimas, toco a pele macia e dourada, depois meus lábios com ciúme repetem o caminho das mãos, Sophi suspira e isso me faz arder.

─Linda. – Digo em seu ouvido. As coisas vão se aquecendo, ela não tem medo, não se esconde e gosto da sua liberdade. Do jeito como se entrega e de novo é como se fossemos íntimos e apenas acontece.

Cada vez que sua mão toca minha pele eu sinto arder. Ela tem um jeito de me deixar maluco que nem imagina. Meu corpo e o dela se encaixam, foram feitos para esse momento e disso eu não tenho dúvida e me surpreende ser tão intenso e diferente.

Quando o clímax chega eu estou em outro mundo e voltar a terra é lento e aconchegante. Ela está linda e corada em meus braços.

─O que foi isso? – Ela sorri. – É sempre assim? Avassalador?

─Assim, assim, assim, não é. Pelo menos nunca foi antes.

─Então pode ser apenas sorte de principiante?

─Isso vamos ter que descobrir. – Brinco com seus cabelos.

─Ulisses se for sempre assim eu fico pensando como as pessoas vivem em sociedade, porque eu podia viver disso.

─Vamos tentar? – Ela ri, me faz um leve carinho no rosto. – Conte comigo para sua experiência.

─Cobaia?

─Faço o sacrifício.

─Que homem bom. – Sophia olha pela janela. – Nem vimos a noite chegar.

─Ela chega amanhã de novo. Vamos nos concentrar em esperar o dia amanhecer.

─Ideia boa. Quero descobrir se foi sorte.

─Que tal agora?

O olhar sedutor responde por ela e me acorda todas as células, meu corpo vibra por ela. Descubro que não foi sorte. É tão perfeito quanto da primeira vez e só posso sentir medo. E se eu não puder mais abrir mão de Sophia? E se sua profecia se cumprir?

Estava quase adormecendo enrolado nela quando ela beija meus lábios de modo leve e depois se levanta.

─Onde vai? – Pergunto sentindo sua falta.

─Me lembro que disse que gosta de dormir sozinho. Então vou para o meu quarto. Boa noite.

Sophi me deixa sozinho. Sai fechando a porta e justo quando descubro que odeio dormir sozinho.

─Bem feito seu falastrão, bem que seus irmãos dizem que fala demais. Agora aproveita sua cama gigante e vazia.

Estava tão bom dormir colado nela com aquele perfume suave e a pele macia. Cubro a cabeça com o travesseiro ao meu lado e tem o cheiro dela.

─Mais que ótimo! – Como é que se dorme agora?


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Notas finais do capítulo

Sophi minha heroína.
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