Bittersweet escrita por Ana Paula Puridade, Lua


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos que ainda acompanham, quem fala aqui é a Luane. Esse capítulo estava guardado nos meus arquivos faz tempo, por isso resolvi postar.
Sobre uma continuação, se estiverem curiosas, eu deixei por conta da Ana rsrs' Inclusive os capítulos 17 e 18 quem escreveu foi ela sozinha, sem minha ajuda. Eu só revisei.
Eu, infelizmente, não escrevo mais, e só entro no nyah muito raramente, pois quase nem tenho tempo pra respirar, e quando tenho tempo livre só penso em dormir.
Então é isso, a continuação agora só depende dela...
Divirtam-se e beijos :**



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NARRAÇÃO DA BONNIE

 

Dizem que algo novo sempre traz medo e insegurança, que sempre queremos permanecer naquilo que já conhecemos ao invés de tentar algo novo por medo de não sabermos lidar com aquilo. Eu estava passando por essa situação. Na verdade me obrigaram a passar por isso. Eu simplesmente não sabia o que esperar do futuro, ou dessa criança, o que ela seria? Como eu iria lidar com ela?

 

Eu sei que ele essa criança é apenas um bebê que cresce dentro de mim, mas ela não é só minha, é do Kai também. E se a maldade de Kai dominasse a criança? E se a sede de Kai pelo poder afetasse essa criança também? Por mais que eu não saiba o que fazer com esse bebê, ele continua sendo meu, ele continua sendo minha responsabilidade e eu preciso aprender a lidar com isso.

 

Eu precisava de ajuda. De alguém que entendesse sobre isso e pudesse me ajudar. E, ao pensar no assunto, quem são as únicas pessoas que eu conheço que sabem sobre bebês sobrenaturais? Os Mikaelson. Por mais que eu esteja me odiando por recorrer a eles, eu precisava de ajuda e se era apenas com eles que eu conseguiria, eu vou até eles.

 

Anunciaram o meu vôo e eu fiz o embarque, a essas horas já deviam ter notado o meu sumiço. Fiz um feitiço para tentar bloquear qualquer magia localizadora que tentem realizar para me acharem, eu preciso desse tempo longe de tudo e de todos, preciso desse tempo para aprender o máximo que eu consiga sobre essa criança e como lidar com ela. Espero que meus amigos me entendam, principalmente Damon, que estava tentando de tudo para se aproximar de mim e fazer com que eu me sentisse bem.

 

Quem diria que um dia eu estaria preocupada se Damon ficaria magoado comigo?

 

 

 

NARRAÇÃO DO DAMON

 

— MALDIÇÃO! — gritei ao ligar pela centésima vez para Bonnie e cair na caixa postal.

 

Caroline, Stefan e eu já tínhamos percorrido a cidade toda procurando por Bonnie, ela havia simplesmente desaparecido. Não havia deixado nenhum bilhete, nenhum recado, absolutamente nada. Será que ela havia sido sequestrada? Ou pior esse seria mais um plano maligno de Kai?

 

— Isso! — disse ao perceber o quão burro havíamos sido

 

— O que foi Damon? — perguntou Stefan

 

— Deve ser coisa do Kai, ele sempre tem esses joguinhos.

 

— Não seja ridículo, Kai está preso. — Caroline cruzou os braços irritada

 

— Mas nada impede dele tentar fazer mais um de seus joguinhos, loirinha — provoquei.

 

— Ok, não custa nada irmos até ele. — Stefan se intervem, acalmando a situação.

 

Fomos até onde haviamos prendido Kai e ele estava aparentemente dormindo.

 

— Onde está Bonnie? — pergunto sem rodeios.

 

Ele abriu os olhos e se virou para nós com seu sorriso sarcástico.

 

— Eu estou aqui preso, nessa cela asquerosa, e sou eu que devo saber de Bonnie? Não eram vocês os amigos salvadores da pátria?

 

— Bonnie desapareceu sem deixar rastros, não sabemos onde ela está e isso só pode ser coisa sua. — disse Stefan olhando com fúria para Kai.

 

— Vocês perderam a Bonnie? — gritou ele, tentando avançar em cima de nós, mas as correntes o seguraram.

 

— Não perdemos Bonnie, ela simplesmente desapareceu e sabemos que você pode estar por trás disso! — afirmou Caroline.

 

— Vocês são cegos ou burros? Eu não fiz nada com ela, eu não sei onde ela está!

 

Pela primeira vez eu acredito em Kai. Não que a palavra dele seja confiável, mas meu instinto é mais. Vi como Bonnie estava confusa, perdida e, diferente de muitas vezes antes, sem esperança. Sinto meu estomago embrulhar só de imaginar o que pode ter acontecido com ela. Se Kai não está por trás disso, o que aconteceu? Será que ela... Não, não, não. Bonnie não seria capaz de tirar sua própria vida, deveria haver outra explicação.

 

Stefan abrriu a cela de Kai.

 

— Se alguém pode encontrar Bonnie, é esse verme. Ele fará um feitiço localizador, ele a encontrará e chegaremos antes que ela cometa qualquer loucura. — Stefan planejou enquanto começava a abrir as correntes que o prendiam.

 

— Você acha que ela poderia... — Caroline começou a frase, mas não terminou.

 

Eu não queria pensar nessa possibilidade, preferia agarrar-me com todas as forças ao fato de que Bonnie é uma fortaleza, ela jamais desistiria tão fácil, nós a encontrariamos e haveria uma explicação para tudo aquilo.

 

Kai massageou seus pulsos, não muito contente.

 

— Vamos fazer um acordo, — comecei, —Trabalharemos juntos para encontrar Bonnie em troca de sua liberdade. Encontraremos ela e você poderá ir embora e só voltar quando seu maldito monstrengo nascer, mas se você pisar na bola, ou até mesmo tentar uma de suas gracinhas, eu te matarei da maneira mais dolorosa que eu conseguir e me certificarei que você não retorne a vida. Estamos de acordo?

 

— Damon, Damon, porque você ainda tenta se achar o fortão? Você perdeu, eu ganhei, agora vocês precisam de mim. Não me importo com esse acordozinho que você quer fazer. Eu irei procurar Bonnie porque quero, porém aceito a parte de minha liberdade, Kai Parker não foi feito para estar em cativeiro.

 

Senti uma enorme raiva invadir meu corpo. Kai sempre se achando o dono do mundo! Por mais que precisássemos dele, não iria permitir que ele se aproveitasse disso.

 

Parti pra cima dele, mas Stefan me impediu.

 

— Bonnie pode estar em perigo, quanto mais tempo perdemos com briguinha, mais demoraremos a encontrá-la.

 

— Stefan tem razão, necessitamos que Kai faça um feitiço localizador agora mesmo. — Caroline olhou para ele com desgosto.

 

— Agora mesmo, só necessito de velas e algo de Bonnie. — disse Kai cruzando os braços como se fosse resolver todos os problemas da humanidade

 

— Vou buscar isso. E você — Caroline se virou para mim, — se comporte, faça isso pela Bonnie. — e usou sua velocidade vampiresca para sair do local.

 

— Sabe Damon, você perder a Bonnie no primeiro instante não me surpreende, afinal de contas quem sempre volta é ela, você sempre a perde, mas jamais a encontra.

 

— Escuta aqui seu ... — Stefan novamente se colocou entre mim e Kai

 

— Pela Bonnie, Damon.

 

— Pela Bonnie — suspiro tentando acalmar a minha vontade de arrancar a cabeça de Kai.

 

 

 

 

NARRAÇÃO DA BONNIE

 

 

 

Nova Orleands era muito mais bonita do que eu imaginei, as pessoas passeavam pelos pontos turísticos apreciando as belas paisagens, não imaginando todo o lado sombrio que existe por trás de todo esse clima acolhedor a turistas.

 

Eu estava andando pelas ruas  tentando encontrar o French Quarter, a casa dos Mikaelson quando percebi que alguém me observava. A mulher de estatura mediana, acima do peso e com uma aparência surpreendida, me olhava como se eu fosse a pior aberração do mundo, eu queria ir até lá e perguntar o que se passava, mas preferi seguir meu caminho.

 

— Como uma Bennett pode estar carregando em seu ventre uma criatura abominável?

 

Virei-me para a mulher e ela passou a me olhar com desprezo.

 

— O que você sabe sobre mim? Como você sabe que sou uma Bennett?

 

— Nós sentimos umas as outras, eu também sou bruxa. Isso que você carrega dentro de si te trará muito sofrimento, haverá muita luta, sangue será derramado, essa criança trará um lado negro para a sua vida. Eu te vejo na escuridão, você fará parte das sombras.

 

Esse não era o jeito que eu queria começar. Vim até aqui em busca de ajuda, afinal, não atrás de profecias que previam desgraças. Isso não ajudou em nada meu estado emocional, que já não estava bem. Senti um arrepio percorrer o meu corpo, meu coração acelerar e minhas pernas fraquejarem.

 

— O... O... O que você quer dizer com isso? — perguntei com voz trêmula.

 

— Você está condenada. — A mulher saiu sem dizer mais nada.

 

Senti o mundo cair em cima de mim. Eu não entendi ao certo o que ela queria dizer (além de que muita coisa ruim estava por vir), porém senti verdades em suas palavras. Senti como se o meu destino estivesse traçado e eu não pudesse fazer nada sobre isso. Não sei o que me aguarda no futuro, e não me importaria com isso se eu não sentisse que meus amigos sofreriam junto comigo. Não quero que haja derramamento de sangue, não quero que o sangue de meus amigos seja derramado. Eu preciso de ajuda. Eu preciso de alguém que me dê alguma esperança.

 

Apressei-me para chegar até o French Quarter, agora mais que nunca, eu precisava encontrar os Mikaelson.

 

Finalmente consegui chegar aonde queria. As portas estavam abertas e aproveitei para entrar, olhei atentamente para o lugar, parecia um lugar comum, não a casa de uma das mais poderosas e perigosas famílias do mundo. Por mais que eu desprezasse todos os Mikaelson, eu precisava deles. Se fosse para sofrer, eu preferia que fosse com eles do que com meus amigos. Stefan, Caroline e Damon não mereciam sofrer por minha culpa, eu os protegeria do que quer que fosse que estivesse dentro do meu ventre.

 

— Se me dissessem que um dia eu veria Bonnie Bennett em minha casa, eu duvidaria no mesmo instante.

 

Virei-me e dei de cara com Elijah Mikaelson bem ao meu lado.

 

— Olá Elijah.

 

— A que devo a honra de sua visita? Porque eu aposto que você não veio passar as férias aqui, muito menos veio nos fazer uma visita.

 

— Eu preciso de sua ajuda — comecei, sem pestanejar — e estou disposta a fazer o acordo que for para consegui-la.

 

Elijah deu um sorriso sombrio e apontou uma cadeira para que eu me sentasse.

 

— Ficaria muito feliz em escutá-la.

 

Ele se sentou e fiz o mesmo logo em seguida. Sei que estou fazendo um acordo com o diabo, mas não existem muitas possibilidades para mim. A única era os Mikaelson, e por mais horripilante que fosse, eu teria que agarrar-me a essa possibilidade.

 

— Eu não entrarei muito em detalhes, até porque é uma parte muito pessoal e prefiro deixar em secreto. — Elijah assentiu, me estimulando a prosseguir — Eu estou grávida, estou esperando um bebê de Kai Parker, ele é um herege, meio vampiro, meio bruxo, e eu não sei o que fazer com relação a isso e tenho medo de que quando saibam da existência desse bebê venham atrás de mim e eu preciso de ajuda.

 

Elijah pareceu surpreso quando eu acabei de contar minha história.

 

— Você quer nossa proteção?

 

— Também, — hesitei, então continuei. — Vocês tem a Hope. Eu preciso entender mais sobre essa criança que está dentro de mim e nada melhor do que aprender com ela. Eu sei que toda essa situação trará consequências não muito boas e eu não quero colocar meus amigos nessa. Eu tenho certeza que eles me apoiariam, mas não quero coloca-los em perigo.

 

— O que te faz pensar que nós aceitaríamos? — perguntou Elijah

 

— Nós aceitamos. — Klaus respondeu, aparecendo repentinamente com um sorriso sombrio nos lábios.

 

Elijah o encarou Klaus.

 

— Não queremos mais problemas Niklaus.

 

— Elijah, iremos deixar uma mulher grávida sem proteção? Achei que você fosse mais cavalheiro, afinal de contas o Gentleman é você e não eu.

 

O mais velho suspirou frustrado, percebendo que não haveria o que argumentar, Klaus já havia tomado a sua decisão.

 

— Agora vamos a parte que interessa, o que você nos tem a oferecer? — perguntou Klaus, sentando-se em uma das cadeiras e abrindo os braços de maneira presunçosa.

 

— Estou disposta a aliar-me a vocês, farei o que for me pedido sem questionar, serei sua eterna aliada.

 

— Não quero apenas você, quero a criança também, afinal de contas o filho de uma Bennett com um herege membro do clã Gemini terá muito poder. Ele junto a minha Hope serão as crianças mais poderosas do planeta. Quero a criança também.

 

Não me surpreendi com o pedido de Klaus, era óbvio que iria querer algo do tipo. Ele tem sede por poder, e essa criança será muito poderosa. Apesar disso, eu não hesitei em minha decisão. Eu não tinha ressalvas, não tinha intenção de criar esse bebê e não tinha vinculo ou afeto com ele, não faço ideia de como Klaus percebeu isso, mas naquele momento eu não me importei, só queria selar o acordo. Me certificaria das consequências depois.

 

— Ok, eu aceito.

 

Klaus riu.

 

— Você deve estar muito desesperada. — ele estendeu a mão. — Temos um acordo?

 

— Temos.

 

Foi quando senti uma forte pontada no peito, estavam tentando quebrar o feitiço que eu havia feito. Meu nariz sangrou,  tudo rodou, perdi o equilíbrio. Elijah, porém, me segurou antes que eu cair no chão.

 

— O que está acontecendo? — perguntou Elijah preocupado

 

— Estão tentando quebrar feitiço que fiz para impedir que me localizem — respondi, quase sem forças.

 

— Freya!

 

Escutei Klaus gritando antes de eu perder os sentidos.

 

 

 

NARRAÇÃO DA CAROLINE

 

 

Kai estava fazendo o feitiço para localizar Bonnie, mas não obtinha nenhum resultado E eu já estava ficando irritada com tudo aquilo. Como um herege não consegue fazer um simples feitiço localizador? Ele só pode estar de brincadeira com minha cara.

 

— O que está acontecendo Kai? Você está com mais um de suas malditas brincadeiras? — perguntei irritada.

 

Kai não me respondeu, continuou repetindo o feitiço até que, finalmente, parou e abriu os olhos.

 

— Bonnie fez um feitiço para impedir que a localizassemos

 

— O que? — perguntei indignada.

 

— Bonnie não quer que a encontremos, estou dando o meu máximo para tentar quebrar o feitiço, mas está sendo inútil.

 

Damon caiu na gargalhada.

 

— A bruxinha é mais forte que você? "O invencível Kai"?

 

— Ela está carregando algo meu dentro dela, é claro que ela está mais forte que o normal.

 

Vi a fúria nos olhos de Damon e, novamente, Stefan o impediu de atacar Kai. Não sei até por mais quanto tempo poderemos aguentar essas briguinhas entre eles.

 

— Escutem os dois! Estamos aqui por Bonnie, ela precisa de nós, ela pode estar querendo fazer alguma besteira e brigar não vai ajudar em nada. Então por favor parem os dois de agir feito crianças e foquemos em encontrar uma solução para encontra-lá.

 

— Uauu como você fica sexy irritada! — disse Kai de maneira maliciosa. Eu, claro, soquei seu rosto.

 

Stefan e Damon seguraram a risada.

 

— É isso! Eu vou canalizar a força de vocês e assim conseguirei quebrar o feitiço de Bonnie. — Concluiu o herege.

 

— Mas isso pode machucá-la? — perguntou Stefan.

 

— É um risco que temos que correr. Porém, de todas as formas, Bonnie ficará bem. — Kai estendeu as mãos para que as pegássemos.

 

Damon segurou a mão direita de Kai, Stefan a esquerda e eu fiquei entre os Salvatore. Kai recomeçou o feitiço e sentimos o bruxo canalizando nossa força. Pelo visto o feitiço estava funcionando, pois o sangue estava começando a nos dar uma localização precisa, Kai continuou com o feitiço até que sentimos como se estivéssemos sido bloqueados. Senti uma forte dor em minha cabeça e sangue escorreu do meu nariz.

 

— O que aconteceu? — perguntei, minha cabeça explodindo de dor.

 

— Estamos bloqueados. — respondeu Kai fracamente.

 

Todas as velas se apagaram e a localização do mapa sumiu. Havíamos perdido Bonnie mais uma vez.

 

Mas a pergunta que não saia da minha mente era: por que Bonnie estava fazendo isso?


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Notas finais do capítulo

Bye bye, amores.
Eu agradeço todo o carinho de vcs por essa fic e por terem ficado com a gente até aqui. Nos vemos por aí. Adoro vcs!



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