Por Eduarda

As coisas não estavam sendo muito fáceis para mim, já se passaram dois meses desde que briguei com Lucas, fui expulsa de casa e vim morar com Carol.

Assim que vim para cá comecei a procurar trabalho, mas até agora não consegui, hoje fiquei de receber um e-mail de uma empresa mas até agora nada, o que está me sustentando é uma pequena reserva que eu tinha e um quebra galho que ando tenho em uma agencia, quando necessário auxilio um fotografo e ganho uma graninha, com isso ajudo Carol e Arthur nas despesas e compro o que preciso mas esta sendo complicado. Queria poder ajudar mais aqui na casa e não consigo, isso me faz ficar muito incomodada. Até hoje recebo diárias e constantes ligações e mensagens de Lucas, mas não as retorno, isso faz com que esquecer ele sege uma missão muito difícil, não deixei de pensar nele um só dia, nos últimos tempos ando muito sentida, acredito que seja carência. Cheguei a cogitar aceitar o pedido de namoro de Rafael, mas quando fui falar com ele e olhei nos seus olhos senti que não era justo assumir algo serio sendo que eu não gostava dele como ele gostava de mim, nós estamos como ''ficantes'' saio as vezes com ele damos alguns beijos mas nada mais que isso, ele até tenta se aproximar mas eu me afasto, percebi que ele se envolve cada vez mais no nosso, relacionamento, se és que posso chamar de relacionamento, mas não fico feliz com isso. Hoje ele vai jantar aqui na casa de Carol comigo, é aniversario dela e ela falou para que eu o convidasse, ela está fazendo de tudo para que eu me aproxime dele e esqueça Lucas, mais do que ninguém ela percebe que estou muito triste ainda. Nunca imaginei que mesmo com tudo que aconteceu eu sentiria tanta falta dele.

Ainda estou no quarto pois não acordei muito disposta, quando escuto batidas na porta, pergunto quem é e Carol é quem está do lado de fora e ela diz que quer falar comigo, então a deixo entrar.

C: Então você ainda não melhorou Du?

DU: É, eu ainda não estou muito bem, mas já dei uma melhorada.

C: Eu estou preocupada com você.

DU: Não precisa, eu só estou mal pois ando muito nervosa, isso com certeza é estresse, eu quero arrumar um emprego logo, não consigo, isso me faz perder o sono - dou um sorriso - Acredite assim que eu conseguir um trabalho isso vai passar.

C: Você sabe que não pode ficar assim! - Sua voz é de preocupação, Carol anda sendo um anjo para mim.

DU: Carol eu me sinto muito mal de não poder ajudar aqui como eu queria, minha ideia não era ficar mais que um mês aqui, e daqui a pouco vou para o terceiro.

C: Se sua preocupação é só essa relaxe, eu gosto de sua presença aqui e, você também não da esse trabalho todo. - Nós rimos do que ela fala - Você está ajudando, o que está dando já é o suficiente.

DU: Mas até quando isso vai durar? Não sei até quando meu dinheiro vai dar, e se eu não conseguir emprego até lá?

C: Você vai conseguir e se por um acaso não arrumar, damos um jeito - Ela me abraça e continua - Agora levanta dessa cama, até porque ficar ai não vai adiantar nada, você já já estará melhor , vem me ajudar que eu quero fazer uma comidinha bem gostosa.

Ela desce na minha frente, eu tomo um rápido banho coloco uma roupa limpa e vou ajuda-la, ainda não estou me sentindo bem mas faço um esforço, não quero ver Carol preocupada comigo.

Passamos a tarde cozinhando, logo anoitece, nós vamos nos trocar, Arthur chega do trabalho e ficamos esperando Rafa para iniciarmos o jantar.
Estamos nós três sentados na sala jogando conversa fora e bebendo um pouco e quando Rafa chega, vou atende-lo

DU: Achei que não viria - Digo dando uma risadinha.

RA: Eu não ia perder de te ver, ainda mas durante a semana que nos vemos tão pouco. - Após falar isso ele vem me dar um selinho, dou uma de desentendida e viro o rosto, percebo sua cara de decepção o que parte meu coração, mas não posso dar tanta abertura assim para ele porque ele já está envolvido de mais e não posso decepciona-lo tanto assim.

Depois de entregarmos alguns presentinhos para Carol vamos jantar. Tudo ocorre perfeitamente tranquilo, não como muito, pois estava com uma náusea interminável, quando terminamos de comer ficamos um bom tempo conversando até que Rafa decide ir embora porque terá que trabalhar no outro dia. Despedimo-nos e volto para continuar a conversa com Carol e Arthur. Quando chego perto do sofá tenho uma tontura e quase caiu, Carol vem até perto de mim e me ajuda a sentar.

C: Du você não está nada bem.

DU: Eu to sim, já falei, é estresse.

C: Pode até ser, mas você vai ao medico, agora!

DU: Não precisa, amanhã eu já estarei melhor.

A: Mas Du, mesmo que seja estresse é bom você ir, quem sabe ele não te receita alguma coisa, um calmante quem sabe?!

C: Viu, até ele concorda comigo, vamos vai. Não quero ser presa por negligencia, por não ter cuidado da minha amiga.

DU: Está bem, mas eu só vou por você, já estou bem melhor.

Nós vamos ao médico, ele pergunta o que eu sinto e eu falo, faço um exame que só ficará pronto daqui alguns dias e fico tomando um pouco de soro, pois segundo o medico estou fraca, certamente deve ser porque não estou comendo muito bem nos últimos dias. Carol até quis avisar Rafael, mas eu não deixei, não queria preocupar mais uma pessoa.

Dias depois.

Agora finalmente o universo está conspirando ao meu favor, depois do dia que fui ao medico recebi uma ligação do fotografo que eu auxiliava e ele me contratou para trabalhar com ele, faço o mesmo que fazia antes, o ajudo nas sessões fotográficas, mas agora trabalho com ele todos os dias. Estou bem aliviada, o salario não é lá grande coisa, mas já é um começo, fora que estou adorando trabalhar com fotografias.

Apesar de essa preocupação já ter passado não me sinto nada bem, ainda tenho tonturas enjoos e esses dias chegue a vomitar umas duas vezes, não sei o que está acontecendo.

Estou no horário de almoço e aproveitei dar andar um pouco quando recebo uma ligação.

Ligação ON

DU: Alô

XX: Senhorita Eduarda Botticelli?

DU: Sim é ela, quem gostaria?

XX: Aqui é a recepcionista do consultório medico no qual você veio outro dia e fez um exame, o resultado dele já saiu, você ainda não veio pega-lo.

DU: Ah é verdade, já havia esquecido, estou no meu horário de almoço, posso ir ai pegar agora?

XX: Pode sim, estarei a sua espera.

DU: Tá bom então!

Ligação OFF

Eu realmente esqueci de pegar o resultado desse exame. Aproveito meu horário de almoço e também que o consultório é perto de onde eu estava e vou até lá.

Achei que era só pegar o exame e vazar dali, não curto muito ir ao médio, mas para meu espanto a recepcionista me informa que o médio gostaria de conversar comigo. A pergunta que vem em minha cabeça é: O que será que ele quer? Será que eu estou realmente doente?