Mais que amigos escrita por PalomaFreitas


Capítulo 23
Dia difícil.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ainda será bem chorosinho. Mas não esqueçam que depois da chuva sempre vem o sol. Ah e eu acho que nunca falei, mas essa sou eu, adoooro um drama. kkkk Talvez isso seja muito frequente na história kkk.
Boa leitura. (Desculpem os erros, me atrasei hoje kkk)



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Por João Lucas

Já irá fazer uma hora que estou esperando e ninguém me manda noticias, estou sentado em um dos sofás da sala de espera do hospital com a cabeça apoiada em minha mãe, enquanto meu pai está em uma outra poltrona ao lado de Clara, todos nós estamos muito aflito, posso perceber o quanto eu e a Du somos queridos, nesse meio tempo recebemos varias ligações, elas não tranquilizam muito as pessoas que nos ligam pois pela falta de noticias não podemos falar nada, a única coisa que falo é que devemos esperar e rezar, pois assim que souber de algo ligo. Não sei como alguns de nossos amigos ficaram sabendo, mas acredito que tenha sido Clara. Um fato que estava me deixando bravo era alguém do hospital ter avisado a imprensa que ''os netos do todo poderoso José Alfredo estavam nascendo'' Pude ver pelas janelas que tinha ali que a entrada do hospital estava cheia deles. Um momento que estava sendo complicado para mim e algumas pessoas queriam se aproveitar disso.

Apos mais algum tempo de espera minha irmã vai para a lanchonete que tinha ali para comer algo e meu pai se junta a mim e minha mãe. Quando menos esperamos um dos médicos de Eduarda aparece ali, desta vez quem vem é Vinícios, dou praticamente um pulo do sofá quando o vejo e como pela sua expressão eu não conseguia descobrir nada pergunto aflito.

JL: Então Doutor?

Dr. VI: Eles nasceram.

MM/JL: Graças a Deus! - Falo junto com minha mãe em tom de alivio.

JL: Eles estão bem? Os dois?

Dr. VI: Estão sim, são saudáveis apesar de um pouco abaixo do peso ideal, mas isso pode ser revertido em alguns dias de internação e bastante leite materno.

JL: E a Du doutor Vinicius? Como ela está.

Dr. VI: Esse é nosso problema. - Como assim problema, como será que ela está? - Nós tivemos algumas complicações. O maior perigo já passou, mas me atrevo a dizer que sua vida ainda esta em jogo, infelizmente tivemos que leva-la para a UTI. Durante o parto a pressão dela caiu muito, ela chegou a ter uma parada cardíaca. Mas conseguimos reanima-la sem muitos problemas

JL: Como assim uma parada? Ela está bem? – Não estava conseguindo acreditar no que eu ouvia.

Dr. VI: Como eu já disse o pior já passou, mas ela ainda não está nada bem. Ela está ligada a alguns aparelho, nossa expectativa é que ela responda bem aos medicamentos. Eduarda é jovem e forte, se tudo der certo logo ela estará melhor. - Essas noticias me abalaram demais.

JL: Os bebes vão ser amamentados como?

Dr. VÍ: Bem ate ela acordar tomaram do leite que temos aqui. Ah e tem mais uma coisa que preciso dizer. Em decorrência das complicações que tivemos e a demora para realização do parto Eduarda terá muita dificuldade de uma outra futura gravides.

JL: Ela não poderá ter mais filhos?

Dr. VI: Provavelmente, ela teria muitas outras complicações e acabaria perdendo, mas não posso dar certeza de nada por enquanto, só estou te alertando, pois se tudo se confirma, você precisara estar forte para lhe apoiar, mesmo tendo acabado de dar a luz mediante uma noticia dessas as mulheres costumam ficar muito abaladas.

JL: Eu nem sei o que falar, tanta coisa que aconteceu

Dr. VI: Acho que o que você pode fazer agora é ir ver seus filhos, eles vão dar a primeira mamada já já, se quiser pode acompanha-los.

Eu vou com ele até o berçário e ao chegar lá uma enfermeira os mostram para mim. É inexplicável o que sinto, nunca senti tanto amor, duas pessoinhas que acabei de conhecer já tem uma importância enorme para mim. Começo a chorar, estou radiante por eles, mas triste por Eduarda estar tão mal. A possibilidade dela nunca poder conhece-los, pega-los no colo já me entristece.

Estou parado olhando para eles quando uma das enfermeiras, a que segura a menina pergunta.

EF: Qual o nome deles? - Lembro que eu e a Du ainda não havíamos escolhido.

JL: Ainda não sei, não escolhi. E... Vou esperar minha mulher acordar para decidir isso.

EF: Ata... Quer segura-los? - Eu achava injusto ser eu o primeiro a segura-los, pois foi a Du quem carregou eles durante quase nove meses. Mas não iria deixar de pega-los já que não sabia quando ela acordaria.

JL: Claro! - Ela me passa a menina e com todo meu mau jeito consigo segura-la corretamente apos um tempo. Ela é tão linda, mal consigo descreve-la, mas posso falar que ela parece muito com a Du, a mesma cor de pele, os olhos, o contorno da boca, é Eduarda toda. Com ela em meus braços não consigo conter a emoção e algumas lagrimas escorem pelo meu rosto, devo estar parecendo um bobo chorando o tempo todo. Logo trocamos e fico um pouco com meu menininho nos braços, ele que já se assemelha mais a mim.

Depois de poucos minutos elas falam que eles precisam mamar e perguntam se quero ajuda-las, falo que sim e elas me ensinam a dar de mamar aos meus filhos.

Quando eles terminam sou convidado a me retirar do berçário, então volto para a recepção. Meus pais e mina irmã ainda estão lá, assim que chego ao local, minha mãe me da um forte abraço, ela sabe o quanto estou precisando.

JL: Mae, eles são tão lindos.

MM: Eu imagino.

JL: Queria tanto que a Du estivesse junto com a gente.

MM: Você precisa manter a calma, tudo vai ficar bem.

Depois de conversarmos um pouco, eles vão ver os gêmeos. Fico ali por algum tempo e acabo indo atrás do medico da Du, eu queria vê-la mesmo que fosse por um vidro.

Quando consigo encontra-lo pergunto.

JL: Doutor, será que eu poderia ver a Eduarda?

Dr. VI: Você ate pode vê-la, mas não vai poder entrar no quarto, pelo menos não por agora.

JL: Não tem problemas, só me deixa ir ver.

Dr. VI: Está bem, me acompanhe, eu estava indo lá mesmo.

Vou com ele até o quarto da UTI onde Du se encontrava, ele entra, mas não permite minha entrada como já tinha falado. Fico a observando enquanto o medico olhava alguma coisa, ele sai da sala e me deixa lá, quando me dou conta lagrimas escorrem por meu rosto e falava mentalmente. '' Volta pra gente logo meu amor, nós precisamos de você, você tem que conhecer nossos filhos, me ajudar a escolher os nomes, a cuidar, nossos filhos estão agora aqui, você precisa voltar para nós.

Eu não queria que fosse assim, queria estar curtindo meus bebes com ela, mas isso não é possível e estar dividido entre ficar aqui com ela e lá com eles é horrível. Fico a olhando e nem percebo a hora passar, só saio quando minha mãe vem me chamar.

MM: Vamos para lá Lucas, você não pode ficar o tempo todo aqui. - Na verdade eu sei o que minha mãe queria dizer e só não tinha coragem. Se acontecesse o pior com a Du eu que teria que ficar com os bebes, não adiantava então ficar só aqui. Mas pensar isso doía demais. - Vamos.

JL: Tá bom. - Vamos abraçados até a recepção, minha irmã já tinha ido embora só estavam lá meu pai e minha mãe.

JA: Lucas, tenho que ir embora, amanha vou cedo para a empresa, queria poder ficar aqui com você, mas realmente não da. Já pude ver meus netos e eles são lindos.

JL: Tudo bem... - Ele me da um forte abraço e segue para casa. Depois de um tempo que só eu e minha mãe estávamos ali ela fala.

MM: Meu querido, não tem o que você ficar fazendo aqui, vá para casa descansar.

JL: Não vou deixar eles sozinhos aqui.

MM: Não estão sozinhos, aqui tem pessoas especializadas cuidando. Você aqui só se cansará, não pode fazer nada. Eu passo a noite aqui para você.

JL: Mas eu não quero.

MM: Joao Lucas! - Tive a impressão que ela ia me dar uma bronca mas ela respira e fala. - Você está exausto meu filho. Vai para casa, tome um banho, durma e amanhã você volta.

JL: Não sei se consigo ir... É como se eu tivesse os abandonando.

MM: Não se preocupe, estarei aqui. Você não pode levar os bebes para casa, Eduarda está... Dormindo. Vai lá que qualquer coisa ligo para você.

Decido ir, preciso de um bom banho, já dormir... Não sei se consigo, mesmo na noite passada não tendo dormido direito minha cabeça está cheia demais para eu conseguir dormir.

JL: Tá, eu vou lá. Mas mãe, qualquer coisa me liga. E amanhã eu volto.

MM: Tá. - Ela me da um beijo de despedida e então vou para casa.

Assim que chego lá vejo que realmente estava tarde, fico sem a noção do tempo sem Eduarda. Era impressionante o quanto a casa estava vazia. Sua presença realmente fazia muito falta. Todos os cantos dali me lembravam ela. Posso até parecer dramático, mas eu a amava tanto que estar longe dela e saber que ela estava com a vida em risco me destruía.

A essa hora Rosa já foi embora a muito tempo, só eu estava em casa realmente, eu e meus pensamentos.

Subo as escadas e vou direto para meu quarto, tudo estava arrumado, Rosa é excelente. Pego meu celular e vejo algumas chamadas perdidas de Carol, ela gosta muita da Du, deve estar preocupada, então resolvo ligar para ela.

Ligação ON

JL: Alo. Carol?

C: Sou eu sim Lucas, eu já estava aflita, e ai?
... Conto para ela que os bebes nasceram e conto o que está acontecendo com a Du, consegui senti por sua voz que ela ficou triste, mas disse que amanha ira visitar os bebes ...

Ligação OFF

Assim que desliado vou tomar um banho para dar uma relaxada. Fico um bom tempo em baixo do chuveiro e quando saio e me troco vou para a cozinha comer alguma coisa. Estava com fome, passei bastante tempo sem comer.

Chego a cozinha, ha pouca luz no local, ligo-as então e quando olho para um balcão que existia ali, vejo que as caixas de pizzas que comprei um dia antes ainda estavam ali. Tudo me lembrava a Du, posso perceber que a noite será longa. Tento esquecer de tudo e vou preparar algo para comer. Pego pães e alguns frios que encontrei na geladeira, depois de prepara-lo peguei um suco e me sentei a mesa para comer. Fiquei por ali sozinho terminando meu lanche.

Ao acabar deixo tudo ali mesmo, não estou com cabeça para fazer nada, acho melhor eu tentar dormir que assim o dia chega amis rápido.
Muito tempo depois de ir para o quarto ainda não tinha dormido, por mim eu votaria para o hospital agora mesmo, mas eu tinha que descansar, não sei como serão os próximos dias e minha mãe não poderia ficar todas as noites, eu não queria isso também.

Me lembro que a ultima vez que olhei no relógio já eram quase quatro da manha, agora são sete e eu já acordei, Rosa já chegou, escutei o barulho da porta, não dormi quase nada e sei que não vou dormir mais do que já consegui, então resolvo me levantar e ir para o hospital.

Me levanto e tomo um outro banho, não pretendo voltar para casa essa noite. Vou ate lá em baixo para pegar algo para comer e a me ver Rosa pergunta.

RO: Seu Lucas, como eles estão?

JL: Ah Rosa, meus filhos estão bem, eles são tão lindos, você tem que ver. Já a Du...

RO: O que tem a Dona Du?

JL: Ela teve problemas no parto, está na UTI.

RO: Não me diga. Vou rezar muito para ela melhorar logo.

JL: Faça isso.
Pego uma maça e parto para o hospital, quer saber se ela teve melhoras.

Chegando no hospital logo vejo minha mãe.

JL: Oi mãe, teve novidades?

MM: Já está aqui?JL: Não consegui dormir. Mas diga, tiveram novas noticias?

MM: Eduarda acredito que esteja na mesma, ninguém veio falar nada, já os gêmeos.

JL: O que tem eles?

MM: Na verdade, é o menino, ele chora o tempo todo, está acordando todas as crianças do berçário.

JL: É um chorãozinho... - Falo esquecendo os problemas por alguns segundos. - Mas qual é o problema nisso?

MM: Lucas, ele realmente está chorando o tempo todo, se não está dormindo, está chorando... As enfermeiras acham que é por causa da mãe, ele está de alguma maneira sentindo falta dela.

Nesse momento, meus olhos enchem de lagrimas.

JL: E agora?

MM: Não se pode fazer nada, é só esperar. Por que você não vai lá? Ele está acostumado com sua voz, quem sabe não se acalma?

É isso que faço, vou até onde eles estão e com a liberação da enfermeira entro, ele realmente está chorando, parece cansadinho, meu deus, será que ele realmente está querendo a mãe? O pego no colo e fico um tempinho segurando ele em meus braços, ele não para de chorar mas acaba dormindo, o coloco no bercinho de novo e falo para a enfermeira que estava ali comigo.

JL: A gente não podia leva-los lá até a Eduarda?

EF: Infelizmente não, eles não podem ter contato com ela enquanto não sair da UTI, é arriscado pegarem alguma bactéria, são muito frágil, a imunidade ainda é baixa.

JL: Ata. - Falo isso meio desapontado e depois de dar uma olhadinha em minha princesinha também, volto para onde minha mãe estava, vou dispensa-la. Ela deve estar cansada.

E é isso que eu faço. Algum tempo depois Carol chega para visitar os bebes conforme tinha me falado, ela iria trabalhar então nem demorou muito.

Assim que ela vai embora, o medico da Du vem falar comigo.

Dr. C: Olá Joao Lucas.

Dr. C: Oi Doutor,

Dr. C: Acabou o plantão de Vinicius e eu estarei responsável por Eduarda.

JL: Tudo bem, mas como ela está?

Dr. C: Apesar de ainda não ter acordado, assim como esperávamos ela está respondendo muito bem as medicações, temos agora que esperar para ver quando ela acordará.

JL: Serio?! Ainda bem! - Estou tão feliz com as novas noticias.

Dr. C: Sim. Agora me deixe ir, preciso ver alguns pacientes.

Essa foi a melhor coisa que eu poderia ouvir, ela está melhorando e logo estará de volta para mim, de volta para nós.


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Notas finais do capítulo

E então? Deixem muitoos comentários, capricheem. Fico super feliz com muitos comentários. Vale tudo, crítica elogio, sugestão...
Ah, para a galera do twitter, segue lá >> @_PalomaFreitas
Até domingo!!



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