A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

*desviando de facas*

Oeeeee... - voz tímida -
Sim, sei que não posto nada a muuuito tempo, tipo, desde o dia 25! Eu prometi postar, sei que sim, mas não estava com inspiração, ai quando ela veio, eu fui chamada para ajudar na Igreja, um sonho meu, salvar almas, pessoas, e tudo mais, ai eu comecei a ler mais a Bíblia e ficar mais distante do celular, ai, quando eu tinha uma boa ideia, não tinha como escrever, ai eu esquecia, ai eu pegava e ficava encarando o celular. Aí, estou desde o dia 04 de outubro tentando escrever algo 😬😬😬😬 cá estamos nós na madrugada do dia 13
Me desculpem mesmo a demora, eu estou a escrever a um bom tempo, de verdade. Espero que gostem desse capítulo, e me desculpem mesmo a ausência por tanto tempo. Quando se começa a falar de Jesus, a maior guerra não é contra o mal, e sim contra nós mesmos, para que apenas Ele apareça, e que nós diminuamos, chorei muito, muito, passei uns bocados sozinhas, ai passava dias sem escrever nada, MAS! Aqui está o epílogo!
Dedicado a todos e todas que comentaram no capítulo anterior, seja através do Nyah iu WhatsApp, geeeenteneeey! Valeu mesmo pelo suporte!
Músicas que tocarão no capítulo:
*Tenerife Sea
*Kiss Me
*Thinking Out Loud
Roupas:
*Katniss no jantar >>> http://reveillon.net.br/wp-content/uploads/2014/12/Vestido-curto-de-renda-branco.jpg
* Peeta no jantar >>> http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/3f/dc/f8/3fdcf823689be8c7a80d8b91d55a5c9b.jpg
* Rye, pra quem não conhece, du acho que nunca dei um link dele >>> https://uploads.socialspirit.com.br/fanfics/capitulos/fanfiction-jennifer-lawrence-always-together-1816582,120420140001.jpg
* Katniss vestido de casamento >>> http://i.huffpost.com/gen/2531716/thumbs/o-JENNIFER-LAWRENCE-570.jpg?2 e http://i.huffpost.com/gen/2531702/thumbs/o-JENNIFER-LAWRENCE-570.jpg?6

* Peeta e sua roupa no casamento >>> http://www.zacefron.com.br/images/news/2012/02/17/zac-efron-networks-1.jpg

* Taylor, irmã do meio do Peeta >>> https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQW8Pn0E6ydtsGvfoftfjnN5a30m5FlI0pH04dAp1U1Oz5owj5ANC7cgsAcyQ

* Jane, irmã mais velha das três irmãs mais novas do Peeta ^isso ficou confuso^ >>> https://31.media.tumblr.com/e7068e95cd370f1db581cf953a19fd11/tumblr_inline_nhziadXyhQ1swrb54.jpg

* Katy, a irmã mais nova do Peeta, com Síndrome de Down >>> https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQW4X6VE6Q7apma6X6x9hVRgi5J1WHIfdlcBeYpAG1YfkObiJu0



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– Peeta Ryan Mellark, você aceita Katniss Cresta Everdeen como sua legítima esposa? - perguntou o pastor, sorridente

– Sim, eu aceito. - Peeta disse sorrindo torto para mim

– E você, Katniss Cresta Everdeen, aceita Peeta Ryan Mellark como seu legítimo marido?

– Sim, eu aceito. - respondi sincera, então, colocamos a aliança trazida por Rye

– Então, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

– Finalmente! - Peeta disse e todos rimos, me fazendo balançar a cabeça em negativa, mas o beijei com sinceridade, mesmo que rapidamente.

Oh... Você não entendeu muito bem como chegamos a isso? Sem problemas... Vou explicar do começo, que se iniciou exatos três meses atrás. Tem que ser beeeem do começo.

*Três meses atrás...*

– Cadê o Rye, Peeta? - perguntei calmamente, vendo ele colocar a última mala no carro

– Atrás de mim, oras. - e quando se virou, seu sorriso morreu - Droga.

– ACHA ELE AGORA! - ordenei, batendo a porta do carro - Ryyyeeeee!

– Ô Ryyyyyeeeeeeee! - Peeta também chamou, preocupado

– Buuuu! - ouvimos uma vozinha um pouco distante, e ao mesmo tempo próxima - Aba.

Nos entreolhamos, um de cada lado, então nos abaixamos, olhando em baixo do carro, e lá estava o mini Peeta - O que você pensa que está fazendo aí, moleque?! - eu perguntei séria, puxando seu braço minúsculo, enquanto ele mordia a chupeta, despreocupado. - NÃO PODE FAZER ISSO, RYE! - meus olhos estavam cheios d'água, com a possibilidade de perdermos ele - Você ouviu? Não pode! - minha voz saiu frágil e falhada, a ponto de fazer os olhos dele se encherem d'água

– Vem aqui, não chora.... - Peeta disse pegando o filho dos meus braços, que chorava pela bronca - Não chora, porque você sabe que está errado, não sabe? - disse para o bebê - Não chora, menino. Shhhhhhhhh, passou... - deu a volta no carro, colocando o pequeno no banco de trás, na cadeirinha. Fiquei do lado de fora, com as mãos no rosto, escorada na porta, assustada com o que aconteceria se déssemos partida no carro.

Deixei Peeta corrigir Rye, pois sei que ele não bate no pequeno, mas como fala sério e sem chorar, tendo também mais intimidade com o bebê, é certo que ele faça isso. - Hey, vamos. - ouvi sua voz, depois de abaixar a janela do carro e assenti, entrando e colocando o cinto. - Não fala com ele. - sussurrou, mas dei uma olhada para trás, vendo Biscoitinho bem preso em sua cadeirinha, com os olhos intensos, mas sem chorar, nem com rastros disso. Ele estava com seu urso favorito na mão, e a chupeta do Mickey na boca. - Já passou, Katniss. - ele disse calmamente, fazendo um suave carinho em minha mão - Não precisa ficar preocupada.

– Eu sei... - falei balançando a cabeça, olhando para a pista, que nos levaria para o aeroporto - Estou pensando em Madge. Cato me mandou um e-mail, falando que ela está meio mal por causa da outra gravidez. - assentiu, colocando o boné do Chicago Bulls para frente, depois de dar uma olhada em nosso filho, que estava sonolento, com a boca indo e vindo lentamente com a chupeta ainda entre os dentes - E estou pensando em nada, ao mesmo tempo.

– Não se pode pensar em nada. - disse sorrindo - Talvez você esteja pensando em pouca coisa.

– Não, não. - fechei os olhos - Estou pensando em nada mesmo. Acho um ponto fixo e fico encarando...que louco. - ele riu, e o acompanhei - Quer ouvir o que? - perguntei abrindo seu porta-luvas

– Não sei. Coloca Imagine Dragons aí. - pediu

– Mas e o Rye? - mordeu o lábio - O que acha de Demi Lovato?

– Cara. O barulho é o mesmo, e até mais intenso. - revirou os olhos - Não gosto dela. Ou melhor, não gosto mais dela.

– O queeeee?! - fiquei assustada, colocando uma mão no peito - Por que?!

– Por causa daquele lance das fotos para a Vanity Fair. Ela quis ser diferente, e acabou se igualando. - assenti - Não tem problema nenhum em ser confiante, na verdade, isso é o que os homens mais gostam, mulher confiante, que se ama, mas acho que ela confundiu as coisas. Isso não é crescer, é regredir. Ela parece desesperada por fama, não sei. Não é mais a mesma coisa que envolvia os últimos CD's. - olhou pelo retrovisor, mudando de pista - Tem Taylor Swift aí? - ri

– Isso é meio gay, Peeta. - ele riu

– Tô nem aí. É um clássico. Clássico. E ela não fica nos falsetes.

– Detesto ela ao vivo. - torci o nariz

– Eu também, mas as músicas são legais, legais. Ela parece que acabou de entrar pro meio musical. Viu a apresentação no Rock in Rio Las Vegas? Ou British Awards? - ri mais, assentindo - Cause...darling... I'm a...night...mare... Dressed...like a day...dream. - ele fingiu falta de ar, e eu gargalhei, assustando Rye - Desculpa, bis. - pediu, olhando sua cópia menor através do retrovisor - Mas ainda sim gosto dela, assim como da Katy Perry.

– Katy. É. Diva. - eu disse jogando o cabelo, com uma cara de metida - Você poderia me levar em um show dela! Eu descobri que você foi no show da Rihanna, Katy e Beyoncé quando tinha 18 anos! Com a Jane!

– Escuta aqui, querida. Naquela época, eu tinha acabado de entrar para a faculdade, Princeton, tem noção?! Umas das melhores do mundo, mas estava brigado com a... - suas bochechas ficaram vermelhas - Prim. Ela disse que eu nunca conseguiria aguentar muitas horas em pé sozinho para assistir alguém, pois sou muito lerdo. Por acaso, teve um show especial em Nova York, que eu já tinha ingressos, como eu já morava lá e a Jane é viciada nelas, fomos. - ele riu de alguma lembrança - Nós derrubamos dois seguranças e roubamos uma arma de choque para poder ver a Beyoncé. Ela é mais linda pessoalmente, e muito gente boa.

– VOCÊ CONHECEU A BEYONCÉ?! - olhei indignada, vendo-o rir

– Sim, ela se assustou com a nossa presença, mas como estávamos dentro do camarim dela já, com a cara toda vermelha, suados, e com um monte de gente correndo atrás da gente, conseguimos uma foto, e lugar exclusivo. Camarote, amor. - olhou cínico para mim, mas eu sabia o quão empolgado ele estava. - Eu sempre tive um lado bicha dentro de mim, e naquele dia, acho que até minha irmã duvidou do meu amor pela Prim, sério. Eu gritei muito no show, cantando certinho todas as músicas. Quando a Rihanna apareceu para autografar minha blusa e da Jane, chorei, aí a Katy apareceu com aquelas roupas toda curtas e eu me lembrei que sou homem. - ficou um pouco cético nessa parte, deixando a empolgação de lado, mas senti ele murmurar um "aqueles peitos enormes..." e eu ri mais - Foi o dia mais maluco da minha vida.

– Mas aonde estão as fotos? Por que nunca me contou?! Se eu as visse, tatuaria isso na minha cara! - ele riu, como se acreditasse em minhas palavras

– Ficaram na casa dos meus pais, deixei algumas caixas, que meu pai não deixou eu voltar para buscar, e nem deixar as meninas me enviarem, mesmo sabendo que eu ainda falava com elas. - assenti - Eu sei todas as músicas da Beyoncé, Katy Perry, Rihanna e Taylor Swift. - disse convencido - Não te contei pois me acharia gay, e tudo mais. Prim ficou p da vida comigo por não ter levado ela, mas nem me senti culpado. Eu comprei os ingressos para nós dois, com quase três meses de antecedência, aí ela brigou comigo na véspera... Acredita que até pouco antes dela descobrir estar grávida jogava isso na minha cara, quando alguma delas apareciam no palco? - ele tinha um sorriso animado no rosto, e não se magoava ao falar da falecida esposa, e aquilo me fez eu me sentir bem. - Até tentei outros shows, mas elas nunca mais voltaram juntas, e sempre estavam muito caros, se uma vinha. Coisa de US$600. Não tínhamos esse dinheiro todo, nem para o Meet&Greet, que chega a US$1200. Precisávamos pagar a universidade, nosso apartamento e as despesas. Depois ela descobriu estar grávida, com câncer no 3º estágio, e etc, etc, etc. - ele ficou mais sério nessa parte, fazendo meu coração acelerar. Preciso animá-lo novamente.

– Maaaaas! - a música Welcome To New York da Taylor tocava baixo, mas mesmo conversando, podíamos escutar com clareza, e Rye dormir calmamente - Eu quero ir em um show desses! Vamos no próximo Rock In Rio Las Vegas! Por favoooorrrr!

– Claro, sem problemas, mas você tem que ir com as pernas preparadas, viu? - olhou para mim, com os olhos azuis claros como o oceano caribenho por causa da luz do sol, pois a cor original é azul-turquesa - São muitas pessoas, e elas não querem nem saber. Empurram, chutam, e até matam. Eu vou te deixar pra trás quando a Beyoncé cantar Love On Top ou Ring The Alarm. Se a Rihanna cantar California King Bed, não deixarei você subir em meus ombros. To avisando. Cada um por si. - voltou os olhos para a pista, mas viu a minha cara de falsa indignação - Sério. Vou te deixar para trás.

– Peeta! Isso não é nada romântico! - deu de ombros

– Problema é seu. - disse dando mesmo de ombros - É a Beyoncé.

– Idiota... - eu disse revirando os olhos, esquecendo-me de todas minhas preocupações - Você é um grande idiota.

– Um idiota muito fã da Beyoncé. E da Rihanna. E da Katy Perry. - sorri - Sério mesmo? Quer ir no Rock In Rio Las Vegas?

– Claro! Nunca fui em shows ou festivais assim. - assentiu - Já foi em muitos? - gargalhou

– Todos que passam e eu posso ir, eu vou. Lollapalooza, Rock in Rio no Rio, em Vegas, Tomorrowland, etc. Aquele das tintas eu também fui. Gosto muito disso.

– Bagunça? - perguntei risonha

– Também... - olhou-me maliciosamente - Eu gosto de me aventurar, descobrir coisas novas. Nesses festivais sempre acontece algo novo. Se não tivéssemos o Rye, eu iria para o Rock In Rio no Rio ano que vem. Boatos dizem que a banda Shepard vai ir.

– Shepard? Que isso?

– É uma banda australiana muito boa. Vale a pena escutar. Foi em shows assim que ouvi falar deles. - assenti - Foi em algum show na vida? - neguei, infeliz por isso, mas me animei ao constar que estávamos chegando no Aeroporto Internacional do Novo Arizona, para irmos para a França, Paris, ficar lá por dois dias, e irmos ao máximo de lugares que conseguirmos com Rye, pois não encontramos ninguém para cuidar dele, e como queremos viajar mesmo, resolvemos levá-lo.

Jessie, filha de Johanna e Finnick, nasceu fazem quatro meses, e como ela é muito pequena, não seria justo para com eles, e Emma está fora de cogitação. Só é uma adolescente, e o máximo que podemos cobrar é uma noite inteira. Rye ama ela, assim como Charlotte, mas não tem como.

Glimmer está em Las Vegas, as irmãs do Peeta em Nova Iorque. Nós iremos na Times Square, e as encontraremos, mas não poderia deixar Biscoitinho nas mãos das meninas, pois nós quem optamos por trazê-lo.

– Cause baby now we got baaaaad blood! - cantamos juntos, em um acordo unânime, de repente, e começamos a rir, cantando a música Bad Blood, sem nos esquecer que há um bebê de um ano no banco de trás, fazendo com que eu e ele nos virássemos constantemente para vê-lo.

...

– VOCÊS ESTÃO LINDOS! - eu disse sorrindo abertamente, batendo palmas, empolgada, ao ver Rye caminhando de mãos dadas a Peeta, e os dois estavam com roupas parecidas. Peeta usava uma blusa polo branca, com uma jaqueta, e Rye usava uma blusa azul clara, mas os dois vestiam calças jeans caneta e tênis sociais, com o cabelo jogado para o lado direito

– Buuuuuuuu! - o pequeno disse, com os fios úmidos, como os de Peeta, e de longe eu podia sentir seu perfume natural de bebê, que misturava-se com o Ferrari do pai. - Bababuuuuuuuuuuuuu!

– Hey, Bis. Como está charmosoooo! - eu o peguei no colo, jogando-o para cima, fazendo meu bebê rir, batendo as mãos minúsculas uma na outra - E cheiroso!

– Ele tomou banho de talco... - Peeta dedurou, balançando a cabeça em negativa, cruzando os braços na frente do corpo - Fui colocar a fralda nele, e adivinha. Pegou o talco. - sorri, vendo ele se aproximar - Você também está linda com esse vestido azul. Marca muito bem as suas curvas. - abaixei a cabeça, olhando para Rye, sem saber como lidar com elogios assim. Nunca soube. - Para, cara. Isso te deixa fofa, e eu sinto vontade de te pegar. - ri - To falando sério. Um dia eu vou te pegar. - apontou para mim, com as sobrancelhas arqueadas - Não pode me provocar. E esse vestido realça os fios azuis de seus olhos, me fazendo duvidar se são cinzas ou não, mas se reparar bem, vejo ainda a zona nublada por trás desse dia ensolarado. - corei, mas sorri mediante suas comparações

– É natural, Peeta. - falei baixo, pegando minha bolsa em cima do sofá do hotel - Leva a câmera?

– Eu amo tudo em você justamente por isso, por ser naturaaaaal. - ele disse sorrindo - Não sei. Já consegui revelar as fotos de ontem e hoje pelos pontos turísticos de Paris. - assenti, pegando a câmera pequena, mas profissional, colocando em meu pescoço, desviando a atenção do meu cabelo, Rye ficou brincando com a lente - Ele está reagindo bem a essa coisa de caminhada, viagens. - sorri, passando as mãos no cabelo do meu filho

– Porque ele é o Biscoito! - Rye levantou a cabeça, tentando entender porque citei seu nome, e Peeta riu, apertando o botão que nos levaria para o restaurante do hotel - Estou cansada... - me encostei em meu namorado, que colocou a cabeça sobre a minha, e pegou nosso filho no colo - Obrigada.

– Tudo bem. - beijou-me nos lábios - Eu fico com ele no avião amanhã. Da França para a Portugal dá para descansar bastante. - assenti, realmente cansada, mas a felicidade, de estar viajando com dois dos três homens da minha vida (o homem que falta é o Finnick, meu melhor amigo), é um sonho tornando-se real. - Acho melhor irmos apenas nos lugares mais conhecidos mesmo, e voltarmos para o hotel. Rye parece cansado também. - neguei

– Olha para esse garoto! - afastei-me um pouco, apontando para nosso loiro, que me olhou, com sua chupeta favorita na boca - Ele tá com cara de sono, por algum acaso?! - Peeta riu - Não consigo dormir com ele, que parece gostar de rodar a cama toda, para finalmente se encolher no meu colo e mamar por uns cinco minutos! - Rye riu, cobrindo o rosto com as mãozinhas, escondendo o rosto no pescoço do pai, que ria, ria - Isso! Pode rir! Você quem tem estrias por causa de uma gravidez, não é? - ele riu mais, pela minha explosão - Ou sente os peitos pesados no final do dia, quando se esquece do maldito tirador de leite! Sem contar as olheiras por causa das cólicas, e não poder fazer muita coisa!

– Eu durmo com ele, está bem, querida? - ainda tinha um sorriso no rosto - Sem problema nenhum, pode dormir a manhã inteira, que eu vou com ele comprar um café especial pra você.

– Vai cuidar para que ele durma bem? - perguntei preocupada, e ele assentiu - Vai fazer o mucilon como eu te ensinei? E deixar que ele...

– Katniss, eu durmo na sala, um cômodo de distância de você. Pelo amor de Deus. Sei dessas coisas mais do que vou morrer um dia. - bufei - Relaxa, ele dorme no sofá-cama comigo. Vou cobrir com ursinhos e travesseiros em volta. - assenti, me tranquilizando

– Assim espero. Só vou cobrar! - ele riu, assentindo, colocando um braço por cima de meus ombros, abraçando-me, e Rye sorriu, completando o abraço.

Como passaremos dois dias em cada país, que se totalizam cinco, durante uma semana, reservamos quartos pequenos, com uma sala, quarto e banheiro, com algum recurso que dê para nós prepararmos as mamadeiras do Rye, claro.

Os países que visitaremos são: França; Portugal; Espanha; Suíça; Inglaterra.

São lugares que seria bom se fôssemos sozinhos, mas da mesma forma que queremos viajar, queremos cuidar do nosso filho, aproveitar as férias e comemorar dois anos que nos conhecemos.

Rye tem reagido super bem a isso, e só chora quando, de noite, não colocamos no Discovery Kids para ele. Sem dúvidas, uma criança maravilhosa, e que puxo o lado maluco do pai, curioso para tudo ao seu redor, pedindo aos balbuciados quase incompreensíveis para andar de mãos dadas entre eu e Peeta, detestando ficar sentado/deitado no carrinho. Nos impede de ir a alguns lugares, mas nem nos importamos, pois tem estado tudo maravilhoso. Visitamos a torre Eiffel, os museus, tiramos fotos, comemos diversas coisas diferentes e típicas da região, gargalhamos, e violamos algumas regras básicas do País. Melhor pular essa parte...

– Canta pra mim? - pedi ao meu namorado, enquanto dou de mamar na mamadeira para Rye, que estava quase adormecido em meus braços, na metade do jantar

– Eu...- puxou ar com força - To com vergonha. - revirei os olhos

– Canta. Agora. Isso não é uma pergunta, e sim o.bri.ga.ção. - ele bufou - Já deixei avisado ao garçom quando você foi no banheiro trocar o Rye. - sorri cínica e ele me olhou incrédulo

– Katniss!

– Sua vezzzz. - mandei beijinho, quando uma moça o chamou gentilmente para tocar no centro do restaurante, atraindo todos os olhares, até o de Rye, que estava quase dormindo. Ele olhou para o palco, então para mim - Sim, meu bebê, é o seu papai. - o sentei em meu colo, ainda com a mamadeira em sua boca - O que será que ele vai cantar essa noite? - sussurrei para o pequeno, que sorriu para mim.

Peeta começou os acordes, timidamente, mas sem errar, e quando identificada a música, muitos aplaudiram. Eu poderia estar surda, mas apenas através de vibrações eu saberia qual música está tocando: Tenerife Sea, Ed Sheeran.

O restaurante é antigo, como o hotel, e as lâmpadas, avermelhadas, nos cantos, com diversos lustres que pareciam ser iluminados por velas, deixando-me emocionada apenas com o que eu via. O piso era de madeira, muito bem lustrado, e o cheiro que emanava era de chocolate derretido, mesmo que eu estivesse me servindo de um belíssimo prato com arroz e frango, mas dão outro nome refinado para isso, só que a comida é a mesma. Arroz com frango.

Um lustre de cristal estava próximo ao palco, e era o mais brilhante, fazendo com que Peeta brilhasse mais, e soasse inocente, mesmo que com roupas de adulto, o que ele é. A luz do restaurante faz transparecer sua alma, e a música, os sentimentos de seu coração.

You look so wonderful in your dress
I love your hair like that
The way it falls on the side of your neck

Down your shoulders and back

Sorri timidamente, ao sentir seus olhos sobre mim. Meu cabelo caia como cascata, dividido em três partes, sobre os ombros, pescoço e costas. Rye balançava a cabeça suavemente, de olhos fechados, não permitindo que eu veja seus olhos azuis como os do pai, que tocava com maestria no centro do palco.

We are surrounded by all of these lies

And people who talk too much
You've got that kind of look in your eyes

As if no one knows anything but us

Should this be the last thing I see
I want you to know it's enough for me

'Cause all that you are is all that I'll ever need

Meus olhos se encheram d'água, pela forma que ele me olhava, e aquela era a única forma de se expressar.

I'm so in love, so in love
So in love, so in love
You look so beautiful in this light
Your silhouette over me
The way it brings out the blue in your eyes

Is the tenerife sea

And all of the voices surrounding us here
They just fade out as you take a breath

Just say the word and I will disappear
Into the wilderness
Should this be the last thing I see
I want you to know it's enough for me

'Cause all that you are is all that I'll ever need

"Tão apaixonado" era a forma que ele cantava, intercalando entre o violão, eu com Rye (que dormia tranquilo em meus braços).

I'm so in love, so in love
So in love, so in love
Lumière, darling
Lumière over me
Should this be the last thing I see
I want you to know that's enough for me

'Cause all that you are is all that I'll ever need

I'm so in love, so in love
So in love, love, love, love

So in love
You look so wonderful in your dress
I love your hair like that
And in a moment I knew you were back

A música terminou, e as pessoas aplaudiram ele de pé, mas eu não fui uma delas, por nesse meio termo ter colocado Rye no carrinho, ter tirado algumas fotos, e agora chorava silenciosamente, de puro amor.

Peeta se sentou ao meu lado, ocupando o lugar de antes, e eu podia sentir que ainda estava nervoso por isso - Katniss, acho melhor eu aproveitar a coragem que tive de achar para cantar pra você lá na frente, e dizer a você algumas palavras. - o abracei pelo pescoço

– Você não precisa dizer nada, nada. - e o beijei apaixonada. Fazia um tempo que não o beijava assim, eram apenas selinhos, e claro que ele não recuou.

Suas mãos foram para minha cintura, trazendo-me mais para si, mas não para seu colo. Era apenas para nos beijarmos mais próximos um ao outro mesmo - Eu te amo, te amo, te amo. - falou diversas vezes - E realmente preciso dizer algumas coisas. - afastou-me um pouco, ainda virado para mim - Na música diz "Caso esta seja a última coisa que eu vejo Quero que saiba que é o suficiente para mim Porque tudo o que você é, é tudo que sempre precisarei", e quero que saiba... - segurou minha mão - Que enquanto eu estava lá naquele palco, olhei para você, com Rye no colo, como uma mãe que realmente se importa e ama, me fazendo acreditar que o Ed prevê o futuro alheio, pois eu posso morrer agora. É o suficiente. Você é tudo o que eu preciso somada ao nosso filho. - meus olhos estavam ainda mais cheios d'água - Você... - jogou a palavra no ar, segurando minha mão

– Eu o que? - perguntei confusa, e senti uma foto ser tirada de nós, fazendo-o sorrir

– Vamos terminar de jantar. - disse suavemente, me beijando mais uma vez, e eu esqueci dos meus problemas.

...

– Quanta pose esse menino tem! - Peeta disse rindo, depois de tirar uma foto minha com Rye em Lisboa. O pequeno cruzou os braços e sorriu, em meu colo, bem na hora da foto, e começamos a rir disso

– Catataaaaaaa! - Biscoitinho respondeu, colocando uma mão na bochecha do Peeta e uma na minha - Vatabubibo.

– É, isso aí, bebê. - falei beijando sua testa, e Peeta sorriu, pegando-o no colo - Vamos lanchar? - assentiram, mesmo que a xerox (Rye) não saiba falar nada, e muito menos saiba pedir comida.

– Sabe, seu cabelo fica bonito solto. - elogiou Peeta, quando tirei minha boina xadrez depois de me sentar bem embaixo do ar condicionado do restaurante, por estar 25º por aqui, e nem mesmo dois casacos tem dado conta, mas tirei a boina para...não sei. Cansei de usá-la, mesmo que a temperatura tenha diminuído. Peeta e Rye parecem estar na praia com essa temperatura, vestindo apenas calças jeans e camiseta, com um fino casaco e toca. Até nisso esses dois são iguais!

É julho, verão, porém, veio uma frente fria, então... Nada de shorts.

– Obrigada. Fico bonita até com esse nariz vermelho de frio. - ele riu - Rye... - chamei atenção do pequeno - Não pode mexer nos palitos. - suas mãos curiosas logo se afastaram do que eu disse, e pegaram canudos grossos. Deixei, por ter me esquecido de alguns brinquedos que o distrairiam, mas fiquei de olho para ele não pegar mais de dois e tentar colocar na boca ou olhos.

– Estou muito feliz. - contei sincera, comendo um pastel de Belém, o melhor da minha vida inteira, enquanto Peeta comida arroz doce - São os melhores pastéis que eu já comi na vida! - Peeta fechou a cara, forçando uma expressão de raiva

– Ótimo saber, Katniss. Não vou mais fazer para você. - disse chateado - Eu fico horas preparando os pastéis, assim como os pães de queijo, e você me diz uma coisa dessas?!

– Ué! Come só um! - coloquei em sua boca, e ele ficou bravo, mas comeu, e ficou bravo depois que engoliu - O que foi?

– Isso é muito bom. - admitiu - Que raiva! O meu nem chega na metade dis...

– AAAAAAAAAAAAAAA! - Rye gritou, de maneira estridente, fazendo nós dois nos virarmos assustados para ele, que gargalhou, tremendo na cadeirinha de frente para mim - Tutaba. TUTABAAAAA! - bateu na mesa, e eu sorri, limpando o canto da sua boca

– Se você chamou o seu pai de inconformado, está, definitivamente, correto. - eu disse beijando sua testa, e lhe dando mais um pouco de pastel de Belém. - Peeta, não pode pegar do meu prato quando eu estou de costas. Larga.

– Aaaaahhhh! - gemeu insatisfeito - Que saco! Deixa eu comer mais um!

– Admite que o pastel de Belém daqui é mais gostoso. - me virei por um instante, olhando para sua cara, que parecia com a de uma criança ansiando por doces - Vai, então, você tem direito a 2 pastéis.

Ele me olhou desconfiado, mas disse - Essepasteldebelémémelhorqueomeu. - disse rapidamente, pegando dois do meu prato, colocando no dele

– Não! Não entendi! - puxei seu prato, e Rye parecia fascinado em nós dois, com seus olhos azuis com cílios loiros nos olhando atentamente

– Aaaah! Ok! Ok! - levantou as mãos em rendição - Esse pastel de belém é melhor do que o meu. - sorri vitoriosa - Então? Meus pastéis.

– Toma mais um, porque eu consegui dormir muito bem na viagem, e por ter entendido que eu não conseguiria dormir sem estar abraçada ao Biscoito. - sorriu torto, carinhoso, e eu devolvi o sorriso, então, me voltei para meu filho - E aí? Feliz com a viagem, pequeno? - perguntei passando as mãos por seus cabelos loiros, que tanto me deixaram empanzinada na gravidez, mas está tudo bem agora. Posso entender a razão.

– Cacatapoti. - disse e eu ri, assentindo - Tuticanuo?

– Não sei, cara. Eu não te entendo! - ele sorriu para mim, então beijei sua bochecha - Eu te amo, tá? - nem pareceu se importar, brincando animadamente com seus bonecos de super-heróis, abrindo a boca pequena para comer mais, e não há outro lugar no mundo que eu gostaria de estar.

##

– Dorme comigo? - sussurrei ao Peeta, de madrugada, pouco depois de acomodar Rye no berço

– Dormir? Como assim? - ele estava sonolento, extremamente cansado, e amanhã ainda andaríamos mais um pouco por Lisboa, mais especificamente de ônibus, indo ver a Torre de Belém, tirar mais fotos da nossa viagem que tem sido muito bem proveitosa, e então voltarmos para o hostel buscar nossas poucas malas, que vem sido preenchidas com roupas e presentes, tais como um álbum com todas as fotos soltas para colarmos apenas quando chegarmos em casa. - Qual foi, cara. Desliga essa lanterna do telefone. Daqui a pouco o Rye acorda... Ele tem que tomar o remédio para cabeça, e não posso errar a hora. - reclamou, mas muito preocupado com os horários dos remédios de Rye, fazendo-me apaixonar ainda mais, e com ele fechando os olhos e os cobrindo com uma mão, me fazendo sorrir mais uma vez

– Posso dormir aqui? - perguntei - To com medo. Aquele medo sem sentido, apenas estou...com medo.

– Não era para o nosso filho de um ano estar com medo? - perguntou rouco, por eu ter acabado de acordar ele

– Sim, mas...mas... Peeta! - meus olhos se encheram de lágrimas - Eu quero alguém me abraçando. Dormiria com ele, mas o Biscoitinho só me dá chutes de noite! Ele odeia abraços!

– Ai, isso daí ele puxou de você! - virou-se para o outro lado - Não reclame comigo.

– EU TO COM SONO E COM MEDO DE DORMIR SOZINHA, PEETA! - gritei, dando chutes nele, por estar deitado no chão quarto de hotel, mas aí me lembrei que tinha um bebê dormindo, com o sono muito frágil, fazendo eu diminuir o tom imediatamente - To querendo dormir com você me abraçando! Cretino! - sussurrei o xingamento, esperando mais ignorância de sua parte, mas não

– O Rye vai cair da cama se você ou eu não dormir com ele? - perguntou se virando para mim, e eu me inclinei um pouco, dando uma olhada na cama de casal, onde meu pequeno estava mais que rodeado por travesseiros, lençóis e ursinhos, sem contar o fato de eu estar em uma das laterais da cama, ele não cairia.

– Seguro, 100%. - garanti, então ele abriu os braços, e eu finalmente desliguei a lanterna, largando meu celular, e me deitando sobre ele, debaixo dos cobertores e com uma perna de cada lado de sua cintura - Obrigada. - sussurrei me aconchegando em seu peito, ouvindo as batidas descompassadas de seu coração, sentindo seus braços fortes me cercando.

– Sabia que você tem cheiro de chocolate? - perguntou baixo, ainda sonolento

– Sim, eu sabia. É o cheiro do meu shampoo! - contei animada e ele riu - Rye ama meu cabelo. Outro dia, ele fico mordendo, pensando ser mesmo de chocolate.

– Amo você. - disse passando uma mão por todas minhas costas

– Amo você. - respondi, então dormimos, acordando ocasionalmente de 20 em 20 minutos para ver como Rye estava, e justo naquela noite, ele ficou confortável na mesma posição que o deitei, para evitar cólicas ou dores no pescoço.

##

– Hm... Não estou gostando de vocês dois juntos! - reclamei, pegando Rye do colo de Peeta - Você está roubando meu filho de mim! - ele sorriu

– É nosso filho, Alguma coisa Everdeen. Eu tenho esse direito.

– Não tem! Você está me separando dele! - então Biscoito começou a chorar bem alto, e eu olhei para ele preocupada, ignorando os olhares, nos reprovando por termos trago uma criança, um bebê. - O que foi, meu bem? O que foi? - perguntei aninhando-o em meus braços, mas mais ele chorava, já com o rosto vermelho e os olhos inchados pelo choro.

– Ele quer o pa.pai. - Peeta disse convencido, apreciando as próprias palavras, mas pegou o nosso pequeno com preocupação - O que foi, cara? - perguntou baixo, com maestria, então o bebê se acalmou aos poucos, abraçando-o pelo pescoço, fungando de olhos fechados

– Vocês dois juntos são um amor. - tive que admitir - Realmente serão melhores amigos. Não quero saber quando ele começar a namorar! - virei as costas, subindo as escadas do ônibus duplo, quando Peeta segurou minha mão esquerda

– Quer... - jogou a palavra no ar, e eu me confundi

– Que? - ele sorriu, e ignorei mais uma foto sobre nós, em nossa câmera. Notei que ele revelou três vezes a foto do nosso jantar em Paris, quando ele segura minha mão, mas nada tem feito sentido!

– Eu te amo, apenas isso. - beijou a minha mão, e colocou um braço sobre meus ombros, abraçando-me, e nosso filho no meio, me fazendo sorrir.

...

Settle down with me
Cover me up, cuddle me in
Lie down with me, yeah
And hold me in your arms

And your heart’s against my chest
Your lips pressed to my neck
I’m falling for your eyes but they don’t know me yet

And with a feeling I’ll forget, I’m in love now

Kiss me like you wanna be loved
You wanna be loved, you wanna be loved
This feels like falling in love
Falling in love, we're falling in love

Eu e Peeta cantávamos no nosso quarto em Madri, deitados de barriga para baixo na cama, enviando as fotos dessa cidade maravilhosa para Madge, Jane, Taylor e Katy - Elas vão ficar morrendo de inveja! - falei mandando uma foto dele com Rye, o dois deitados na cama, dormindo serenamente, abraçados

– Hey! Eu não sabia dessa foto!

– Já revelei! E postei no Instagram! - beijei sua bochecha, então a expressão raivosa sumiu, fazendo eu rir - São oito e meia, nosso voo é em seis horas... Não quer dar mais uma passeada não? - perguntei olhando Rye dormir serenamente - Ah, esquece. Ele dormiu. - o pequeno quase roncava no seu carrinho, que descobri virar um "berço" se eu rodar algumas peças.

– Sabe, tenho planos para ficar aqui no quarto... - disse em meu ouvido, ficando por cima de mim, com nossas respirações se misturando, então beijou meu pescoço lentamente - O que acha de ficarmos por aqui? Hm? - foi com os lábios devagar para meu queixo, então boca.

Ele me beijou lentamente, com a música Kiss Me tocando baixinho, e eu me entreguei no beijo, levando as mãos para seus cabelos, puxando-os de leve, e suas mãos emolduravam meu corpo lentamente, quando o ar começou a se fazer necessário - Peeta...para. - pedi, ofegante, empurrando ele para o outro lado da cama - Não é certo.

Ele caiu ao meu lado, com as mãos no peito - Não vejo a hora para nosso casamento. Deus! Temos a chance de fazer tudo certo, então, o faremos.

– É, isso aí. Assim que se pensa. - dei dois tapinhas em sua testa, e ele riu. Levantou um pouco a cabeça, dando uma espiada em Rye, e como tudo estava na mesma, voltou a se deitar - Casar... - me beijou novamente, então se afastou - A foto saiu bonita. - olhei para a câmera, uma foto tirada por ele enquanto me beijava, sem maldade, e realmente estava bonita. Muito mesmo.

– De repente você joga uma palavra no ar! Para! Que raiva! - eu disse e ele sorriu

– Vai fazer sentido, querida. - beijou minha testa, então se voltou para o notebook, dando prioridade para revelar a foto.

...

Muitas pessoas acham que chocolate não é uma coisa boa, que só as trás mal, mas nesse exato momento, eu discordo friamente com isso. Alguns são ruins, mas não há nenhum melhor do que o da Suíça.

Eu, Peeta e Rye estamos caminhando de volta para nosso hotel na Suíça, comendo barras de chocolates suíças - Hmmmm... Aibia! - nosso pequeno disse, abrindo um bocão para mais um pedaço da minha barra - Hmmmmmm... - Peeta se encarregou de tirar uma foto do nosso pequeno, que caminhava com um pouco de dificuldade, mas nada que não resolvamos, por estarmos segurando, cada um sua mãozinha, como uma corrente, inquebrável.

– Ele é muito lindo, não é? - me deu uma cotovelada brincalhona, enquanto andávamos devagar, só observando Biscoitinho ir rindo e pulando na nossa frente no saguão do hotel, cantarolando algo incompreensível em "LALALAAALALAAALALAAAA"

– Só por que parece com você... - pisquei e ele sorriu

– Mas parece. Ele é a minha cópia fiel, e por isso é bonito. - me balançou, mas fingi ter me afetado por suas palavras

– Seu idiota! - bati em seu braço - Eu sou linda!

– Ah, pode ser. - deu de ombros, mordendo a sua barra de chocolate - Mentira, você é linda. Talvez nosso próximo bebê se pareça com você. - disse maliciosamente - O que acha de colocarmos o Rye para dormir e trabalharmos nisso, hein? - sussurrou, olhando em volta, se certificando que nosso filho não estava longe de nós

– Não, Peeta. Já disse. - olhei em seus olhos azuis - Só depois que colocar uma aliança de ouro no meu dedo esquerdo perante Deus, porque nós já erramos nos envolvendo naquela noite, mesmo que tenha me gerado a melhor coisa que já me aconteceu, que é Rye. - ele sorriu - Mas saiba que eu quero outro bebê sim, e que se pareça comigo. Uma menina morena de olhos cinzas! - falei sorrindo, empolgada, então ele riu - Biscoito é muito parecido com você.

– Hm... Quero uma mini você correndo pela casa. - disse beijando minha bochecha, abraçando-me enquanto andávamos - Bis, vem aqui, cara. - chamou Rye, que sorrindo, vindo, literalmente, pulando até nós, quase caindo diversas vezes, sob nossa supervisão, então Peeta o colocou no colo - Comigo?

– O que? - perguntei pegando Rye no meu colo - Com você o que?

– Nada, vamos comer um fondue? Comprei queijo e morangos na feira.

– Acho. - dei um beijo na bochecha gordinha e rosada de Rye, que gargalhou, por sentir cócegas - Uma excelente. - beijei a bochecha do Peeta - Ideia. - eles sorriram para mim. - Aqui tem o melhor fondue do mundo.

– Babaaaaaaa! - Rye se balançou, batendo palmas, colocando a língua para fora da boca e fingindo estar ofegante, tirando sinceras risadas minhas e de Peeta.

...

– Shhhhhh... - eu disse para Peeta, logo que ele entrou no quarto, onde eu amamentava Rye, e o mesmo estava acordado, mas muito enjoado por causa da comida

– Não acredito que ainda dá leite no peito para ele. - disse sorrindo, cruzando o braço na frente do corpo - Ele melhorou do enjoo? - o sorriso sumiu, e ele tomou uma expressão preocupada, franzindo o cenho - Nem eu consegui fazer ele comer alguma coisa. - aproximou-se rapidamente, se sentando de frente para mim. Estou com as costas na cabeceira da cama de casal, com roupas confortáveis, aquelas roupas velhas, parecidas com de um mendigo, e sempre que as usa aparece alguma visita.

– Uuuuuuu...uuuuuu... - disse o pequeno tirando a boca do meu seio, e na mesma hora eu e Peeta entramos em alerta. Meu namorado o pegou, colocando em seu colo, enquanto eu ajeitava o sutiã, então, o peguei novamente - Ahhhh... Uuuuuuu...

– O rosto dele está pálido, melhor levarmos no médico. - eu sugeri, mas ele negou

– Melhor deixá-lo a vontade, e é bom que ele vo... - antes de completar, Rye vomitou tudo no meu colo e barriga, começando a chorar, e vomitou em si mesmo, mas antes de eu tomar uma atitude, Peeta pegou o bebê nos braços e o levou para o banheiro, para onde os segui, com cuidado para não sujar o chão com o líquido quente e branco espumado.

No banheiro, Peeta segurava Rye com cuidado, perto da pia, onde o pequeno continuava a vomitar, e seu pai fazia massagem em suas costas. - Tudo bem, está tudo bem, Bis... - disse calmo, mas eu sabia que estava pirando - Desconforto, apenas isso. - disse me olhando rapidamente - Muitas horas sentado, comendo. Ele precisa fazer uma dieta, e você seguir o que Finnick disse, Katniss. - eu tirava a roupa suja com cuidado, entrando no chuveiro com minhas lingeries

– Me dá ele ai. - pedi e ele me entregou nosso pequeno, que tremia um pouco, já sem nenhuma roupa - Rye puxou meu lado esfomeado e sedentário. - sentia seus olhos sobre o filho - Mas vou seguir o que Finnick diz agora, não se preocupe. - precisei ficar curvada, sentindo a água cair em minhas costas e sobre a cabeça do Biscoitinho, pois eu preciso dar logo banho nele antes que desmaie ou simplesmente durma. Qualquer coisa derruba ele, com uma saúde um pouco fraca, mas vem melhorando com as nossas viagens, pelo contato com outros ares, dá notar o rosado constante em suas bochechas.

Peeta me auxiliou na hora do banho do bebê, por causa das minhas costas, e em dez minutos nós três acabamos tomando um banho, mesmo que eu e Peeta tenhamos tomado o mesmo com roupas.

– Vou comprar algo para ele, quer alguma coisa? - perguntou depois que Rye dormiu, comigo aninhando ele.

– Não, não, só tira umas fotos da London Eye, por favor. Não terá como irmos vê-la mesmo... - dei de ombros, suspirando, colocando o pequeno na cama

– Mas aqui nós ficaremos três dias. Podemos fazer isso juntos amanhã. Sempre dá tempo, querida. Não fomos em todos os museus de Zurique? Visitamos TODOS eles, assim como pontos turísticos da cidade. Mesma coisa em Paris, visitando todos as coisas que queríamos. Até em Lisboa! Fomos nos portos, feiras, brincamos com os portugueses, comemos nos restaurantes, e nos divertimos a beça em Madri. No total, foram quatro dias em cada cidade, ao invés de dois, por que não ficar mais alguns dias aqui também? É fácil mudar a passagem, Katniss.

– Hm... Ok. Tuuudo bem. Você venceu. - ele sorriu torto - Vá lá logo comprar um remédio para ajudar ele e um pote de sorvete de morango para mim.

– Certeza? Morango? - torceu o nariz - De chocolate é melhor.

– O problema é seu. - sorri cínica, quando ouvi um movimento na cama, e nós dois corremos pra lá, encontrando Rye sentado, esfregando os olhos

– Tetoribu. - balbuciou, estendendo os braços para Peeta, que logo foi até nosso filho - Hmmmmmm... - disse respirando fundo duas vezes, então respirou normal, e realmente dormiu

– Acho melhor eu ir lá comprar... - peguei o cartão em cima da mesa - Vai e coloca nossa passagem de volta pra semana que vem. - beijei sua bochecha, depois que ele acomodou Rye na cama novamente, e se deitou ao lado do pequeno, mexendo no celular, mas atento ao bebê.

– Claroooo. - cantarolou e eu sorri, dando um beijo em Rye, então sai.

##

– VOLTA AQUI AGORA! - gritei em plenos pulmões, correndo atrás de Rye, que resolveu brincar de pique-pega na Tower Bridge, em um momento de distração meu, para tirar uma foto, enquanto Peeta comprava algo para nós comermos em uma barraca - RYE EVERDEEN MELLARK! PARA DE CORRER AGORA OU EM CASA A GENTE CONVERSA! - eu disse tão alto, e tão séria, que, mesmo ele tendo um ano, quase, suas perninhas pararam, e ele me olhou, sem um sorriso nos olhos. As pessoas paravam o que faziam para admirar meu filho de dez meses, que realmente não deveria ser tão esperto, principalmente depois do acidente, e ele apresentou certo retardo, mas... Aqui está ele. "Voando" pela Tower Brigde. - Vem aqui agora! - ordenei, bem séria, mas ele não obedeceu, parado. - Ok, eu vou ai te buscar. - e fui, colocando-o no carrinho, então me abaixei, a sua frente, depois de deixá-lo seguro - Você. Não pode. Correr. Na minha. Frente. - falei séria, olhando em seus olhos - Você nunca mais pode fazer isso, me ouviu? Sei que está me entendendo, e muito bem, pois é um menino muito inteligente.

– Tutupapo? - disse choroso - Bustica.

– Vou entender como um pedido de desculpas, ok? Não pode fazer isso. Poderia ter se machucado, e feio, Rye. Mal sabe ficar em pé sozinho! Como sai correndo na minha frente? - comecei a passar a mão em seus joelhos e mãos, sujos, por causa de muitos (muitos mesmo) tombos que levou - Vamos no papai agora. - peguei um ursinho e o entreguei, e na mesma hora ele me ignorou, achando aquela pelúcia a coisa mais significativa do mundo.

– Aonde estavam? - Peeta perguntou comendo um algodão-doce, com um saco de pipoca doce na mão

– Pisquei e Rye saiu correndo por ai. - suspirei, nervosa, pensando no pior, em tudo de ruim que poderia ter acontecido. - Ele ta muito esperto. - ele ficou confuso

– Perai. Ele saiu correndo de repente, sem avisar? - assenti - Rye... - cruzou os braços na frente do corpo, depois de me entregar a pipoca e olhar para nosso filho - Pode fazer isso? Não pode. - ele disse sério, e vi o pequeno ficar vermelho de vergonha, entendendo que estávamos desapontados com sua atitude - Vamos pegar logo um ônibus para voltar pro hotel. - assenti, empurrando levemente o carrinho com meu filho, que brincava silenciosamente com seu urso por estar envergonhado - Tem uma supresa pra você.

##

– Ma-ma-ma-madge?! - gaguejei, levando as mãos a boca, assim que entrei no pequeno quarto do hotel e Peeta pegou Rye no colo, provavelmente percebendo minha reação.

– Amooooorrrrr! - ela correu para me abraçar, e só não pulei em sua cintura por causa de sua barriga enorme de seis meses, da minha futura sobrinha Lauriel - Caramba, quanto tempo! - nos separamos, e eu estava com lágrimas nos olhos, fazendo-a rir - Que isso, menina, pode parar! Eu quem estou grávida e você quem chora!

– Aaaah! Sua burra! Idiota! - comecei a chorar - Não me disse nada que estaria por aqui!

– Eles liberaram eu e Cato por causa da minha gravidez de risco, e só voltaremos quando ela completa um ano. Então, por acaso, ou nem tanto, coagi Finnick a me dar informações sobre o Peeta. - apontou para meu namorado, que dava mamadeira ao Rye

– Oi. - acenou da forma que podia, meio desajeitado, e Biscoito resmungou, fazendo nós duas rirmos - Vou botar ele pra dormir. - e nos deixou a sós, indo para a cama com nosso filho, nos deixando na pequeníssima cozinha para preparar uma comida para Rye.

– Então descobri que passariam pela Europa nas férias, então... Cá estou eu! - sorri, dando nela mais um abraço - E tenho mais notíciiiiiaaaaas! - disse animada

– Qual é?

– O Peeta! Menina! Cadê o seu an...

– MADGE! - Peeta entrou na cozinha sem nada nos braços, indicando que Rye já dormia - Vem aqui, por favor? - ele lançava aquele olhar de amigo desesperado do tipo "se você não vir aqui agora, seu miserável, vou contar pra sua mãe da suspensão que você levou, filho do cão! Coisa do diabo!"

– Aaaaaahhhhhhhh! - ela cobriu a boca com as duas mãos - Desculpa. - sussurrou baixinho, como se eu não estivesse ali, olhando para ele

– O que raios está havendo aqui? - perguntei confusa

– Naaaaada! - minha irmã mais velha disse - Rye está dormindo, Peeta?

– Mais ou menos. Está assistindo Pocoyo, então daqui a pouco está dormindo serenamente. - respondeu

– Ótimo! Esplêndido! Kat, o que acha de irmos jantar e depois ver umas roupas novas com o Cato? Só eu, você e ele? - deu uma piscada para meu namorado, que suspiro extremamente aliviado, voltando para o quarto, e eu continuei confusa

– Mas e o Peeta? Rye?

– Eles já tem roupas para a ocasião. - e me puxou a força para fora do hotel, em meio a risadas, suposições da aparência de Lauriel etc.

...

– Borboleta! - Cato disse sorrindo, abraçado a Madge - Está linda!

– Hm... - corei fortemente, podia sentir - Valeu.

– Você está MUITO gata com esse vestido branco. - minha irmã incentivou - Eu te dava uns pegas se fosse homem. - sorri

– Obrigada, obrigada. - fiz uma simples reverência, arrancando risada dos dois - Por que branco?

– Não sei. Está bonita nesse vestido, Cato achou bonito, eu achei também, então, você deve usar. - assenti - Vamos? Nosso último dia em Londres deve ser inesquecível, e Peeta nos espera com Rye.

– Ok, né? - fechei os olhos e respirei com força, pegando a mão da minha irmã e do meu cunhado, que ficou zoando meu gesto nervoso.

Nos últimos três dias, eu fiquei com Madge no salão, intercalando em passeios com Rye e Peeta, mas ela e Cato acabaram nos seguindo, e ficou uma bagunça boa e engraçada, com fotos legais e recordações inesquecíveis. Biscoitinho parece ter se apaixonado por Madge, não querendo desgrudar dela nem de Cato por nenhum instante, fazendo Peeta morrer de ciúmes, mas passa quando eu, ele e nosso pequeno dormimos na mesma cama abraçados de noite.

##

– Rye! - meus olhos brilharam ao ver meu filho vindo de mãos dadas ao pai, e um sorriso imediatamente surgiu em meus lábios - Peeta! Vocês estão lindos! - meu pequeno veio correndo até mim, e o peguei no colo, abraçando-o apertado - Está lindo com esse suéter. - elogiei Peeta - Poderia usar mais vezes. - ele sorriu

– Me diz algo que não fica bom em mim, amor. - revirei os olhos

– Nada? - assentiu

– Quero sopa! - Cato disse - E vocês?

– Pode ser. Rye está querendo ficar resfriado. - eu disse, fechando um pouco mais o casaco de moletom do meu bebê, que riu, sentindo cócegas, me fazendo sorrir - Você sente muitas cócegas, bebê Rye.

– Isso ele puxou de mim. - Peeta disse rindo - Sinto cócegas em qualquer lugar

– Eu sei. Nunca vou me esquecer quando segurei sua mão e você se contorceu todo. - ele sorriu - O que está preparando para nossas últimas cinco horas na Inglaterra?

– Segredo. - beijou minha testa - Surpresa, na verdade. Você vai gostar.

– Vou confiar em você.

– De olhos fechados.

##

– Aqui, abra isso. - Peeta pediu, pouco antes de eu concluir minha sobremesa.

Ele me entregou uma coisa quadrada embrulhada, não muito grande, e fina. Abri receosa, devagar, dando uma breve olhada em Madge e Cato, que estavam escondendo sua euforia ao comer alguma coisa. - Ai meu Deus... - murmurei ao encontrar um iPad, com quatro fotos, uma embaixo da outra, e estava assim:

Você

Quer

Casar

Comigo?

Tinha as fotos minhas e de Peeta, uma em cada lugar diferente, durante a viagem, bem no momento em que ele jogou uma palavra no ar, e no último espaço, estava em branco. Olhei para o lado, em busca do meu namorado, mas não o vi. Ele estava com um microfone na mão, e começou dizendo:

– Primeiramente... - começou, e as pessoas pararam o que faziam para olhar para ele - Eu gostaria de desejar a todos uma boa noite, e pedir um minuto da atenção, apenas para eu me declarar para a mulher mais linda, inteligente, e que eu mais amo nesse mundo. - sorriu, olhando para mim, e as mulheres logo suspiraram apaixonadas - Nos últimos dias, visitamos quatro, com essa cinco, cidades diferentes, em países diferentes, e em cada uma delas eu dei a você uma palavra, uma declaração, justamente para você não entender, e deixar que eu realizasse algo que desde que começamos a namorar eu fiquei imaginando. Te pedir em casamento. - meus olhos se encheram d'água. Maldita TPM, maldita. - Não vou prolongar nada, apenas saiba que essa música pode ter sido escrita pelo Ed Sheeran e Amy Wadge, mas é exatamente, completamente, e sinceramente tudo o que eu sinto por você, mas antes de eu cantar Thinking Out Loud, gostaria de te perguntar uma coisa, que gostaria que você me respondesse no final. - puxou ar, nervoso, passando as mãos no cabelo - Você que casar comigo? - as pessoas fizeram um sonoro "aaaaawwwwwwnnnnn" e ele sorriu, então começou a cantar, pegando seu maior companheiro, o violão.

When your legs don't work like they used to before
And I can't sweep you off of your feet
Will your mouth still remember the taste of my love?
Will your eyes still smile from your cheeks?

And darling I will be loving you till we're seventy
And baby, my heart could still fall as hard at twenty-three
And I'm thinking about how

People fall in love in mysterious ways

Maybe just the touch of a hand
Well me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you I am...

Escondi o rosto nas mãos, chorando - Pode esconder o rosto, eu já tirei fotoooo. - Madge cantarolou

Ergui os olhos para o palco, aonde o homem que eu amava estava, e nosso filho o admirava, com os olhos brilhando, fazendo Peeta sorrir apaixonado para nós, prosseguindo a música

So honey, now, take me into your loving arms
Kiss me under the light of a thousand stars
Place your head on my beating heart, I'm thinking out loud
And maybe we found love right where, we are

Eu vou beijar ele e muito, em todo e qualquer lugar, com certeza. Debaixo ou sobre mil estrelas.

When my hair's all but gone and my memory fades
And the crowds don't remember my name

When my hands don't play the strings the same way
I know you will still love me the same

Cause honey your soul could never grow old, it's evergreen
And baby, your smile's forever in my mind and memory
And I'm thinking about how

People fall in love in mysterious ways

And maybe it's all part of a plan
Well I'll just keep on making the same mistakes
Hoping that you'll understand

Ele me olhava intensamente, usando aquela música como se fosse sua composição, a única coisa para qual nasceu para fazer, e foi assim até o final, me fazendo derramar lágrimas e mais lágrimas, de pura emoção, até que Madge me fez rir no finalzinho

– Annie vai enlouquecer quando souber como ele te pediu em casamento... Gale só abriu a caixinha, nem se ajoelhou, e disse "por causa do nosso filho". - disse balançando a cabeça - E Cato, você literalmente jogou a aliança em mim! "Ou casamos ou terminamos" - engrossou a voz de brincadeira, e eu ri ainda mais

– Nós namorávamos a mais de... Um ano! Estava na hora! - debateu o loiro - É tradição na minha família.

– Atá...sei...é tradição, jogar alianças nas noivas? Me machucou, sabia?!

– Desculpa, ok? Desculpa! - ele ergueu as mãos em rendição - Foco no Peeta, tira mais fotos. - ela revirou os olhos e obedeceu, mesmo assim.

Então, olhando exatamente para mim e mais ninguém, da forma mais pura e sincera, como se ninguém mais estivesse nos olhando, Peeta cantou com toda a suavidade existente

That maybe we found love right where we are
Oh baby, we found love right where we are

And we found love right where we are...

As pessoas assobiaram, aplaudiram de pé, da mesma forma que eu fiquei, me encontrando com ele, pulando em seus braços, mas sem as pernas ao redor da sua cintura - Acho que esperamos tempo suficiente para isso... - ele disse em meu ouvido, abraçando-me forte - Isso é um sim?

– Mais do que isso, é um eu aceito, um eu quero, um você é o melhor. - encostei nossos lábios - Eu te amo, amo, amo, amo. Mas sem festa, ok? Só eu, você e quem consideramos, com um pastor. Sem mais nada.

– Tudo o que você quiser. - me beijou, mas aprofundou o beijo

– Quero seu sobrenome, tá? - ele riu alto, jogando a cabeça pra trás

– Ele já é seu, mas muito mais do que isso. - colocou uma das minhas mãos em seu peito - Você tem meu coração.

– E você tem o meu. - então, nos beijamos novamente, e eu senti um flash sobre nós, compreendendo que essa foto preencheria o espaço em branco, e encima terá escrito "Sim, eu aceito".

*Dia do casamento, ou seja, o início do capítulo*

– Katniss, você está lindíssima. - Annie disse, vindo me cumprimentar - Não vi noiva mais linda.

– Isso porquê eu não me caseeei com esses vestidos, apenas no cartório. - Madge disse convencida, com as bochechas mais rosadas que o normal, assim como uns cinco quilos acima do peso habitual, mas ninguém a julga, pois Lauriel foi impaciente, e resolveu nascer a duas semanas, antes mesmo de dar para completar os nove meses, que seria na semana que vem.

– Ah, que seja. - Annie sorriu - Está linda mesmo. Essa tiara feita com seu próprio cabelo ficou perfeita. - assenti

– Muito obrigada. Jane quem fez. - sorri para a irmã de Peeta, que levantou um copo com suco para mim, com uma sobrancelha arqueada e eu ri - O vestido eu comprei em uma loja de departamento mesmo. - elas sorriram - Mas sei que estou maravilhosa.

– Sim, você está. - piscaram para mim - E pra hoje a noite, hein? Vai fazer o que? - minha gêmea perguntou maliciosamente, e Madge gargalhou, talvez pela minha cara de espanto

– Nada! - neguei - Nem pense nisso! Annie! Eu disse pra você que até joguei fora aquele jogo de cartas! - Madge riu ainda mais

– Você deu mesmo aquele jogo?

– Claro! Ela tem essa cara de santa, mas só quero ver quando está sozinha! - neguei, séria

– Não gosto dessas coisas, é nojento. Nem me encarreguei de abrir! A capa já indicava safadeza!

– Porque é. - Annie piscou - Se quiser, tenho outro lá em casa, te mando pelos correios! - sai imediatamente de perto delas, que ficaram rindo da minha reação.

– Katy, viu o... - antes de terminar a pergunta, minha cunhada se virou, junto com Taylor, minha outra cunhada, e Rye no colo da primeira - Achei. - falei sorrindo - Estão todas sujas de chocolate!

– AAAAAAAAAAAHHHHH! - meu bebê disse - AAAAAATEEEEEEEE! - nós rimos, e ele comeu mais, se sujando mais, mas nem ligávamos. Estávamos em um casa, na verdade, no chalé que a minha mãe tem em Vegas, que ficou para ela depois do divórcio, e todos que consideramos estão conversando animadamente por aí, outros na pista de dança, etc.

– Deixa ele com a gente mais um pouco! Por favoooooorrrr! - Katy piscou os olhos enormes e cinzas para mim diversas vezes, de forma fofa, e eu não consegui dizer não - Obrigadaaaaammmmmm! - ri

– Nada de comer apenas chocolate ou doces, para não terem dor de barriga, meninas. - avisei, deixando eles irem se juntar a Charlotte, que deu vários pulinhos de animação quando Finnick deixou ela ir brincar com as irmãs de Peeta, que são irmãs para mim. Infelizmente elas só ficarão aqui hoje e amanhã, ontem passaram o dia conosco também, e passariam mais, se os pais dele ainda não estivessem se resolvido com o filho por completo. Longa causa...

Taylor pode ter 16 anos, e Katy 15, mas agem muitas vezes como se tivessem 12, e isso é o que aproxima Rye delas, fora a simpatia, sem contar com Jane, que arrumou, junto com Glimmer para esse "grande dia".

– Que isso! Está destruidora nesse vestido! - Finn disse e eu cobri o rosto com as mãos

– Estou morrendo de nervoso por ter escolhido esse vestido! Nem sabe o meu medo de mostrar demais na hora que eu e Peeta dançamos! Dançar com meu pai foi fácil, mas com ele foi tenso! Tenso! - ele apenas riu

– Relaxa, cara. Peeta te ama, e não importa o que você veste. Ele te ama. Sem mimimi. - sorri, abraçando-o - E na nossa dança, você ficou tentada a trair ele comigo... - brincou e eu ri - Pode admitir, amor!

– Claro que sim. Você é o melhor, Finn.

– Obrigado. - fez uma pose de galã e eu ri - Vou ver como a Jessie está, Johanna já viu da última vez. - beijou minha testa - Não vou ficar por muito tempo aqui, e nem vou deixar que ninguém fique por aqui também, ok?

– O que?! Não! Finnick! Eu não faço ideia do que fazer na noite de núpcias! - ele riu tão alto, mais tão alto, que Peeta apareceu perguntando o que tinha acontecido

– Você vai saber, querida, vai saber. - Finn deu dois tapinhas em meu ombro - A festa está maravilhosa, incrível, que vocês tenham muita paciência, pois é mais importante que tudo no casamento, mas eu preciso olhar as minhas mulheres. - fez um toque especial com Peeta - Boa sorte aí, pessoal. Amo vocês, e shhhh... - fechou os olhos, convencido - Eu sei que me amam. Beijos. - eu e Peeta ficamos rindo, vendo-o ir até sua filha caçula, com cinco meses, e depois chamar Charlotte. Se você disser que ele não é pai dela, teremos um caso bem sério a que se resolver. Johanna e ele deram um beijo casto, então acenaram, até Lotte, se despediram de mais algumas pessoas e partiram.

– Sabe, já tiramos fotos com todo mundo, sua mãe e pai estavam agora mesmo brincando com Katy, Taylor e Rye... Jane e Glimmer disseram que vão pedir pro pessoal ir embora... - meu recém-marido beijou meu pescoço, tirando alguns fios dessa área, discretamente - O que acha da gente subir e começar a tirar o atraso desses meses todos juntos, hm? - olhou para mim, com os olhos enegrecidos - Esse vestido só tem me dado mais certeza de que fiz muitíssimo bem ao tirar uma semana de folga para nossa lua-de-mel.

– Eu acho uma excelente ideia, marido.

– Sei que é, esposa. - olhou-me risonho e eu ri, abraçando-o - Eu estou, sinceramente, morrendo de sono.

– Estava esperando você dizer isso. - falei cansada - Ninguém vai desconfiar se subirmos agora e dormimos. Vamos para o último quarto?

– Só se for agora. - ele me colocou no colo, como noiva, me dando um susto, fazendo-o rir, assim como eu, que coloquei os braços ao redor de seu pescoço, e quem estava perto, riu.

Nem reparamos no quarto, sinceramente. Estávamos exaustos!

Peguei uma roupa confortável na bolsa, e Peeta fez o mesmo, então nos trocamos, com roupas qualquer. - Amanhã a gente pode usar como a nossa noite de núpcias, mas essa noite, vamos dormir mesmo. - eu disse bocejando, me jogando em cima dele, que assentiu

– To morto de cansado. Ainda tive que trabalhar hoje cedo, fiz uma cirurgia de emergência, e corri pra cá.

– Que barra... Olha pelo lado bom: oficializamos isso. - peguei sua mão esquerda, com a aliança de ouro, fina, discreta, mas não imperceptível, e olhei em seus olhos, que tinham um misto de alegria e tristeza - Sei que nunca vai se esquecer de Prim. - ergueu os olhos para mim, desviando de nossas mãos - E nem farei questão de fazer isso, pois sei que você me ama, mas saiba que eu vou dar o meu melhor para que nós demos certo, ok? - sussurrei, sem querer soar sexy, provocativa

– Nós já damos certo, e continuaremos dando. - beijou-me - Eu amo você.

– Eu amo você. - respondi de volta, abraçando-o forte, sentindo uma mão sua fazer um suave carinho em minhas costas, até que parou, e eu sabia que ele tinha dormido. Segundos depois, fui levada ao mundo dos sonhos, mas aquela agora seria minha nova realidade, pois... Não sou uma "alguma coisa Cresta Everdeen", e sim Katniss Everdeen Mellark, com um filho maravilhoso, e um marido que tenho absoluta certeza de que será fiel. Não poderia pedir por mais nada, apenas paciência para os momentos difíceis, e sabedoria para aproveitar os felizes.


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Notas finais do capítulo

Cara, esse capítulo está mil vezes mais longo que eu planejei. Me desculpem! Por favor!
Toda história que eu começo a escrever, já penso no final dela, penso como serão os personagens, o clímax, e com essa não poderia ser... Diferente. Mas foi. Minha prima me contou que a amiga dela fez um mochilão, ficando exatamente um dia em cada país, não sei quantos, mas a cada (também não sei quantos), o namorado ia jogando uma pergunta no ar, até que no último, que foi em Nova York, eu acho, ele fez a pergunta toda, de joelhos, no meio de um monte de gente. Achei isso tão a cara do Peeta e da Katniss de AP! ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Nota: Algum boy aí, que lê minhaa fics e me conhece pessoalmente, aceito pedido de casamentos assim, ok?
Como uma forma de recompensar, aí vai um trecho do bônus prometido, narrado pelo Peeta, contando mais sobre a vida de casados, primeiras palavras do Rye e um início de uma conversa com os pais dele.
"Quando alcançamos nosso máximo, a puxei para meus braços, ambos ofegantes, e eu tive uma certeza.
Não importa o que aconteça em Nova Iorque, ou do outro lado do mundo. Eu só preciso dela, e do Rye, pois assim eu tenho amor, e com amor, venço o mundo."
Já está TODO pronto, e eu aguardarei ansiosamente pela opinião de vocês :)
O que acharam? Mereço uma recomendação? Favoritos? Coments? Fiquem à vontade, pessoal, obrigada, obrigada, e no mais tardá quinta-feira eu posto novamente, ok? Só vai depender mesmo se eu conseguir terminar de responder mais alguns comentários, mas como jã têm aula, feriado acabou... *choro* MAS QUINTA-FEIRA TEM DE NOVOOOOO! *musiquinha Aleluia*
Hm... Acho que estou esquecendo de algo... Hm... Caramba... Ah! Verdade!
Quem quiser acompanhar minha fic nova, o link é esse aí ó >>> https://fanfiction.com.br/historia/647960/ASelecaodaHerdeira/

Vai ser um prazer ter vocês lá e é isso! :) beijoooossss pessoal!
ps.: FELIZ DIA DAS CRIANÇAS ATRASADOOOOOOOOOOOOOO!
Ps2.: PARABEEEEEEENNNNNNNNSSSSS JOSSSSSSHHHHHHHYYYY HUUUUUTTTCHEEERRRSSSOOONNN!
Eu queria postar ontem, dia 12, mas não consegui terminar de escrever, me desculpem. :///



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