A filha de Esme e Carlisle escrita por Angel Carol Platt Cullen
1919
Esme PDV
Eu recebi um telegrama dizendo quando Carlisle viria. Fui ansiosa até a estação ferroviária esperar meu marido. Meu coração começou a bater mais rápido assim que vi o trem chegar e escutei seu apito ensurdecedor, mas que hoje era uma melodia doce e suave para mim.
Para meu alívio vejo ele descendo do trem são e salvo, não aconteceu nada como eu temia, pelo contrário todas as mulheres vinham me falar do marido incrível que eu tinha, que havia salvo seus maridos de ferimentos mortais, e etc. Como meu marido era um excelente médico... Eu ficava lisonjeada, mas sabia que tudo isso era mérito de Carlisle não meu.
Assim que o avistei descer corri por entre a multidão ansiosa para recebê-lo. Me jogei nos braços dele que me acolheu com um casto beijo. Todos na estação aplaudiram e isso fez com que eu enrubescesse um pouco.
— Querido!
— Esme, meu amor!
Nos damos as mãos e saímos da porta do trem para que os demais passageiros também desembarcassem.
— Como você está? – Mal posso acreditar que ele escapou ileso. Embora soubesse que ele dificilmente iria se ferir. Também não aconteceu o que eu temia, Carlisle pode resistir ao sangue na guerra. Eu deveria ter confiado mais em meu marido, me sinto tão mal por isso...
— Eu estou bem Esme, eu falei para você – ele segura meu queixo com os dedos frios, que provocam sempre um arrepio gostoso em mim. Ele levanta meu rosto e me olha nos olhos. – Não se sinta assim. Não fique mal por minha causa. Eu estou bem, deu tudo certo e é isso que importa.
Ele percebeu meu abatimento e intuiu no que eu havia pensado.
— Eu estava apenas preocupada com você, querido!
— Eu sei Esme. E é por isso que eu te amo – me dá um beijinho – Mas não precisava, eu disse que eu ficaria bem.
— Mas Carlisle...
— Sim, eu sei que você também estava preocupada com os outros soldados.
Nisso um rapaz se aproxima de nós. Ao vê-lo eu paro de imediato o que iria dizer.
— Com licença Esme. Me chamo Edward.
Estendo a mão para ele beijar e com o olhar pergunto para Carlisle quem é ele.
— Este é Edward. A família dele morava numa cidade que foi completamente bombardeada e eu o salvei. A mãe dele foi quem me pediu. Ela percebeu que eu podia fazer bem mais do que aparentava. Não sei porque uma mãe iria querer tal destino para o filho – eu olho ao redor para perceber que ninguém está ouvindo nossa conversa, todos estão entretidos com seus parentes – talvez ela só não queria que o filho morresse tão jovem.
— Você o mudou Carlisle?
— Sim; eu pensei que ele pode ser como nosso filho ou seu primo, ou meu, já que não podemos ter nossos.
— Ele concorda?
— A princípio eu hesitei – responde Edward. – Mas parece que vai ser divertido.
— Divertido?!
— Edward é apenas um menino, ele tem 17 anos. Podemos fingir que o adotamos.
— Você é de onde Edward? – é a primeira vez que me dirijo a ele, é um pouco estranho falar com um desconhecido, mas sinto simpatia por ele.
— Eu nasci na América, em Chicago, Illinois, antes de meus pais se mudarem para a França. Tinha 10 anos quando meu pai precisou ir para a Europa, pois ele era um banqueiro.
— Vamos para casa, lá conversaremos com mais privacidade – diz Carlisle.
Eu e Edward seguimos ele. Carlisle me estende o braço o qual eu seguro. Edward vai do outro lado do “pai”.
— Esme já me considera seu filho e você meu pai.
Como Edward descobriu? Será que ele pode ler meus pensamentos?
— Acertou mamãe. Posso sim ler os pensamentos de todo mundo.
— Edward, quantas vezes já lhe disse que não se deve ficar bisbilhotando os pensamentos das pessoas! – o repreende Carlisle. Ele já é um rapaz, mas ás vezes ainda parece um menino e precisa aprender algumas coisas como ser mais educado.
— Isso mesmo, filho – me vejo falando sem pensar. – Desculpe - fico vermelha como uma pimenta.
— Adoro você mamãe - Ele me toca despreocupadamente mas eu me sobressalto.
— Ora mamãe, você sabia que eu era um vampiro também. - Edward parece aceitar muito bem o fato. Parece.
— C-claro – digo gaguejando. Já vi que vamos ter muito trabalho com esse menino. Ops, Edward deve ter visto esse pensamento. Mas é bom que ele tenha visto mesmo.
Ele sorri presunçoso.
Eu vou corrigir esse menino e ensinar alguns modos para ele - pareço minha mãe falando.
— Gostei muito de você desde o primeiro instante que a vi Esme! Vamos nos dar bem.
— Acho que sim - sorrio hesitante para meu filho.
...XXX...
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