A Nossa Historia escrita por Lilly Belmount


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amoras!



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Dar adeus à chácara da sua tia Joana foi mais difícil do que Amy poderia ter imaginado. Finalmente pudera se desprender de tudo o que lhe fizer mal durante algum tempo. Só lhe restava esperar por um táxi que pudesse deixá-la na porta de casa. Durante a viagem de retorno Amy se pôs a pensar em tudo e na forma que as ações do cotidiano a pegavam de surpresa. As luzes da avenida permitiam com que o seu corpo todo se relaxasse e sua mente viajasse nas melhores lembranças, no passado que um dia fora colorido.

Ficou surpresa ao perceber que sorria pelo fato de estar lembrando do sorriso de Marcus, dos belos olhos azuis que chamavam a atenção. Tão belos quanto o céu que ela adorava admirar nas manhãs mais frias. Onde ela estava para pensar em Marcus? Eram e seriam apenas amigos por um longo período. Admitia para si mesma o quanto Marcus era belo, encantador, gentil e especial. Apenas desejava entender o que se passava na cabeça dele para desejar um beijo dela. Um beijo não significava nada na sua vida. Enquanto não obtivesse resultados a respeito de seu pai, Amy não queria se envolver com ninguém. Havia tanto a ser feito ainda, não era justo deslocar de seus objetivos. Para espantar todos aqueles pensamentos desnecessários, Amy se pôs a ouvir as músicas de seu Ipod. A viagem ainda demoraria bastante e, no entanto restava que Amy descansasse um pouco até o seu destino final.

O táxi ao parar diante da casa de Amy fez com que a garota sentisse o corpo todo se arrepiar. Não era frio, mas sim medo de encontrar Bernard. Quando ele estava a sós com ela, o mundo se tornava trevoso e escuro. Não havia como fugir dele ou sequer de casa, sempre haveria alguma maneira de encontrá-la.

Amy respirou fundo antes de entrar em casa. As luzes se encontravam todas apagadas.

— Até que fim voltou — Reclamava Bernard acendo as luzes da sala — Trouxe algum dinheiro? Estou precisando.

Ela o encarava incrédula.

— O que você tem na cabeça, Bernard? Acha que eu sou uma prostituta, uma pessoa qualquer para dar dinheiro algum pra você? Vai trabalhar.

— Ah querida! Você e a sua mãe tem o dever de me dar dinheiro sempre que eu pedir. Sou homem e tenho as minhas necessidades. Você sabe melhor do que ninguém que eu tenho problema na coluna e não posso fazer esforços.

Amy tentava se controlar, não queria se exaltar.

— Você é nojento, demente. Um dia você vai ficar sem a minha mãe, vai ficar sozinho e não terá quem te banque, porque sinceramente um vaga...

Amy sentia o seu rosto arder.

— Continua sua desgraçada. Fala o que está engasgado nessa sua garganta. Acha que é quem para falar assim de mim? Você não é nada nessa vida sua puta! Aquela escolinha de riquinhos logo se cansará de você. Acha mesmo que a dona viu algum talento em você? Não serve para nada...

Bernard deu outro tapa na jovem. Amy se esforçava para não derramar lágrima alguma diante daquele verme. Um dia ele iria se arrepender por cometer tantas atrocidades. A jovem foi para o seu quarto e trancou a porta, colocou peso impedindo que qualquer pessoa entrasse ali. Jogou-se na poltrona cor de creme que ali se encontrava e permitiu que as suas lágrimas se esvaíssem de si. Fora a primeira vez em toda a sua vida que apanhara de alguém. O choro era desesperado demais. Não poderia ficar ali por mais tempo, conviver com Bernard estava se tornando incomodo demais. Teria de dar um fim naquela vida que levava.

O telefone dela tocava sem parar.

— Amy?

— Ma... Marcus?

— Está tudo bem?

— Não... Eu preciso sair dessa casa.

— Estou ai em dez minutos.

— Não! Por favor, não venha aqui. Só preciso que converse comigo antes que eu fique louca.

Ela o ouviu respirar preocupado.

— O que aconteceu?

— Meu padrasto me importunou, disse coisas desagradáveis.

— Por que não vai para a casa da Demetria?

— Tentei ligar na casa, no celular e ninguém atende.

— Queria fazer algo para não te ouvir chorar! Tem certeza que não quer que eu vá até a sua casa?

Ela já não sabia mais o que responder.

— Não quero arrumar confusão pra você, Marcus. Isso seria muito egoísta da minha parte.

— Algumas pessoas merecem que eu me arrisque por elas.

Amy sentiu as suas bochechas esquentarem.

— Abre a janela, já estou aqui em baixo.

Assustada Amy correu para ver a movimentação do lado de fora. Lá estava Marcus sorrindo docemente para ela.

— Você é louco! — Exclamou Amy aos sussurros.

Ela logo se afastou para que ele pudesse entrar em seu quarto.

— Boa noite Amy!

Não podendo conter ainda mais as suas lágrimas Amy o abraçou fortemente. Marcus não se incomodava em ter aquela garota em seus braços. Seu universo ficava completo com ela presente.

— Marcus, me desculpe. Eu não sou assim... — Ele a interrompera.

— Para com isso. Somos amigos e eu estou aqui para te ajudar. Quer contar o que houve?

— Meu padrasto é um monstro. Eu sabia que deveria ter me preparado ainda mais quando chegasse em casa. Queria estar com a minha tia, sendo feliz ao lado dela, deixar tudo isso aqui...

— Mas você estaria desistindo dos seus sonhos abandonando tudo.

— Não teria coragem de desistir. Meus sonhos é a única coisa do qual eu não consigo e não posso abrir mão.

— O que seu padrasto falou para você?

— Cheguei aqui tão feliz! Pensei em tantas coisas boas durante a viagem para que ele pudesse estragar tudo. Me chamou de coisas feias. Se eu pudesse o matava.

Marcus se preocupou pelo modo dela falar.

— Não vale a pena sujar suas mãos com pessoas egoístas.

— Tem razão. — Ela o observava com atenção. Se perdia diante da visão que tinha dela. Marcus a encantava.

— Algum problema?

— Só estava te observando. Ninguém nunca se importou tanto comigo e de repente apareceu você. Te odiei no dia em que apareceu na minha aula, mas diante das circunstâncias vejo o quão bom amigo você é.

— Você merece ter um amigo como eu, fala sério! — Ele começou a brincar — Eu sou lindo, tenho um sorriso perfeito, um corpo de dar inveja...

Amy revirou os olhos.

— Nossa! Eu não sabia que você era assim tão... — Ele a interrompeu.

— Desejável?

— Idiota.

— Amy Jones, assim me sinto ofendido.

Ele recebeu um tapa leve em seu braço.

— Sua namorada deve ficar de cabelos em pé de tanta raiva que passa contigo.

— Concordo! Ela passaria muita raiva se existisse.

Ela não conseguia acreditar. Como é que um rapaz tão belo não poderia ter uma namorada? Não fazia sentido algum. Ele só poderia ser louco por não ter ninguém ao seu lado. O silêncio se instalou entre eles. Amy pensava em tantas coisas. Havia algumas delas que Amy desejava explicação.

— Por que você me beijou quando me deixou na chácara da minha tia?

Marcus parecia procurar a resposta.

— Já tinha bebido!

— Mas passamos o dia juntos, você não ingeriu uma gota de álcool.

— Queria saber qual seria a sua reação. Tive vontade de sentir os seus lábios nos meus, de te sentir, de te tocar.

Amy não esperava por aquela resposta. Era diferente de tudo o que ela já havia vivenciado. Tão novo e inocente. Até parecia com as histórias dos livros que ela lia. Só poderia ser loucura. Donnie nunca fora doce e amoroso como ela desejava.

— Desculpa se não era isso que esperava ouvir.

— Eu... nem sei o que dizer. Só não faça mais isso! Não quero que confunda a nossa amizade com algo mais profundo. Já tenho uma pessoa a quem devo o meu coração eternamente. Ele é o único por quem ainda encontro razões para viver.

— Relaxa! Foi só um beijo, sem intenções. Quem é esse homem?

— Meu pai!

Marcus respirou aliviado.

— Você disse que não tinha noticias dele.

— Acontece que tive medo de contar a verdade, medo de que pudesse me julgar. Sempre soube onde encontrá-lo, mas ninguém me entenderia. — Disse ela cautelosa.

— Me conta! Eu quero saber.

— Marcus, nem sei por onde começar... — Amy respirou pesado — Há alguns anos meu pai está preso. Eu sei que ele é inocente e que está lá por engano, mas até agora não conseguimos encontrar provas que o inocente.É tão difícil.

Marcus a estudava atenciosamente. Pela primeira vez a viu ser uma garota completamente vulnerável.

— Conte com a minha ajuda sempre que precisar.

— Obrigado pelo apoio, Marcus! Ainda verei meu pai fora daquele lugar!

— Acredite sempre e nunca desista! Você é guerreira e não é necessário que as pessoas te conheçam há tanto tempo para perceber o seu esforço e dedicação. Eu te admiro Amy e talvez você já tenha notado.

 Amy sentiu o seu rosto queimar diante das palavras ditas por Marcus. Ela também o admirava só não tinha coragem de admitir. Um dia talvez contaria.

— Como é que você consegue ser tão fofo? Nunca vi uma pessoa ser assim comigo. Só a Demetria me entenderia num momento desses.

— Eu não sei... é natural. Algumas pessoas conseguem cativar o nosso melhor lado. Descansa um pouco, Amy!

— Não estou cansada. E quanto a você? Vai ficar acordado?

— Não precisa se preocupar comigo. Depois vou pra casa.

— Tem certeza?

— Tenho! Só quero ter certeza de que não derramará mais lágrimas por causa do seu padrasto. Ele não merece.

Amy deu um beijo no rosto de Marcus. Ele a fez deitar em seu colo. Ali ela permaneceria segura pelo tempo suficiente. Marcus não se importava de ter ir tarde para casa. Sua amiga precisava de ajuda e ele faria o que fosse necessário para vê-la sorrir. Uma guerreira que sabia qual era o momento em que não poderia seguir a luta sozinha. Recebendo cafuné, Amy acabou por dormir confortável. Marcus ficou até ter certeza de que ela não acordaria. Agora seria a hora dele ter bons sonhos.

**********

Margareth esperava os seus alunos chegarem. Tivera as melhores ideias para tornar a aula ainda mais produtiva. Aos poucos cada um deles foram chegando e se trocando. Bruno, Gregory, Leonardo, Patrick e Marcus já estavam devidamente trocados e se alongavam num circulo feito por eles sem que Margareth pedisse.

— Como foi o fim de semana de vocês? — Perguntou Bruno empolgado.

— Normal! — Reclamou Patrick — Infelizmente as garotas com quem eu conversava estão namorando e acham que pode ser tudo.

— Tive de ajudar o meu pai com alguns assuntos da empresa! Resumindo passei o fim de semana no tédio. — Respondeu simplesmente Leonardo — E o seu Marcus?

Ele apenas sorria.

— Nada demais. Só que esse papo não combina com vocês! Estão parecendo um bando de menininhas.

— Concordo com o meu camarada! — Exclamou Gregory. — Todo esse papo de como foi o fim de semana é coisa de menina. Temos de pensar em algo do nosso gosto como o futebol.

Ao ver Amy entrar na sala, Marcus sentiu-se estranhamente gelado por dentro e por fora. Não conseguia tirar da cabeça a cena dela vulnerável. Não combinava com a personalidade que Amy apresentava na escola. Detestou observar Patrick se animar demais. Não poderia ser assim. Marcus se esforçava ao máximo para não demonstrar o que estava sentindo por aquela garota. Ninguém o entenderia e poderia arrumar confusão com Patrick. Não era o que ele desejava. Esperaria o tempo necessário para conquistar alguém que tanto desejava.

— Ah meninas! Senti saudades de vocês no fim de semana, estava precisando de companhia! — Resmungava Margareth — Já não sei mais viver sem vocês. Sempre trazendo alegria para o meu dia.

— Quanto drama! Tinha que ser Margareth Grahan. — Brincava Demetria — Poderia ter me ligado, passei o fim de semana em casa. Não aconteceu nada de especial.

— Verdade Margareth! — Concordou Amy — A Demi é um amor e traria muitas lembranças boas, principalmente micos que ela te obrigaria a passar.

— Na próxima quem sabe...

Mais alunos chegavam e as garotas foram trocar de roupa. Amy queria contar para a sua amiga sobre o fim de semana, mas talvez não fosse uma boa ideia fazer algo do tipo naquele momento. Bryana chegara animada demais conversando com Angela.

— Estou te dizendo amiga! O Marcus está cada dia mais lindo, não sei como resistirei a ele. É tudo tão complicado quando se trata dele, mas não vou desistir dele.

— O que você vai fazer?

— Tantas coisas! — Bryana sorriu divertida — Eu quero ir pra cama com ele.

Amy e Demetria se entreolharam assustadas com tamanha confissão. Acharam melhor retornarem logo para a sala antes que entrassem em detalhes sórdidos.

— Meus amores, quero que formem um circulo, pois hoje trabalharemos com poemas. Vamos sentir todo o tipo de sentimento que os poemas nos proporcionam e depois passaremos para o exercício que pedi para realizarem em grupo. Um a um foram lendo os seus poemas, alguns de autores desconhecidos outros não. Por último ficara Marcus.

— Qual é o seu Marcus?

— Não tem título, mas é do Fernando Pessoa.

Toda a atenção foi voltada ao rapaz que tremia ao segurar a folha. Não estava acostumado a falar sobre sentimentos, poemas...

— Quando quiser!

— Tudo bem. “O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Encerraram a parte da leitura de poemas com aplausos. Margareth deu um tempo para que eles se recompusessem e se preparassem para a próxima etapa do exercício. Todos estavam empolgados,pois ensaiaram e se dedicaram ao máximo, talvez alguns deles.

— Oi Amy! — Cumprimentou Marcus.

— Marcus.

— Como estão as coisas na sua casa?

— Tranquilas até o momento em que saí de casa. Não sei o que seria da minha noite se não pudesse contar com a sua ajuda.

— Sempre que precisar é só me ligar! Terei o prazer em te ajudar.

— Não quero abusar da sua boa vontade.

— Fica tranquila. Não está abusando.

De longe Bryana fuzilava Amy. Detestava ver o quando aquela garota interagia cada vez mais com Marcus. Por dentro de si ela torcia para que Amy não tivesse interesse algum no rapaz. Não seria justo. Amy sempre conquistava o melhor de todos e ela não era sequer lembrada em reuniões com os patrocinadores. O mundo dava voltas e Amy não estaria pronta para rodar mais vezes.

A segunda etapa do exercício do dia fora executada com maestria, apenas o grupo de Bryana tivera problemas com uma ausência de seus membros. Aquela falta comprometera grande parte de sua nota. Na próxima vez que fosse solicitados trabalhos em grupos, ela prometia a si mesma que faria sozinha. O dia estava sendo tranquilo e agradável demais.

**********

As meninas se empolgavam à medida que saíam da escola de artes. Coisa boa não poderia ser. O rosto de Amy se petrificou ao ver Donnie animado caminhando em sua direção. O seu dia tão agradável acabara de ir por água a baixo.

— O que você quer Donnie? — Perguntou ela impaciente desejando imediatamente desaparecer dali.

— Olha, eu sei que terminamos e que você me odeia por viver correndo atrás de você. — Amy escutava atentamente — Minha mãe vai dar um jantar de aniversário. A minha avó Manuela quer muito te ver e você sabe o quanto ela já está velhinha e não pode passar por muitas emoções.

— Fala logo o que você quer? Coisa boa não pode ser...

— Será que você pode comparecer na festa de hoje e fingir que ainda somos namorados? Não tive coragem de contar a ela. A minha avó sempre te adorou.

Onde é que ela iria se meter? Donnie só poderia estar completamente louco.

— Por que você não contou pra sua família?

— Tinha esperanças de que tudo pudesse se resolver entre nós. Ainda sinto saudades dos seus beijos, do seu toque, das nossas noites juntos.

— Que ridículo! Quem ama não trai. Tudo bem, farei o que você quer em respeito a sua avô. Só não tente bancar engraçadinho ou você já era.

— Oh mulher difícil.

Amy não hesitou em sair logo de frente da escola. Mesmo com aquele bronzeado natural, e seu charme que um dia a conquistou ela não conseguia deixar de sentir raiva dele. Não queria que Liam sentisse raiva dela por não ajudar o filho, mas seria bom estar junto da família que a recebera várias vezes de braços abertos.

Amy logo ficou sozinha com Demetria.

— Esse Donnie é muito idiota! — Brincou a jovem.

— Sempre foi. Mas isso já não é problema meu. A dona Manuela está de passagem e quer me ver. O desgraçado não contou a ela que terminamos.

Demetria arregalou os olhos incrédula.

— Que chato amiga! O problema é que ela já é de idade avançada, e qualquer assunto forte pode matar aquela senhora.

— Eu sei. Vou ajudá-lo dessa vez. Não quero ser acusada por matar uma idosa, só porque o neto não sabe lhe dar noticias.

— Boa sorte!

Marcus se aproximou das jovens.

— Alguém quer carona?

Demetria e Amy se entreolharam.

— Dessa vez iremos aceitar, Marcus! O dia vai ser cheio de surpresas.

— Venham comigo.

**********

Em sua casa Amy se aprontava. Já eram seis da tarde e em pouco tempo estaria indo para a casa de Donnie, mesmo que por contragosto. Colocara algo simples, que não chamasse atenção de forma exagerada. Donnie não demorou a buscá-la em casa..

— Boa noite!

— Ainda bem que você veio logo. Já estava quase desistindo.

— Você está linda demais. Sempre foi. Só eu não soube dar o valor que você merecia.

— Tudo bem! Agradeço o elogio, mas já é um pouco tarde para se arrepender do que fez.

Donnie abaixou a cabeça tristemente. Sabia o quanto aquela garota um dia fora especial na sua vida, infelizmente ele fora sucumbido ao charme de Bryana.

— Desculpa, não queria ser chato a ponto de te irritar. Podemos ir? A minha família já está nos esperando.

Ela sorriu assentindo.

Andaram lado a lado até chegarem a casa dele. Liam os esperava ansioso. Há algum tempo ele desejava que aquela garota o visitasse.

— Oi Liam — Cumprimentou Amy.

— Oi Amy! Está linda.

— Obrigado! Você está uma arraso.

De longe ela avistou a avó de Donnie. Animada, ela sorriu para o rapaz que estava próximo.

— Vai lá! — Encorajou o rapaz.

Calmamente ela andou na direção da senhora que vestia um cardigã rosa claro e com uma calça preta.

— Dona Manuela é um prazer revê-la novamente! —Disse Amy abraçando a senhora docemente — Senti saudades da senhora.

— Amy, querida! Não esperava o momento de revê-la. Você sempre o meu neto tão feliz.

— Que isso. Nós dois nos amamos.

A festa acontecia de forma agradável. Todos os convidados interagiam bastante com dona Manuela. Mesmo com a idade bastante avançada ela esbanjava simpatia. Donnie evitava entrar no campo de visão de Amy. Sentia saudades dela como namorada, mas como ela mesma dissera, já era tarde demais para se arrepender. Valeria a pena tentar reconquistá-la? Amy havia mudado nesse tempo em que estavam separados.

— Amy? — Chamava Donnie — Posso falar um minuto com você?

— Claro!

— Algum problema de ser no meu quarto. Juro que não farei nada contigo. Até porque a casa estava cheia de pessoas.

— Tudo bem.

Juntos eles caminharam até o quarto. Há quanto tempo ela não entrava naquele lugar? Muita coisa havia mudado, exceto pelas fotos deles juntos que ainda estavam espalhadas pelo quarto.

— Fique à vontade. — Dissera ele.

— O que você queria comigo?

— Só queria ficar um pouco com você para esquecer todas as pessoas que estão na casa. Adoro a sua companhia, mas sei que tudo mudou pra você. Você me odeia.

Amy sentiu o peso em sua voz.

— Eu não te odeio, Donnie! Só não foi legal você ter me traído com a Bryana.Tantas garotas boas e tinha que ser logo com ela.

— Me perdoa! Você sabe que eu fui fraco a me levar pelo o que ela falava e fazia.

— Sim, você foi fraco...

Não ouve palavras a serem ditas, pois Donnie a pegara de surpresa. A beijava com saudades e desejo. A sua esperança começava a nascer novamente. Por mínima que fosse.

Será que Amy poderia mudar em relação à Donnie?


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