O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 51
Egoísmo e temores futuros


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Nesse capítulo terão pontos de vista de dois personagens originais, criados por mim. Também terá uma coisa importante que está somente nas entrelinhas. Se ninguém descobrir capítulo que vem eu falo o que é. Espero que gostem e não se esqueçam de comentar. Abraços e vejo vcs nos comentários.



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Rogger

Quando Aegon Targaryen, seu rei, lhe ordenou que comandasse tropas para o Norte Sor Rogger se sentiu honrado, mas também meio temeroso. Ele nunca havia ido para aquela região do reino e sabia, pelo que falavam, que os costumes nortenhos eram diferentes dos sulistas e o povo dessa região tinha orgulho de seus deuses e hábitos diferentes.

Eles levavam levantada uma bandeira de paz. Para que os outros pensassem que eles não estavam em uma missão de guerra. Durante o percurso, com exceção do que houve nas terras fluviais, não houveram grandes problemas. Só de lembrar o que ocorreu nas terras fluviais um arrepio mais frio que o inverno o invadiu.

Ele perdeu alguns homens nas noites em que pararam para descansar nas terras fluviais. Homens que saíram para urinar nas árvores próximas ou que por algum motivo se afastaram e que nunca mais voltaram com vida ao acampamento.  Alguns eles acharam mortos. Enforcados em arvores pelo meio da floresta e outros nunca mais foram encontrados. Essas mortes fizeram a viagem ocorrer mais rápido, pois ninguém mais queria parar.

Sor Rogger não sabia exatamente o que estava por trás das mortes. Seus homens falavam de fantasmas e outras coisas sobrenaturais. Mas ele não acreditava nessas coisas. Sabia que as mortes haviam sido provocadas por pessoas de carne e osso. Algum grupo de foras da lei que talvez tivessem feito isso para os afastarem do local e deixar um clima de medo entre eles. Se esse era o objetivo deles conseguiram.

Quando eles já estavam em território nortenho um medo tomou posse do coração dele. Alguma força invisível do mal estava no local e ficava mais forte a medida que se aproximavam da Muralha. Essa força era quase tão perceptível como a neve. Naquele momento sem saber o porque ele se questionou se os que morreram enforcados, no fim das contas, não foram os mais sortudos do grupo. Ele temia o que ia encontrar pela frente e contra o que teria que lutar.

Melisandre

Quando chegou em Winterfell Melisandre foi direto para os seus aposentos, pois estava morrendo de frio. Durante o caminho todo pensou que fosse congelar, apesar das muitas peles e roupas que usava para se esquentar. O calor de seu deus fazia falta nesses momentos.

A ama de leite de sua filha parecia estar muito irritada com ela. Lee a tratou apenas com cortesias frias e ficou pouco tempo na presença dela depois de lhe entregar Lyanna. A mulher devia a culpar pelo que ocorreu com Bassie. Lee amava as duas crianças de forma igual e sentia a morte de Bassie. Até usava preto por causa disso.

Melisandre sabia que no fundo a culpa pela morte da menina havia sido sua, mas ela não iria se sentir culpada por isso.  A vida de sua filha era mais valiosa que a de qualquer outro bebê. Ver a filha bem e viva afastava qualquer arrependimento pelo que fez. Além de tudo ela já havia perdido uma filha, não iria agüentar se perdesse outra.

Enquanto segurava Lyanna ela pensou que no fundo teve sorte. O preço poderia ter sido muito pior. Resolveu parar de sentir pena de si mesma pelas coisas que perdeu. Ela ainda tinha sua filha e sua aparência. Depois que a guerra terminasse seus poderes não seriam muito necessários.  Além disso, ela ainda poderia fazer algumas poções. Feitiços não, mas poções sim. Poderia até ensinar para sua filha. Quando ela tivesse idade para entender e usar as poções para conseguir seus objetivos. Seria o segredo delas. Jon não precisava saber.

Ela se espantou por se pegar pensando no futuro. Se pegar pensando nos anos que viriam. E na futura amizade que teria com sua menina. Está em Winterfell e com Lyanna a fez ver que tem mais coisas na vida. Até o frio que sentia pareceu diminuir.

“Você crescerá e se tornará uma linda e poderosa menina. A mais bonita que existe.  ”- falou ela de forma carinhosa para a sua bebê com um sorriso.

Lee

 Melisandre era muito egoísta. Se importava somente com a vida de sua filha. Lee percebeu isso quando ao saber da morte de Bassie a rainha não demonstrou reação nenhuma de tristeza. Era como se de alguma forma ela já esperasse por isso ou se sentisse aliviada por ter sido Bassie a morrer e não Lyanna. Ela continuou falando como se nada tivesse ocorrido. Lee ficou muito,muito irritada com a frieza dela, mas disfarçou. Depois daquele momento ela decidiu que não queria mais ter nenhuma amizade com a mulher. Ela se mostrou diferente do que ela imaginava...

Lee amava Bassie da mesma forma que amava Lyanna. As duas de certa forma haviam preenchido o vazio que ficou depois que seu filho bebê morreu.  Foi em uma tentativa de preencher o vazio que ela aceitou ser ama de leite de Bassie e depois de Lyanna. Mas agora refletindo ela percebe que tomou a decisão errada. Ser ama das meninas apenas lhe atraiu mais dor. Antes ela sofria pela morte do filho e agora ela sofria também pela morte de Bassie.

Além das duas perdas ela ainda sofreria quando tivesse que se afastar de Lyanna. Ela podia amar a menina, mas ela não era sua filha de verdade. Era provável que quando crescesse a menina nem soubesse de sua existência.  Esse é um dos lados ruins de ser ama de leite.

Lee se preocupava com o futuro de Lyanna. O jeito egoísta da mãe poderia a afetar de forma negativa. Lyanna poderia se tornar uma pessoa egoísta e isso poderia se mostrar perigoso. A mulher não sabia o porque, mas tinha uma sensação ruim sobre como Lyanna seria no futuro.

Sansa

Sansa gostava de rezar no bosque sagrado quando não estava frio demais. O local lhe dava uma sensação de calma e paz depois de um dia cheio de obrigações. 

Naquele dia ela estava com muitas roupas para espantar o frio e usava um capuz protegendo seus cabelos ruivos. Ela se ajoelhou diante da árvore coração e rezou agradecendo por tudo e pedindo proteção para os seus. Ela ainda estava rezando quando ouviu uma voz de criança a chamar.

Aquela voz lhe era familiar. Ela olhou ao redor, mas não viu ninguém. Voltou a fechar os olhos e a voz a chamou novamente. Mas daquela vez o seu coração reconheceu a voz. Era a voz de seu irmãozinho Bran.

Eles nunca haviam desistido de procurar Bran, porém nunca acharam o menino. Muitos diziam que ele havia morrido. Mas Sansa sentia que o irmão ainda estava vivo. Em algum lugar.

Ela procurou ao redor, mas não viu seu irmão. Ela por um momento pensou que a voz havia sido da sua imaginação. Porém descartou esse pensamento, pois a voz havia sido muito real.

A situação a fez lembrar de uma canção antiga que falava que depois que certas pessoas morrem suas almas passam a viver na natureza. Nas árvores e no vento. Apesar de achar que seu irmão estava vivo ela não descartou essa possibilidade.

Sansa iria visitar o bosque sagrado com ainda mais freqüência. Até que descobrisse o mistério por trás da voz de seu irmão.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem. Vcs viram o primeiro capítulo da sexta temporada? Eu vi e uma parte minha já imaginava aquela revelação final da Melisandre. Abraços e até o próximo.