O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 25
Derrotas e tristezas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Boa leitura.



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Sansa

Sansa chorou mais que Jon quando a primeira menina nasceu. Ela era uma coisinha tão linda que pareceu iluminar todo quarto. Tinha os cabelos ruivos, parecidos com os da mãe e os olhos cinzas do pai, com um estranho brilho violeta.

Jon correu para carregar a filha no colo, mal esperou a parteira terminar de limpar a menina.

– Lyanna. Ela vai se chamar Lyanna. – falou Jon com lágrimas nos olhos

Todos no quarto concordaram com o nome e estavam opinando sobre o nome da outra criança quando perceberam que algo estava errado. Melisandre estava perdendo muito sangue e a outra criança estava demorando a nascer.

Jon estava visivelmente preocupado, ele deu a pequena Lyanna para que uma serva segurasse e foi falar com a parteira e um dos meistres. Quando voltou de lá estava com a cara um pouco mais fechada e pediu para que todos saíssem do quarto. Segundo ele a parteira havia dito que era melhor deixar o quarto mais ventilado e com menos gente.

Sansa saiu com o coração apertado. Algo lhe dizia que algo ia dá errado. Na vida dela sempre era assim. Quando tudo estava bem algo de ruim sempre acontecia. Todos estavam tão felizes...

Sansa torcia para que a outra bebê e Melisandre ficassem bem. Seria muito triste se uma das duas morresse. Mas enquanto estava do lado de fora, segurando a pequena bebê, ela apenas conseguia se lembrar dos casos de mães que morreram no parto.

– Não fique preocupada, Sansa. – falou Arya, mas Sansa conseguia sentir que ela também estava preocupada – A Melisandre sabe algumas magias. Acho que qualquer coisa ela pode dá um jeito.

– Não sei, Arya. Tem certas coisas que nem a mais forte magia resolve.

Após isso ficou um grande silêncio, os únicos sons vinham de dentro do quarto.

Aegon

Aegon se sentiu frustrado quando viu que realmente não poderia fazer nada quanto ao Norte. Teria que deixar o Rei de lá em paz. Pelo menos até o inverno terminar.

O jovem rei Jon teve mais apoio do que ele esperava. Até as Gêmeas o apoiavam, assim como a maior parte, se não, todos os vassalos do Norte. Na última carta que Jon lhe mandou fez questão de deixar isso claro. Isso e o fato de que o inverno traria uma grande desvantagem para Aegon.

Seu conselho tentou lhe fazer aceitar que não tinha nada de errado em deixar o rei no Norte em paz. Que isso não significava uma derrota. Mas não importa o que falassem, sentia o sentimento de derrota tomar seu coração.

Outro fato que lhe incomodava era o rei Jon já ter um herdeiro a caminho e ele não ter nenhum. Mas isso em breve mudaria. Sua união com Margaery já havia sido consumada.

Aegon sabia que a menina já havia sido viúva três vezes, mas mesmo assim a união foi importante para ter mais espadas do seu lado. Além disso, ela lhe ajudou a se livrar de Tommen.

Um guarda entrou apressado na sala do trono. Tinha uma cara triste e de total pânico.

– O que houve? – perguntou Aegon do alto de seu trono de ferro

O guarda parecia está com medo de dizer o que veio dizer.

– Diga. O que houve? – perguntou Aegon já sem paciência

– A rainha, quer dizer ex- rainha, Cersei... Ela, não sei como, fugiu por uma das passagens secretas.... A menina. Myrcella também sumiu.

Aegon ficou sem reação. Não conseguia sentir raiva. Na verdade não conseguia nem acreditar que o que ouvia era verdade. Cersei e Myrcella não podiam ter fugido. Isso seria uma grande vergonha e derrota. Uma derrota que seu conselho não conseguiria o convencer do contrario.

Aegon sabia que devia ter matado Cersei e Myrcella logo que teve oportunidade, mas pensou que seria melhor as manter presas. A rainha para que ela sofresse, pois ficar presa era uma punição pior que a morte e Myrcella para ser usada em uma futura negociação com Rochedo Casterly, ou quem sabe em uma aliança de casamento, mesmo se tratando de uma bastarda. Mas agora tudo havia se perdido. A principal pergunta em sua mente era como elas haviam fugido.

Jon

Havia algo errado. Sabia disso. Quando a segunda criança nasceu quase não chorava e estava meio azulada. Os meistres a examinaram e sussurraram algumas coisas entre si. Jon ordenou que eles falassem.

– Há algo errado com os pulmões da menina- falou Meistre Xhitos com uma estranha tristeza. – Ela não respira direito...

– Também estou preocupada com a sua esposa. Ela perdeu muito sangue no parto.- falou o outro meistre que veio do Ninho de Águia para acompanhar o pequeno Lorde Robin Arryn.

– Também estou preocupado. – falou meistre Xhitos olhando para Melisandre que dormia devido ao cansaço e perda de sangue.

Jon sabia que o meistre não gostava muito de Melisandre, mas naquele momento parecia verdadeiramente preocupado com ela e com a bebê.

A parteira entregou a criança para Jon de forma cautelosa. Logo que segurou a filha sentiu uma tristeza invadi seu coração a menina era tão pequena e tão frágil. Temia que ela não sobrevivesse. Enquanto segurava a pequena, Melisandre acordou e chamou com a voz fraca:

– Deixe- me vê- lá.

Jon se aproximou com a pequena bebê nos braços. Melisandre a tocou.

– Como essa vai se chamar? – perguntou Jon com um sorriso triste

– Ela vai se chamar... – Melisandre parou no meio da frase e falou desesperada – Ela não está respirando. Ela...

Jon ficou desesperado. Assim como as parteiras e os meistres. Tentaram fazer tudo, mas a criança já estava morta.

Mesmo sabendo que a menina estava morta, Jon continuou a segurando nos braços e Melisandre acariciava o seu rosto azulado. Ela parecia está somente dormindo.

– Saiam todos! – Jon ordenou com uma voz triste mais também autoritária.

Melisandre

Melisandre não acreditava que uma de suas filhas havia morrido. Não conseguia entender como não havia visto isso nas chamas. Talvez tivesse sido culpa dela, por algum motivo. Mas ela não iria desistir da filha tão fácil. Talvez ela conseguisse a trazer de volta a vida com um beijo. Ela ainda era sacerdotisa do Senhor da Luz.

Ela pegou a bebê dos braços de Jon e a aconchegou nos seus braços. Colocou o rubi que estava perto. Depois disso beijou a pequena, na esperança de que a menina voltasse a respirar, mas por algum motivo isso não ocorreu. A menina continuava morta.

Ela chorou e não entendia o porque de não ter dado certo. Enquanto chorava por algum motivo se lembrou de quando era criança e soube qual tinha que ser o nome de sua pequena bebê. A menina precisava de um nome. Não seria justo com a pequena a enterra sem nome.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não percam o capítulo que vem que vai mostrar como a Cersei fugiu e qual será o nome da pobre bebê que morreu. Aguardo vocês. Abraços. Obrigado a todos que leram.