O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 18
Definitivamente tudo


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Primeiramente queria agradecer a todos os meus leitores. Tanto os que comentam como os que não comentam, sei que tenho muitos leitores fantasmas. Queria pedir para esses leitores, se quiserem, comentarem. Seus comentários são muito importantes, mas mesmo sem comentários vocês moram no meu coração. Espero que gostem do capítulo. Boa leitura. Abraços



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Melisandre

Naquela noite como em todas as outras Melisandre acendeu uma fogueira para agradecer ao seu deus por um novo dia e para pedir para que a sua luz iluminasse seu caminho até Jon. Ela também acendia as fogueiras para que elas mostrassem o que ocorria com Jon. Através dessas fogueiras ela viu as vitórias de Jon e viu para onde ele estava indo.

–Vamos para as Gêmeas. A Graça Real está se dirigindo para lá.

–A senhora tem certeza?- perguntou um de seus guardas

–Absoluta. As chamas não mentem.

Eles pegaram o caminho mais longo, pois ela planejava chegar nas Gêmeas apenas depois de a batalha interna entre os Freys ter acabado.

Durante o longo e solitário percurso ela pensava no bebê que carregava, as chamas estavam meio confusas em relação ao bebê, pois tinham vezes que mostravam os olhos de um jeito e outras mostravam de um forma totalmente diferente e outras, mas estranhas, mostravam a bebê de forma espelhada. Ela sabia que as chamas as vezes eram confusas.

Ela também pensava nas pessoas que ficaram em Winterfell, mas pensava principalmente em Arya. Pelo que ela viu nas chamas a menina havia conseguido realizar parte de sua vingança contra as pessoas que haviam destruído sua família. Jon nunca saberia como a sua irmã havia sido útil para a sua vitória sobre os Freys.

Na noite seguinte, ao acender a fogueira, depois das orações Melisandre viu algo que lhe chamou a atenção. Ela viu novamente aquele dragão de pano. O mesmo que havia mandado aquela carta para Jon há um tempo . As chamas mostravam esse dragão de pano cercando a fortaleza vermelha à frente de um povo exultante. Esse povo até o ajudou a arrombar as portas e a invadir. Essa visão a deixou com uma sensação estranha e por algum motivo ela passou a mão em sua barriga, mas não de uma forma muito carinhosa.

Ela tinha que falar com Jon o mais rápido possível. Ainda tinham muitas lutas para vencer antes da verdadeira paz chegar.

Arya

Arya tinha que enterrar a sua face de Alyce, pois se a usasse poderia ser reconhecida. Mesmo se o reconhecimento não ocorresse ela lembra de uma das lições que ela aprendeu na casa de preto e branco. A lição dizia que as faces usadas para determinados fins teriam que ser destruídas ou ocultadas logo depois. Para que as conseqüências das ações também fossem ocultadas.

Ela sentiria falta de Alyce. Foi através desse nome e dessa face que ela conseguiu a sua vingança contra os Freys. Depois de ver o velho Walder Frey morto aos seus pés teve a sensação que sua mãe e seu irmão Robb receberam justiça. Que o velho finalmente havia pagado pelas mortes e pelo terrível casamento vermelho.

Arya sabia que se ela matasse o senhor Frey os seus muitos filhos e netos brigariam pelo controle das Gêmeas e acabariam matando uns aos outros. Isso apenas iria facilitar as vitórias de seu irmão.

Seu plano inicial era matar os chefes dos exércitos por isso se disfarçou e se misturou no meio das seguidoras de acampamento, mas quando as tropas começaram a recuar para suas terras, ela viu a oportunidade perfeita para matar logo o Senhor Frey e deixar os outros se matarem.

Depois de matá-lo, ela ainda teve tempo para se livrar da face e de colocar outra antes das pessoas repararem a morte.

Ela viu com meio sorriso o caos se instalar logo pela manhã. Viu irmão lutando contra irmão, viu troca de acusações e muitos gritos. As mulheres e crianças ou se escondiam ou fugiam. No meio de toda essa confusão um grito pedindo ajuda lhe chamou a atenção. Quando ela olhou na direção do grito viu uma mulher em estado avançado de gravidez. Essa mulher aparentava ser bem jovem e estava com manchas de sangue e de algo molhado no vestido.

No meio de toda guerra ninguém parecia disposto a ajudar a não ser uma mulher já idosa, que parecia ser somente uma serva. Ela gritou mais alto e algumas pessoas que estavam escondidas se aproximaram. Uma dessas gritou pelo meistre e outra por parteiras.

–O meistre está morto!- foi a resposta que veio- E não há parteiras. Uma de vocês faça o parto.

Arya sentiu pena da mulher. Ela ia ter o filho em uma péssima hora e sem qualquer ajuda adequada. Ela se meteu no quarto junto com as mulheres que acompanhavam a jovem. Ninguém parecia se incomodar com ela ou reparar que ela estava com a Agulha na bainha. Uma mulher até julgou que ela era a filha bastarda de um dos muitos que brigavam pelo poder.

O parto demorou horas, assim como a briga do lado de fora. Quando a bebê finalmente nasceu a jovem mãe estava muito fraca e mal teve forças de a pegar. Quando questionaram sobre como seria o nome da criança, a jovem disse:

–Será Bassie. Era o nome de minha...- a jovem não conseguiu terminar a frase, pois logo desmaiou.Logo que a moça desmaiou, Arya pensou que ela havia morrido, mas depois viu que ela ainda estava respirando. Arya se sentiu aliviada, pois se a jovem mãe morresse iria se sentir um pouco culpada.

Ficou um clima de silêncio no quarto. Somente o barulho do lado de fora era ouvido.

–Essa menina nunca vai assumir as Gêmeas. É a última filha.- comentou uma menina que Arya certa vez ouviu chamarem de Sarra.

–Ela tem tantas chances quanto você. Ou seja, nenhuma. – outra voz respondeu

Depois disso as mulheres começaram a conversar. A questionar o que aconteceria quando tivesse um ganhador.

–É obvio. Ele deixará ficarem somente os seus irmãos e primos e mandará embora o resto.- respondeu um mulher com mais idade.

As mulheres ainda estavam falando quando alguém arrombou a porta e disse para elas se apresentarem diante do novo Senhor. O clima no quarto era de tensão, pois ninguém sabia quem era o novo senhor e o que estava reservado para elas. Todas saíram menos Arya, que ficou acompanhando a jovem que se chamava Joyeuse e seu bebê.

Durante a noite, servas entraram com uma banheira e ajudaram a jovem Joyeuse a se banhar. As servas também trouxeram frutas e leite para o jantar delas. Antes de saírem ainda falaram:

–O rei está chegando. Estejam na sala principal quando isso ocorrer.

–Que rei?

–O rei Jon no Norte. O novo senhor das Gêmeas pretende fazer uma aliança com ele e lhe oferecer justiça pelo que ocorreu com seu irmão no casamento vermelho.

Ao ouvir que o irmão estava chegando Arya sentiu um arrepio. E uma certeza invadiu sua mente, não poderia ficar lá. Mesmo tendo a certeza que não seria reconhecida pelo irmão. A jovem Joyeuse pareceu notar a confusão de Arya e disse que ela também estava nervosa.

Durante a madrugada, quando todos dormiam, ela trocou a face e colocou uma nova. Iria aproveitar para sair do quarto durante a escuridão.

–Você vai embora? – perguntou a jovem para Arya quando viu ela se retirando cuidadosamente– Se vai embora nos leve com você. Não importa o que ocorra nunca terá lugar para nós aqui. Nunca houve.

–Não posso...

–Se você não nos levar irei gritar e todos vão acordar. O clima já está bastante ruim para todas nós.- disse ela ligando uma vela. Quando fez isso Arya pensou que ela fosse gritar. Claramente a moça havia reparado que seu rosto mudou.

–Que- quem é você?- disse Joyeuse abraçando forte sua filha bebê

–Ninguém.- disse Arya com firmeza na voz pegando em sua espada por baixo da roupa. – Você vem ou não?

Quando elas atravessaram para o outro lado, ajudadas por um guarda que ainda comentou que elas não eram as primeiras a fazer isso, só que elas tinham que ser rápidas pois se fossem pegas ele não as protegeria.

Alguns passos adiante, a jovem comentou:

–Para onde vamos?

–Para Porto Real.

Joyeuse a olhou com medo e por um minuto Arya pensou que ela fosse desistir. Mas ela não desistiu. Elas continuaram por um tempo, até que a moça se sentiu fraca demais e elas tiveram que parar. Arya sabia que não devia ter deixado ela a acompanhar com o bebê. Uma hora algo iria dá errado sem falar que ela iria mais rápido sem ela

No segundo dia de pausa, na cabana abandonada em que estavam, Arya ouviu um barulho vindo das árvores,a moça pareceu nem notar. Estava dormindo com a filha perto. Arya saiu na ponta dos pés e ficou na posição defensiva, pronta para atacar, porém sorriu de alegria ao ver que era sua loba Nymeria. A loba correu para ela e ela para loba. As duas se abraçaram e naquele momento Arya se sentiu um pouco mais completa.

Melisandre

Eles estavam a três dias de marcha das Gêmeas quando as chamas lhe mostraram algo realmente interessante. As chamas lhe mostraram Arya em uma cabana abandonada. A menina não estava sozinha, as chamas mostraram uma loba, um bebê e outra pessoa junto com ela. Melisandre ficou se perguntando quem seriam aquelas pessoas e porque Arya estaria naquela cabana. Talvez Arya precisasse dela, por isso resolveu procurar por aquela cabana. Ela não ficava muito longe dali.

–Estamos pertos. - disse Tormund há dois dias de marchas das Gêmeas, quando passou a cavalgar do lado dela. – Eu concordei em lhe acompanhar porque quero ver a cara do Jon quando ele ver a senhora chegando.

Melisandre riu e ia dizer alguma coisa, mas foi interrompida por um de seus outros guardas que falaram terem encontrado a tal cabana que ela falou.

Melisandre desceu do cavalo. Sua barriga estava um pouco maior, mas ainda não a incomodava. Ela se aproximou com cuidado e quando chegou na porta chamou baixo para os guardas não ouvirem:

–Arya?

Margaery

Depois da armação de Cersei para cima dela, Margaery aprendeu a ser mais esperta e a ter seus contatos certos. Um dos contatos mais importantes foi Nymeria, ou como era mais conhecida Senhora Nym. Mesmo sabendo que existia certa rivalidade entre sua casa e a do pai da Senhora Nym, Margaery se aproximou da moça. Foi a melhor decisão que tomou, pois foi através dela que soube que por baixo dos panos Dorne estava apoiando Aegon.

Quando soube disso soube que chegaria uma hora que teria que escolher continuar sendo rainha de Tommen ou continuar viva. Margaery até gostava de Tommen, mas se para continuar viva e em boa posição fosse necessário o machucar ela faria isso sem pensar duas vezes.

No segundo dia de cerco ela teve que tomar a sua decisão. Quando viu que o reinado de Tommen estava preste a cair. Ela estava do lado dele, o observando, do lado de Senhora Nym. O menino estava brincando com seus gatinhos. Quando o povo e o exercito de Aegon começaram a invadir a fortaleza vermelha, Tommen ergueu a cabeça de seus gatinhos e olhou assustado para elas. Os membros da guarda real do rei começaram a os cercar, três na verdade, o resto havia fugido e tentaram os conduzir para um local seguro. Tommen ia carregando os seus gatinhos.

Uma flecha acertou um dos guardas no pescoço. O seu sangue espirrou neles. Margaery e Tommen gritaram, Senhora Nym parecia estranhamente calma. Como se esperasse por isso.

O guarda que restava quando viu o companheiro cair, em um instinto tentou o socorrer e também foi acertado. O que restou, que era Sor Loras, irmão de Margaery correu com eles para um quarto e trancou a porta. Quando estavam somente eles, Senhora Nym tirou uma lâmina de dentro do corpete do vestido. Sor Loras colocou a mão na espada, de forma defensiva sem que Tommen notasse.

Margaery pegou no braço do irmão, e sussurrou em seu ouvido:

–Não faça isso meu irmão.

–Ficou louca? Ele é o nosso rei. Temos que o proteger.

–É a nossa vida ou a dele. O destino de nossa família depende do que ocorrer nesse quarto. Tudo que construímos pode se perder se ficamos do lado errado. Essa guerra está ganha pelo outro lado.

Sor Loras tirou a mão de espada e fechou os olhos longamente. Quando os abriu saiu com ela do quarto, deixando o rei sozinho. Quando eles estavam saindo ouviram Tommen chamar por eles.

Com cuidado, saíram e entraram no quarto ao lado. Entrando no quarto Margaery fechou os olhos tentando se afastar do que ocorria do lado de fora e no quarto ao lado. Ela também pensava na história que contaria diante do povo e do novo rei quando o conflito finalmente terminasse. Ela somente abriu os olhos quando teve certeza que tudo havia terminado. Definitivamente tudo, incluindo o reino de Tommen.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comente? Obrigado por lerem. Abraços. Até o próximo. Espero que continuem acompanhando e me desculpem por qualquer erro de português ou durante o texto.



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