A Loba e o Dragão escrita por Neko


Capítulo 6
A Loba e o Dragão


Notas iniciais do capítulo

Mais um >< Acho que já disse que nao gosto de escrever em negrito frases inteiras. Mas é só pra saber que é mensagem de texto. Digam o que acham,se tiver facil de entender,eu tiro ;)



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Narradora Lucy Hearthfilia

Quinta-feira depois do serviço. Eu sai com Loke... Como sempre, ele falou do meu trabalho, que era uma coisa que ele nunca gostou. Por causa da roupa, o pessoal que freqüentava etc... Ficamos dando umas voltas pelo shopping, ele queria comprar uma camisa pra usar num casamento da prima dele Áries, é esse é o nome dela mesmo.

–Você vai comigo?

–O que?

–Pro casamento Lucy.

–Ah... Que dia mesmo?

–Uns dias depois do seu aniversário.

Eu nem sabia se estaríamos juntos até lá. Mas disse que sim.

Eu gostava da Áries, ela era uma garota super legal. Ela mesma me avisou pra não ficar com Loke, o que foi bem estranho...

–Eu vou sim. Áries ia ficar triste se eu não fosse...

–É, ela gosta muito de você.

Mais tarde por coincidência ela me ligou e eu confirmei que iria. Agora precisava de um vestido também.

Avisei Loke que na sexta ia sair pra comprar um vestido.

–Hm.

–Hm o que Loke?

–Vai comprar nada curto não hein Lucy.

–Vou comprar um vestido e pronto.

–Tá toda rebelde...

Bufei e fingi que não escutei.

Enfim sábado.

Graças a Deus. Mira não precisou de mim e eu dormi até três horas.

Levy já tinha levantado e feito almoço.

Acordei 3:20 com o cheiro de frango frito invadindo meu nariz,e com meu celular tocando “Save Yourself”

Era Natsu.

Ele tinha me mostrado aquela musica então coloquei o toque dele.

–Oi... – disse meio sonolenta

–Acordaaaaaaaaaa! – ele e Gajeel berraram do outro lado e continuaram gritando.

–Puta merda. – tirei o celular do ouvido com aquele zumbido entrando no meu tímpano e apertei o “viva voz”.

–Oia Lucy você não é de falar palavrão... – ele me corrigiu - Falando em palavrão, você nem me disse do que xingou a Lisanna.

–Vagabunda... Mandei ela se foder. – disse ainda com sono.

Ouvia risada alta do Gajeel do outro lado e um “apoiada”. E ri também me acordando. Eu falo muita bobagem quando estou com sono, então tratei de tentar acordar pra não falar mais nada.

–Caramba. – Natsu tentou segurar uma risada, Gajeel ria ainda mais. – Que mais?

–Nada... Ah,ela disse que você era muito bom.

–Que o que?!!

Puta merda!

Levy apareceu correndo no quarto com uma colher na mão, tomando o celular de mim enquanto eu continuava falando nada com nada.

–Oi gente, então a Lucy está com sono, sabem que ela só fala bobagem. – ouvi ela dizer

–Coloca ela no telefone Levy – ouvi Gajeel gritar – Vamos ouvir umas verdades He-he.

–Ela disse o que?!! – Natsu perguntou de novo.

–Isso foi uma risada Gajeel? – Levy gargalhou - Espera ai, ligo depois. – a ouvi desligar

Senti uma almofada pesada cair em mim e gemi de preguiça. Depois um chinelo atingiu minha coxa com força, ai eu gritei.

–Levy... – resmunguei – Não me bate.

–Levanta anda! – ela tirou o cobertor de mim – Já são três da tarde, você falou o que não devia pro Natsu sabia? – ela sentou em cima do meu quadril – Lucy!

–Estou acordada. – então me sentei com ela no meu colo e cocei os olhos.

Agora eu estava mesmo.

–Natsu vai ligar ou vir aqui, então desperta.

Ela voltou pra cozinha e eu tirei o moletom ficando só de calcinha até que o telefone ligou de novo.

–Lucy? – Natsu chamou

–Oi, foi mal estava com sono. – eu me cobri com o moletom

–Ah... Bem, é que eu vou ao estúdio de tatuagem-

–O que?! - gritei

–Tatuagem.

–Ta maluco!

–Estou, na verdade estamos. Gajeel vai fazer uma também. Ia pedir se você e Levy podem ir conosco, não vou conseguir dirigir depois porque vou me embebedar pra fazer, e Gajeel não vai conseguir mexer o braço...

–Eu vou é matar você Natsu Dragnell Fernandez. – dei uma ênfase no nome dele

–Não diz Dragnell desse jeito não... – ele fez uma voz maliciosa

–Vai se ferrar! – eu ri alto – Olha... Espera. Levy! – gritei, ela surgiu na porta provando alguma coisa na palma da mão – Está a fim de fazer uma tatuagem?

Assim que sai de casa junto com Levy pra portaria, mandei uma mensagem pra Loke.

Vou fazer uma tatuagem ^^

Está louca?!

Aham! (:

Lucy, você está de brincadeira? Nem em pensamento eu vou deixar você fazer uma tatuagem! ¬¬

Não precisa deixar.

(Y) Tô falando que você está rebelde... Sério, vai mesmo fazer isso?Mesmo sem eu deixar.

Vou (:

Que merda você vai fazer e aonde?

Não sei e não sei. Falo depois.

Guardei o celular rindo de orelha a orelha.

–Loke vai te matar. – Levy afirmou rindo

–Eu sei.

–A gente é meio doida, eu nunca nem pensei em fazer uma tatuagem...

–Eu já. – sorri saindo do elevador

–Está adorando essa idéia não? - Levy sorriu pra mim cruzando os braços.

–Sinceramente... Estou e muito.

Eu estava mesmo.

Era como se sei lá. Fosse uma coisa proibida a se fazer. Era por mim não pelo Loke. Não era pra irritar ele, era por mim mesma. Eu sempre tivera vontade, e não coragem,agora ela tinha chegado. E... Eu tinha que admitir que coisas proibidas eram legais as vezes...

Os dois estavam dentro do carro do pai de Natsu nos esperando, Natsu segurava uma caixa de cerveja.

–Você odeia cerveja.

–Eu sei é pra não sentir dor.

Fomos até o tal estúdio de tatuagem.

Uma moça com cabelos pretos cumpridos, com uma tatuagem do que parecia uma fada na barriga nos atendeu.

–Eai gente! – ela sorriu e disse pra gente se sentar – Sou Cana. Quem vai fazer a tatuagem?

–Todos nós! –Gajeel disse todo animado

–Eu estou pensando ainda, calma, calma. – Levy estava toda nervosa só de pensar na tatuagem.

–Ok. Então, primeiro vocês dois.

Os dois entram numa outra sala, e eu e Levy ficamos paradas na porta.

–Parece um centro médico. – Levy disse – Não vou fazer isso não.

–Tudo bem Levy não precisa. – eu ri

Um homem de mascara e luvas aparece uma sala, arrumando as agulhas e o que pareciam tintas em cima de uma mesa.

– Eai, vão fazer o que rapazes?

Eu me abanei de brincadeira e Levy fingiu um calor percorrer pelo corpo dela. Natsu e Gajeel fecharam a cara pra nós duas.

Ele devia ter a mesma idade do Jellal, e era muito... Muito gato. Mesmo. Cara, que homem lindo era aquele? Ele era ruivo barbudo e alto. Estava de regata preta, tinha uma grande tatuagem no braço esquerdo.

–E, pai nem se apresenta pras garotas... – ouvimos Cana dizer. Eu fiquei vermelha na hora, e Levy virou o rosto.

–Opa. Desculpe meninas. – ele estendeu a mão pra mim e apertou de leve, depois a de Levy e deu um beijo nas costas da mão dela. Eu tampei a boca pra não rir da cara que o Gajeel fez, e nem da cara da Levy que virara quase um pimentão de tanta vergonha – Sou Gildarts.

–Levy... – ela sussurrou

–Seu nome é lindo Levy. – ele piscou e entrou na sala.

–E você é lindo também... – ela sussurrou, mas ele não ouvira. Eu gargalhei, e dei uma encostadinha no braço dela.

–Ele gostou de você...

–Ai minha nossa. – ela massageou as bochechas – Vou fazer uma tatuagem também depois dessa.

Eu ri mais ainda.

Nós começamos a olhar um caderno de desenhos que Cana nos entregara. Tinha tantos desenhos! A única coisa que eu pensava em fazer era um lobo. Eu adorava lobos! Mesmo. E dragões, mas não iria tatuar um dragão. Escolhi uma tatuagem de um lobo com as patas foras do chão como se fosse uivar.

–Bela escolha. – Cana elogiou – Mas essa tatuagem é meio que... Pra um lugar só sabe? Ela fica boa no braço... Ou no quadril sabe aqui perto da lombar. Mas você escolhe. É sugestão apenas.

–Hmmm disse pra Levy – O que acha?

–Quadril, faça,vai ficar super sexy. – eu ri – Sério, Lucy.

–Em você ficaria linda. – Cana piscou pra mim.

–Hmmm – fiquei me imaginando naquela tatuagem.

Quando eu e Levy voltamos pra perto da salinha tocava Slipknot bem baixinho e Gajeel não conseguia se conter batendo os pés,seguindo a bateria. Eu escutava pouquíssimas vezes, gostava muito, mesmo não sendo a minha cara. Guardava-a pro meus dias de fossa e raiva.

Natsu estava totalmente bêbado. O que me fez ri muito. Gajeel estava agüentando numa boa, sem beber.

–Cara isso dói muito. – ele dizia enquanto Gildarts arranhava a pela dele com a agulha. – Sério... – Levy foi pro lado dele fazendo carinho no seu cabelo.

–Natsu...? – me aproximei dele. Ele estava sentado esperando a vez dele com uma latinha na mão. Já tinham ido cinco...? – Tudo bem? - ri ajeitando o cabelo dele.

–Vai doer Luce...

Ai minha nossa.

Pode parecer estranho, mas aquele Luce ficou mais bonito com ele bêbado.

–Eu sei, mas você disse que vai fazer então vamos fazer.

–Você vai fazer uma tatuagem...?

–Vou.

–Nossa você nem bebeu. Como vai agüentar a dor?

–Eu sou forte.

–Está me dizendo que eu sou fraco?

–Não, não... – comecei falar quando ele me interrompeu

–Eu não sou fraco ta? Vou parar de beber você vai ver. Não vai doer.

Eu gargalhei.

–Ok Natsu... Deita aqui vai. – peguei ele e coloquei a cabeça dele no meu colo tirando a lata da mão dele. Eu não gostava de ver ele ruim assim.

–Seu colo é gostoso Luce... – ri de novo

–Você não está bem... Acho que bebeu demais. Pelo menos ele escolheu a tatuagem? – perguntei ao Gildarts

–Escolheu sim. – ele riu – Não vou zuar o garoto, prometo. – ele piscou

Eu achava que Natsu tinha dormido porque ele ficou quieto por uns dez minutos. Até que eu olhei pra ele de novo. Ele estava me olhando com uma cara e depois virou pro lado.

–Que foi? – perguntei

–Você é linda sabia?

–De verdade você está bem bêbado.

–É serio Luce... – ele estava mesmo sério, então sorri de leve e agradeci. Ele se levantou se sentando do meu lado. – O que você vai tatuar?

–Um lobo. – sorri e me levantei – Bem aqui. – apontei com o dedo pra ele onde costuma ficar o lado da calcinha da gente.

–Loke não vai gostar não...

–É, eu sei. – dei de ombros enquanto ele continuava a frase

– ... Vai ficar muito gostosa ele vai ficar com ciúmes. – gargalhei.

–Natsu... – ri de novo lhe acertando um peteleco na orelha – Deixa disso!

–Mas é serio Luce... Você já é... – ele ficou pensando como se tentasse achar uma palavra,mas desistiu - Vai ficar sexy... Faça sim. – ele sorriu – Perguntou pra ele o que ele acha?

–Ele não gostou, mas eu sempre quis fazer então. – dei de ombros

Natsu encostou a cabeça nas costas da cadeira. Então eu me sentei ao lado dele, realmente ele não estava bem.

Peguei o celular e comecei a mandar uma mensagem pro Loke.

–Pronto! – ouvi Gildarts falar pra Gajeel – Só mais duas seções e acaba.

Gajeel tinha feito um dragão adormecido no braço direito, ele começava no ombro e acabava na metade do braço. Tinha ficado muito bom mesmo. Ainda estava sem cor e mesmo assim.

Natsu também ia fazer um dragão com cor diferente. Um vermelho descendo pelo lado esquerdo das costas.

–Vem rapaz, tire a camisa.

Natsu se desencostou da cadeira. Eu larguei o celular pra ajudar ele a se levantar.

–Tira pra mim Luce...

Eu arregalei os olhos.

Fiquei parada na frente dele piscando até que voltei ao “mundo real”. Ele estava com os braços levantados, então puxei a camisa e tirei devagarzinho porque ele estava um pouco tonto.

Senti meu rosto esquentar de vergonha e ao mesmo tempo um arrepio estranho passou pela minha coluna. Natsu era estonteante, eu não o vira sem camisa desde que ele viajara. E agora... Era meio era natural, as costas eram largas, e os braços fortes, abdômen não tão definido e era bonito do mesmo jeito...

Eu tinha de resistir a tentação de não olhar mas...

Olhei pra baixo discretamente, ele tinha aquelas entradinhas perto da calça...

–Vai me deixar sem graça me avaliando assim... – o ouvi dizer e me assustei pulando pra trás

–Ué, na-na- não sei do que você está falando. – gaguejei. Peguei a camisa e deixei em cima do banco onde estávamos sentados.

Enquanto Gildarts começava a fazer a dele. Cana se ofereceu pra desenhar a minha pra ver como ficaria. No outro canto da sala abaixei um pouco da calça enquanto ela desenhava.

Eu não conseguia parar de pensar no corpo do Natsu. Ele automaticamente se desenhava na minha frente. Balancei a cabeça umas três vezes pra tentar não pensar naquilo.

Enquanto Cana desenhava, eu mandei pro Loke:

Lobo, quadril. (:

Tá de sacanagem? Vou ir agora arrancar você daí de dentro.

Onde você está?

Quer vir vem.

Estúdio Fairy Dragon, virando a esquina da faculdade.

Já vou ter feito quando você chegar.

Não acredito nisso...

Vem ver então ((:

Dito e feito.

Eu levantei da maca com uma dor terrível. Gente realmente, isso dói. Cana fez a minha porque Gildarts iria demorar na do Natsu. Ficara perfeita! Eu estava mais do que realizada.

–Só precisa pintar Lucy, vem na próxima seção dos meninos que meu pai pinta.

Gildarts piscou pra mim, e eu fiquei um pimentão de tão vermelha.

Levy acabou fazendo uma coisa pequenina. Na parte debaixo da barriga igual ao da Cana. Parecia uma pulseira, era um cordão que dava a volta no quadril dela e acabava no meio das costas, das fases da Lua. Ficara muito bonito.

Sai da sala com a mão na tatuagem segurando o adesivo.

Cara aquilo doía!!

Natsu se levantou da maca e eu ri tendo que ajudá-lo a ficar de pé. Joguei a camiseta nas costas dele porque ele nem conseguia se vestir. Gajeel estava emburrado no sofá, porque Gildarts conversava com Levy sobre alguma coisa.

Nós pagamos e fomos pro carro que estava estacionado na outra esquina. Ele se apoiava no meu ombro falando alguma coisa que eu não entendi.

Um carro parou do outro lado da rua do nosso quando finalmente consegui fazer Natsu sentar no banco de trás junto com Levy e Gajeel na frente. Ele era alto demais pra eu conseguir enxergar o retrovisor.

Eu conhecia aquele carro. Era Loke.

Fechei as portas e fui até ele. Loke parecia nervoso, mas não nervoso comigo sabe?Comigo também. Mas ele olhava pros lados como se tivesse se escondendo de alguém. Quis que eu fosse até onde ele estava, então fui.

–Onde está indo? – ele quis saber logo

–Vou levar Natsu e Gajeel, eles não conseguem dirigir por causa da tatuagem, na verdade Natsu está meio bêbado...

–Você não fez né?

–Lógico que fiz. – disse naturalmente apontando até o adesivo aparecendo de leve - Mostro depois, pode esperar eu levá-los?

–Nem ferrando. - eu revirei os olhos – Porque Levy não leva?

–Ela não dirige. É rápido, eu só – parei quando escutei a porta do carro abrir. Natsu saia dela todo tonto e sem camisa.

Não aquilo não podia piorar.

–Pra dentro. – falei como se disse a uma criança

–Ele está passando mal Lucy. – Gajeel disse rindo com Levy dentro do carro

– Ele nunca foi fraco pra bebida. – disse

–Mas cerveja é diferente, e estava quente, acho que ele está realmente mal é do estômago.

–Luce... – Natsu disse com a cabeça entre os joelhos – Quem é esse cara...?

–Porque ele te chama assim? – ouvi Loke falar

–Ah vocês dois. – bati o pé – Natsu esse é o Loke, não era pra vocês se conhecerem nessa situação... – falei mais pra mim mesma do que pra eles - Fica ai sentado enquanto eu falo com ele ta?Já levo você.

Eu me levantei e ele ficou no meio fio com a cabeça entre os joelhos.

–Loke, eu vou só levar ele e já volto ta? Pode me esperar na portaria?

–Espero mais a gente vai conversar hein?

–Aaaah ta bom, ta bom. – falei lhe dando um selinho e me virei pra entrar no carro. – Entra ai Natsu.

–Ai ta calor... Tira essa camisa de mim Luce...

–Você já está sem camisa, agora anda. – eu ri ajudando ele a se levantar.

–Quer que a gente tire sua calça Natsu? – brincou Levy colocando a cabeça dele no seu colo

–Calada! Sorte sua Loke já ter entrado no carro. – briguei

–Foi mal...

–Pode tirar... Eu to mesmo morrendo de calor... – ele falou mexendo no cinto e Gajeel fingiu estar com os olhos queimando e Levy gargalhou desviando o olhar.

–Não!Não! –tentei brigar sem ri, mas estava difícil – Para com isso e fique vestido.

Pra alegria de Gajeel, ele ficou vestido e acabou pegando no sono. Levei ele o mais rápido que pode. Quando chegamos vestimos Natsu e toquei a campainha esperando Jellal vir ajudar a carregá-lo.

Gajeel saiu com ele no braço “bom” dele.

–A chave do portão está no bolso dele Lucy, deixa o carro ai que a gente estaciona depois.

–Não vou mexer no bolso dele! – lutei

–Anda logo Lucy deixa de bobagem.

Fechei os olhos e tateei os dois bolsos de trás do Natsu. Nada.

Os dois da frente. Estava no esquerdo. Coloquei a mão logo e puxei a chave.

–Isso é assédio... – ele reclamou

–Xiu.

Abri o portão, e Jellal saiu pela porta.

–Que merda Natsu, estou esperando o carro faz o dia todo! – gritou ele. Eu e Gajeel nos encolhemos por Jellal bravo – Que merda aconteceu?Você bebeu em plena luz do dia?

–Ele está ruim do estômago... – falei tão baixo que Jellal gritou um “O que?!” pra mim e eu repeti.

–Ruim porque bebeu não é?!

–É por causa da tatuagem. – disse Gajeel – Nós não saímos-

–Tatuagem?!

Eita.

Levy estava assistindo tudo de dentro do carro abraçado nos joelhos e falando “Fodeo” pra mim.

–Eu ia contar... – Natsu falou

–Que porra Natsu! Entra agora!

–Ai pai...

–Vai!

Gajeel o levou até a porta e o deitou no sofá. Eu comecei a tentar falar com Jellal que andava de um lado pro outro.

–O problema não é a tatuagem, eu estou o dia todo esperando o carro pra ir buscar minha papelada que eu esqueci no escritório, e ele não chegava, mais um pouco e o escritório vai fechar. Cadê a chave Lucy?

–Está aqui. – estendi na frente dele e ele pegou bufando.

– Desculpa se fui grosso com você. – ele me puxou num abraço

–Não foi não...

–Eu falo com você quando eu chegar. – ele apontou pro Natsu no sofá saindo da casa, que fez que sim com a cabeça pedindo pro Gajeel ajudar a tirar a camisa.

–Eu vá vou... – me abaixei na frente dele.

–Obrigado Luce...

Eu sorri e beijei sua testa, e depois o rosto de Gajeel.

Levy esperava na calçada e nós voltamos a pé mesmo meu quadril não agüentando nem um passo a mais. Na portaria Loke estava parado encostado no carro e nós entramos. Subimos os três em silêncio no elevador. Levy foi logo se deitar no sofá reclamando da dor... Eu também queria, mas tinha que conversar com Loke. Entrei no quarto e ele também e sentou na minha cama. Olhando o mural das fotos.

– Seu quarto está diferente... Você não dormia naquele canto?

–Levy parou de dormir na janela depois que uma barata entrou por ela. – eu ri

–Pelo jeito entraram mais uma dez fotos no mural...

–Eu achei de nós pequenos. – ele ficou em silêncio – Pode começar a brigar. – cruzei os braços.

–Porque fez a tatuagem mesmo depois de eu ter dito não?

–Porque eu quis... Eu sempre quis uma tatuagem, mesmo você não gostando... Mesmo meus pais não gostando, eu fiz.

Quase acrescentei “o corpo é meu”, mas ele ia surtar.

–Você sempre faz tudo que eu não gosto...

–Sempre é exagero. Não acha que eu já fiz demais por você e nada por mim Loke?

–Você fala como se fosse um fardo pra você fazer o que eu quero.

–Às vezes é. Por sua causa eu não saia com meus amigos há tempos-

–E agora sai demais. – ele me interrompeu

–Demais?!

–Sim quase todo o fim de semana.

Aquilo era verdade, eu saia mesmo. Mas era porque eu não era obrigada a ficar em casa brigada com Loke enquanto ele se divertia.

–Eu tenho que ficar em casa enquanto você sai é isso? - ele deu de ombros, e eu ri – Você é muito machista.

Machista?!

–Machista sim! Olha aqui, eu só faço o que você quer, você pede pra eu não sair, eu não saio, eu uso as roupas e as maquiagens que você quer. Mas se eu pedir pra você ficar em casa, você não fica. Só que agora minha paciência estourou!

–Estourou porque o Natsu voltou!

–Estourou porque você piora cada vez mais! – ele bufou – Só pra visar Loke, eu vou usar o que eu quiser, e vou continuar saindo se eu quiser também, e o corpo é meu, se eu cobrir ele de tatuagem, é meu ok? E vê se para de por a culpa no Natsu em tudo porque quem é culpado de todas as nossas brigas é você. Nunca é ele, nem a Levy. – ele ficou mudou e eu respirei fundo – Loke vamos dar um tempo.

–Que?! De novo essa história?!

–Lógico você nunca muda!

–Não. – ele se levantou

–Olha aqui, eu estou tentando levar numa boa ta? – minha voz começou a ficar de choro de tanta raiva – Eu estou pedindo um tempo pra mim, se você não o quer eu me dou sozinha.

–Eu vou pra casa. – ele se levantou

–Vai mesmo. Foge como sempre.

–Fugir?! – ele deu meia volta

–Fugir das brigas porque você sabe que eu vou terminar uma hora. – ele me puxou pelo braço.

–Ah vai?

–Me solta Loke...

–Ou ou vocês dois. – Levy se levantou do sofá – Vamos nos acalmar. – ela entrou no meio de nós, baixinha daquele jeito.

Loke me soltou e saiu batendo a porta. Eu bati os pés feito criança e voltei pro quarto me jogando na cama.

–Vocês dois não dão mais certo Lucy... É sério.

–Eu sei Levy.

Meu celular vibrou de mensagem minutos depois.

Era Natsu.

Meu pai ta bravo :c

Ele fica de boa depois.

É, acho que já está ficando. Ele disse que ficou muito dahora a tatuagem o

Eu nem tive tempo de ver direito :s

Nem eu a sua...

Empurrei o celular contra o peito. Sem graça. Depois li de novo.

É. (: Temos que comprar a pomada.

Meu pai comprou duas, disse pra eu dar uma pra você.

Amanhã você vem aqui cumprir a aposta né? ♥

Eu ri alto.

Vou Natsu... ;)

Ok. Espero você...


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Notas finais do capítulo

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