A Loba e o Dragão escrita por Neko


Capítulo 11
Meu fantasma


Notas iniciais do capítulo

Voltei rs Mas só por hoje gente. Capítulo sem revisar,então desculpe os erros.
Talvez o próximo demore mais também. Acabou o meu "estoque" de capítulo e por enquanto não sei ainda como acabar a fic, mas fiquem tranquilos que deve ter ainda uns... 4 ou 5. Esse foi curtinho,só pra lembrar que eu to aqui,mas espero que gostem ;)



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Nem preciso falar que eu não dormi a noite.

Primeiro, porque eu não conseguia tirar Natsu da cabeça.

Segundo, porque eu não sabia o que falar pra ele.

Terceiro, porque ele ficou conversando comigo por mensagens, mas nós fizemos um trato de não falar disso que não fosse pessoalmente, mesmo assim, só parei de falar com ele lá pelas três quando ele disse que não agüentava mais de sono.

E Quatro... Não tão importante minha dor na costela não me deixou dormir.

Domingo Jellal passou lá no apartamento pra me deixar o remédio pra dor.

Eu tomei e dormi por tudo que eu não dormi na madrugada passada.

–Lucy? – ouvi Levy me chamar pela quarta vez enquanto eu dormia

–Oi...

–Tá viva? Você está dormindo desde as três da tarde.

–Tô...

Eu não fazia idéia que hora que era.

Quando eu acordei realmente, eram dez e meia.

Levy estava no sofá com Gajeel vendo algum filme, então dei um oi pra ele e fui pegar chocolate na cozinha.

–Natsu veio aqui.

–O que?! – falei com a barra na boca

–Eu disse que você estava dormindo.

–Porque não me acordou?

–Eu tentei. – Levy riu – Mas esse remédio dopou você legal.

Fiz um beicinho e peguei o celular.

Acordei agora...

Suspeitei. Melhor da dor?

Um pouquinho...

Fui ai levar seu presente de aniversário. Espero que goste ...

Comecei a olhar pelo quarto e voltei pra sala.

–Levy cadê meu presente?

–Aaaah – Gajeel riu

–Droga, ele contou. Eu ia esconder, melhor eu e o Gajeel ia.

–Me dá!! – cantei

Era uma caixinha quadrada pelo formato eu sabia o que era.

Um porta retrato com duas fotos que pareciam antes e depois. Umas ao nós dois com nove anos no escorredor do parque, e outra também no escorredor meses antes dele embora.

Adorei ♥ De verdade ...

Temos que tirar outra de novo!

Voltei a falar com ele e depois dormir de novo...

A semana na faculdade foi tranqüila. As meninas achavam que eu estava namorando e era a ultima coisa que eu queria agora, Natsu podia entender. Quando eu falasse...

Estava atolada de lições e trabalhos que estava lendo minhas coisas pra casa da Bisca e adiantava o que podia enquanto ela dormia.

As vezes ficava até mais tarde pra pedir ajuda a Bisca, ela também cursava farmácia então o que eu não entendia ela me ajudava,e vice-versa.

Quinta-feira

–Levy? – chamei ela secando os pratos enquanto ela lavava

–Hm?

–O que acha de eu falar com o Loke? – ela me encarou – Civilizadamente sabe? Deixo vocês ficarem olhando...

Ela ficou em silêncio.

–Pra que Lucy? – ela bateu um prato na pia

–Pra... Pra não ter ressentimentos... Sei la...Eu não disse tudo.

–Pra mim você disse, tanto que levou um tapa.

–Eu não vou se você falar que não é pra eu ir... Vou escutar você.

–Sei não... O que quer falar?

–Quero saber por que ele fez isso?Tipo... Me traia,mas não queria ficar sem mim...

–Talvez ele seja psicopata. – eu ri – Olha... Com algumas condições...

–Qualquer uma.

–Eu vou ficar perto de você e vou levar o Gajeel e o Natsu... E se ele fizer alguma coisa eu vou bater nele até doer e em você também.

–Porque em mim?!

–Você disse qualquer uma.

–Ta...

E foi, depois de quase uma hora tentando convencer Natsu a me deixar ir ele cedeu.

–Obrigada... – disse no portão do parque.

–Hm.

Sorri e lhe dei um beijo na bochecha.

Um dia antes liguei pra a casa do Loke. A mãe dele atendeu se desculpando pelo que aconteceu e agradecendo por eu não ter prestado queixa. Quando ela passou pra Loke ele nem acreditava que eu ligaria pra ele, muito menos que fosse pra conversar. Combinamos no parque no outro dia depois do serviço, e eu tive de levar meus três guardas costas comigo como combinado.

Me sentei no banco abraçando as pernas,aquela hora ventava.

Loke apareceu minutos depois. Ele tinha um band-aid igual ao meu no canto da boca e o maxilar estava meio roxo.

–Oi...

–Oi Lucy...

Fiquei quieta do lado dele por uns dez minutos no mínimo... Eu ia começar a falar quando ele falou.

–Eu não pedi desculpas...

–Não quero. Não tem desculpa. – soltei – Chamei você aqui por que... Eu realmente quero saber por que você queria tanto que eu ficasse com você e me traiu. Por quê?

Ele apertou as têmporas e falou olhando pra frente.

–A primeira vez eu fiquei muito bêbado, eu não contei porque você iria terminar e eu não queria. Você era bonita Lucy, você é. Eu queria continuar com você, acho que era por isso que eu tinha ciúmes. Eu gostava de você e achava que o que fiz com a Cana não ia... dar em nada,se eu não contasse. A segunda vez foi... Proposital. Quando eu sai ficaram enchendo a minha cabeça dizendo que você devia estar com o... com ele. -fiquei quieta e só assenti com a cabeça. – Acho que eu tinha medo de ficar sozinho... mas também não queria ficar só com você.

–Legal... – ri – Podia ter dito antes de...de tudo. Por isso não foi até o estúdio aquele dia, sabia que ela trabalhava lá.

–É.

–Entendi...

–Áries perguntou de você ontem. Por coincidência ela estava lá ontem a noite, quando a policia me deixou lá. Ela está triste porque disse... – ele suspirou e tirou um papel do bolso,era dourado com uma fita olhei sem abrir. Era o convite. – No casamento dela teriam os padrinhos e outro casal pra falar sobre os noivos, era pra ser eu e você,por isso queria tanto que você fosse.

–Ela não me disse nada sobre...

–Era pra ser surpresa sabe? Ela não sabe, só o Hibiki,ele perguntou alguém e eu disse você.

–Ah... Diz pra ele que eu vou.

–O que? – ele se assustou

–Eu vou, ele não precisa me escolher, mas eu vou. Ela é minha amiga, não posso fazer isso com ela.

–Bem, você que sabe Lucy. – ele se levantou e eu também. – Eu... Espero que ele seja o que você sempre imaginou. – ele se referia a Natsu, nós dois olhamos pro lado de fora do parque no estacionamento, Gajeel estava sentado no banco do carona com Levy apoiada nele, e Natsu no capo sem tirar os olhos de mim. Eu imaginava que a raiva dele seria tanta que ele teletransportaria até lá antes que Loke tentasse algo.

–Obrigada... Loke.

–Leva ele, ou eles.

– O que? Pra onde?

–O casamento, Áries vai gostar de conhecer ele, e vai gostar de rever Levy.

–Não sei... Se é uma boa.

–Bem, vê ai. Se cuida Lucy. – ele sorriu. Eu sorri também e o abracei, ele devolveu o abraço e depois me soltou.

–Se cuida Loke.

Fiquei olhando ele ir embora. E voltei pro estacionamento comprando um cachorro quente e indo até eles que conversavam sobre alguma coisa e quando eu cheguei parou. Não devia ser nada...

–Eai? – Levy perguntou cortando o silêncio

–De boa. – disse mastigando

–Tô com fome também.

Natsu foi pegar um pra ele e arrastou Gajeel junto e eu me encostei no carro com Levy e peguei o convite.

–Ela quer que a gente vá... – mostrei pra ela que abriu – Que todos nós vamos...

–Sábado agora? – fiz que sim – Se nenhum de nós precisar trabalhar... Eu toparia. Adoro casamentos. – ela sorriu – Olha vai ter baile e tudo!

–Será que eles topam? – gesticulei pros meninos

–Quem sabe.

Pra nossa surpresa os meninos ficaram mais animados que nós pra ir ao casamento.

–Eu não tenho roupa pra isso! – Gajeel reclamou e eu ri

–Nenhum de nós tem. Não, na verdade comprei aquele vestido né Levy.

–Aquele que eu disse que ele ia odiar. – ela fingiu uma risada má e eu também ri. – vai com ele.

–Que vestido? – Natsu perguntou

– Depois mostro.

–Hm.

Depois quando sai do carro ele saiu junto e parou do meu lado.

–Então... Ele ficou de boa?

–Sim... Ainda bem.

–Então... – ele colocou o braço atrás da cabeça – É... Você vai no casamento?

–Vou... Vai comigo né? – ele fez que sim – Então... Você busca a gente.

–Claro...

Levy ainda estava no carro com Gajeel. No mínimo eles achavam que a gente ia se beijar ou qualquer coisa e não queriam atrapalhar. Eu já estava roxa de vergonha que nem conseguia abrir o portão da portaria.

–Então, até sábado. – disse

–Até sábado. – ele sorriu me fazendo automaticamente sorrir também. Me aproximei e fiquei na ponta dos pés e lhe dei um selinho de leve.

–Tchau. – disse ainda na ponta dos pés meu rosto queimando de calor.

–Tchau Luce... – ele me deu um selinho de volta e saiu.

Levy entrou na portaria comigo e quando a porta do elevador fechou, ela gritou um “owwwww” e eu gargalhei.

Sábado

Eram seis horas e eu e Levy ainda estávamos nos aprontando. Eu me maquiava enquanto ela arrumava o cabelo tentando prender ele com uma fita azul que ela tinha.

–Vocês estão demorando... – Natsu cantarolou da sala

–Fica xiu ai! - gritou Levy.

Eu estava toda animada pra ir ao casamento. Levy e eu compramos uma colcha de cama de presente. Na verdade... Com o dinheiro do Jellal, mas era nosso... u quase desanimei quando meu vestido não quis fechar.

–Levy... – chorei me jogando na cama – Eu to gorda.

–Que mané gorda! Sai de cima daí e vê se não esquece o presente.

–Não quer fechaaar... – me levantei indo até a sala segurando o zíper.

Fui até a cozinha onde Natsu estava parei antes de entrar nela. Ele vestia um terno preto com gravata e tudo, e... e estava realmente muito bonito. Pisquei duas vezes antes de voltar ao que eu tinha vindo fazer. Ergui os braços pra ele que ficou me encarando confuso com um copo d’agua na mao.

–Fecha aqui... Eu to gorda... – ele começou a gargalhar alto – Natsu...

–Tá foi mal... – ele tentou parar de rir – Eu não acho... A propósito você ficou linda nele...

– Ah... Obrigada... Mesmo assim eu comprei e agora não quer fechar...

–Sua mão deve está escorregando... – ele me puxou pela cintura e me virou de costas fechando o zíper – viu?

–Ah... – cocei a maçã do rosto – Valeu...

–Vamos logo por favor! – Gajeel reclamava do sofá

Talvez uns vinte minutos depois ou mais nós saímos. Era uma hora até o sítio onde Áries iria se casar.

Fomos as quatro crianças brincando de “O que eu estou vendo?” até chegarmos.

–Eu estou vendo... – era a vez de Natsu – Uma coisa vermelha e gostosa...

Levy caiu na gargalhada e Gajeel fechou a mão na boca pra não rir.

–Eu vou arriscar que é a Luce...

–O que?!!

–Acertou.

Conseguimos chegar a tempo de ver a cerimônia do casamento.

Nos sentamos na terceira fileira das mesas e ficamos ouvindo enquanto o juiz de paz dava inicio a cerimônia.

Do outro lado Loke me jogou um sorrisinho e eu dei oi pra ele de longe. Ele também estava bonito. Olhei de rabo de olho pra Natsu que estava com uma cara feia.

–Que foi? – perguntei pra provocar já que sabia que ele estava com um pontadinha de nada de ciúmes

–Hm.

Comecei a rir bem na hora que Áries estava entrando pela porta e começou a tocar a marcha que por sinal era Thousand Years. Me controlei pra não rir e voltei a atenção pra ela como todos estavam fazendo.

Todos dizem que as noivas são lindas, mas Áries estava mais do que isso,mais do que linda,eu mal sabia descrevê-la. O cabelo dela estava mais rosa do que da ultima vez que eu vira. O vestido dela era realmente impecável, era de alça rendado e... E agora eu e Levy chorávamos igual bobas emocionadas.

Foi uma cerimônia linda, eu achava que não ia chorar, mas na hora dos votos me desmanchei toda de novo e até consegui pegar Natsu secando umas lágrimas também.

Quando acabou eu e Levy fomos nos retocar toda no banheiro e os meninos foram pra dentro do salão escolher mesa pra gente.

Ainda bem que eu fui porque foi extremamente divertido. Não houve nenhum contra tempo com o Loke,felizmente. Natsu e Gajeel até foram com ele na hora de cortar a gravata do noivo enquanto íamos com Aries.

No finalzinho da festa depois de uma mini balada que teve eu fiquei descalça com os pés na piscina, e o noivo de Áries Fulano sentou-se do meu lado.

–Ei Lucy – ele sorriu - ainda bem que você veio. O discurso é daqui a pouco. É uma surpresa pra Áries sabe né?

–Discurso?!!

Eu havia esquecido completamente o discurso.

–Loke disse que tinha avisado.

–Ele avisou mas

–Ah,então ao menos sabe que vai falar sozinha. – ele riu

Eu ia ter um treco ali e agora.

Achei Levy sentada num banquinho calçando os sapatos depois de dançar. Corri até lá.

–Ai meu Deus eu vou fazer um discurso me ajuda!

–Ishe... – ela riu

–Não ri cara... É a Áries queria fazer uma coisa legal e não simplesmente chegar lá e “oi felicidades” e descer.

–Está fazendo drama... – ela cantarolou – Sei que vai conseguir.

Voltamos ao salão e fui pra mesa torcendo os dedos das mãos e dos pés de nervoso. Natsu se sentou do meu lado minutos depois.

–Aconteceu alguma coisa?

–Preciso fazer um discurso...

–Ah Lucy – ele riu – Calma...

–Calma não eu não me preparei e-

Ouvi o tinir do garfo batendo nos talheres.

–Ah minha nossa! – abaixei a cabeça

Ouvi Hibiki dizer que seria a hora de uma pessoa muito especial fazer um discurso e mais algumas coisas que o nervozismo não me deixou escutar. Todos começaram a se arrumar lá na frente. E Áries ficou sem entender nada, cheia de vergonha.

–E agora?Ea gora? – comecei a repetir e levantei a cabeça.

Natsu pegou meus rosto nas mãos e me deu um beijo no cantinho da boca. Fiquei paralisada olhando pra ele.

–Vai dar certo. Você é criativa e escreve bem. Vai lá. – ele sorriu

Pisquei duas vezes e sorri.

–Lucy vem até aqui! – ouvi ele chamar

Levantei toda bamba e fui até lá com todo mundo me aplaudindo. Eu devia estar mais vermelha que meu vestido.

Peguei o microfone e fiquei um tempinho olhando Áries e esperando todo mundo se acalmar. Mesmo depois que se fez o silêncio, eu ainda não sabia nem como começar. Olhei pro fundo onde Natsu estava sentado e ele piscou pra mim.

–Bem... O discurso... Era pra ser uma surpresa para Áries, mas...confesso que foi um pouco pra mim também porque...eu sabia,mas eu não tenho nada pronto pra falar... – confessei e todos deram uma risadinha. Olhei fixamente pra ela que depois de olhar pra mim estava olhando pra Hibiki toda encantada,e depois olhei pra Natsu de novo. Eram os mesmo olhares transbordando de sentimento, transbordando de...amor... E era só isso que eu precisava pra minha inspiração – Um dia... Áries me disse que tinha muito medo de se apaixonar, e eu confessei que tinha também... E eram vários medos diferentes... Sofrer, não ser recíproco... O dia que acaba – suspirei e olhei pra Loke que abaixou os olhos sorrindo – E por isso nós duas compartilhávamos esse medo. Outro dia na casa dela, nós vimos um anime que uma amiga – eu pisquei pra Levy – indicou pra gente. Uma das personagens falou exatamente sobre o medo de amar alguém, de se apaixonar, e eu sei que na hora que ela começou a falar eu e Áries nos identificamos... E só nos olhares cheios de lágrimas já dizem por qualquer... coisa que pudéssemos falar na hora. Mas a garota também disse que o amor... a paixão,é como um fantasma e como Ovinis... E foi ai que nós duas percebemos que, nós temos medo de ver, mas no fundo nos queremos ver... os fantasmas e os ovinis... Queremos sentir a sensação da surpresa de ver pela primeira vez, e de se aprofundar em descobrir mais...e mais... No fim do anime a mesma personagem disse: “ Sobre OVNIs e fantasmas, eu realmente acho que você não deve vê-los,acho que o melhor é não vê-los eu tenho pensado muito sobre isso ultimamente, e é isso que eu decidi." Nesse período...era a época que Aries estava com medo de falar com Hibiki, e quando ela disse isso, ela me olhou e falou que decidir ver o seu fantasma... – eu senti duas lágrimas cair – Eu sei o quanto você teve de ser corajosa por isso... E sei o quanto valeu a pena pra você enfrentar esse seu medo. – eu sorri e ela também – Eu... Realmente... – olhei pra Natsu. Ele estava com os olhos cheios de lágrimas... – Realmente, estou feliz por ter achado esse fantasma.

Nessa hora eu me referia a Natsu... Mas com certeza ninguém percebeu a não ser eu e ele... Que virou o rosto escondendo as lágrimas. Até Gajeel estava todo amolecido sentado do lado de Levy. – Eu te amo... – sussurrei ainda pra ele – E quero que você seja feliz, Aries.

Eu ouvi a maior salva de palmas de todas que já presenciei. Áries veio até mim chorando e me deu um abraço apertado soluçando de chorar.

–Ei não precisa disso se não eu choro mais. – disse pra ela

–Lucy... – ela me olhou – Eu sei que aquele eu te amo não foi pra mim mesmo sabendo que você me ama... – eu ri – Você decidiu ver um fantasma?

–Decidi... – eu sorri e ela me abraçou de novo

–Obrigada.

Fui voltando pra mesa secando as lágrimas. Natsu se levantou e eu joguei os braços no pescoço dele e ele envolveu minha cintura forte.

–Você é mesmo maravilhosa em tudo que faz Luce? – ele perguntou com uma voz rouca, eu ri

–Eu tento...

Passou uns vinte minutos quando Áries gritou que ia jogar o buque.

Todas as mulheres foram lá pra frente, eu e Levy ficam só sentadas.

–Todaaas! – Áries chamou

–Eu não quero casar! – gritei – Não ainda... – disse pra mim mesma.

–Tô de boa! – Levy gritou também.

Natsu e Gajeel caíram na risada.

–Todas!

Eu bufei e levantei sem o salto e fui com Levy até um pouquinho a frente.

No três Áries jogou o buque, fiquei vendo ele voar até que...

–O que?! – Levy gritou segurando as rosas nas mãos.

Mesmo com as mãos abaixadas, o buque parecia ter sido teleguiado pros braços dela.

Cai na risada olhando diretamente pra Gajeel que ficou vermelho de vergonha e Natsu ria sem parar.

–Eu... Eu... – Levy começou a gaguejar – Não sei de nada!

–Tem que levar pra casa! – disse empurrando ela de volta pra mesa, Gajeel parecia um pimentão de tão vermelho que acho que até os olhos estavam vermelhos.

Nós ficamos mais uma meia hora na festa até que eu comecei a ficar cansada e Levy também. E já eram uma hora quase todo mundo começava a se despedir.

Então eu e Levy entregamos o presente pra Áries nos despedimos e saímos.

Praticamente me joguei no banco de trás confortável do Veloster do Jellal, até que lembrei que meu vestido era curto,já podia sentir a barra do shorts aparecer. Me virei me sentando. Natsu tinha uma sobrancelha levantada pra mim com um sorriso malicioso até demais.

–Queria ver mais disso... Porque não se deita de novo – ele começou a vir pra cima de mim tão rápido que eu não tive reação a não ser procurar por Gajeel e Levy, mas eles não estavam ali.

–Olha! – avisei colocando minhas mãos no ombro dele – Sai pra lá. – dei risada empurrando e ele saiu.

Gajeel e Levy chegaram minutos depois e entramos no carro. Ele ia decidir porque Natsu disse estar cansado de dirigir aquele caminho todo. Então ele foi atrás comigo.

Me aproveitei da situação pra deitar no banco e coloquei os pés no colo dele. Gajeel começou a dirigir um tanto rápido. Não tinha trânsito nenhum.

–Não gosto disso... – Levy sussurrou

Ela odiava dirigir e acelerar carros. Eu até que gostava.

–Deixa disso Levy – encorajei

–Vou correr... –Gajeel avisou

–Não. não – até Natsu não queria mas ele acelerou.

E acelerou.

Nós quatro começamos a gritar de euforia, medo, acho que Levy de medo. Até que o medo dela virou uma risada alta e gostosa daquelas que os nenês dão, e a gente não se agüentou e começou a rir a medida que Gajeel voltou a velocidade normal.

–Gostei... – ela confessou

–A gente sabia. – Gajeel respondeu – Você que é medrosa. – ele tirou uma das mãos do volante e puxou ela pra perto dele.

Sorri e voltei pro meu lugar com os pés no Natsu.

Eu estava olhando pelo teto solar agora um pouco aberto e senti uma coisinha de leve passando na minha perna. Olhei de canto de olho. Natsu passava o indicador no começo da minha perna,e descia até o calcanhar tão devagarzinho e leve que me causava arrepios. Olhei pra ele que estava concentrado no caminho que o dedo dele fazia que nem percebeu que eu olhava.

Fiquei quieta afinal... Eu estava gostando.

Senti dessa vez o dedo dele subir até o joelho... E a minha coxa pelo lado de dentro... Segurei o dedo dele rindo.

–Ops. – ele falou e riu pousando a mão ali na minha coxa.

Deixei ele ficar ali,estava quentinha...

Acho que eu dormi. Porque acordei com o carro encostando no apartamento. Levy estava abraçando os joelhos no banco e Gajeel tentava acordar ela. Natsu estava com a cabeça encostada na janela,a mão ainda na minha coxa. Me levantei coçando os olhos e fui até ele e lhe dei um beijo na bochecha. Ele acordou com o rosto meio envergonhado e sorriu.

–Vou descer... – avisei

–Ok... – ele falou sonolento

–Tchau... – disse sorrindo e lhe dando um beijo demorado no cantinho da boca – Boa noite.

– Boa noite Luce...

Aquele Luce, mas uma voz rouca daquela era muito pro meu fraco coração... Fiquei olhando pra ele e lhe beijei de novo e de novo até que sai do carro rapidinho antes que ele pudesse falar algo.

Eu e Levy tiramos os vestidos e nos jogamos na mesma cama que no caso era a dela,se enfiando nos cobertores quentinhos.

–Você já falou com o Natsu? – ela perguntou brincando com a minha unha

–Não ... Não exatamente... Sei lá... Eu não quero namorar agora Levy.

–Faça uma amizade colorida oras. – ela riu

–Ah ta, acha que eu tenho coragem de propor isso pra ele... - fiz que não – Mas bem que eu queria...

Assumi.

Já fazia dias... Bem na verdade desde os meus quinze anos, mas não tão forte quanto agora. Éramos crianças e eu ainda era “inocente”. Agora eu estava um tanto ansiosa pra ficar com ele... Pensava todos os dias no beijo do elevador, no dia em que bebemos e nos beijamos o corpo todo...

O que eu não daria pra ter aquilo de novo agora. Natsu me beijando ou até mesmo...

–Eu sei o que está pensando safada! – Levy exclamou gargalhando

–Para,que-que nada. – afundei a cara no travesseiro.

Mesmo com toda a minha vontade, eu não fazia idéia de como chegar nele... Nós nem mesmo tivemos oportunidade de conversar sobre nós ainda... Eu nem namorava ele, nem o beijara!Sossega ai Lucy...

Eu pensaria num jeito outra hora porque agora um sono pesado começava a me tomar.


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Notas finais do capítulo

Comentem oo... Até o próximo espero que não demore.



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