Diário escrita por Sr Byron


Capítulo 3
1922


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/62895/chapter/3

Já tinha lido 4 diários completos de Edward Cullen, a cada dia eu era mais atraída, e fica cada vez mais curiosa, era muito real para parecer um livro de ficção, os dias de Edward eram sempre muito simples, mas não de uma forma entediante, pelo menos para mim não era, no entanto ele constantemente reclamava disso. Mas quem não se queixaria nunca dormir, nunca morrer, tempo livre todas às 24 horas do dia. Edward era um excelente pianista e sabia compor maravilhosamente bem. No quinto diário no ano de 1922 algo estava acontecendo.

 

 

Carlisle está muito estranho, eu tentava ver em sua mente mas ele estava sendo cauteloso, sempre pensando em coisas fúteis, o que por si só já era estranho. Ele me escondia algo, e sabia que era alguma coisa no hospital, e isso me deixava frustrado, eu já tinha um controle razoável, mas entra num hospital seria insanidade, tanto sangue correndo para fora dos corpos não era algo que eu estava pronto para testar.

 

            Com o passar das folhas  Carlisle realmente parecia agir diferente, o que será que esta acontecendo, será que ele esconde algo de Edward? Essa resposta eu tive 5 paginas a frente.

 

 

Carlisle me revelou seu segredo hoje, ainda bem, não agüentava mais ver ele repassar o nome cientifico de todas as flores e animais que ele conhecia, ele teve um pequeno ato falho em seus pensamentos e eu pude ver, uma mulher deitada em um leito de hospital, eu vi, não era uma simples paciente, eu via carinho, uma preocupação alem do normal da relação paciente/medico. Então eu tinha descoberto o segredo de Carlisle, ele estava apaixonado por aquela humana, e ele não queria transformá-la, ele tinha princípios que o impediam de simplesmente  fazer isso. Ela não estava morrendo, nem tinha doença, apenas estava em choque pela perda de  seu filho. Eu senti pena de Carlisle, amar alguém que nunca teria.

 

 

Carlisle se apaixonou. Então Vampiros se apaixonam? Ai meu deus, se vampiros se apaixonam, então Edward pode se apaixonar, será que ele vai encontrar alguém? Droga, não quero mais ler essa estúpida história de vampiros. Então joguei o diário contra uma parede e o deixei cair no chão. Eu estava sentindo ciúmes de Edward, e se isso já não fosse muito estranho, eu estava sentindo ciúmes de Edward antecipadamente. Ok, agora é sério, me internem.  Mesmo sabendo que eu fazia papel de ridícula eu fiquei uma semana sem ler o diário, até que a curiosidade me venceu. Alguns dias se passaram normais, conversas, caças, leituras e piano. Até que aconteceu.

 

 

“Carlisle entrou com Esme, era assim  que meu pai se referia a ela, Esme estava em seus braços, estava imóvel mas gritando, a dor da transformação tinha a atingido, Carlisle me pedia desculpas pelo que tinha feito, seus olhos vermelhos pelo sangue humano. Ele então liberou sua mente e me mostrou o que aconteceu. Ela desesperada pela perda do filho jogando-se de um penhasco, ela com o corpo quebrado ao tocar o chão, ele se debruçando  sobre ela e espalhando seu veneno em seu  corpo. Estava feito Carlisle encontrou sua companheira para a eternidade."

 

 

            Será que Edward também deseja alguém, assim como Carlisle queria Esme. Viver para sempre solitário deve ser muito triste. Porém Carlisle teve sorte, encontrou ágüem para amar, e esse alguém acordou 3 dias depois segundo o diário de Edward.

 

 

Hoje Esme acordou, ela é maravilhosa, tem um coração grandioso, aceitou com mais facilidade do que eu a nova vida vampira, e com mais facilidade ainda a idéia de ter uma nova família. O amor que ela já nutria por Carlisle em sua frágil forma humana intensificou-se na vida vampírica. Carlisle me apresentou a ela como seu filho, apesar de não ter falado aquilo me deixou imensamente feliz, em seus pensamentos vi a felicidade de poder ser mãe ao lado de Carlisle

 

 

 

Abril, 1922.

 

Hoje faz um mês que Esme foi transformada, gosto muito dela, ela tinha uma mente  pura e carinhosa, pensava sempre como agradar a mim e Carlisle, as vezes ela exagera, mas eu vejo em seus pensamentos que é por ter um grande coração.  Hoje com certeza  foi um dos dias de exagero, mas foi divertido, foi engraçado. Ela esperou Carlisle com um bolo de chocolate, percebi que ela  tinha a noção que ele e ninguém daquela casa iria comer, mas esses pequenos gestos eram como ela manifestava o amor que tinha por nós. Ela confessou hoje adorar me ver tocar piano, segundo ela, tocando é o único momentos que eu parecia realmente feliz. Eu compus uma melodia pra ela, se vampiros pudessem chorar ela estaria fazendo isso  agora. Eu já a considero minha mãe.

 

 

 

Maio, 1922.

 

 

Eu e Esme fomos caçar enquanto Carlisle ia ao hospital, nesse dia aconteceu a primeira insinuação que Esme fez, ela perguntou-me se eu não desejava alguma mulher, se eu não queria encontrar um dia minha alma gêmea. Alma gêmea? Eu nem se quer tenho uma alma.

 

 

Julho, 1922.

 

 

Estávamos nos mudando novamente, Esme estava feliz com a mudança. Ela adorava poder decorar a casa, e uma mudança era  pretexto perfeito.  Ela não escondeu em seus pensamentos que em um novo lugar eu poderia encontrar  alguém, eu sei que ela se preocupa comigo, mas isso estava passando dos limites, eu não quero ninguém, eu não mereço ninguém, eu sou um monstro, qual parte ela não entendeu ainda.

 

 

Novembro, 1922.

 

Eu amava Carlisle e Esme, mas acho que minha vida solitária  devia atrapalhar meus pais, eles viviam constantemente felizes, mas quando estavam perto de mim eles evitavam pensar um no outro, eu sabia que era para não me deixar desconfortável, mas ainda sim eu sabia que estava atrapalhando.

 

 

Novembro, 1922.

 

 

Esme por causa de seu bom coração, conseguiu se controlar rapidamente entre os humanos, mas nunca se arriscava a sair sozinha, hoje fomos comprar algumas coisa que Esme queria para a decoração de natal, e foi hoje que tudo mudou, ouvi uma voz que só eu podia ouvir era um pensamento de  mulher pedindo socorro, vi por seu pensamento dois homens tentando agarrá-la, saí correndo sem avisar ninguém, cheguei e pude ver os dois homens arrancarem a roupa da mulher que lutava inutilmente, não pensei duas vezes, joguei os dois contra a parede e senti o cheiro de seus sangues escorrendo pela pele, não consegui evitar, suguei-lhes o sangue até a ultima gota, e sem duvida foi a melhor refeição da minha vida.

 

 

            Entrei em choque, Edward tinha matado dois seres humanos.

 

 

Faz uma semana que suguei o sangue daqueles homens, meus olhos voltaram a ficar vermelhos, Carlisle e eu tivemos varias brigas, havia humanos que eram verdadeiros monstros, porque nao aproveitar nosso poder para ajudar as pessoas e também se alimentar, se matássemos somente  assassinos, estupradores, assaltantes estaríamos ajudando. Mas Carlisle foi taxativo, eles eram humanos e a justiça deles que deveria resolver. Esme não se manifestava, mas eu vi em sua mente que ela não gostava da idéia de matar pessoas, mas tinha mais em sua mente, medo, medo de eu achar essa vida a correta e ir embora para sempre. Carlisle, não queria que eu seguisse esse caminho, mas ele nunca decidiria algo por alguém, ele sempre me deu opções e não seria agora que ele agiria de maneira diferente. Ele me deu o direito de escolha, ele não me impediria de seguir o caminho que eu achasse melhor, mas se seguisse o caminho do sangue humano, não poderia mais ficar com eles. Carlisle queria que ficasse eu via isso, o coração marmóreo da Esme pareceu quebrar, ela gritava em pensamento para ficar. Mas eu estava cego pelo sabor do sangue. Eu me sentia traído por Carlisle, eu devia ser um estorvo para ele e Esme. Por isso ele estava me dispensando dessa maneira. Fui embora  naquela mesma noite, sem nada daquela casa. Se eu matasse apenas humanos  que agiam como monstro não seria errado ou seria?

 

 

            Eu via que Edward queria se convencer de algo que ele não acreditava, mas agora sozinho, sem ninguém para ajudar ele, será que ele vai conseguir se afastar dessa vida. Eu tinha medo de continuar lendo, não queria ver meu Edward matando pessoas. Meu Edward? Dês de quando ele era meu. Eu estava chamando um personagem de ficção de "meu".  Certo, um transtorno esquizofrênico se encaixa bem, talvez uma psicose induzida por alguma substancia que eu não saiba que ingeri, o café que Jessica me trouxe parecia normal, mas vocês sabem ela é uma vadia, não da pra confiar. Mas o fato é que eu não estava mais diferenciando fantasia de realidade.

 

 

 

25 de dezembro, 1922

 

 

Faz quase um mês que estou fora de casa, era noite de natal,  estar szinho longe de meus pais  doía , quase um mês  e não me alimentei de sangue humano, continuava com o sangue animal, não sei tenho coragem de matar um humano, mas não quero voltar para casa, eu iria atrapalhar novamente.

 

 

            Eu fiquei aliviada, ele não tinha matado ninguém, e eu torcia por isso, e para que continuasse assim, sem mortes. Mas os próximos ano de Edward não foram bons.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem.
Sr Byron



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diário" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.