Smiths escrita por Breatty


Capítulo 10
Viagem - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Vamos de viagem com os Smiths! Próximo capítulo será a parte 2, e eu prometo muitas emoções, será um capítulo bem movimentado. Esse, a parte 1, ficou bem legal também, na minha modesta opinião hahaha eu gostei, espero que aprovem também. Vamos lá.



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Sexta-feira à noite, por volta de umas 18h, John e Jane pegam um voo, com mais ou menos 2 horas e 35 minutos de duração até a cidade de Atlanta, no estado da Geórgia, para passar o fim de semana na casa dos pais de John e contar a novidade da gravidez.

Durante o voo, por incrível que pareça, Jane não enjoa, na verdade ela acaba pegando no sono enquanto John lê algumas revistas sem sono. Como eles já haviam feito um lanche no aeroporto antes de embarcar, acabaram não comendo nada no avião, afinal a mãe de John esperava eles com um grande jantar e um banquete de recepção.

Após o tempo previsto, eles aterrissam em Atlanta, e de cara sentem o calor e o tempo abafado característico da cidade no período de verão. Eles pegam as malas, como irão ficar poucos dias trouxeram malas pequenas e discretas, e se dirigem até a frente do aeroporto para encontrar o pai de John que iria buscá-los. Só que ao se aproximarem do carro não é o pai dele que desce do carro e sim um homem moreno e alto, bem-apessoado, vestido casualmente, com um grande sorriso encantador nos lábios, parecendo um galã de filme. Ele vem caminhando casualmente na direção dos dois, e eles o encaram sem reconhecer.

— Quem é? – Jane sussurra para o marido.

— Não sei. – responde no mesmo tom.

— John? Certo? – o rapaz misterioso pergunta, e olha de soslaio pra Jane.

— Sim. – responde desconfiado. — E você?

— Ben Tucker, prazer. – apertam as mãos. — Sou filho de um amigo de longa data do seu pai, estou na cidade a trabalho e ele me ofereceu hospedagem. Seu pai pediu para buscar vocês, ele disse que não gosta muito de dirigir a noite. Bem, você deve saber melhor do eu. – sorri sem graça.

— Ah sim. Prazer Ben. Sim, sei disso, achei até estranho quando ele disse que viria nos buscar.

— Olá, eu sou Jane. Prazer Ben.

— Você é a esposa, não é? Muito prazer, Jane. Encantado. – encara ela abertamente, ficando vermelho e empolgado, com um sorriso enorme nos lábios.

— A quanto tempo você está aqui, Ben?

— Cheguei hoje. De certa forma foi uma viagem de última hora, sabe? Coisas da empresa.

Ben ajuda eles a colocar as pequenas bagagens na mala, e logo após seguem para a casa dos pais de John. Ben no volante, John ao lado e Jane atrás.

— Jane, seus sogros me disseram que você trabalha em uma empresa de computação, é isso mesmo?

— Sim.

— Achei o máximo, sou péssimo com tecnologia... estou até com alguns problemas no meu notebook... não quero ser aproveitador, mas se fosse possível adoraria que alguém desse uma olhada básica nele, preciso usá-lo amanhã na reunião e estou com medo de pifar ou coisa assim.

— Ah... ok, olharei sem problemas. Não deve ser nada demais, as vezes uma formatação é o que precisa. Coisa básica.

— Está vendo? É isso que eu digo, quando a pessoa entende é outra coisa, me sinto um burro com certas coisas. Você deve causar medo nos colegas de trabalho, não é John? Afinal, uma mulher nesse ramo não é algo muito comum e ainda por cima bonitona desse jeito. Em John? – Ben olha pra John efusivo, e ele devolve um olhar e um sorriso sem graça concordando com a cabeça. Ele e Jane se encaram pelo espelho do carro.

Ben continua.

— Trabalham juntos?

— Digamos que sim. – John relutantemente responde.

— Você é engenheiro, não é?

— Sim. Pelo que vejo você e meu pai conversaram bastante em.

— Um pouco. Mas ele é muito orgulho do filho e da nora, e do casamento de vocês. Fala com muito gosto de vocês.

— Mas e você Ben, faz o que? – Jane corta o interrogatório, desviando a atenção dele para outra coisa.

— Empresário no ramo de peças para carros.

— Hum. Interessante. – John murmura e olha pra rua desinteressado.

Após alguns minutos Ben estaciona o carro na garagem e eles descem pegando as malas e entrando em casa.

— Mãe. Pai. Chegamos.

— Meu filho! Jane minha querida! Que alegria vocês aqui. – Sarah, a mãe de John aparece pare recebê-los, alegre e emocionada.

— Filho! – Zack, pai do John abraça ele. — A nora mais linda desse mundo! – abraça Jane dando beijinhos delicados.

Eles trocam cumprimentos.

— Estávamos morrendo de saudades de vocês, sogros.

— E nós de vocês. Mas parece que os dois se esquecem da gente, pois não aparecem, como se morássemos do outro lado do mundo. Eu sei que Atlanta não é o mesmo que New York, mas não façam isso com a gente. Não é querida?

— Sim, querido. Concordo perfeitamente, não façam isso com a gente, meus filhos.

Eles riem e Ben fica meio recluso, observando tudo, encostado em uma pilastra no canto.

— Obviamente vocês já conheceram o Ben, certo? Ele é filho do Bill, um grande amigo meu. Chegou hoje de última hora, vai ficar até segunda.

Ben sorri e seus olhos vão parar em Jane, avaliando ela de cima a baixo descaradamente. John percebe e desvia os olhos encarando longamente a esposa, e ela entende o recado: John não gostou nada do Ben. Ela poderia achar que era só ciúmes besta do marido, mas também não foi muito com o jeito e a cara do Ben.

— Vamos jantar? Vamos comer comida boa! Deixar um pouco os fast-foods de lado. – Sarah chama.

Eles jantam e conversam colocando o papo em dia, lembrando de algumas coisas antigas e rindo. Ben escuta e acompanha a conversa. Após alguns minutos de conversa e comida eles dão boa noite e vão cada um para seu quarto descansar, pois já era tarde.

— Um banho? Estou podre de calor. – Jane arranca a roupa do corpo.

— Jane, no dia que eu recusar um banho com você pode atirar em mim.

— Com certeza irei atirar.

— Acho que você encantou o Ben.

— É? Acho que não.

— Vai mentir assim na minha cara? Jan, você viu ele te olhando, de cima a baixo.

— Eu vi ele olhando, mas achei normal. Não acho que encantei, e nem quero.

— Ah, você achou normal?

— Sim. Normal.

— Mas não é normal. Pra mim não é normal, tudo bem que você deve ser bem admirada quando está andando nas ruas, mas pra mim nenhuma olhada de outro homem pra você é normal. Ele estava quase babando, quase fico com pena dele.

— John. – ela ri. — Para né, menos exagero por favor. Você conheceu ele não faz nem dois minutos.

— Vai dizer que ele é feio?

— Ele não é feio, é bem bonito sim. E daí?

— Ah, ele é bonito então?

— Ei, você quer que eu minta? Até você sabe que ele é bonito, que besteira.

— Eu não sei de nada. Você que disse que ele é bem bonito.

— John, e daí que ele é bonito? Não faz diferença alguma pra gente.

— Hum.

— Eu já tenho meu homem bem bonitão bem aqui.

— Hum.

— O mais gostoso.

— Hum.

— O mais cheiroso.

— Hum.

— O mais musculoso.

— Hum.

— O mais rico.

— Hum.

— O melhor garoto de todos. Só meu.

Ela continua.

— E o que tem o pau mais foda de todos. Amo.

— Não sabia que você era depravada assim. – sorri.

— Só porque falei pau?

— Também.

— Como se eu nunca tivesse falado pau. O que você tem aí é o que? Um pau, querido.

— Tem razão.

Ele continua.

— Vem, vamos tomar um banho. Eu, você e meu pau.

Eles entram no chuveiro e ele já vai agarrando ela, apertando a bunda até doer.

— Pera aí, prende meu cabelo.

Ela entrega o elástico que estava no pulso e ele prende desajeitadamente o cabelo em um coque alto, dando uma aparência sensual e fofa a ela.

A água quente caí sobre eles e John passa as mãos pelas costas macias e escorregadias dela, e ela beija seus lábios molhados ficando um pouco na ponta dos pés. Ele pega o frasco do sabonete líquido que ela usa e coloca um pouco nas mãos, esfrega fazendo espuma e começa a espalhar pelo corpo dela, iniciando pelo pescoço, massageando com a palma das mãos e com os dedos, explorando o local. Ela abraça ele, apertando os seios contra seu peitoral, com os braços apoiados nos ombros dele, sentindo suas mãos massagearem delicadamente seu corpo. Ele desce as mãos pelos ombros dela, pelas costas, passando os dedos pela linha do meio chegando até a bunda, segurando com as duas mãos e apertando, depois massageando espalhando a espuma do sabonete enquanto ela suspira baixinho no ouvido dele. Seus lábios se tocam profundamente, um beijo de língua molhado e sensual. Ele vira ela de costas pra ele, encostando a bunda dela em seu membro, segurando ela com uma das mãos em sua barriga e pressionando o corpo dela pra trás, e ela sente o membro dele endurecer sobre o toque de sua bunda. Ela alisa o braço dele que está em volta de sua barriga, ele coloca mais sabão nas duas mãos e inicia novamente as carícias, descendo da nuca até o início dos seios dela, esfregando o sabão por aquela região, excitando ela com a expectativa das mãos dele em seus seios já sensíveis. Ela deita a cabeça no ombro dele e fecha os olhos tentando administrar todas as sensações que ele provoca nela, com suas mãos escorregadias por causa do sabão agarrando seus seios delicadamente, mas firmemente. As duas mãos dele se fecham nos seios dela e com os dedões ele estimula os bicos dos seios, sentindo eles endurecerem sobre seu toque. Ele pega o frasco do sabonete e aperta despejando o líquido nos seios dela, e esfrega fazendo espuma, ela geme e segura nos braços dele, apertando os músculos e sentindo eles endurecerem quando ele movimenta fazendo as carícias. O sabonete escorre pela barriga dela chegando até o início de sua região íntima, e John vai descendo as mãos por aquela região, arrastando as pontas dos dedos pela barriga até chegar no início dos pelos pubianos dela. Jane se arrepia quando sente as mãos dele naquela região sensível e ativa dela, sentindo o tesão crescer mais do que já estava à medida que ele ia descendo e explorando seu corpo. Ele morde a orelha dela e beija, passando os dentes pelo lado do pescoço, chegando no ombro e mordendo suavemente. Jane sussurra e morde o queixo dele, alcançando sua boca e chupando seus lábios, empurrando seu corpo contra o dele, sentindo o membro dele protuberante contra sua bunda. Ele aperta a cintura dela, descendo e passando os dedos entre a dobra de suas coxas, ele sobe uma das mãos e delicadamente introduz um dedo dentro dela, e ela suspira profundamente, ele mexe o dedo lá dentro sentindo o calor e a umidade dela, sentindo sua região pulsar ao redor do dedo dele. Faz movimentos de vai e vem com o dedo, tentando ir o mais fundo que pode, ela começa a se mover em direção ao movimento do dedo, excitada querendo aprofundar o contato, gemendo um pouco e respirando pausadamente. Ele sente a umidade de Jane aumentar mais, e ela puxa o cabelo dele enquanto coordena e intensifica os movimentos, indo pra frente ao encontro do dedo dele e voltando pra trás encostando no membro dele e ele fica louco com esses movimentos dela sobre ele. Ela já não consegue pensar em mais nada e apenas quer gozar e se libertar, e então ele aumenta a intensidade do dedo dentro dela, e ela desaba sobre o dedo dele, gozando alucinadamente e rebolando e se movimentando tentando prolongar ao máximo a sensação única do orgasmo. Ela geme alto e para depois que o orgasmo termina, e respira com dificuldade com o banheiro todo abafado e os vidros embasados por conta da água quente. Mas John não dá nem tempo dela respirar e introduz seu membro nela naquela mesma posição que ela está, e então ela se entrega novamente sabendo que agora é a vez dele.

Quando eles terminam tomam um banho de água fria, pois estavam suados com o sexo e com o banheiro todo abafado por conta da temperatura da água. Jane expulsa John do banheiro dizendo que agora precisa tomar banho, mas antes ele arranca um beijo dela e toma um banho rápido, ela saí quase em seguida tomando um banho mais demorado. Ele veste uma boxer preta e se joga na cama, suspirando satisfeito. Jane entra no quarto de roupão e com o cabelo enrolado na toalha.

— Molhou o cabelo foi?

— Eu não, você que molhou meu cabelo quase todo.

— Estou nem aí, agora que a gente já transou estou mais relaxado, pronto pra dormir.

— Já tomou seu mingau né fofinho? – faz voz de criança.

— Mingau gostoso. Ainda estou com seu gosto aqui no meu dedo.

— Claro, quase que seu dedo encontra meu útero.

John gargalha e liga a TV.

— Em falar em útero, como está nossa criança? Agitada?

— Está na dela. Ou na dele.

— Um anjinho ou anjinha.

— Em falar em criança, me deu vontade de tomar leite agora.

— Leite? Acho que você está realmente virando uma vaca completa.

Ela mostra o dedo do meio a ele.

— Mas pode deixar, eu pego seu leite.

— Obrigada, amor.

— Eu ia até fazer uma piada com o leite, mas vai que você fica enjoada.

Jane ri, arrumando o cabelo sentada na ponta da cama vestida com um roupão branco.

De repente alguém bate na porta do quarto. Jane como estava mais próxima da porta levanta pra abrir. Quando ela abre dá de cara com o Ben vestido com um pijama, uma calça e uma camiseta grudada no corpo definindo seus músculos. Ela olha pra ele interrogativamente.

— Ah, oi, desculpe incomodar. Ouvi vozes e achei que poderia encontrar você acordada ainda, preciso muito que olhe meu notebook... fui ligar agora e está péssimo, e eu não queria incomodar, mas como eu disse tenho uma reunião amanhã pela manhã e preciso dele.

John dá um pulo da cama ao ouvir, e repara que a Jane está apenas de roupão, que só cobria até o início dos joelhos apesar de ser comportado. Mas não deixava de ser sensual e íntimo. Ele vai caminhando até a porta com cara de poucos amigos.

— Hum, sei... não tem como ser amanhã de manhã? Agora eu estou com sono e não consigo me concentrar nas coisas, principalmente pra achar um defeito no sistema ou nas peças. Estou meio exausta e acabada.

— Pra mim você parece ótima.

Jane sorri sem graça e John toma a frente dela, segurando a porta e encarando o Ben.

— Acho que talvez só amanhã cara. – retruca curto e grosso, sem se preocupar em ser educado.

— Ei, John. Não queria incomodar, é porque estou bem apreensivo, reunião importante sabe? Difícil.

— Ahm. Amanhã ela vê isso pra você. Mas talvez nem precise, quem sabe você mexendo ou até olhando na internet possa achar a causa do problema, né? Às vezes é uma besteira, já aconteceu comigo.

John empurra disfarçadamente Jane com uma das mãos, mandando ela sair da vista do Ben, mas ele percebe e John observa uma expressão de satisfação se formar no rosto dele.

— Ah, sei... entendo. Pode ser.

— Boa noite então. Durma bem.

— Boa. Boa noite Jane.

John fecha a porta e encara a esposa, cruzando os braços na altura do peitoral.

— Porque estava me empurrando? – senta na cama e passa hidratante no corpo.

— Porque você estava de roupão na frente desse idiota.

— Amor, eu não imaginei que era ele, pensei que fosse seus pais querendo saber se precisávamos de algo. Jamais ia imaginar que ele iria meter as fuças dele aqui.

— E porque não saiu logo da porta quando viu que era ele?

— John, eu não podia simplesmente sair correndo igual uma maluca pelo quarto. Imagine o papel que eu ia fazer. – ela ri.

— Não estou achando graça em nada.

— Calma, senhor esquentadinho. Vou jogar você na água fria de novo.

— Jan, não me faça perder a paciência com você.

— Cara, o que foi que eu fiz? Você pode me dizer? Você fica aí com esse ciúme... está procurando coisa onde não tem.

— Não importa, não gosto.

— Não gosta de que?

— Desses flertes.

— John, que besteira, não tem flerte nenhum.

— Eu estou falando dele em relação a você.

— Sim, eu sei. Mas você está exagerando, amor. Relaxa aí. Ignora esse cara, ele tem cara de babaca e pose de babaca.

— Não gostei dele. Cara de pau, nem conhece a gente e já vai metendo a cara assim?!

— Deixa ele pra lá. Ele não fede nem cheira. Agora quer fazer o favor de pegar meu leite quente?

— Leite quente?

— Sim, eu te pedi ow.

— Ok, vou pegar. Mas, que estranho você bebendo leite quente. Você está mais pra pedir um whisky quente. – ela ri.

— Eu sei, também estou achando estranho, mas deve ser algo maternal, né? Sei lá. Sei que estou com uma vontade louca. Mas amo whisky também, sempre. Qualquer dia desses vou virar alguns copos.

— Ah vai. – retruca sarcástico. — Vou lá pegar.

Jane coloca um short e uma blusa de alça verde, prende o cabelo, passa perfume e deita na cama, pega o celular e decide ligar pra Jas, pois sabe que ela madruga, para saber as novidades da agência e avisar que está viajando. A ligação é rápida, Jas diz que no momento nenhuma novidade e tudo está caminhando dentro da normalidade, trocam mais algumas palavras e Jane desliga.

Após alguns minutos, John volta com uma xícara de leite quente e encontra Jane esparramada na cama, cochilando com o celular na mão. Ele coloca a xícara no criado-mudo e sacode delicadamente ela.

— Ei, meu bem. Trouxe seu leite maternal. – brinca.

Ela abre os olhos e se senta na cama, pegando a xícara e tomando a bebida.

— Estava falando com quem?

— Liguei para a Jas, para saber como andam as coisas lá na agência.

— E aí?

— Nada, tudo dentro da normalidade.

— Você contou a ela?

— Da gravidez? Não, depois contarei.

— Acho melhor contar a Jas e ao Ed no mesmo momento.

— Sim, mais fácil. – eles riem.

— Você vai olhar o notebook do Ben amanhã? – muda de assunto.

— Depende se ele vai precisar ainda. – olha pra ele sem entender o motivo da pergunta.

— Caso você acorde antes de mim, acho melhor me chamar se for olhar lá pra ele. Ok?

— Porque? Acha necessário eu acordar você pra isso?

— Acho. Não confio nele, e não quero você sozinha perto dele.

— John, você nem conhece ele, nem conhecemos ele direito... porque essa desconfiança toda?

— Não sei, apenas não confio nele. Não achei ele uma pessoa agradável, e é muito cara de pau. – Jane ri.

— Ah sei.

— E olha como você vai andar pela casa, não se esqueça que não estamos sozinhos com meus pais.

— Ok, ok. Acho melhor você escrever isso tudo em um quadro branco, pra eu não esquecer, sabe? – provoca, sarcástica.

— HAHAHAHA, estou morrendo de rir.

Jane se diverte com a cara de bravo dele.

— Ei, amor, relaxa aí. Vamos dormir logo.

— Vamos. Mas estamos entendidos?

— Sim, Smith, estamos. – retruca sem paciência. — Você já está ficando irritante com isso, sem necessidade.

— Não ligo. – diz petulante, e Jane aperta os olhos.

Ela termina de tomar o leite e lava a xícara no banheiro deixando na bancada, escova os dentes, apaga a luz do quarto e volta pra cama já pronta pra dormir. Abraça o marido, e beija seu pescoço sentindo o cheiro do perfume másculo que ele usa, passa uma das mãos pela barriga dele e vai deslizando a unha, e ele se mexe de leve sentindo cócegas. Ela observa ele sorrindo, enquanto continua fazendo carinho em seu corpo.

— Eu pensei que eu era irritante.

— Ah John, cala boca vai.

— Mais respeito, fazendo o favor.

— Me respeite também então.

— Eu desrespeitei você em que momento?

— Estava tudo bem, daí você vem com esse papo chato por causa desse cara que eu nem sei que existe.

— Está bem Jane, deixa pra lá. Vamos dormir, boa noite. – retruca emburrado.

— John... – diz com paciência.

— Esquece. Amanhã a gente conversa.

— Vai dormir com essa cara de emburrado? Está parecendo um adolescente contrariado. – brinca.

— Pois é. – corta o assunto.

— Ok, já vi que não vai adiantar. Vamos dormir então, pra ver se você baixa esse fogo um pouco.

— Boa noite.

— Boa.

Eles trocam um selinho rápido e se acomodam em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Então, meus amores, gostaram? Espero que sim :)