Akuma No Riddle: Nove Anos Depois escrita por kalzcarvalho


Capítulo 8
Capítulo 8 - A Senha é 0714


Notas iniciais do capítulo

Meu PC continua quebrado e o novo ainda não chegou :(
Enfim, deixem comentários e divulguem pres amigue



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/627425/chapter/8

***POV Haru***

Ciudad de Allende fica no sul do Chile. É uma cidadezinha aconchegante de menos de 20 mil habitantes. Segundo me explicaram, há apenas quatro anos esse laboratório foi construído pelo governo do Chile em parceria com uma rede privada, para estudos da vida marinha no Oceano Pacífico, porém estavam havendo problemas na falta de pesquisadores. Estou empolgada para começar logo, farei do meu melhor!

Enquanto isso, Tokaku-san e eu estamos vivendo num quartinho alugado. Nossas economias já estão prestes a acabar. Tokaku-san parece estar sempre muito preocupada com isso. Bem, ela me sustentou e mais do que isso, me protegeu e me amou durante todos esses anos, então agora é minha vez de lhe dar um pouco de descanso e assumir as responsabilidades!

Os primeiros dias se passam tranquilamente. A comunicação no laboratório é toda feita em inglês, e fico feliz por ter feito todos aqueles cursinhos após a Classe Negra.

***POV Kobayashi***
– Depois de Santiago, elas seguiram para uma cidadezinha chamada Ciudad de Allende – informa Daigo-senpai – fica no Sul. Sim, já pirateei duas passagens.

Estamos numa lanchonete no centro de Santiago, de frente a um prédio do governo chileno. Daigo-senpai rastreou-as até esse ponto. Estamos usando identidades falsas da Interpol por aqui.
– Vou perguntar aos empregados sobre essas duas.

Eu falo inglês com perfeição, então a comunicação deve fluir bem. Começo indo até o caixa, onde um homem de pele escura e cabelos lisos na casa dos 40 anos, provavelmente um descendente de nativos indígenas, me recebe com um sorriso jovial e pergunta algo em espanhol. Mostro a identidade falsa da Interpol. Sua expressão fica mais séria. Então, mostro as fotos de Haru Ichinose e Tokaku Azuma.
– Você fala inglês? – pergunto.
– Um pouco – ele responde com um sotaque engraçado.
– Essas duas mulheres passaram por aqui um ou dois dias atrás. Elas são criminosas foragidas. Qualquer informação que você tenha sobre elas nos será útil – ele me encara confuso. Abre a boca, e...
– Não entendi – é, o dia vai ser longo...

***POV TOKAKU***

Estou de volta naquele complexo de piscinas onde Shuuto Suzu nos havia desafiado para um jogo. Faltam poucos segundos para o tempo acabar. “Eu vou ter que apostar”. 0714. Sim, sem dúvida é isso. Começo a digitar. 0... 7... 1... Alguma coisa está errada. Será que é isso? Haru não diz nada. Eu não tenho escolha. 4.

PLÁ. Uma explosão tão pequena que mais parece um simples balão estourando. Mas o balão é a cabeça de Haru. Pedaços de carne e cabelo voam para todos os lados, enquanto seu corpo cai inerte no chão. Ninguém diz nada. Silêncio absoluto. Sangue escorre, jorra na minha cara, no concreto, mancha a água cristalina. Estou coberta pelo sangue de Haru. E no meio do líquido vermelho, uma lágrima solitária escorre, abrindo caminho à força contra minha própria vontade. Não quero chorar. Não quero expor esse sentimento terrível de perda. Mas é impossível me refrear. Escondo o rosto entre as mãos. Não quero que as outras me vejam chorar. Não quero que me escutem. Parem de olhar para mim!
– Então... acho que temos uma vencedora – é a voz da Hashiri. Surpresa, porém animada, e por mais contraditório que possa parecer, cheia de frieza. Minhas mãos tremem. Mergulho num desespero tão profundo que se converte em puro ódio. Shuuto Suzu, você vai me pagar. Passo do desespero a uma calma sombria em frações de segundo. E me levanto. Devagar, devagar. Como se acordasse de um sonho. A faca já está na mão.
– Ei, o que pretende fazer com is... – minha lâmina se finca no pescoço de Shuuto antes que ela possa terminar de falar. Já estou com a segunda entre os dedos, e pulo sobre a garota de cabelos azul-claros, derrubando-a no chão. Esfaqueio cada centímetro de seu corpo sem piedade. Uma fonte de sangue ainda maior que a do corpo de Haru se espalha pelo chão. Ninguém interrompe. Não estou prestando atenção em suas reações. Continuo esfaqueando-a por vários minutos ainda depois dela ter morrido.
– Tokaku-san... Tokaku-san! – mãos gentis me tocam. É a voz de Haru. Me levanto tão repentinamente que quase acerto ela (de novo).

Era só um pesadelo. Só um pesadelo. De novo. Nada foi real. Haru entendeu o jogo de Shuuto e eu pude salvá-la. Foi há 9 anos, não há com o que me preocupar. Ela está viva. Eu também estou. Estamos em segurança.

A imagem do corpo de Haru sem cabeça continua marcada a ferro quente no meu pensamento. Tento me focar no rosto preocupado de Haru, vivinha da silva, no auge de seus 24 anos, ajoelhada na minha frente em cima de uma cama quente no sul do Chile. Aos poucos, a sua preocupação se transforma em um sorriso leve de compreensão. Ela me abraça e voltamos a nos deitar. Ah, acho que esse é o melhor remédio para me acalmar...
– Eu não sei o que teria feito se não tivesse conseguido – confesso. Haru não responde com palavras. Apenas aperta um pouco mais a abraço e me beija.
– Não pense mais nisso. Eu estou aqui – ela diz, bem baixinho.
– Eu te amo – sussurro, instintivamente. Haru afasta um pouco o rosto para me encarar. Parece surpresa. Acho que eu nunca tinha falado isso antes. Mas é o que eu sempre senti, desde a primeira vez que a vi, sentada naquela cadeira da Classe Negra e lendo os nomes de suas pretensas assassinas. Só não percebi, naquela época. Ou melhor, não entendi. A surpresa de Haru logo se transforma num sorriso aberto de satisfação.
– Eu também te amo – e me beija mais uma vez.

***POV Kobayashi***
– Aqui, eu perdi o rastro delas – confirma Daigo-senpai – provavelmente trocaram de número, email e cartão.
– A cidade é pequena, vai ser fácil achá-las. Mas vamos nos manter observando a distância, por enquanto. Não podemos alertá-las da nossa presença.
– Certo.
– Em cidades pequenas, rumores se espalham rápido. Vamos ficar em alguma cidade próxima e você as procura através das câmeras de Ciudad de Allende.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não tenho nada pra falar, eu poderia contar uma piada de papagaio mas não to afim, então é isso, flw

Ah, e capítulo novo na sexta, é noiz



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Akuma No Riddle: Nove Anos Depois" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.