O Amor Venceu escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 1
O Amor Venceu!


Notas iniciais do capítulo

Oie, tudo bom? Eu espero que gostem dessa pequena One, com um dos meus casais favoritos ♥ Boa leitura ♥



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O Amor Venceu
Escrita por Kokoro Tsuki.

O amanhecer vinha extremamente preguiçoso para o Santuário naquele dia, como se os raios de Sol se negassem a aquecer os corpos dos cavaleiros e soldados que ali se encontravam. Isso só não era muito incômodo pois naquele dia não precisariam treinar. Ou melhor, estavam numa longa fase de descanso após a derrota de Hades.

Eram poucos os servos de Athena que estavam em serviço, lutando por pequenas causas ou viajando em missões, como Ikki, por exemplo, que resolvera se aquietar um pouco e obedecer as ordens da Deusa por um tempo, ao menos até precisar desaparecer novamente, como sempre fazia.

A vida que estava levando agora não era ruim, junto a Shun conseguira uma boa casa na vila de Rodório e agora treinava uma doce e destemida garotinha que futuramente seria sua sucessora, enquanto seu irmão saia para suas andanças diárias, a fim de cuidar das pessoas doentes.

Sorriu ao lembrar-se disso. Ficava feliz por Shun, o mais novo nunca gostara de precisar lutar e tirar vidas alheias, então poder salvá-las era uma prazer que o cavaleiro de Andrômeda levaria para a vida toda e que o faria sorrir. Amava o sorriso do irmão, até mesmo aquelas que eram destinados a Hyoga — aquele pato maldito!

De qualquer forma, se o louro estava sendo bom para Shun, também era ele, por mais que vivessem discutindo e iniciando uma luta sem significado algum. Sempre acabavam rindo, foram companheiros de batalhas no fim das contas.

Ah, as batalhas! Jamais se esqueceria delas, de nenhuma delas, na verdade, mas havia uma em especial, uma que nunca saíria de sua cabeça e o fez interromper seu caminho ali, na escadaria das Doze Casas. Tantas lembranças em dores num só lugar.

Suspirou e continuou seu trajeto degrau acima até chegar à primeira casa. Tudo estava em seu mais perfeito silêncio, numa grande serenidade e calma que ele não vira há cinco anos, quando invadiram o Santuário para lutar contra os dourados — crianças estúpidas! E ainda tiveram que salvar Saori em doze horas.

Apesar de tudo, podia, ainda que muito pouco, sentir o cosmo de Mu por todo o local, paredes, chão, teto, tudo. Tudo emanava o cosmo sereno do tibetiano, mesmo que muito distante. Pensando assim, até que sentia um pouco da falta dele, de todos, na verdade. A Grécia não era a mesma sem eles. Sem ele.

Balançou a cabeça em negação e voltou a andar, nas casas próximas o mesmo acontecia, podia sentir o cosmo de Aldebaran, de Saga e de Máscara da Morte, o de Aiolia, extravagante como sempre, era o que estava mais intenso.

Ao chegar a sexta delas, porém, não conseguia sentir nada, além de um grande aperto no coração apenas de estar ali, tão perto e tão longe de Shaka. O homem de sua vida. O amor nunca declarado pelo indiano dilacerava seu coração, mas precisava continuar.

Assim que colocou um pé em Virgem pediu permissão para passar. Podia ser a maior idiotice de todos, afinal, estava vazia há anos, mas simplesmente não conseguia largar esse mania, pois era como se ele estivesse ali e fosse cobrar, a qualquer momento, educação.

"E eu sempre resmungava." pensou, dando um segundo passo e logo parando ao sentir a essência de flores, vinda dos jardins ao fundo da Casa de Virgem e se dirigiu para lá, abrindo a porta com um extremo cuidado e que não combinava muito consigo, mas não se importava.

Adentrou o local e foi sentar-se em baixo das árvores gêmeas, para assim, e só assim, se sentir um pouco mais perto do homem de longos fios dourados, sempre presente em seus melhores sonhos, mas não na sua realidade.

Fechou os olhos azuis com força, aspirando o aroma emanado pelas belas flores de cerejeira. Sorriu novamente, era como se Shaka estivesse com ele mesmo morto.

— Bem que você podia falar comigo as vezes, não? — perguntou em alto e bom som, ouvindo a própria voz ecoar por todo o lugar, porque sabia que o indiano também podia lhe ouvir. — Sei que seu cosmo permitiria isso.

Como resposta silenciosa o vento soprou mais forte, balançando seus cabelos castanhos e acariciando seu rosto moreno, num claro sinal de que ele estava lá, não em carne e osso, mas sim da maneira que podia estar, em alma.

Ikki tocou a própria face, na testa, onde se encontrava a cicatriz, e onde o vento batera de forma mais gelada, como o beijo que nunca receberia. Sorriu, se contentando com isso.

Era pouco sim, mas suficiente. Porque Shaka estava ali, ultrapassando mesmo as barreiras da morte para estar próximo a si.

O amor venceu, afinal.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos ♥



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