Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 20
19. Tempo




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Pov. Nicolas:

Era estranho como em seis anos a sua vida poderia mudar radicalmente.

Antes eu era um adolescente fascinado por administração e por alguém que parecia que não sentia o mesmo. E após desistir de correr atrás de um sentimento que não entendia me dediquei exclusivamente a reerguer a empresa que pertenceu ao meu avô, e hoje ela era uma verdadeira potência, havia filias da Sant Clair Enterprises em todo o mundo.

E isso me deixava orgulhoso, por que consegui provar a todos que eu merecia o cargo que estava exercendo agora.

–E o prazo de entrega Louis? - questionei para o responsável da logística enquanto andávamos pelo setor de produção da fábrica.

A Sant Clair Enterprises era responsável pela fabricação de várias peças usadas nos carros de passeio, e agora estávamos avançando no mercado de carros de corrida e aeronaves.

–Vamos entregar no prazo previsto senhor.- ele disse e sorri suave.

–Isso é bom.- disse antes de ver minha secretaria andando apressada em minha direção.

Abigail era meu braço direito e esquerdo na empresa, além de ser minha protetora. Pois segundo o clã dos caçadores, o herdeiro legal do trono italiano não deveria ficar desprotegido, como se eu fosse tão frágil assim.

–Aconteceu alguma coisa Abigail? - questionei preocupado por vê-la tão nervosa.

–A jornalista da Invictus já chegou Nicolas.- ela disse e suspirei.

–Você sabe que odeio dá entrevista.- disse e ela sorriu suave.

–Sei disso, e sei também que você inventou essa história de “vistoria” só para adiar a entrevista.

–Não é nada disso Abigail.- desconversei e ela revirou os olhos.

–Sei que você odeia isso, mas é necessário.- ela pediu e suspirei.

–Ok. Você disse a ela que não vou falar sobre minha vida pessoal?

–Sim.

–Ótimo. Louis terminamos depois.- disse lhe entregando o capacete que usava antes de passar a mão em meu cabelo loiro e seguir Abigail.

–Nicolas, está é Simone Fioré, jornalista da Invictus.- Abigail disse me apresentando a uma mulher que aguardava em minha sala.

–É um prazer conhece-la srta. Fioré.- disse e ela sorriu encantada ao me ver.

–O prazer é meu sr. Cullen.

–Nicolas, por favor.- pedi antes de indicar que nos sentássemos.- Gostaria de algo para beber srta. Fioré?

–Não obrigada e me chame apenas de Simone, por favor.- ela pediu e concordei antes de Abigail nos deixar a sós.

–E então, Simone quais são as suas perguntas? - questionei e ela piscou desviando a atenção de mim para o caderno em seu colo.

–Há sim claro.- ela disse antes de pegar seu celular para gravar a entrevista.

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–Allegra? - ouvi meu pai chamando minha irmã caçula assim que entrei em casa.

–Ela se escondeu de novo Ni? - questionei para a minha irmã que lia alguns processos na sala de jantar.

Nicole havia se tornado uma renomada advogada, minha irmã era conhecida por nunca perder uma causa.

Sabia que se um dia fosse para a cadeia Nicole me tiraria de lá em tempo recorde.

–Sim.- ela disse e vi meu pai descendo as escadas apressado.

–Filha, você viu a sua irmã? - meu pai questionou preocupado para minha irmã.

–Não pai.

–Se quiser podemos ajudar a procurar.- ofereci e ele concordou antes de começarmos a procurar por Allegra.

Minha irmã caçula tinha seis anos e adorava se esconder, o que nos deixava loucos tentando adivinhar seus esconderijos.

–E então? - meu pai questionou assim que nós três voltamos a sala.

–Nada.- disse cansado de procurar pela casa toda.

–Vi até debaixo da pia pai, mas nem sinal dela.- Nicole disse preocupada e meu pai parou de respirar.

–Ela nunca se escondeu por tanto tempo crianças, será que aconteceu alguma coisa? - meu pai questionou nervoso.

–Pai, vamos nos acalmar e pensar racionalmente.- Nicole pediu e ouvi uma respiração suave e baixa.

–Não posso me acalmar filha. Minha filha de seis anos está desaparecida nessa casa enorme, e se Allegra estiver machucada? - meu pai questionou desesperado e comecei a andar em direção a respiração.- Lanna vai me matar quando chegar de viagem e souber que perdi nossa filha.

Devagar abri a porta do armário da sala e vi minha irmãzinha dormindo sossegada dentro dele.

–Oi docinho.- disse suave antes de pegá-la no colo.- Papai a encontrei.

–Graças a Deus.- meu pai disse antes de pegá-la no colo e beijar sua testa.

–Como me achou papai? - Allegra questionou sonolenta assim que abriu os olhos e viu meu pai.

–Não fui eu meu amor, foi seu irmão. E me prometa que vai parar de brincar de esconde e esconde.- meu pai pediu e Allegra fez cara de choro.

–Mas eu gosto papai.

–Eu sei filha, mas você é boa demais nisso e não quero sentir novamente a sensação de ter perdido você. Promete?

–Prometo pai.

–Ótimo, agora vamos para a cama. Obrigado por me ajudar a procura-la crianças.

–Não precisa agradecer pai.- Nicole disse sorrindo antes de darmos um beijo em nossa irmã.

–E como foi a entrevista Nicolas? - meu pai questionou curioso e revirei os olhos.

–As mesmas perguntas de sempre.- disse e os dois riram.

–Você é mesmo loiro natural? - Nicole questionou e sorri.

–Você vai mesmo voltar para Forks?- meu pai questionou sorrindo.

–Por que você não tem uma namorada? - Allegra questionou e a olhamos surpresos.

Essa minha irmã era precoce mesmo.

–Eu sou loiro natural sim. E vou voltar para minha cidade natal, e não tenho uma namorada por que não quero.- repeti o mesmo discurso que disse hoje à tarde.

–Você não gosta de garotas Nikko?- Allegra questionou confusa e sorrimos.

–Claro que gosto, só que decide que estou fechado para balanço. E se você não lembra tive uma namorada há alguns anos atrás.

–A modelo russa?! Por favor, Nicolas. Aquela garota era horrível.- Nicole disse seria.

–É. Ela não gostava de mim.- Allegra disse brava e meu pai sorriu.

–Você sujou o vestido dela de sorvete Allegra.

–Por que ela me chamou de monstrinho.- ela se justificou e todos concordaram.

–E fora que a Nadia deu em cima do nosso pai o tempo todo, lembra? - minha irmã me lembrou e suspirei.

– Lembro disso tudo gente, por que vocês acham que terminei com a Nadia?

–Você não gostava dela filho.- meu pai apontou e revirei os olhos.

–Claro que eu gostava.- disse e minha irmã riu antes de colocar as mãos nos ouvidos de Allegra.

–Você gostava da Nadia por que ela era boa de cama, Nicolas.- Nicole disse e meu pai olhou feio para ela.

–Vamos esquecer isso gente. E não está na hora dessa bonequinha está na cama? – questionei e meu pai sorriu antes de me dá um beijo na testa e subir para colocar minha irmãzinha na cama.

–Tudo bem, não vamos mais lembrar da Nadia, por que temos uma festa para ir.

–Que festa?

–Nossa despedida, Lembra? Nossos amigos estão fazendo uma festa para nós e vamos comparecer Nicolas, então trate de subir e trocar de roupa para sairmos.- minha irmã disse me empurrando em direção as escadas e concordei antes de ir para o meu quarto.

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–Pensei que vocês não vinham mais.- Dean disse assim que Nicole e eu entramos na boate mais badalada da França que nossos amigos haviam fechado para a nossa festa de despedida.

–Desculpe o atraso, mas tivemos que ajudar o papai a procurar a Lê.- Nicole explicou e Dean sorriu.

–Onde foi que ela se escondeu dessa vez?

–Na estante da sala onde ficam as bebidas.- disse antes de pegar um copo de vodca que o garçom me serviu.

–Dia difícil? - ele questionou e concordei antes de tomar minha bebida de uma só vez.

–Ele teve que dá uma entrevista. Acho que Nicolas não lida muito bem com o fato de ser paquerado.- minha irmã disse e olhei feio para ela enquanto nosso amigo ria.

–Sempre achei isso Ni. Agora que tal se vocês fossem se divertir, afinal a festa é para vocês.- ele disse e concordamos antes de irmos em direção ao bar.

–Vou ser sua motorista hoje, afinal você está com uma cara de quem precisa de álcool no sangue.- minha irmã disse e pediu um suco para ela e uma vodca para mim.

–É por isso que te amo irmã.- disse antes de lhe dá um beijo na bochecha e ela sorriu.

–Eu sei. E Nicolas, não precisa ficar apavorado. Você não acha que está na hora de parar de fugir e desenterrar o que você guardou durante anos?

–Não sei do que você está falando.- desconversei antes de tomar um gole da minha bebida que o garçom havia acabado de entregar.

–Sabe sim. Você e eu somos gêmeos, sempre sentimos quando o outro não está bem. Apenas, pensa no que eu disse tá.- ela pediu me olhando e concordei antes de receber um beijo na bochecha.- Você vai ficar bem sozinho?

–Vou, pode ir ficar com o seu namorado.- disse assim que vi Seth entrar na boate.

Minha irmã me deu outro beijo antes de ir em direção ao seu namorado.

Quando estava na terceira dose da minha bebida senti alguém colocar as mãos em meus olhos e sussurrar em meu ouvido.

–Advinha quem é? - a voz sussurrou sexy e sorri antes de tirar as mãos do meu rosto e puxar a dona da voz para minha frente.- Sentiu saudade amor?

–É bom vê-la Nadia.- disse suave e ela revirou os olhos o que me fez sorrir.

Nadia era uma mulher linda, com longos cabelos vermelhos e belos olhos verdes que possuía um corpo de dá inveja a qualquer mulher, mas apesar de todas essas qualidades jamais consegui amá-la da forma que ela queria.

–Soube que você estava indo embora, então decide me despedir.- ela disse sedutora enquanto se aproximando mais de mim.- E quem sabe fazer você perceber que ainda me ama.

–Nadia, foi bom ficar com você por dois anos, mas acabou.- disse decidido e ela suspirou triste antes de envolver meu pescoço com seus braços.

–Tudo bem, mas se um dia você perceber que tomou a decisão errada vou estar aqui.

–Acho que você devia seguir em frente Nadia.- aconselhei e ela me olhou chocada.

–Não se pode seguir em frente quando amamos alguém Nicolas, e sei que você me ama. Só precisa ser lembrado disso.- ela disse antes de me beijar.

Devagar para não machucá-la me soltei dela que me olhou magoada.

–Não queria ter que lhe dizer isso, mas…Eu não te amo Nadia, acho que na realidade nunca amei você.- disse e ela me olhou chocada.

–Isso não é verdade. Sei que você me amou sim.- ela disse e tentou me beijar de novo, mas a impedi.

– Não Nadia. Eu nunca amei você, o que tivemos foi só atração e me desculpe por usá-la dessa forma.- disse com pesar antes de pegar minha bebida e sai dali.

Estava me sentindo horrível por ter dito aquilo a ela, mas talvez assim Nadia pudesse seguir em frente.

Pov. Leah:

Nem parecia que havia se passado seis anos. Parecia que o tempo havia passado tão lentamente que para mim havia se passado milênios.

Assim que me formei na faculdade recebi uma proposta de emprego em Forks, fui convidada para ser curadora de um museu que abrigaria a história do meu povo, e apesar de não ser nenhuma exposição badalada gostava do meu trabalho.

Gostava de poder ensinar as pessoas sobre meus antepassados.

–Onde posso colocar isso Leah? - Kevin, um dos funcionários do museu questionou com uma caixa nas mãos.

–No lado norte Kevin, perto dos barcos por favor.- disse e ele concordou antes de levar a caixa para o local indicado.

–Leah? - ouvi Emily gritar desesperada enquanto entrava no museu.

Depois que tive meu imprinting consegui perdoar minha prima por tudo que houve no passado e retomamos nossa amizade de antes.

–O que foi que aconteceu? Por acaso a reserva está pegando fogo? - brinquei assim que ela se aproximou de mim e a mesma revirou os olhos.

–Claro que não. É que fui hoje cedo para Forks e assim que vi isso pensei em você e comprei.- ela disse eufórica enquanto segurava uma revista nas mãos.

–Tá legal. E o que foi? - questionei curiosa e ela me entregou a revista que estava em suas mãos.

Assim que olhei a capa da revista minhas pernas tremeram tanto que só não cai no chão por que minha prima me segurou.

–Sabia que era ele.- ela disse sorrindo antes de gritar Kevin para ajudá-la a me levar para a sala.

–Mais calma Leah? - ela questionou assim que tomei mais um pouco da minha agua com açúcar.

–Não sei.- sussurrei atordoada sem tirar os olhos da revista que estava em cima da minha mesa.

–Só comprei essa revista por que achei que você ficaria feliz em vê-lo, mas se soubesse que você teria um ataque nem teria comprado. Acho melhor jogá-la fora.- Emily disse pegando a revista de cima da mesa e fui para cima dela tomando-a de suas mãos.

–Nem ouse em pensar nisso ou eu te mato.- disse seria e ela sorriu suave enquanto meus olhos voltavam para a capa da revista.

–Ele está lindo, não é? - Emily questionou enquanto eu abria a revista e ia me sentar para lê-la.

–Nicolas sempre foi lindo, Emily.

–Sei disso, só que agora ele é um homem feito. E que homem prima.- ela disse sorrindo e olhei feio para ela.- Tudo bem, já entendi que você quer ficar sozinha com ele, e que eu não devo ficar brincando sobre a beleza dele.

– Isso mesmo. Agora sai.

–Tudo bem. De nada Leah.- ela disse e riu antes de sair da minha sala.

Assim que estava sozinha comecei a ler a entrevista de Nicolas e pode perceber que apesar dos anos ele ainda era o mesmo.

Só que agora ele aparentava ter a mesma idade que eu.


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Notas finais do capítulo

Imagens do capitulo:

Nicolas:
http://www.polyvore.com/eternidade_cap_19/set?id=168633328

Nadia:
http://www.aceshowbiz.com/images/wennpic/alyssa-campanella-escape-to-total-rewards-los-angeles-01.jpg

Leah:
http://www.polyvore.com/eternidade_cap.19/set?id=168829718

Revista Invictus:
http://www.polyvore.com/revista_invictus_cap_19/set?id=168827501



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