Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 7
"Talvez eu devesse ter escutado minha melhor amiga há alguns meses..."


Notas iniciais do capítulo

Heeey, demorei? Pois é. Jogos Internos Escolares, Provas Federais, Elaboração de projetos... Tô lotada, mas tirei um tempinho para publicar esse capítulo narrado pelo León :*
Agradeço a todos os comentários, amo todos eles e assim que acabar de publicar esse capítulo vou responder TODOS, porque são todos que me fazem sorrir ^^

Boa leitura, amores



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Eu não sabia o que estava acontecendo. Depois da apresentação da banda, vi o Andrés “dar em cima” de uma menina – muito linda por sinal – que eu nunca tinha visto aqui no Studio, o Broduey o cortou e isso me fez rir. A banda toda foi cumprimenta-la, exceto eu que fiquei guardando os instrumentos. A garota parecia ter certa intimidade com o Maxi e isso me deixou com uma pulga atrás da orelha.

– Vamos parar de falar bobagem e guardar os instrumentos? – perguntei indiferente.

Eles vieram, mas eu ainda não deixava de pensar naquela garota. Algo nela mexia comigo, especificamente no meu ponto fraco.

+++

Acordei com o Jonas – meu irmão mais novo – jogando seu travesseiro na minha cara. Ele ria e eu olhava sério para ele.

– León Vargas? Você está cinco minutos atrasado! – Falou “formalmente”.

– Se eu estou cinco minutos atrasado o que você ainda faz aqui? Deveria estar na escola.

– Uma senhora chamada Cecília me fez vir aqui e ficar até você acordar. – explicou com cara de tédio.

– Tá, tá. Agora sai daqui Jonas!

Não falou nada, muito menos assentiu. Apenas saiu.

Eu não gostava muito do Jonas. Nós somos gêmeos bi vitelinos – gêmeos que não são idênticos -, e eu sou mais velho que ele. O Jonas não era o irmão que eu podia confiar. Lembro que quando éramos crianças ele fazia de tudo para a Violetta brincar apenas com ele, me excluindo. Eu já cheguei a evitar chegar perto dele quando está com ela, não queria que a minha melhor amiga se iludisse com o teatrinho dele. Eu tinha um irmão mais velho, mas desde que vim morar aqui não recebo notícias dele. Falar sobre ele aqui em casa é como se fosse proibido. Semanas atrás eu havia ganhado uma irmã e desde então, ela se tornou a alegria da casa. Sorri com esse pensamento.

Levantei-me da cama em um pulo e em um instante eu já estava pronto. Desci para tomar café e o Jonas não estava mais lá, provavelmente já tinha saído. Cumprimentei minha querida mamãe Cecília e minha irmãzinha, a Luna, que estava em seu colo. Tomei café rapidamente e fui para o Studio.

Quando cheguei, combinei um ensaio hoje com a banda. Olhei a hora e já estava exatamente na hora da aula. É o Jonas não sabe nada sobre meus horários e me acorda a qualquer hora todos os dias. Maxi me falou que a aula começaria mais tarde porque o Antônio queria conversar com todos da nossa turma. Juro que fiquei curioso.

Minutos mais tarde, o Antônio nos chama ao zoom. Ele estava acompanhado da linda garota de ontem. O nome dela é Violetta e vai estudar conosco. Pude vê-la melhor, mas foi em um instante. Percebi que ela me olhava e por isso desviei o olhar.

Depois da apresentação da linda menina de ontem – ainda vou chamá-la assim -, fui para as aulas. Hoje é terça-feira e eu não suporto as aulas deste dia. Poxa, odeio as aulas de Percepção Musical e de História da Música. Talvez fosse pior se eu estivesse em uma escola normal – aquelas que estudam Matemática, Ciência, Leitura... – como o Jonas.

Participei das aulas sem reclamar, mas algo chegou a minha cabeça. O nome da novata era Violetta. Seria Violetta Castillo? Aquela menina que esteve comigo durante dez anos e simplesmente “me abandonou”?

Fui para casa, faminto. Necessitava almoçar e quando cheguei minha mãe estava cozinhando aquela lasanha mexicana que só ela sabe fazer, mas ela tinha começado há pouco tempo e eu teria que esperar meia hora para poder degustar aquele sabor apimentado do México. Queria poder ajudá-la, mas como eu não resisto ela nem me deixaria chegar perto. Subi para o meu quarto, me joguei na cama e decidi esperar aquele delicioso almoço. A garota de ontem ainda não saia da minha cabeça e agora ela vai estudar comigo. Ela era familiar, mas não posso ter certeza se era quem eu pensava.

Meu telefone tocou duas vezes, mas não atendi porque eu estava ocupado demais raciocinando sobre a linda menina de ontem. Olhei no visor, era a Ludmila.

“Estou ferrado!” pensei.

Retornei a ligação rapidamente.

– Laión? – Falou calmamente ao atender.

Eu sabia que aquilo tudo era fachada, ela estava brava.

– Eu?

– Onde você estava que não atendia a droga desse telefone? – indagou.

“Na lua” pensei.

– Estava procurando uma partitura. – menti.

– A mesma que você procura todos os dias? – desconfiou.

– Ludmila!

– Um dia eu descubro o que você está aprontando Laión, mas me faz um favor.

Ela não merecia, mas eu tinha que o fazer.

– Finge que essa conversa não existiu e não conta para os seus amiguinhos, são todos uns fofoqueiros e se todos descobrem meu filme é queimado. – desligou.

Respirei fundo. Eu já estava me cansando disso, de ser o namorado de uma menina que só pensa em si mesma. Talvez eu devesse ter escutado minha melhor amiga há alguns meses, mas ela não está aqui e se estivesse me diria: “Eu avisei!”.

Ah, como eu sentia falta dela, dos conselhos dela, dos abraços dela, dos... Ah esquece! Era ela que fazia falta, não esses detalhes.

(...)

Quando cheguei à sala de ensaio, a Violetta olhava incrédula para a Ludmila. Ótimo, o que a loira aprontou agora? Ignorei a Violetta e fui cumprimentar a Ludmila. Odiava ter que fazer isso.

– Como vai a garota mais linda e talentosa do Studio? – Perguntei para agradá-la, estalando um beijo na bochecha dela.

– Ótima, como sempre! – Respondeu – Mas, e aí? Quais são os planos para hoje? – Falou sedutora, colocando as mãos em meu peito.

– Ah, não sei. Tenho ensaio agora! – Cortei.

– E porque acha que eu estou aqui?

Fiquei calado, dei um selinho nela e fui em direção aos meninos.

Aquele selinho me deu calafrios, até a Violetta beijava melhor que ela. Como eu sei? Eis a questão. Mordi o lábio inferior.

Começamos a ensaiar, os olhares de Violetta iam e viam do Maxi para mim. Ao acabar esse primeiro ensaio, ela sorriu e aplaudiu. Ludmila disse que ainda dava para melhorar, então tive que defender ela dizendo que foi uma opinião construtiva e que a opinião da Violetta não valeria tanto, pois ela tinha acabado de entrar no Studio. De alguma forma, falar aquilo não me deixou muito bem. O Maxi falou que ela era sobrinha da Angie e a chamou de Vilu. Será mesmo ela quem eu estou pensando?

Ensaiamos por mais um tempo, e quando menos esperei só estávamos eu, a Violetta e a Ludmila na sala. Ludmila logo saiu feita louca, provavelmente para ir comprar uma bolsa ou uma roupa que acabou de chegar às lojas, deixando eu e a Violetta a sós.

– Isso é normal? – perguntou.

– Sim e às vezes é pior. – respondi rindo ao pensar que um dia eu pude achar que gostei da Ludmila.

Ela me perguntara se eu conseguia aguentar aquilo e eu respondi que não sabia, tudo estava confuso quando o assunto era nós dois. Qualquer um acha isso estranho, mas o que posso fazer? Eu só servia para acompanha-la!

– Porque diz isso? – perguntou.

– Porque durante toda a minha vida só pude confiar em uma pessoa.

Sim, era ela. Violetta Castillo, a garota que mexia com o meu ponto fraco.

Convidei a bela menina para sair, e tenho certeza que tiraria minhas dúvidas. Se ela for a Castillo, descubro logo, afinal sou o “melhor amigo” dela.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Entenderam bem? O León está desconfiaaando. Querem outro capítulo narrado pelo nosso príncipe?

Bye, hasta luego!



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