Harry Potter e O Legado de Gryffindor escrita por MLCarneiro


Capítulo 4
Capítulo 03 – A Carta do Ministério


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Queria agradecer aos comentários que já recebi, mesmo sendo poucos já fiquei muito feliz :)

E para quem não leu a fanfic anterior, só pra vocês entenderem melhor o reencontro da Gina e do Harry deste capítulo, em Gina, Inesquecível, o Harry acaba não terminando com a Gina no fim do período letivo, eles acabaram se aproximando mais ainda até. Achei bom avisar aqui para quem não leu não estranhar.

É isso, espero que gostem! :)



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Capítulo 03 – A Carta do Ministério

— Harry, querido! Que bom que você está bem!

A senhora Weasley surgiu assim que ele e Tonks entraram na cozinha d’A Toca. Ela vestia um avental rosado e tinha o cabelo preso com um lenço, parecia estar preparando o almoço. Puxou duas cadeiras e fez com que eles se sentassem, fazendo o mesmo logo em seguida.

— O que aconteceu, digam-me? O que foi toda aquela barulheira lá fora? E o que aconteceu com os outros? Ah, por Merlin, não me digam que... – ela olhou para o relógio na parede e viu que os ponteiros de Carlinhos, Fred, Jorge e Arthur estavam na casa de “Perigo Mortal”.

— Não, Molly – Ninfadora a acalmou –, nós não sabemos ainda o que aconteceu com eles. Nós estávamos vindo, tudo parecia estar bem. Então, a poucos metros daqui... Ouvimos uma explosão, foi tudo muito rápido, depois surgiram vários Comensais da Morte e nós batemos os carros...

Tonks parou quando ouviram gritos vindos do quintal. Os três se levantaram e viram Fred e Jorge entrarem pela porta, os dois carregando Carlinhos que mal conseguia ficar de pé.

— Meu filho! O que aconteceu?

— Calma mãe – disse Fred –, está tudo bem. Eles o atingiram com a Cruciatus, mas agora ele já está bem.

— Oh, Merlin... – ela foi até o filho mole, o abraçando – Meus filhos nessa guerra... Isso não pode...

— Mãe! – Jorge elevou a voz, irritado, enquanto colocavam Carlinhos sentado numa cadeira – Não venha com isso agora, estamos todos nessa guerra, poderia acontecer com qualquer um.

— E os outros, onde estão? – perguntou Harry, enquanto Molly ainda resmungava.

— Kingsley foi... Seriamente ferido. Não sabemos o que o atingiu, mas ele estava mal. Lupin ficou lá para ajudá-lo.

— E os comensais?

— Conseguimos nos livrar deles. Nós íamos ficar lá para ajudá-lo, mas o Lupin não deixou, mandou que trouxéssemos o Carlinhos.

— E quanto ao seu pai, Moody e Mundungus? – indagou Tonks – Algum sinal deles?

— Nada. Lupin ia investigar isso também.

— Eu vou atrás dele.

— Não, Tonks... – mas a mulher já tinha saído da cozinha, indo atrás do lobisomem.

— O que aconteceu com Arthur? – perguntou Molly, confusa.

— Ele estava no carro de trás, junto de Moody e Mundungus. – respondeu Harry – E... Foi desse carro que ouvimos a explosão.

— Oh não... – Molly quase desabou – Eu vou junto com a Ninfadora.

— Não, mãe! – Fred a segurou – Você vai largar seus filhos aqui, sozinhos?

— Ah, não me deixe mais confusa, Fred! Arthur... Por Merlin!

— Gente! – disse Harry, aumentando o tom da voz – Vamos nos acalmar, ok? Não há nada a fazer agora. Logo Tonks e Lupin vão voltar trazendo noticias. Enquanto isso só nos resta esperar. Se os comensais já tinham sido derrotados não há mais perigo.

Nesse momento surgiram da escada Hermione e Gina, que tinham escutado as vozes vindas do primeiro andar. Os olhos verdes se juntaram aos castanhos por um longo instante quando Harry e Gina se encararam. Ele teve uma vontade imensa de correr e abraçá-la, mas conseguiu se conter. Ela estava puramente linda com seus cabelos ruivos soltos e um vestido de algodão branco. O máximo que ele pode fazer foi retribuir o sorriso que ela lhe deu.

— Harry! – Hermione correu para abraçá-lo – Eu não sabia que você já ia chegar hoje.

— Nem eu.

— O que houve com Carlinhos? – perguntou Gina, ainda ao pé da escada, agora se dirigindo para o irmão mole.

— Comensais da Morte. – disse Jorge – Mas ele já está bem.

— Sim, já está bem, não é, querido? – Molly, mais calma, segurou o ombro de Carlinhos, que concordou molemente com a cabeça – Tudo que ele precisa é de um bom almoço. Vamos, sentem-se, vou terminar de prepará-lo.

Os Weasleys, Harry e Hermione se sentaram à mesa enquanto Molly terminava de assar um peru recheado. O sol já começava a descer e agora entrava com força pela janela, anunciando o início da tarde. Harry tentava olhar para Gina sem que os outros percebessem, mas ela parecia não querer fitá-lo. A senhora Weasley serviu o almoço para todos e eles começaram a comer em silêncio. Harry percebia que Hermione queria falar com ele, mas se segurava. Molly ajudava Carlinhos a comer e Fred e Jorge pareciam mais quietos e sérios do que o normal.

Uma coisa amarela e peluda pulou no colo de Harry, e ele reconheceu Bichento, que vinha ronronar embaixo de seu braço. Harry, então, fez carinho no gato e começou a explicar para as duas garotas o que tinha acontecido, desde o bilhete que ele recebera de Lupin.

Minutos depois, quando Harry estava terminando a história, eles ouviram mais passos no jardim e Tonks, que estava com o cabelo esverdeado e uma expressão séria no rosto, entrou na cozinha, seguida por Lupin que apoiava o senhor Weasley.

— Arthur! – a senhora Weasley exclamou, indo ao encontro do marido e ajudando-o a sentar – Como você está, querido?

— Bem, estou bem. Ainda um pouco tonto, mas não foi nada.

— O que aconteceu? Onde estão os outros?

— Eu não sei, Molly. Moody foi quem me tirou do carro, mas sumiu logo depois, quando foi caçar um comensal. Mundungus desaparatou assim que nós batemos.

— Maldito covarde. – disse Jorge.

— Foi tudo muito rápido. O carro explodiu e eu quase não senti o calor do fogo que vinha de baixo. Depois capotamos, o que nos salvou foram aqueles cintos dos trouxas. Mundungus já tinha desaparatado quando o carro parou, mas eu estava preso, então Alastor me ajudou e depois sumiu.

— E o Kingsley? – indagou Harry.

— Ficou bem. No fim não foi nada demais. Ele foi atrás de Moody.

— Crianças, vocês já terminaram de comer, por que não sobem com as malas do Harry e deixam eles sentarem.

— Claro, Molly. Eu vou ficar no quarto do Rony?

— Isso, querido. Gina, vá chamar seu irmão enquanto eles...

— Edwiges! – Harry se levantou abruptamente – Ela e a minha mala ficaram no carro! Eu preciso ir pegá-las.

— Não, Harry, você não. – Lupin disse – Ainda não sabemos se é seguro.

— Nós vamos. – disse Jorge e Fred juntos – A gente pode aparatar rápido e pegar as coisas do Harry.

Apesar dos resmungos da senhora Weasley, os gêmeos foram atrás dos pertences de Harry. Nem dois minutos mais tarde, eles estavam voltando correndo pelo jardim, Jorge com o malão e Fred com Edwiges. Disseram que não havia nenhum Comensal quando perto dos carros, mas que a polícia trouxa estava chegando para averiguar o que tinha acontecido e quase os pegou lá. Arthur comentou alguma coisa sobre avisar o Ministério e Lupin foi para a lareira da sala de estar.

Gina foi chamar seu irmão, que na certa teria dormido novamente depois de ter ajudado a mãe a arrastar todos os móveis da sala pela manhã, enquanto Hermione ajudava Harry a carregar sua coruja. Os dois subiram as escadas até o último quarto e encontraram Rony se espreguiçando enquanto Gina o cutucava, sentada na ponta da cama. O quarto estava uma grande bagunça, a exceção da cama destinada a Harry, onde Bichento tinha pulado e se enroscava olhando para os quatro a sua frente.

— Harry! – Rony exclamou, sentando na cama e vendo que o amigo tinha chegado – Você veio hoje!

— É, tivemos alguns problemas e a Ordem resolveu que era melhor eu partir hoje.

— Que bom! Assim você pode até nos ajudar a desgnomizar o jardim. Vocês já almoçaram?

— Já. – Respondeu Hermione – Mas você deve estar faminto, não é? Além disso, Carlinhos e seu pai foram feridos, você não quer ver como eles estão?

— Feridos? Mas... Como assim, aconteceu alguma coisa enquanto te traziam, Harry?

— Acontec...

— É, aconteceu, Rony. Mas eu te conto enquanto você come. Agora o Harry precisa arrumar as coisas dele aqui e descansar.

Resmungando, Rony se levantou e seguiu Hermione pelas escadas, ela já começando a contar o que tinha acontecido. Harry ficou sem graça por uns instantes, então levou a gaiola de Edwiges para a janela e fez carinho nela, vendo que a coruja ainda estava assustada. Ele só percebeu Gina se aproximando quando ela enroscou seus braços no peito dele e o abraçou, recostando a cabeça em seu ombro.

— Estava com saudades.

Ele segurou as mãos dela antes de desfazer o abraço e se virar de frente, olhando nos olhos castanhos dela. Seu peito pareceu se aquecer enquanto a felicidade de receber aquele abraço o preenchia. Como sentia falta da intensidade daquele olhar. Ainda segurando suas mãos, ele beijou levemente os lábios dela.

— Eu também. Você não imagina quanto.

Sorrindo, eles se abraçaram e se beijaram longamente, tentando transmitir toda a felicidade de estarem juntos novamente. Ali ficaram por vários minutos, sem coragem de se separarem, até que um miado estridente de Bichento os acordou e eles se separaram. Nem tinham percebido que o gato continuara ali, e Gina enrubesceu ao vê-lo os assistindo. Logo eles ouviram passos vindos da escada e Gina se sentou na cama e fingiu estar fazendo carinho em Bichento, enquanto Harry abria a portinhola da gaiola de Edwiges, deixando-a sair.

Fred e Jorge surgiram no quarto dois segundos depois, chamando os dois para descerem, pois logo começariam a desgnomizar os jardins. Harry disse que já estava indo, colocou seu malão em cima da cama e se sentou ao lado de Gina. Bichento pulou para o chão e saiu do quarto quando Gina apoiou a cabeça no ombro do namorado. Ele segurou sua mão e com a outra afagou o cabelo da ruiva. Não conversaram muito nesse reencontro, mas apenas esses momentos já expressavam muitas coisas para os dois. Antes que mais alguém aparecesse, se levantaram e foram para a cozinha onde estavam todos os outros.

A maioria dos membros da Ordem já não estava mais lá, só os irmãos Weasleys e Hermione, que estavam esperando as ordens de Molly. Hermione deu um risinho quando os viu os dois chegarem, mas Rony e seus irmãos estavam entretidos discutindo sobre a final do Campeonato Inglês de Quadribol. Sentaram-se ao lado de Hermione logo antes da Sra. Weasley começar a falar.

— Queridos, o casamento de Gui é domingo e quase nada está pronto ainda.

— Ah, mãe, quase nada é exagero...

— Quase nada sim, Fred! O jardim está cheio de Gnomos, os quartos estão todos desarrumados, e temos muitos doces a fazer ainda! Tudo isso tem que estar pronto até amanhã cedo, pois os parentes de Fleur chegam ao cair da noite e não quero que eles pensem que esta é uma casa de trasgos. No sábado montaremos a decoração do casamento, todos juntos, e à noite vamos comemorar o aniversário de Harry.

— Ah, mas não precisa, Sra. Weas...

— Lógico que precisa, Harry! Não é todo dia que se faz 17 anos. Além do mais, vai ser só um jantar para os amigos próximos, nada demais. – Harry acatou, vendo que não teria muita escolha – Então é o seguinte. Agora de tarde vocês, garotos, vão desgnomizar o jardim. Enquanto isso, Gina e Hermione me ajudam a preparar os comes do casamento e da festa de sábado.

— Ah, mãe! Mas eu queria...

— Sem reclamações Ginevra, eu preciso de ajuda aqui e os garotos podem fazer aquele trabalho muito bem sozinhos. Além do mais, você nunca gostou de desgnomizar o jardim mesmo.

— É... Mas, ah... Está bem, está bem.

Harry seguiu para o jardim com os garotos, olhando para a cara emburrada de Gina antes de sair pela porta. Passaram a manhã inteira caçando as pequenas criaturinhas e arremessando-as para que se assustassem e voltassem a suas tocas. Harry achava aquilo muito divertido, assim como Fred e Jorge, mas Rony não gostava nem um pouco, ainda mais porque sempre era mordido pelos gnomos mais ousados. Perto do fim da tarde, acharam o último gnomo e, depois de procurar por mais meia hora sem encontrar nenhum, resolveram que tinham terminado e entraram de volta na casa.

O início da noite foi mais monótono, tiveram que arrumar e limpar todos os quartos e, depois, limpar a sala de estar, o que foi bem cansativo. Mas, pelo menos nesta última tarefa, tiveram a ajuda das garotas. Ao fim do dia já tinham terminado tudo e se jogaram, exaustos, nos sofás. Ficaram um bom tempo conversando, até que a Sra. Weasley os chamou para o jantar.

Depois da janta, Molly segurou Gina e Hermione para terminarem com a preparação dos doces do casamento, o que foi muito protestado, sem sucesso. Harry subiu com Rony para o quarto, desapontado por quase não ter conseguido falar com sua namorada, e desabou na cama, morto de cansaço.

— É impressão minha ou a mamãe quer nos transformar em elfos domésticos?

— Não sei... – Harry riu – Mas ela conseguiu nos deixar ocupados o suficiente para que não pudéssemos ao menos conversar direito. Quase não vi a Gina o dia inteiro.

— Uhn... Vocês não vão contar para todo mundo o namoro de vocês?

— Contar? Não, não... Não quero mais atenção para cima de mim. E quanto menos gente souber, mais a Gina fica protegida.

— Só tomem cuidado com os amassos... Hora ou outra Dona Molly vai descobrir e aí a coisa vai ficar feia.

— Vire essa boca para lá, não quero nem ver.

— Não queira mesmo... – Rony bocejou antes de virar para o outro lado da cama – Boa noite, Harry, ‘tô com muito sono... Amanhã a gente conversa mais.

— Boa noite. – Harry continuou acordado, pensando em Gina e em seu namoro, pensando no que iria fazer daqui para frente, sem conseguir chegar à conclusão nenhuma. Alguns minutos depois, adormeceu.

No dia seguinte acordou tarde, e quando desceu todos já estavam fazendo o desjejum. Quando ele se sentou à mesa, percebeu que olhavam com uma cara estranha para ele e, quando perguntou o que era, Molly entregou a ele uma pequena carta com o selo do Ministério.

— Harry, esta carta chegou hoje cedo para você.

Curioso e apreensivo, ele abriu rapidamente e leu.

Ao Ilmo. Sr. Harry Tiago Potter,

Nosso Setor de Controle do Uso Indevido de Magia constatou que o senhor realizou três feitiços perto de um vilarejo trouxa, em Ottery St. Catchpole, na manhã da última quinta-feira. Como o senhor sabe, ainda não completou 17 anos e é proibido de fazer feitiços fora da escola. E como o Sr. é reincidente nesse ato, está definitivamente expulso da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e terá de comparecer ao tribunal do Ministério na próxima segunda-feira, dia 2 de Agosto, às oito horas em ponto, para ser julgado por seus atos.

Atenciosamente,

Welby Ford, Setor de Controle do Uso Indevido de Magia, Ministério da Magia.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por chegarem até aqui, espero que estejam gostando :D

Como sempre, se puderem deixem suas opiniões aqui nos comentários, é muito bom quando recebemos esse feedback dos leitores :)

Até semana que vem!



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