Hell on us escrita por Sami


Capítulo 13
É agora ou nunca!


Notas iniciais do capítulo

Oie meus lindos e lindas!

Trago aqui mais um capitulo novinho para vocês e saibam que só está sendo postado graças a volta de uma das melhores séries já feita nesse mundo. Claro que estou falando de The Walking Dead!!
Falando nisso, quem já assistiu o episódio, o que achou dele?? Me contem, vamos conversar um pouco sobre isso!!

Bom, agora já podem ler o capítulo hehe



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[...]

 

Abri meus olhos me sentindo completamente dolorida por causa daquela posição horrível que eu estava, eu não sabia por quanto tempo havia dormido — nem acreditava que mesmo estando naquela situação de merda que estávamos ainda consegui dormir —, sentia meu corpo cansado e pesado e minha vontade era fechar meus olhos e voltar a dormir, mas quando ouvi o choro alto de Judith me despertar por completo essa vontade pareceu sumir de repente. Carl se mexeu atrás de mim como se tivesse levado um susto com o choro e o senti mover os braços tentando novamente se soltar daquelas cordas grossas que nos mantinha amarrados.

O projeto de xerife tentava a todo o momento se soltar delas e quanto mais ele fazia isso, mais essas drogas me machucavam.

Ouvimos passos que vinham do lado de fora do quarto e fiquei preocupada com o que poderia ser desde o dia anterior aquele mesmo homem que havia trazido Judith para o quarto fez constantes visitas no quarto, ele nada fazia. Apenas ficava parado por um tempo encarando a mim e depois dava a volta para encarar Carl também. Eu sabia que ele e o resto daquele grupo ainda iriam fazer alguma coisa com a gente e era por isso que tínhamos que dar o fora daquele lugar o quanto antes; só de pensar que eles poderiam tentar alguma coisa também com Judith isso me assustava ainda mais.

A porta se abriu e um homem um pouco mais baixo que o loiro que entrava constantemente no quarto entrou, ele parecia bravo por causa do choro alto da irmã de Carl e parecia que havia acabado de acordar também.

— Mas que merda! — Gritou ele caminhando até Judith e parou na frente do cercadinho que criança onde ela estava. — Cala essa maldita boca!

Ele se abaixou um pouco tirando ela de dentro do cercadinho e a segurou no colo começando a balançar ela de um lado para o outro, eu olhava para tudo aquilo notando o quanto aquele inútil parecia não saber muito bem o que estava fazendo. A primeira coisa que notei foi que ele não sabia nem mesmo segurar uma criança direito e queria conseguir fazê-la parar de chorar.

A segunda coisa que notei, foi o quanto ele parecia começar a ficar irritado quando viu que o que ele estava fazendo não estava adiantando muito bem. Ele começou a balançá-la um pouco mais rápido e isso me deixou bem mais preocupada; se aquele monte de merda a deixasse cair no chão eu não sei o que eu faria com ele.

— Olha o colar do tio. — Ele ergueu o pingente de cruz em sua corrente mostrando o objeto para a irmã de Carl e na mesma hora ela mostrou que não estava querendo brincar e começou a chorar ainda mais alto. Ele fez uma cara feia quando o choro ficou mais alto e rapidamente se mostrou sem paciência alguma para isso.

— Será que você não percebeu que ela está com fome, seu monte de merda? — Perguntei com minha voz totalmente irônica naquele momento. Ele virou o rosto me olhando como se quisesse entender o que eu havia acabado de falar e ficou daquele jeito durante alguns segundos. — Mas que droga, vai logo dar alguma coisa pra ela comer!

Ele não disse nada, apenas caminhou até a porta saindo do quarto e então a fechou novamente deixando eu e Carl sozinhos como no dia anterior.

— Você ficou louca? Eles podem querer matar a minha irmã! — Carl virou o rosto para tentar me olhar. — Por que fez isso Ayla?!

Revirei meus olhos.

— Eles não vão matar ela, se fossem mesmo já teriam feito isso ontem mesmo. — Falei. — Mas agora precisamos pensar num jeito para fugir daqui logo!

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Podemos tentar o mesmo de ontem Ayla, mas não agora porque alguém pode entrar aqui a qualquer momento. — Carl virou o rosto para o outro lado. — Podemos esperar que eles saiam e aí tentamos de novo!

— É. Só precisamos torcer pra que eles façam isso antes que nos matar!

Ouvimos a porta se abrir novamente e o mesmo homem que havia levado Judith para fora do quarto estava de volta. Ela agora não estava chorando e segurava um pedaço médio de pão com suas pequenas mãos, o homem a colocou de volta no cercadinho parecendo satisfeito por ter conseguido fazer com que ela parasse de chorar.

Ele ficou alguns segundos olhando para ela em silêncio apenas a observando enquanto a menina comia o pão de um jeito desastrado, o homem me olhou rindo de um jeito que eu já havia visto antes e senti minha espinha arrepiar com aquilo. Já havia passado por uma situação um tanto parecida com aquilo e posso dizer com todas as letras que o que havia vindo em seguida foi algo do qual eu jamais contaria par a alguém e nem mesmo gostava de me lembrar. Mas o jeito como aquele filho da mãe havia me olhado foi exatamente do mesmo jeito que outro desgraçado já me olhou e isso me trouxe memórias terríveis.

Sacudi a cabeça rapidamente tentando afastar aqueles pensamentos da minha mente e continuei sendo encarada por ele, confesso que aquele olhar já estava me assustando muito e me deixando mais preocupada do que eu já estava.

Ele finalmente começou a caminhar para fora do quarto e finalmente saiu fechando a porta como havia feito antes, fiquei um tempo tentando me acalmar depois daquilo e voltei minha atenção para Judith que estava no cercadinho.

Algumas horas se passaram até que uma movimentação no andar de baixo começou, não consegui ouvi direito, mas só ouvi que eles iriam buscar mais comida. Era isso o que eu queria naquele momento, que eles saíssem para que pudéssemos tentar finalmente escapar daquela droga de quarto e casa. Essa era a nossa chance e não podíamos dar bobeira.

 

...

 

Quando finalmente tivemos certeza de estarmos sozinhos naquela casa, eu e o projeto de xerife tentamos fazer a mesma coisa do dia anterior; dessa vez isso teria que dar certo de um jeito ou de outro. Carl foi o primeiro a começar a se levantar e quando ficou de joelho foi a minha vez, eu demorei um pouco mais quando consegui — não sei como — deixar a corda ainda mais enroscada do que ela já estava.

Respirei fundo mantendo a calma e deixando o nervosismo de lado e tentei novamente me levantar, senti minha perna esquerda dar uma estralada e depois senti a outra também estralar. Se fosse antes até me preocuparia com isso, mas como passei muito tempo sentada numa posição péssima não dei tanta importância para aquilo.

Agora estávamos os dois de joelhos do mesmo jeito que no dia anterior, virei o rosto rapidamente para olhar Carl e depois olhei para Judith que olhava na nossa direção sem entender nada do que estava acontecendo ali. Voltei minha atenção para as minhas pernas e alertei Carl de que começaríamos a ficar de pé, ele concordou rapidamente e então começamos juntos a tentar nos levantar. Perdi o equilíbrio por dois segundos e por muito pouco não acabei nos derrubando novamente no chão, suspirei aliviada quando conseguir recuperar o meu equilíbrio e então continuamos.

Estávamos quase totalmente de pé quando ouvimos a porta do primeiro andar se abrir como se estivesse sendo arrombada, nós dois paramos do mesmo jeito que estávamos e ficamos em silêncio tentando ouvir alguma coisa. Torcia mentalmente para que aquele grupo que havia nos pegado não tivesse voltado tão cedo e para que não fosse nenhuma outra pessoa que poderia nos fazer alguma coisa.

— Quem será que entrou? — Carl sussurrou tão baixo que eu quase não consegui entender direito o que ele havia me falado.

— E eu vou saber quem é? — Comecei a respirar fundo tentando diminuir minha ansiedade e torcendo ainda mais para que não fossem eles.

Não podíamos ficar mais nenhum segundo ali dentro com eles ou eles acabaria nos matado cedo ou tarde.

Tudo então ficou silencioso novamente, como se apenas nós três estivéssemos naquela casa, estranhei aquilo, num minuto parecia que alguém havia arrombado a porta e no segundo seguinte não se ouvia absolutamente mais nada. Será que era eles haviam mesmo chegado?

— Vamos continuar Ayla! — Carl sussurrou novamente. — Não podemos mais ficar aqui!

— E se for ele? — Perguntei sentindo minha voz ficar num tom de preocupação. — Não temos nada para matá-los e mesmo que tivéssemos como iríamos matar todos?

Carl bufou.

— Ayla a gente precisa dar um jeito de sair logo daqui! — Ele quase gritou comigo. — Vamos primeiro pensar no mais importante que é nos soltar e tirar a Judith daqui e depois pensamos em um jeito de fugir!

Assenti respirando fundo novamente sentindo meu corpo ficar agora completamente tenso, teríamos que ser rápidos se quiséssemos nos soltar e não poderíamos parar nem por um segundo. Precisamos agir logo.

— Tá bom, vamos lá! — Falei mordendo meu lábio inferior com muita força por causa do nervoso que estava sentindo naquele momento.

Voltamos a nos mover, dessa vez mais rápido do que estávamos fazendo antes, eu estava torcendo para que nenhum de nós caísse e para que nenhuma outra merda acontecesse naquele momento. Bom, eu torcia para que nada acontecesse até nós conseguirmos sair daquela casa. Estávamos quase completamente de pé quando ouvimos um barulho alto vindo de fora do quarto, o barulho acabou assustando Judith e a mesma rapidamente começou a chorar alto. Mas que droga!

Carl e eu olhamos para a menina e começamos a tentar chamar a sua atenção para que ela parasse de chorar, ficamos chamando ela várias vezes e algumas vezes até fazíamos alguma gracinha na tentativa dela parar. Judith pareceu finalmente se acalmar e quando pensávamos que estava tudo bem novamente, ouvimos os passos do outro lado da porta ficar altos.

— Ah, mas que droga! — Exclamei olhando para Carl e depois para a porta sentindo meu coração ficar acelerado. — Carl, vamos voltar!

— Não vamos não Ayla! — Ele respondeu de maneira rude. — A gente vai dar um jeito!

A porta começou a se abrir lentamente enquanto nós dois continuamos a ficar de pé, quando finalmente conseguimos, Carl conseguiu se virar ficando de frente para mim. Ele apontou com a cabeça para a estante onde havia um troféu de basquete dizendo para pegarmos ele para que conseguíssemos nos defender de quem quer que fosse que estava entrando. Andamos rapidamente até a estante e quando conseguimos pegar o troféu de basquete a porta se abriu por completo mostrando duas figuras de pessoas.

Um breve grito escapou da minha boca por causa do susto que havíamos levado, mas nosso susto rapidamente foi substituído por surpresa. Ouvi Carl exclamar ao ver as duas pessoas paradas do lado de fora do quarto nos olhando também surpresos, eu não estava conseguindo acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo com a gente.

Eram eles.

Rick e Michonne.

Eles estavam bem! Eles estavam vivos! Estavam ali na mesma casa que nós!

— Pai! — Carl gritou sem conseguir se conter.

Rick foi o primeiro a correr entrando finalmente no quarto e abraçando o filho com força. Os dois ficaram abraçados por um longo tempo até que Rick finalmente pareceu perceber que eu também estava ali no meio deles e ele me abraçou também. Eu não sabia dizer o quão feliz eu fiquei quando os vi, estava aliviada por serem eles e feliz por ver que pelo menos dois membros do grupo não eram um dos errantes dentro do ônibus.

— Meu Deus eu... — Rick passou a mão pelo próprio cabelo nos olhando surpreso. — O que aconteceu com vocês e...

— Eu não quero ser chata nem nada, mas é melhor a gente sair logo daqui e depois explicamos tudo! — Falei mostrando nossas mãos amarradas para o pai de Carl.

Rick riu brevemente olhando para Michonne que rapidamente balançou a cabeça entrando também no quarto e usou sua katana para cortar a corda que antes nos mantinha amarrados. Carl e eu a abraçamos juntos ouvindo-a suspirar aliviada em nos ver bem e vivos, ela sorria largamente intercalando sua visão entre mim e Carl.

Ela olhou para Rick que já tinha Judith em seu colo e sorriu ainda mais quando o viu abraçar a filha mostrando o quanto ele havia ficado preocupado com ela.

 

 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capitulo seus lindo! Beijinos da Sami!!



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