A Reunião dos Heróis escrita por MaçãPêra


Capítulo 6
Tudo o que sabem...


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaa, pessoal! Sinto que a fanfic está crescendo cada vez mais.
Peço que não desistam da fic se não conhecerem certo personagam (ou se não tiverem lido uma das sagas da fanfic).
Agradecimentos a PercyPlay e Perseu pelos comentários!
Espero que gostem!



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P.O.V. Zeke

Expectro Patronum!

Uma luz prateada envolve minha visão. Fico sem ver nada por um tempo. Quando abro os olhos novamente, os Dementadores já estavam voando para longe dali. Uma multidão de pessoas filmava e tirava fotos. De início, não encontrei Ted, nem Heitor. Mas então, vi uma figura agachada no asfalto, imóvel. Corri até lá. Era Ted! Por sorte, estava respirando.

Enquanto estava observando a condição, três pessoas se aproximaram de mim. Além de Percy, um deles era um homem de 35 ou 40 anos. Ele tinha uma aparência frágil, cabelos castanhos e olhos cor de âmbar, um pouco mais claros que o de meu irmão.

– Me ajudem a carregá-lo para o carro! – ele pediu.

Ao seu lado, havia um garoto de 14 anos, pele bronzeada, olhos cor de âmbar, também, e cabelos pretos.

Desde quando ficou comum ter olhos dessa cor? Pensei.

Esse garoto ajudou a carregar Ted, Percy também o ajudou.

– Quem são vocês? – perguntei desconfiado.

– Agora não – respondeu o mais velho –vamos levá-lo para o carro primeiro, lá é mais seguro. Não podemos ficar aqui enquanto os Dementadores estão por aí. Depois explicamos

Ele nem precisou terminar de falar, ajudei os a carregar Ted. No final da rua, havia um carro Ford Anglia azul. Levamos Ted para lá o mais rápido possível. O homem mais velho pegou uma chave e abriu o carro. Colocamos Ted sentado no meio do banco.

– Entrem – ordenou o homem mais velho.

– Vocês dois são bruxos? – eu ainda estava desconfiado, eles são, obviamente, personagens, mas não os reconheci. Eles podem ser vilões.

– Ele é – respondeu o garoto mais novo, apontando para o mais velho – Eu não sou.

– Entre logo no carro. Depois conversamos – o mais velho pediu novamente. Entrei no carro.

– Para onde vamos? – perguntei me acomodando no banco da janela direita, enquanto Percy estava na esquerda, Ted (desmaiado) no meio, o estranho mais velho dirigindo e o garoto mais novo no banco do carona.

– Vamos passar no apartamento de vocês – explicou o homem, ele ligou o motor, dirigiu o carro na direção dos portões do colégio. Ouvi o som de sirenes se aproximando você precisa pegar roupas e comida, vamos sair de Salvador.

– Eu não vou fugir de casa sem nem mesmo saber quem são vocês e para onde vamos – eu disse.

Entramos na vila e o homem estacionou o carro. Ele me olhou bem nos olhos.

– Você provavelmente nos conhece pelos livros que leu. Você e seu irmão – ele fez uma pausa – eu sou Remo Lupin, ex-professor de Defesa Contra as Artes das Trevas – Remo apontou para o garoto – e ele é Ian Kabra, do clã Lucian. Agora suba até seu apartamento e traga tudo o que você e seu irmão vão precisar.

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Voltei para o carro com duas mochilas, uma com meus pertences e outra com os de Ted. Coloquei tudo no porta-malas.

– Para onde nós vamos? – perguntei.

– Brasília. Vamos encontrar uma amiga lá – respondeu Remo.

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Realmente. Agora que tenho a confirmação de que mais de uma saga está aqui, penso quais mais vão aparecer. Além de Harry Potter, Percy Jackson e The 39 Clues. Isso parecia incrível, mas eu não poderia confiar totalmente neles.

Por causa de Ian Kabra. Eu na posso confirmar que ele é um dos mocinhos, ou um dos vilões. Ele descende de uma família de super-espiões, líderes mundiais e... Assassinos. O clã Lucian. Não que os outros clãs sejam melhores, mas os Lucians eram os mais insensíveis. Era assim que eu pensava deles, não confiáveis. Até que Ian se apaixonou pela protagonista da Saga. Aí que ele passou para o time dos Heróis. Mas eu não poderia deixar de ficar um segundo sem desconfiar dele. Ele ainda tem o sangue de sua família.

Em Lupin eu até podia confiar... Mas eu tenho certeza de que ele está escondendo algo. Ele é um dos meus personagens favoritos de Harry Potter. Fiquei muito triste quando ele morreu... Pois é. Ele morreu. Então como ele está aqui, em carne e osso, dirigindo um carro? Talvez até os personagens mortos tenham vindo para esse mundo. O que é um grande problema, por causa dos vilões. A maior parte dos vilões foi morta e agora eles podem estar vivinhos, andando por aí, assim como Remo, mas destruindo tudo a sua volta.

Aliás, assim que todos entraram no carro e Remo ligou o motor, ao invés de o carro ir para frente, ele foi para cima. O carro começou a flutuar, cada vez mais alto, até chegar às nuvens. Então, “pilotou” o carro-voador para o sudoeste.

Eu ainda não tomei a decisão. Estou esperando que Ted acorde. Ele vai fazer a escolha certa, ele sempre sabe qual é. A propósito, Remo só vai começar a explicar o que está acontecendo quando meu irmão acordar, pois ele não quer explicar tudo de novo quando isso acontecer.

Ted acordou meia hora depois. Ele estava pálido e com suor na testa. Piscou algumas vezes e olhou envolta.

– Você está bem? – perguntei a ele.

– O-onde estamos?

Olhei para Remo no banco do motorista. Ele pegou uma pequena barra de chocolate de dentro de um pacote e ofereceu a Ted.

– Coma um pouco, vai se sentir melhor.

Ted ficou olhando para a barra de chocolate, indeciso. Ele levantou uma sobrancelha para mim.

– O chocolate não vai te morder – falou Ian, no banco do carona – pegue um pouco.

Ted pegou o chocolate da mão de Remo e deu uma mordida. Ele pareceu se sentir melhor, mas ainda me encarava com um ar de interrogação.

– Eles são Remo Lupin – apontei para o motorista – e ele é Ian Kabra – apontei para o garoto ao lado de Lupin – estávamos esperando você acordar para eles explicarem o que está acontecendo.

Ted ficou boquiaberto, ele olhou para Remo, depois para Ian, novamente para Remo.

– Wow! – ele disse – mas... Você não deveria estar morto? – perguntou – Sabe... Você não é tão parecido com o ator que fez o Professor Lupin no filme, sabe, David Thewlis! – Ted parou abruptamente, mas continuou – Na verdade, você é muito mais parecido com o Lupin da descrição dos livros. E eu achando que não existisse ninguém mais parecido com Remo do que o próprio ator! Já pensou se...

– Ted – eu o interrompi – cale a boca.

Ele ficou em silêncio. Olhei para Lupin e Ian, Ian tinha uma sobrancelha erguida.

– Pode começar a explicação? Ainda estou um pouco confuso com tudo o que está acontecendo – pedi.

– O que vocês querem saber? – Remo perguntou.

– O que vocês sabem – respondeu Ted antes de mim.

Remo apertou alguns botões em um painel no carro. Talvez tivesse posto no piloto automático.

– Ok – Remo pensou por um tempo – Nós sabemos que fazemos parte de livros. Descobri isso no dia em que cheguei nesse mundo, à três dias atrás. Tinha livros de Harry Potter em todas as vitrines de livrarias. Eu já estou na metade do primeiro... Também já li alguns de Ian – limpou a garganta – Uh... Seu amigo, Percy, deve ter percebido uma coisa importante também: temos pouca magia.

Ficamos em silêncio.

– O que quer dizer? – perguntei.

Percy pareceu ter entendido o que ele falou.

– Logo depois que eu acordei... Quando estávamos no carro, em direção ao seu apartamento. Você disse que, se não tivesse me salvado, eu poderia ter morrido afogado. Mas eu não morro afogado. E também, a água deveria me deixar mais forte, mas eu fiquei muito fraco! E tem mais uma coisa: quando vocês me tiraram do mar e me levaram para o carro, eu continuei molhado!

– Vocês estão dizendo que, nesse mundo vocês não têm seus poderes? – perguntou Ted.

– Não – respondi – se tivessem, Percy não poderia ter me salvado dos Dementadores controlando a água – justificou Zeke – Falando nisso, agora estamos quites, cara. Valeu!

– Só estou fazendo meu trabalho – disse Percy dando de ombros.

– Isso mesmo – confirmou Ian – não perdemos completamente nossas habilidades, ela só está reaparecendo lentamente. Estamos sendo recarregados aos poucos.

– Até mesmo você, Ian? – perguntei – perdeu quais habilidades? De espionagem?

– Na verdade, não – respondeu Ian – quer dizer, sim e não. Eu me sinto um pouco inseguro, o que é quase o oposto de liderança, mas não perdi minhas habilidades em espionar. Liderança está em minha genética. Mas espionagem... – ele pensou um pouco em como explicar – Espionagem é como a data do aniversário, você aprende e nunca esquece... Deve ser por isso que é tão fácil descobrir a senha do Facebook das pessoas... – concluiu.

– Só para completar a ideia. Quando eu cheguei neste mundo, eu só conseguia fazer feitiços simples, um Wingardium Leviosa ou Lumos. No dia seguinte eu já usava alguns feitiços de defesa, como o Expelliarmus, mas nunca feitiços complexos, como aparatar ou um Obliviate. O feitiço mais complexo que eu já fiz até agora foi o Expectro Patronum, que, por acaso, só descobri que posso usar à uma hora.

Ficamos em silêncio novamente. Pensando nas informações que recebemos. Ted pareceu pensar em algo.

– Percy... – ele começou, alinhando os pensamentos - Você já conseguiu entrarem contato com algum deus desde que chegamos aqui? Ou pelo menos sentiu a presença de um deles?

– Não, nem mesmo com meu pai. Eu tentei entrar em contato com algum deles ontem à noite. Nenhum resultado – ele parecia um pouco preocupado agora - Nossa... Se os deuses gregos e romanos estiverem nesse mundo sem os poderes, sem nem mesmo a imortalidade! Nem consigo imaginá-los andando por aí como mortais...

– Não só os gregos e romanos, imagino – acrescentou Remo. Todos olharam para ele – os egípcios também estão por aqui. Digo que eles são os mais poderosos entre nós.

– Por que acha isso? – perguntei.

– Você já notou que estamos falando em português? – perguntou Ian, sarcástico – se não me engano, eu costumava falar fluentemente em inglês britânico, espanhol e francês. Nunca pensei em aprender mais um idioma, e se aprendesse, não seria português.

– Você é igualzinho ao Ian do livro...

– O que importa – interrompeu Lupin – é que, supostamente, foram eles que nos enfeitiçaram, desconfio de Tot. Nós vamos conversar sobre isso quando chegarmos em Brasília. Querem saber mais alguma coisa?

– Eu quero – anunciou Ted – acho que, se vocês soubessem, já teriam falado. Mas... Vocês têm alguma ideia de como chegaram aqui? Foi um feitiço? Maldição? Destino? Alguém que os mandou para cá? Com boas ou más intenções?

Boa pergunta, pensei.

– Sinceramente – começou Remo – eu não faço ideia – quanto à intenção... Pode não ser boa... E nem má. Também pode, nem mesmo, ter uma intenção. Pode ter sido... Sem querer? A pergunta que vocês deveriam estar fazendo é esta: Como nós voltamos?

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– Chegamos daqui a dez minutos – anunciou Remo.

– O que vamos fazer em Brasília, mesmo? – perguntou Ted.

– Temos trabalho a resolver – respondei Ian – deixamos duas amigas aqui enquanto buscávamos vocês. Uma delas não é exatamente uma “amiga”, vou considerá-la como um problema. Já a outra... – Ian se virou no branco para nos olhar. Ele deu um sorriso – A outra é mais amigável. Acho que vocês vão gostar dela – Ian deu uma piscadela na minha direção - Acho que é uma das suas, Percy.

– Quem é? É Annabeth? – perguntou Percy, ansioso.

– É uma loira, alta de olhos cinza? – perguntou Ian.

– Isso! – exclamou Percy animado.

– Ah! Então não é ela – Percy voltou a ficar desanimado – vocês não nos perguntaram como foi que nós sabíamos sobre vocês – ele continuou – ela é uma vidente. Não, ela disse “oráculo”, ela é ruiva, olhos verdes, bonita... Ela nos disse que deveríamos procurar quem quer que estivesse com Percy e que ele estaria em uma vila militar em Salvador. Acho que vocês sabem quem é. Não é?

Sim, nós sabemos quem é. E isso pode significar que temos uma nova profecia.

Rachel – respondeu Percy.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Se não conhecem o Ian (e a Saga The 39 Clues), não precisam se preocupar muito, vou colocar o que vcs precisarem saber sobre ele.
Mas então, como vcs acham que os personagens apareceram em nosso mundo?
E o que eles tem que fazer para voltarem?

Pessoal, vou postar essa fic no Social Spirit também. Minha conta lá é CajaPera. Se vcs encontrarem uma fic igual a essa lá, não é plágio (a menos que o autor não seja o CajaPera).
Quem vocês acham que é a outra "amiga" não tão amigável quanto a Rachel?
Aguardem...