Lembranças - Dramione escrita por Licia


Capítulo 5
Praças e Paz


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!!!!
Obrigado a todos que estão lendo e por favor comentem e me digam o que estão achando do desenvolvimento!!!
Apreciem!!



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Já passara das dez da manhã quando ela acordara no sofá da sala. Provavelmente tinha dormido no meio de sua choradeira e isso a fez ter raiva de si. Chorar não resolveria nada e tão pouco traria seus pais de volta. Sentou-se no sofá, olhando para a poção que comprara jogada em cima da mesinha de centro, e em um movimento súbito levantou-se e foi até a cozinha rapidamente pegando alguns panos, molhando com a solução e usando de magia fez com que eles limpassem todas as escritas. Era realmente uma poção muito poderosa. Enquanto esperava que a magia fizesse seu trabalho ponderou sobre o que faria dali para frente. Por mais que quisesse saber de sua gravidez não podia ir ao St. Mungus, pois lá teria enormes chances de se encontrar com alguém conhecido e a informação que estava grávida sairia rápido. Não tinha vergonha de seu filho e não se arrependia de ter ficado com Draco aquela noite, mas não queria lidar com toda a pressão que cairia sobre si quando todos descobrissem e não desejava de modo algum que o loiro também soubesse. Não que ela quisesse esconder os filhos dele para sempre, mas por agora precisava se estabilizar, pensar. Definitivamente aquele não era o momento para ficar pensando naquelas coisas, mas de se concentrar em descobrir para qual cidade da Itália seus pais foram e com esse pensamento rumara para o centro, iria almoçar e depois pesquisar todas as agencias aéreas que faziam ponte com a Itália e então teria que enfeitiçar algumas pessoas para conseguir o que queria.

A parte fácil fora descobrir qual eram as empresas que tinham voos para o país onde seus pais estavam o difícil seria descobrir para qual parte da Itália eles haviam ido. Depois que almoçara em algum restaurante aconchegante no centro de Londres saíra visitando todos os escritórios das linhas aéreas que descobrira mais cedo. Não eram muitos, somente quatro empresas o que possibilitou fazer tudo mais rápido. Enfeitiçara alguns e desenganara outros, mas todos deram a mesma reposta: nenhum Sr. e Sra. Granger comprara passagens deles. Agora, estava parada em frente ao escritório da última agência aérea e se não houvesse nada nela juraria que a informação de que seus pais mudaram para a Itália era falsa a não ser que fosse de navio e depois de carro até lá, mas duvidava muito, conhecia seus pais e sabia muito bem que sua mãe detestava viajar pelo mar se enjoava muito fácil. Sem protelar mais, entrou no prédio indo direto ao elevador e apertando o andar que ficava a agência. Na recepção dera de cara com um homem alto e de cabelos castanhos, inventou uma boa história para ele e soltou um arguere o mais discretamente possível possibilitando que falasse com a gerente de vendas que a recebera rapidamente. A mulher vestia terninho, tinha um sorriso bondoso e uma sala bem decorada nada do que ela esperava de uma pessoa que provavelmente só lidava com problemas.

–Em que posso ajudar Senhorita Granger?

–Queria saber se Jane e Richard Granger compraram passagens para a Itália e para que local dela especificamente? – Antes que a mulher pudesse dizer algo que ela já ouvira o dia todo ‘Não estamos autorizados a passar informações pessoais de nenhum passageiro’ lançara o feitiço de convencimento que Sirius lhe ensinara, nunca achara que precisaria tanto de um feitiço tão invasivo e desrespeitador, porém não tinha muita escolha. A mulher ao ser envolvida pelo brilho dourado que saíra da varinha ficara com o olhar sonhador e postura ereta.

–Claro Senhorita! Informarei a você em um minuto! – Viu ela se voltar para o seu computador para provavelmente procurar os nomes, pediu alguns documentos de seus pais e Hermione dera rápido. O efeito do feitiço não era muito duradouro.

– Senhorita Granger, os nomes dos quais me disse e me deu os dados compraram passagens aqui há quase um ano para a cidade de Siena na Itália. – Hermione respirou fundo soltando um finalmente, agradeceu a mulher e saiu rapidamente do local. Passara em casa pegara todas as suas coisas e colocara dentro da bolsinha expansiva, fechara-a e reforçara os feitiços de proteção, olhara uma ou duas imagens de Siena para relembrar e a focalizara aparatando logo em seguida. Estava realmente desesperada para encontrar seus pais.

Hermione achara Siena apaixonante desde a primeira vez que viera ali. Tinha aspecto de vila do século passado e uma paisagem muito bonita. Perguntou-se por que seus pais vieram parar ali. Sabia que ela era fascinada por aquela cidade e já fora lá algumas vezes, mas sua paixão não estava na arquitetura e nem na paisagem natural, mas na sua fascinação pela história de Romeo e Julieta que se ligava a Siena por haver relatos da história verdadeira e não a versão shakespeariana ter ocorrido ali naquele local na idade média, sua imaginação voara mais ainda quando lera Julieta de Anne Fortier, a versão da autora da historia trágica era apaixonante. Pensou que talvez seus pais inconscientemente estivessem procurando alguma ligação com a filha esquecida. A magia tinha sim suas vantagens, mas não era de toda confiável e tinha suas lacunas. Poderia ter apagado Hermione da mente de seus pais, mas ela gostava de acreditar que não apagara do coração. Assim, caminhou para o hotel que havia ficado as outras vezes que viera ali. Já era noite e quando a castanha se colocara na frente do antigo lugar que ficara, pode ver os adornos palacianos e medievais iluminados por luzes em um tom de laranja que pareciam fogo de velas, achava aquilo fascinante. Após se hospedar no aconchegante lugar, fora para o restaurante comer algo e depois de saciar seu enorme apetite não demorou a subir as escadas e seguir para o seu quarto. Amanhã seria um grande dia procurando seus pais.

Ela acordara disposta, tomara um bom banho já sentindo o choque da temperatura em seu organismo, descera para tomar café, terminou-o e foi logo perguntar ao pessoal do Hotel se viram algum Sr. E Sra. Granger por ali, mas obteve negativa em todas as repostas e é claro que não seria diferente, havia milhares de hotéis em Siena e já fazia cerca de um ano, provavelmente, que seus pais mudaram-se dali, não seria nada fácil achá-los, no entanto ela era persistente e assim saiu do hotel com o intuito de procurar informações no ponto de Táxi que ficava no aeroporto, quem sabe alguns dos motoristas não se lembravam de sua mãe e de seu pai e para onde os levaram. Porém aquela fora uma viaje em vão, ninguém se lembrava de nada e todos foram um tanto grosseiros com ela, e também Hermione começara a ficar um tanto enjoada o que só agravara tudo. Assim, pegou um táxi e pensou em voltar para o hotel, porém não, ela iria procurar um pouco mais e assim o motorista a deixara em um lugar estratégico de Siena, perto de todos os pontos importantes e turísticos, que era na verdade uma linda praça.

O sol quente da toscana inundava a pele da grifinória e fazia se sentir aquecida. Ainda estava muito enjoada, porém não hesitara em continuar à procura de seus pais, não tinha tido muito avanço já que toda hora tinha que se sentar por sentir que iria vomitar, porém nunca concluía o ato. A enorme e linda praça que fora deixada chamava-se Piazza De Florência, mas nem seu ar morno e tão pouco a paisagem romântica da praça, com um pequeno riacho e uma ponte sobre ele, foram capazes de tirar a mente de Hermione daquelas suscetíveis ondas de enjoos que a envolviam. Já cansada daquela luta consigo mesma, sentara nas raízes de uma árvore e encostara a cabeça no tronco tentando acalmar seu corpo e aquilo a fez se lembrar de Draco novamente mais cedo do que ela esperava.

Hogwarts, 1996

Hermione passara a semana inteira lendo e procurando bons livros sobre os tais armários sumidouros que Malfoy falara, porém ela praticamente não vira o garoto loiro e quando o fato ocorria ele tinha aspecto cansado, aéreo e fingia que ela não existia. A castanha não iria quebrar o silêncio e ir falar com o sonserino, afinal quem estava querendo saber era ele. Como se não bastasse Malfoy sendo estranho, Harry encucara que o garoto virara comensal da morte e estava planejando alguma coisa, sem falar naquele livro estranho que ele achara, nas aulas com Dumbledore e Rony sendo um porco idiota como sempre. Assim, com o intuito de ficar sozinha e ter um pouco de paz não acompanhara seus amigos a Hogsmead e ficara ali de baixo daquela árvore, perto do Lago negro, lendo um bom livro e adiantando suas lições.

Ela realmente não achava que Malfoy virara um comensal, ele era prepotente, egocêntrico e preconceituoso sim, mas uma coisa era ele xinga-la de sangue-ruim pelo que a garota achava ser mais por implicância do que pelo preconceito propriamente dito e outra era matar pessoas por causa desse ideal, era algo extremamente pesado. Porém Harry tinha um ponto e ela definitivamente não queria ficar pensando em nada daquilo aquela tarde. Aquele, no entanto, foi um pensamento inútil porque Hermione logo percebera alguém sentando ao seu lado e tirando os olhos de sua lição de poções levara um enorme susto quando vira ser o Malfoy.

– Pelo amor de Deus Malfoy, quer me matar do coração?! – Sua voz saíra brava e ríspida. O loiro tinha sua cabeça recostada no tronco e olhos fechados.

–Seria uma ótima ideia você morrer Granger, menos alguém de sua estirpe manchando o mundo bruxo. – Ela girara os olhos, aquilo já não a atingia há tanto tempo que para ela era como se ele falasse que o lago negro era negro. E de fato o modo como ele falava parecia banal e corriqueiro.

– Ótimo Malfoy, então porque você não arreda o pé daqui e tire sua ilustre presença da minha suja presença e vá procurar outra pessoa para perturbar. – Ele rio achando realmente engraçado, teve curiosidade saber o que ele realmente pensava.

– Tinha que estar agradecida por alguém como eu dignar-se a sentar perto de você. – Hermione girara os olhos de novo e voltara para o seu texto de poções. Não deixaria aquele idiota tirar sua paz.

Passaram-se alguns minutos até que a castanha largara sua pena no pergaminho se frustrando pela presença do sonserino perto dela. Ele continuava na mesma posição de antes como se estivesse o mais relaxado possível. Hermione não reparava muito em garotos, mas tinha que admitir que Malfoy era muito bonito. Recriminou-se por tal pensamento, ele era um idiota.

– Malfoy, você não tem vergonha de ser visto aqui ao lado de uma nascida trouxa? – ela soltara vendo se isso o espantava de alguma forma. Aquilo o fizera abrir os olhos e olhar para ela, parecia estar ponderando sobre o assunto.

– Não tem ninguém no castelo e estão todos em Hogsmead, então não corro esse risco Granger.

– Mas se sua mãe soubesse que esta sentando em um lugar que alguém como eu está sentada, ela te recriminaria para o resto da vida.- Hermione soltara novamente. Pelo amor de Deus, só queria que eles saísse dali, pois se não fizesse, ela teria que fazê-lo e não queria sair daquele aconchegante lugar. Malfoy não gostara das palavras dela e Hermione pode constatar isso com sua face brava e uma sombra de raiva passando por seus olhos. Quando ela achou que ele iria levantar e deixar ela em paz, o sonserino deitou a cabeça, novamente, no tronco.

– Isso não é da sua conta Granger e alias você achou o que eu perguntei a você algumas noites atrás. – A grifinória nem estava se lembrando disso mais, estava tão concentrada em tirá-lo dali e ficar quieta com seu dever que se esquecera daquilo.

– Sim Malfoy! Achei um bom livro na biblioteca chamado ‘ Objetos extintos e perigosos para transporte’ na seção cinco terceira prateleira, fique a vontade para ler. – Já que ele não dava sinais que iria sair dali, Hermione começara a arrumar suas coisas para encontrar outro lugar e ter paz.

–Onde pensa que vai? Não respondeu nada do que eu queria! – Malfoy a fizera parar quando já estava com a mochila nas costas e livros na mão, aquilo a deixou com muita raiva.

– Não sou seu elfo doméstico!- Virara para o garoto que ainda permanecia sentado. Ele não se intimidara e olhara bem para ela.

– Então o que você descobriu? – ele perguntara de novo sem dar atenção a sua explosão. Aquilo desarmara um pouco a castanha, pois se tinha uma coisa que ela adorava fazer era mostrar seu conhecimento as pessoas e fazê-las entender também o que ela descobrira e estava realmente em débito com ele por ter devolvido seu colar. Com esse sentimento deixara as coisas de lado se sentara e passou a explicar tudo que havia descoberto para o garoto.

– Armários sumidouros eram muito usados na ultima guerra Bruxa e quase toda família bruxa tinha um em sua casa para o caso de comensais invadirem e elas terem como fugir de forma rápida sem precisar aparatar. Porém eles são perigosos e inconsistentes, por vezes bruxos foram parar em lugares totalmente desconhecidos daqueles que o outro par do armário estava e por isso foram sendo usados cada vez menos. Houve casos de bruxos que desapareceram. - Hermione falara e falara sobre outras curiosidades que achara e o garoto somente ouvia, quando ela terminou Malfoy soltou a pergunta, que mais tarde, traria um peso enorme na sua consciência porque mesmo inconscientemente ajudara o sonserino.

– E se algum desses armários estragasse você teria ideia de como arrumá-los?

– Eu não sei. Que tipo de estrago? – Alguma coisa fizera com que Malfoy levantasse bruscamente e saísse às pressas soltando algo como ‘outra hora terminamos’ para Hermione. Aquele garoto estava definitivamente muito estranho. Mas ela logo entendera a pressa quando avistara seus amigos vindo em sua direção. Os dois pareciam absortos demais em uma conversa para se quer perceber que alguém estivera ao lado dela.

A lembrança que a preenchera há poucos minutos foi o que deu forças para se levantar e continuar a buscar por seus pais. Não podia ficar se entregando a elas e deixar seu coração pesar por causa de coisas que já ocorreram há tempos e assim passou a andar novamente mostrando a foto deles para os que passavam e perguntando se os conhecia. Embora grande parte das pessoas parecesse querer ajudar o maior problema era seu italiano horrível, não eram todos ali que entendiam inglês. Droga! Ela esbravejou encostando-se ao muro quando sentira uma onda de náuseas atingí-la. Precisava pensar em algo para achá-los. Com esse pensamento virou a próxima esquina e avistou um café e querendo um pouco de descanso para lá se encaminhara. Aproveitaria e perguntaria por ali se alguém a entendesse, onde havia um consultório ortodôntico. Talvez seguir a pista da profissão seria o melhor, tinha que torcer que seus pais ainda estivessem em Siena e exercendo a ortodontia. Quando se sentara na mesinha do café uma moça veio atendê-la, ela tinha cabelo castanho e parecia ser gentil.

– Ciao! Che cosa chiedere di più?- Hermione não entendera muito bem o que a moça falara. Achou que tinha algo a ver com Olá e se ela queria algo para comer. A castanha falava outra língua sim, mas era francês e não italiano.

– Aan! parli inglese? – Soltara em um italiano horrível e dera um meio sorriso sem graça torcendo para que ela tivesse entendido.

– Inglês, sim eu falo! – Hermione soltou uma exclamação de alívio.

– Ótimo! Não é tão fácil achar pessoas que falam inglês por aqui. – Ela sorriu como se compreendesse bem o que Hermione falava – Você poderia me dar uma informação?

–Claro que sim, mas você não irá beber nada? – Claro, como Hermione fora burra, não podia tomar o tempo da mulher sem consumir nada.

– A claro! Um suco, por favor! E depois você poderia me dizer se tem algum dentista que chegou recentemente na cidade?

Saíra do café com um endereço e o gosto açucarado do suco em sua boca. A moça tentara explicar da melhor forma para Hermione como chegar até o endereço dado, mas a castanha não entendera nada, assim resolvera que pegaria um táxi e estenderia o papel ao motorista esperando que ele fizesse seu trabalho, a fim de não ter tanto problema com a comunicação. Porém para a sua sorte quando achara um carro o motorista falava inglês. Ela deveria ter previsto que não seria tão difícil achar um taxista bilíngue, já que a cidade era bem turística e com certeza trabalhavam bastante com pessoas estrangeiras. Fora fácil explicar ao taxista sua situação sôfrega e ele bondosamente se prontificou a ajudá-la, claro Hermione deveria pagar, mas isso não tirara o fato de que ele fora muito gentil. Não demorara muito para chegar ao local onde a garçonete lhe falara que uns estrangeiros começaram a atender. Ela explicara que na verdade o único dentista da cidade era o dono do local e ele só dera um jeito de receber o casal de estrangeiros para que trabalhassem ali. Hermione quis perguntar como ela sabia daquilo tudo, mas não quis parecer intrometida demais.

O endereço que a garçonete lhe dera era na verdade de uma loja de presentinhos e quando perguntara a vendedora que demorara uns 15 minutos para entendê-la, ela lhe disse que o consultório ficava em cima da loja e que Hermione deveria entrar pela porta que ficava ao lado da entrada. A porta a qual a moça falara estava aberta e enquanto a grifinória subia as escadas seu coração pulsava fortemente e suas mãos suavam frio. Estava muito ansiosa, era fato que não tinha certeza que seus pais estavam ali, mas sentia que poderiam estar. Quando chegara ao topo dera de cara com um lugar que não parecia em nada com um consultório, mas com o interior de um castelo medieval , as únicas coisas que faziam com que tivesse a certeza de não estar dentro de um eram as cadeiras e a bancada onde ficava o recepcionista. Talvez tudo naquela cidade tivesse mesmo um ar do século passado, até mesmo os consultórios dentários. Se livrando de tais pensamentos chegara mais perto da bancada para perguntar sobre seus pais, porém ela parou bruscamente quando ouviu barulhos de salto e uma voz um tanto conhecida chamar a atenção do homem atrás do balcão. Hermione demorara muito para virar na direção da voz da mulher e quando ela virou pode ver Jane Granger com os cabelos castanhos presos em um coque frouxo e o habitual jaleco. Sua mãe a olhara amavelmente, claro que não a reconhecera, provavelmente, estava estranhando por Hermione estar a olhando, estática.

– Stai bene? – Sua mãe perguntara para ela. Algo que a castanha achou ser uma indagação se ela estava bem.

– Sim! Você é Jane Granger? – A grifinória perguntara. Sabia que era ela, mas não podia petrificá-la ali mesmo e levá-la. Sem falar que precisava achar seu pai também.

– Inglesa, presumo. Sou sim, você queria ser atendida? – Hermione assentira – Sinto muito mais já estou de saída. Posso atendê-la só amanhã as oito?

– Claro! – Sua mãe entregou algo para o recepcionista e saiu descendo as escadas. A castanha esperara alguns minutos para seguir a mulher. Quando estava já em frente à lojinha de presentes novamente viu sua mãe em pé parada provavelmente esperando um táxi. Querendo acabar logo com aquilo chegou perto dela.

– Arquere ! – Lançara o feitiço, às vezes achava aquilo melhor que veritassium, mas o efeito era bem mais fraco e pouco duradouro sem falar que em bruxos espertos podia ser facilmente repelido por um feitiço não verbal. - Onde está seu marido? Como posso achá-lo? – Fora rápida e incisiva.

– Em casa. Na Via Isonzo, 26. – Aproveitando o estado de torpor de sua mãe, Hermione a puxou para uma via principal onde seria mais fácil e rápido achar um táxi. Seu palpite estava certo e logo encontrara um. Colocara Jane para dentro dele, dizendo ao taxista para seguir para o endereço que ela falara há pouco.

Jane Granger já estava voltando a seu estado normal e a castanha não queria ter que lidar com aquilo agora, sua mãe provavelmente ficaria histérica e assustada sem saber como viera parar ali. Discretamente levantara a varinha e lançara um confundus nela que foi o bastante para que ela ficasse desanuviada novamente. O caminho fora curto e logo estavam em frente a um pequeno prédio de três andares feito de tijolinho a vista e com janelas que pareciam persianas, mas eram ovaladas na ponta. Pagara o táxi e descera segurando o braço da sua mãe que ainda estava zonza fazendo com que precisasse esperar alguns minutos o efeito do feitiço passar. Quando Jane percebera que estava em frente a sua casa ao lado de uma desconhecida a única reação que a castanha viu foi um leve levantar de sobrancelhas.

– Ora, você também mora aqui neste pequeno prédio? – Meu Deus o que um bom feitiço não fazia com uma pessoa. Hermione acenara em sinal de confirmação. – Que coincidência...

Jane e Hermione subiram juntas e a castanha não podia estar mais que extasiada por ouvir a voz de sua mãe e estar junto com ela. Como era aconchegante e aliviador saber que ela os tinha de volta e logo suas memórias estariam restabelecidas. Perguntara primeiro qual era o andar de Jane para fingir uma enorme coincidência e dizer que morava no mesmo andar, inventando que chegara à cidade há pouco tempo e acabara de se mudar para lá e emendara que não fora no consultório para tratar de dentes, mas porque deram um problema no apartamento dela que prejudicara o apartamento vizinho e não achara ninguém na casa. Fora uma invenção estupida e sem precisão alguma. Não sabia como sua mãe ainda não desconfiara, talvez fosse à quantidade de feitiços que havia levado. Subiram as escadas até o terceiro andar e lá havia um corredor com três portas amarelas já desgastadas. Jane fora para a do meio e Hermione disfarçara indo para a última porta, quando sua mãe terminara de destrancar a porta a castanha virara com a varinha em punho e dissera em alto e bom som:

–Petrificus tottalus – Jane caíra dura no chão e Hermione soltara um baixo pedido de desculpas, mas tudo aquilo era meio que necessário. Quando abrira a porta do apartamento dera de cara com seu pai olhando para ela estupefato.

–Quem é você? – o homem alto e de cabelos castanhos perguntara assustado e antes que ele pudesse ao menos pensar em reagir Hermione já o havia petrificado. Arrastara o corpo de sua mãe para dentro do apartamento e fechara a porta, ofegante ponderou se aparataria logo no St. Maxine com os dois e depois voltara para arrumar tudo ou levaria um de cada vez. Decidira que levaria um de cada vez e focalizando o prédio que vira em fotos, aparatou.


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Notas finais do capítulo

Então gente! Eu tentei escrever na visão da Hermione e colocar emoção quando ele encontra os pais dela e tudo mais.. maior fofura ela e o Draco né não! Amei escrever esse capítulo. E sobre o Livro da Anne Fortier Julieta. Gente para quem gosta de romance e aventura é maravilhoso recomendo que leiam!!
Então pessoas para quem ainda não percebeu a história vai girar entorno das memorias da Hermione e cada coisa fara ela se lembrar de uma coisa aleatória, por isso o nome Lembranças!! :D
Então Beijoks e até domingo!! Agora vai ficar fixo esses dois dias quarta e domingo irei postar!! Até mais...



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