Ela é Demais! escrita por LelahBallu


Capítulo 6
Último Capítulo - Kiss me


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galerinha, saindo o último capítulo de Ela é Demais para vocês!! Amei escrever essa fic e fiquei muito feliz com a recepção dela, amei cada comentário, recomendação e favorito, espero que para aqueles que só conhecem meu "trabalho" a partir dessa fic que nos encontremos em outras, e aqueles que já acompanham minhas outras fics que continuemos nos vendo nelas, obrigada pelo carinho e atenção e quero mandar um beijo especial para "Annabelle Black" que recomendou a fic, obrigada flor amei sua recomendação!

Agora sintam-se livres para lerem, espero que esteja do agrado de vocês!



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POV OLIVER

Eu não saberia dizer como as coisas mudaram tão rapidamente, estava tudo bem até que as aulas acabaram e fomos atrás das garotas, mas Felicity ignorava minhas ligações e se negava a me receber em sua casa, Tommy estava quase na mesma situação com Sara, só me passava uma razão para que as duas garotas estivessem tão zangadas conosco. De alguma forma Felicity havia descoberto sobre a maldita aposta, e agora ela se negava ouvir qualquer explicação minha, pensei em subir ao seu quarto pela varanda novamente, mas no momento em que encarei as portas de vidros as cortinas estavam fechadas impedindo-me de ver algum movimento lá dentro, havia apenas um papel que estava pregado nelas dizendo “Vá para o inferno, idiota”. Se antes eu tinha alguma dúvida a mensagem deixada por ela à tirou.

– O que vou fazer? – Perguntei a Tommy, eu estava jogado no sofá da minha casa, enquanto ele andava de um lugar para o outro com o celular colado a orelha deixando inúmeras mensagens para Sara.

– Eu não sei Ollie, estou ocupado demais tentando resolver as coisas com Sara. – Falou aborrecido, deixou o celular de lado e se jogou pesadamente no outro sofá. – Ela não me deixar entrar em seu quarto para conversar.

– Sara?

– Felicity. – Esclareceu. – Meu pai está uma fera, ele sabe que Felicity está triste por algo que nós dois fizemos, ele só não sabe o que é. Bati na sua porta inúmeras vezes e ela não diz sequer uma palavra, você ao menos recebeu seu próprio recado Ollie, não acho que ela vá me perdoar.

– Como ela descobriu sobre a aposta? – Perguntei me erguendo.

– Eu não acredito nisso. – Olhei para Thea que nos encarava com repreensão. – Eu escutei direito? Você fez uma estúpida aposta a custa de Felicity? Seu estúpido!

– Speed eu não preciso disso agora. – Resmunguei.

– Sim. Você precisa. – Retrucou. – Vocês dois precisam. – Tommy se endireitou ao escutar minha irmã envolve-lo também. – Vocês dois vão chutar aquela porta e vão pedir desculpa as suas namoradas, por que você é um estúpido maior ainda se acha que Sara não está com Felicity Tommy.

– Em minha casa? – Estranhou. – Me ignorar e ficar na minha casa não faz muito sentindo.

– Não faz se você estiver pensando em si mesmo seu idiota. – Falou. – Não é sobre você, é sobre Felicity. Ela está com Felicity por que Felicity precisa dela, você precisa pedir desculpar a Felicity e depois a Sara e você... – Apontou para mim. – Eu espero um discurso épico de desculpas, eu gosto de Felicity, como nunca gostei de Laurel, então trabalhe para conquista-la de volta. Vocês me entenderam? – Tommy e eu assentimos juntos impressionados com sua veemência. – O que vocês ainda estão fazendo aqui?

POV FELICITY

Vê Sara andar de um lado para o outro no meu quarto e encarando a tela do seu celular estava me entediando.

– Sara pare. – Pedi. Ela me encarou inquieta.

– Lis você podia escuta-los. – Sugeriu pela milésima vez. – Eu não consigo confiar em nada que Laurel diga.

– Sara eu não estou pedindo para você terminar com Tommy ou sequer ignora-lo. – Esclareci. - Você não precisa fazer isso por mim. Mas eu espero que você entenda por que eu não quero falar com ele ou Oliver agora. – Eu estava decepcionada demais para isso.

– Eu sei. – Assentiu. – Mas eu sou sua melhor amiga e não gosto de te vê assim, e eu conheço minha irmã.

– Eu não acho que dessa vez ela esteja errada Sara. – Confessei. – Sempre estranhei essa aproximação súbita de Oliver, sinceramente não estou surpresa, eu só não esperava que Tommy fizesse parte disso.

– Ah, mas se for verdade Tommy verá comigo. – Falou passando a andar de um lado para o outro novamente. – Aquele cretino!

– Você não vai brigar com Tommy por mim. – A alertei.

– Como você pode defendê-lo? – Perguntou incrédula.

– Só me prometa que não vai terminar com aquele idiota por minha culpa. – Pedi. Nesse exato momento a porta do meu quarto estremeceu com pancadas fortes.

– Felicity Smoak abra essa porta. – Escutei a voz de Tommy e encarei Sara que observava a porta com atenção. – Lis eu juro que se você não abrir eu vou derrubar ela abaixo.

– Pelo tom de voz ele vai mesmo. – Sara me alertou.

– Eu conheço Tommy. – Falei desmerecendo o ato com um gesto vago. – Ele não vai derrubar essa porta.

–Eu estou ouvindo vocês. – Gritou. – Eu vou! – Após uns segundos escutei sua voz mais calma. – Sara meu amor, você poderia abrir sim? – Sara me encarou com um sorriso e sussurrou em tom baixo.

– Ele me chamou de “meu amor” – Revirei os olhos sabendo que essa já estava um passo de abrir a porta. – Lis, escute ele. Por favor.

– Está bem! – Cedi. – Mas só alguns minutos. – Ela sorriu concordando e abriu a porta para Tommy, mesmo com sua pequena declaração, ela se afastou no momento em que ele deu um passo em sua direção.

– Explique-se. – Exigiu. O olhar de Tommy foi até mim, seu rosto era de pura derrota e arrependimento.

– Desculpe Lis. – Cruzei meus braços não me permitindo ceder facilmente, ele havia me magoado, ainda mais do que Oliver se possível. – Eu não queria te magoar, eu juro, eu não sei bem como você soube dessa maldita aposta, mas eu nunca pensei em fazer com que você se sentisse...

– Humilhada? – Sugeri. Minha voz tremeu enquanto eu seguia falando. – Decepcionada? Por que uma das pessoas em que eu mais confiava agiu desse jeito? Me fez de piada, divertindo-se as minhas custas com seu melhor amigo, o cara que me provocava desde sempre, vocês agiram como se eu não tivesse sentimentos, vocês simplesmente jogaram comigo, agiram como dois idiotas, duas crianças que não medem as consequências e o quanto podem magoar a terceira pessoa envolvida em seus jogos estúpidos, eu nunca, nunca esperei isso de você Tommy, de Oliver não é tão surpreendente assim, mas de você? Você é como meu irmão!

– Eu sou seu irmão. – Retrucou. – Eu juro que eu fiz isso pensando em você!

– Como você pensou em mim? Como pode ter feito isso e ainda pensado em mim? – Perguntei exasperada. – Como isso é possível Tommy?

– Você está enganada, eu sei que você tem sentimentos. – Falou. – E foi por isso que provoquei Oliver com a aposta, eu sabia que no momento que vocês realmente dedicassem um tempo, o menor que seja a vocês dois que algo aconteceria, eu juro Felicity que em nenhum momento quis fazer de você uma piada, que em nenhum momento quis te humilhar, eu sempre quis o melhor para você!

– E o melhor é um cara que me usa como aposta para aumentar seu ego? – Indaguei incrédula.

– O melhor é ver você se abrindo! – Respirou fundo. – Desde que sua mãe morreu você só tem a Sara e mim, e mesmo assim Oliver foi capaz de fazer coisas que eu não pude! Felicity você nunca me levou a aquele hospital, você que quase nunca sai de casa foi a uma festa, ele te levou a praia, Deus Felicity você hoje de manhã estava sorrindo, você vai ignorar isso? Vai fingir que até você saber da aposta você estava feliz?

– Era mentira. – Falei entre dentes. – Uma farsa.

– Você não estava feliz? – Perguntou. – Isso era mentira?

– Ele mentiu para mim. – Retruquei. – Ele nunca... Cada coisa que disse, cada gesto... – Pensei no beijo que havíamos trocado. – Tudo foi para ganhar a aposta.

– Eu não acredito nisso. – Meneou a cabeça. – Você não deveria acreditar também. – Suspirou derrotado. – Tudo o que posso dizer Felicity é que eu não me arrependo, não me arrependo de ter tentado juntar vocês dois, eu fico triste pela maneira que você soube, e por estar triste e magoada comigo, eu espero que um dia você possa me perdoar, e a ele também.

– Desculpe Tommy, mas agora eu não posso diminuir o que você fez, o que vocês dois fizeram. – Respondi.

– Eu entendo. – Assentiu. – Mas Felicity, eu realmente acredito que Oliver gosta de você, e que você gosta dele também, ele está lá embaixo. – Confessou. – Dê ele a chance de ser honesto com você, dê a você a chance de escutar o que ele tem a dizer. – Pediu. Seu olhar alcançou Sara que estava quieta nos observando. – Posso conversar com você? – Pediu humilde, ela assentiu, mas antes me encarou.

– Lis, por favor, escute Ollie. – Pediu antes de me se aproximar e me envolver em um abraço. – Do jeito torto dele Tommy está certo. – Falou em tom baixo. Suspirei não estando pronta ainda para concordar com Tommy em algo. Ainda assim quando ela se afastou eu o encarei.

– Peça para ele subir. – Falei. Ele assentiu e envolveu a mão de Sara na sua, sentei no meio da minha cama, dobrando os joelhos e cruzando os tornozelos, eu não estava pronta para encara Oliver em pé. Quando ele entrou hesitante no quarto seu olhar atingiu de imediato as cortinas fechadas e só então me encarou.

– Eu peguei sua mensagem. – Murmurou.

– Não é o que parece. – Retornei. – Oliver eu não estou com paciência, eu estou exausta da minha conversa com Tommy, e não estou inclinada a aceitar as desculpas de nenhum dos dois no momento, então, por favor, seja breve.

Ele caminhou até atingir minha cama e se ajoelhou no chão a minha frente, nivelando seu olhar com o meu, eu queria desviar, não queria encara-lo, e não queria ver sinceridade neles, não quando sua boca só havia dito mentiras. Suas mãos se apoiaram no colchão e emitiu um suspiro.

– Eu sinto muito. – Meneei a cabeça. – Eu sei que você não pode me desculpar agora, ou talvez nunca, mas eu preciso pedir ainda assim, eu fui um idiota Felicity, eu geralmente sou, mas não estou acostumado a agir assim com alguém que eu me importe, eu não sei como você descobriu essa aposta, eu vou ser sincero eu nunca quis que você descobrisse, não por que pretendia seguir te enganando, apenas por que eu não queria que isso tivesse o poder de destruir algo que eu havia começado a cultivar, a dar valor. Eu fui um estúpido, coração...

– Não me chame assim. – Protestei. Eu não poderia escutar o estúpido apelido agora. – Você quebrou meu coração Oliver. – Eu não pretendia dizer isso, eu não queria que ele soubesse o quanto tinha me magoado. – Eu confiei em você! Isso é o que mais me irrita, eu sabia, suspeitava que havia algo por trás de sua aproximação, eu desconfiava e ainda assim fui estúpida ao ponto de ignorar isso, por que eu queria muito acreditar que o rapaz bonito e popular da escola realmente podia ser algo mais que bonito e popular, eu queria acreditar que você é mais do que um rótulo, e que poderia realmente se apaixonar pela esquisita da escola, eu fui idiota, todo mundo sabe que essas coisas só podem acontecer em filmes, Laurel fez bem em me lembrar disso.

– Laurel tem algo haver com isso? – Seu olhar cruzou com o meu, estavam frios. – Felicity Laurel te contou sobre a aposta?

– O que importa? – Ri. – O mais irônico é que a vaca da escola foi mais verdadeira que você e Tommy juntos.

– Felicity...

– Apenas vá Oliver. – Pedi. – Eu te escutei, mas nada do que você disse faz com a perspectiva do que fizeram fique menos feia para mim. Eu realmente não posso e não quero perdoa-lo. Não agora. – Ele ergue-se assentindo, mas voltou a me fitar com o olhar decidido.

– Eu não estou desistindo de você. – Murmurou.

– Eu acho que já é hora de você perceber que perdeu essa aposta. – Falei.

– Eu perdi bem mais do que isso. – Falou antes de ir. Encarei a porta fechada por mais tempo do que deveria, a saída de Oliver havia me deixado mais triste do que eu julgava ser possível. Minha rotina voltou a ser a mesma de antes de ser perseguida pelo loiro de olhos azuis e sorriso fácil, a quem adorava me provocar, aos poucos voltei a conversar com Tommy, ainda não era o mesmo, mas estávamos quase lá, quanto a Oliver o evitava sempre que possível. Não demorou muito para que todos soubessem da desastrosa aposta, Laurel não conseguiu ficar em silêncio, não bastou falar sobre ela apenas para mim, ela precisou divulgar para todo mundo, eu era motivo de piada de todos, o burburinho no refeitório era enlouquecedor, principalmente por que eu sabia que eu era o assunto, até que um dia parou, para minha surpresa Oliver subiu em uma das mesas e chamou toda atenção para si, ele afirmou que era tudo mentira, que a verdade era o contrário, ele havia sido usado em uma aposta de garotas e que eu havia ganhado o que eu havia ganhado ele nunca disse, ele desceu da mesa e me lançou um olhar breve antes de sair do refeitório com as costas erguidas escutando os assovios e gritos de idiotas. Esse foi o primeiro momento em eu olhei para ele sem mágoa.

O dia do baile chegou sem sutileza, todo o colégio estava animado com esse baile, todos menos eu, eu só queria me esconder e esperar esse dia passar, infelizmente eu precisava ajudar com a organização antes, uma vez feito isso mandei uma mensagem de falsa alegria para Sara dizendo que tudo ficaria bem e que eu não precisava dela deixando de ir ao baile com Tommy para assistir filmes comigo em casa.

Ela me respondeu com um rostinho triste e disse que sabia que eu estava mentindo, mas que sabia que se ela não fosse eu ia importuna-la com isso até nossa velhice. Garota esperta.

Eu não fui para casa, os olhares avaliadores de Malcoln estava me dando nos nervos, e hoje eu tinha algo em mente para fazer, eu fui para o hospital, passei o resto da tarde lá, quando estava anoitecendo eu entrei em um quarto específico, onde eu sabia que ela ia estar. Letícia é uma criança de apenas sete anos, ela tem leucemia aguda, e o diagnóstico não é promissor, sua mãe nunca estava aqui antes das 19:00 por que precisava trabalhar na cidade vizinha o dia todo par pagar o tratamento, mas vinha todos os dias visita-la assim que o horário de ir embora chegava, eu costumava ler para ela até que sua mãe chegasse, e era exatamente isso que pretendia fazer.

– Olá pequena. – Sorri a cumprimentando, ela sorriu, como sempre fazia, era incrível como um ser tão pequeno que já sofria tanto ainda conseguia tirar força para sorrir.

– Lis, você veio! – Ergui o livro na minha mão e me apressei em sentar na cadeira ao lado da cama.

– Eu não poderia quebrar nosso hábito. – Brinquei. – Hoje é sexta-feira, você sabe que por que gosto das sextas?

– Por que mamãe poderá ficar comigo pelos próximos dois dias. – Sorriu. Assenti concordando. – Quem é o rapaz bonito? – Franzi o cenho e virei-me encarando surpresa Oliver encostado contra o batente na porta, seus olhos me fitaram atentamente, um sorriso leve nos lábios, ele estava vestindo com a mesma roupa que eu havia lhe entregado quando o trouxe aqui, inclusive o chapéu de coco que havia roubado, a única exceção é que não usava nenhuma maquiagem ou pintura no rosto, ele estava lindo, maldito seja por isso.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei tentando não erguer minha voz. Ele ignorou minha pergunta para sorrir para Letícia e lhe desejar boa noite, ela sorriu de volta encantada com seu cumprimento exagerado ao tirar o chapéu e fazer reverência. – Oliver o que você está fazendo aqui? – Repeti.

– Vim atrás da minha companheira de baile. – Respondeu dando de ombros.

– Eu não sou seu par para o baile. – Neguei. – E você não estava pensando em ir assim estava?

– Eu não quero ir ao baile. – Negou. – Eu não me importo com ele, eu me importo com você.

– Você tem um jeito engraçado de demonstrar. – Sussurrei.

– É um pouco estúpido na verdade. – Assentiu. – Felicity tudo que eu preciso é que você me escute, depois disso eu sairei da sua vida e a deixarei em paz. – Engoli em seco e assenti concordando com seu pedido. – Eu já havia desistido da aposta quando Laurel ouviu sobre ela, eu já não me importava com a aposta, eu já sabia que gostava de você e queria explorar isso, eu sou grato por Tommy ter me desafiado a seguir com ela, ou jamais teria conhecido a funda a pessoa que você, você é incrível, e eu fico feliz por ter passado esse tempo, mesmo que pequeno com você, eu estava acostumado com o tipo de garota que você nunca vai ser, falsas e superficiais, estar com você foi refrescante. – Respirou fundo. – Eu só percebi que havia me apaixonado quando a perdi. – Pisquei surpresa com o que havia dito, e senti meu coração bater descompensado. – Eu lamento por isso, eu fui idiota ao ponto de deixar escapar algo que não havia percebido ser insubstituível para mim. Eu entendo se você nunca queira me perdoar, mas não posso evitar apenas mais uma vez insistir que você faça exatamente isso, eu queria muito uma segunda chance, e sei que provavelmente não a mereça, mas você seria capaz de me dar? Ou ao menos pensar sobre isso?

Por um momento apenas o encarei assimilando suas palavras, eu podia notar o quanto estava tenso com isso e inquieto, eu mesma estava, ele encarou meu silêncio com negativa, pois assentiu uma última vez e deu as costas.

–Oliver. – O chamei. Ele virou-se com um brilho de esperança nos olhos.

– Eu não posso dizer que não estou mais magoada, por que ainda estou. – Confessei. – Mas seria mentirosa se dissesse que não sinto sua falta, eu vejo sinceridade em suas palavras e preciso retribuir da mesma maneira. – Analisei seu rosto e me ergui acenando para aporta.

– Você não vai lá para fora vai? – Escutei a voz de Letícia atrás de mim. – Estava ficando bom!

– Volto já pequena. – Sorri. Oliver acenou brevemente para ela e me seguiu. – Você falou sério? Quando disse que havia se apaixonado.

– Tão sério quanto eu jamais fui antes. – Respondeu. – Eu realmente quero uma chance.

– Isso é bom. – Ergui uma sobrancelha e sorri. – Por que estou disposta a dar. – Ergui uma mão impedindo que ele se aproximasse. – Tommy estava certo, seria hipocrisia se eu negasse que foi real, eu me apaixonei Oliver, eu não queria, mas aconteceu, eu quero nos dar essa chance, mas preciso saber se você está disposto a ser sempre sincero comigo, eu preciso saber que isso não acontecerá novamente.

– Eu juro, que jamais a magoarei de novo. – Prometeu, sua mão alcançou a minha e me puxou para si. – Coração.

– Oh, por favor, não me chame assim. – Falei ainda que sorrindo.

– Por que não? – Perguntou, acariciando meu rosto com um dedo. – Eu gosto de como soa. Alguma outra sugestão?

– Apenas me beija, idiota. – Murmurei encarando seus lábios, vi o sorriso que se formou ali.

– Agora nós voltamos ao principio. – Brincou antes de inclinar sua cabeça e tomar posse dos meus lábios, foi tão bom quanto antes, talvez melhor, por que agora eu tinha certeza de seus sentimentos, eu sabia que aquilo era apenas para mim, eu não suspeitava que houvesse nenhuma razão por trás, seus lábios eram cálidos e gentis, acariciam os meus com destreza e suavidade, ao poucos e gradativamente foi se aprofundando tornando algo mais, infelizmente fomos interrompidos pelo som de uma garganta sendo limpa. Separei-me de Oliver para encarar a mãe de Letícia me encara com repreensão.

– Ei... Boa noite. – Murmurei envergonhada. – Ela está esperando ansiosa. – Murmurei apenas para preencher o silêncio ela balançou a cabeça concordando e nos desejou boa noite antes de entrar no quarto, escutei a risada de Oliver e lhe dei um pequeno tapa.

– Estúpido, não foi engraçado. – Protestei.

– Sim, foi. – Retrucou. Voltando me aproximar de si me abraçando pela cintura. – Ah eu havia esquecido! – Franzi o cenho estranhando do que ele estava falando, até que sua mão foi até o bolso da calça de pijamas, que eu ainda não acreditava que ele estava vestindo e tirou meu chaveiro que ele havia roubado, encarei admirada um sorriso iluminar seu rosto e ele apertar o chaveiro ridículo que emitiu a fala “I LOVE YOU”. Voltei a beija-lo apenas brevemente temendo sermos repreendidos por alguém do hospital.

– Você nunca me falou o que o perdedor teria que fazer. – Falei me referindo à aposta.

– Ah isso. – Ele sorriu, um sorriso totalmente característico de quem ia aprontar algo. – Você logo irá saber.

[...]

Acenei para Sara de onde eu estava sentada, ela veio até mim, pedindo desculpas a medida que passava entre os bancos na frente das pessoas, quando chegou no lugar que reservei para ela emitiu um suspiro de alívio. Muitos pais estavam ali para vera formatura de seus filhos, lancei um olhar para Thea que estava uma fila a minha frente entre os pais e me lançou um sorriso por cima do ombro.

– Já vai acontecer? – Sara perguntou animada.

– Falta pouco para chamarem seu nome. – A informei.

– Se eu não fosse ficar tão nauseada teria trazido pipoca. – Brincou.

– Psiu. – Levei um dedo aos lábios. – Já vão chamar seu nome.

– Você não precisa escutar minha querida, apenas vê. – Disse com malicia. Não me preocupei em responder, pois nesse momento o nome de Oliver foi chamado e ele se ergueu surpreendo a seus pais que ainda não tinha prestado atenção nas vestes do filho, ou no caso a falta delas, não pude evitar sorrir ao observar Oliver cumprimentar o diretor com apenas uma mão enquanto segurava a bola que impedia sua total nudez contra sua região intima, e definitivamente não pude evitar rir quando seu olhar encontrou o meu e piscou antes de jogar a bola em minha direção gerando gritos, tanto de incentivo quanto protesto, eu segurei a bola e me divertir o observando, sabendo que nessa aposta a grande vencedora havia sido eu.


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Notas finais do capítulo

Pronto!! Fic finalizada, espero que tenham gostado, desculpe-me qualquer errinho e espero "vê-los" nos comentários! Xoxo LelahBallu