Entre Exatas e Humanas escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, tudo bom? Então, eu ia atualizar essa fic sábado, mas estou estressada e vou atualizar agora! Rsrsrs... Só que tipo, não deu para revisar justamente porque estou estressada :v Mas se acharem algum erro grotesco me avisem.

PS: Obrigada pelos comentários no capítulo anterior ♥, respondo assim que der ♥



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Entre Exatas e Humanas

Capítulo III:

Tretas nos Quartos.

Quando Shaka voltou para o quarto percebeu que o mesmo estava vazio, ou seja, provavelmente o tal de Ikki havia saído para procastinar por aí com umas garotinhas inocêntes. Essa era a imagem que tinha do leonino. Suspirou, pensando no quanto o outro devia ser irresponsável.

Camus havia decidido ir à uma das bibliotecas da universidade, procurar um tal livro sobre fotossítese e seus afins. Isso porque as aulas iam começar dali uma semana e o francês já começava a estudar; Tinha de ser o nerd mesmo.

Tirou os sapatos e deixou-os na porta, gostava de ficar descalço e sempre o fazia quando estava dentro de casa — considerava aquela pequena edícula como sua própria casa, afinal, estava ali desde que engressara na faculdade — onde não haveria porque repreende-lo por tal mania.

Andou com calma pelos estreiros corredores, sentindo o frio dos azulejos lisos lhe subirem pelos pés delicados e pequenos, parecidos com o de uma menina, como diria Mu. E, depois de pegar algumas bolacheas no porte acima da geladeira que dividia com os outros dois estudantes, resolveu ir para os aposentos terminar de organizar seus queridas roupas.

Quando ia girar a maçaneta para entrar no quarto percebeu que a porta permanecia aberta, o que em sua mente devia ser culpa do japonês irresponsável. Pragejou qualquer coisa em baixo tom, adentrando o local com uma certa irritação nítida em seus olhos azuis.

O lugar, como sempre, não era grande, mas de espaço suficente para os aluno sda instituição, contendo uma cama de solteiro — ocupada pelo louro — e uma beliche — dividida pelo ruivo e pelo moreno — com três mesas de estudos, onde cada um podia depositar seus materiais. Pintado em branco, uma cor completamente neutra para evitar qualquer desagrado. Haviam, por fim, quatro prateleiras para livros, duas ao lado esquerdo e uma ao lado direto do quarto, para que guardassem seus livros. Shaka tinha certeza que isso não daria certo.

Sua única reclamação sobre o espaço vinha do lugar onde deixariam as roupas, duas gavetas na cama para cada um. Qualquer pessoa que desconhecesse acabaria trazendo vestimentas demais e resultando numa bruta falata de lugar para colocá-las, como ele próprio no primeiro ano.

Sorriu com essa lembranças, ser novato nunca seria fácil, muito menos num país em que nem conhecia, ainda por cima sendo estrangeiro. Não sabia o que teria sido de si se não tivesse conhecido Camus, o tímido e sério futuro biólogo com qual contruira uma grande amizade.

Mas bem, isso fazia parte do passado. E seu presente agora era dividir o dorminitório... Com Ikki Amamiya. Não que fosse preonceitusoso ou algo do tipo, mas desde que chegara na Grécia não se dava bem com aqueles que estudavam Física, e isso iria envolver o rapaz de cabelos castanho-escuros.

— É melhor eu ir revisar a matéria do semestre passado e deixar de lado esse garotinho. — resmungou consigo mesmo, dando dois passos em direção à sua mesa de estudos e logo depois voltando, se pondo a ficar a beliche de cima, esta que fazia uma leve sombra na janela, onde se via a silhueta de alguns livros.

Tentou se auto convencer a ir em frente e ignorar, mas a curiosidade acabou vencendo. O que aquele brutamonte podia gostar de ler? Com toda certeza seria algo extremamente erótico e banhado a sexo. Alguém daquele tamanho devia gostar dessas coisas.

E talvez por pensar assi, tamanha foi sua surpresa quando encontrou escritos de Kafka e Poe, alguns livros de romance como O Morro dos Ventos Uivantes, e ainda por cima o reflexivo Pequeno Pricípe. No meio deles, ainda, vinham títulos de ação e suspense, que o indiano nunca imaginaria ver por ali.

— Bem... Parece que eu me engan... — ia comentando ao passar a mão pelas capas dos impressos espalhados pelo colchão, até encontrar uma certa capa cinzenta. — Cinquanta Tons de Cinza? M-mas... Mas o que esse tipo de pornografia faz no meu quarto? Ah, Ikki Amamiya, pelo jeito você é pior do que eu imaginei!

— Algum problema? — Milo perguntou desconfiado ao ver o amigo tocar a orelha num gesto institivo. Arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. — Deve ter alguém falando de você, japonês.

Ikki se viu obrigado a rir das palavras do escorpiano, tanto por não acreditar naquele tipo de coisa, quanto por achar extremamente idiota essa concepção. Só porque sua orelha se encontrava um pouco quente, não queria dizer que falavam de si.

— O corpo fala, Milo, mas não assim. — disse, dando de ombros. — Você precisa para com esse tipo de coisa, grego.

— Não sou obrigado. — o cacheado reclamou fazendo uma careta chateada, resolvendo deixar aquilo de lado, por enquanto. — Agora, quer fazer o favor de me passar os livros de história? — pediu de cima das escadas, enquanto arrumava a prateleira de cima da estante.

Tanto o moreno quanto o louro eram bolsista na grande Deusa da Sabedoria, e como tais precisavam fazer pequenos estágios durante a estadia na universidade, o que não vinha ao caso naquele momento. A biblioteca onde se encontravam era a principal da faculdade, na qual haviam conseguido um emprego temporário durante sua estadia ali; isso graça a Aiolos, irmão mais velho de um amigo em comum.

Ambos gostavam do emprego que lhes fora imposto, era agradável estar em meio à tantos livros durantes seis horas por dia, sem contar que isso acabava por lhes render bem, afinal, ainda tinham contas para pagar. Principalmente o oriental, que ainda tinha a responsabilidade por seu irmão mais novo. Tudo o que Shun precisasse ele devia ter nas mãos.

E por falar no pequeno e tímido colegial, por que ele não tinha ligado como prometera? Num ato comum o leonino conferiu o celular, as mensagens e as ligações perdidas, nenhuma vinda do Amamiya mais jovem. Bem, ele devia estar se divertindo com Seiya, para quê se preocupar?

Se é que havia como não se preocupar sabendo que seu caçulinha estava com aquele sagitariano desmiolado.

— Ele vai ligar, Ikki! — ouviu a voz do amigo ecoar pelo local, voltando-se para onde se encontrava; recostado sobre a escada. — Agora, quer me fazer o favor de passar a porcaria do livro de História? — pediu novamente, mas desta vez entre dentes. O moreno queria mesmo fazê-lo gritar dentro de uma biblioteca?

O estudante de Físisa, por sua vez, resmungou algo como 'Não enche.' e estendeu o livro de capa grossa e desgastada para o outro, chegando a folha amarelada que trazia em mãos e marcando o nome daquele que foi entregue ao grego, registrando que o material estava guardado. Suspirou, sabendo que ainda teria de passar essas informações para o computador.

Voltou ao trabalho com seu celular ao lado quando ouviu o sininho da porta fazer barulho ao ser aberta — qual a necessidade disso? — enquanto algupem entrava. Nem se importou em ver quem era, e isso lhe rendeu um susto quando Milo gritou seu nome.

Levantou-se murmurando um ou dois palavrões ao encaminhar-se para onde o futuro médico desmiolado se encontrava, vendo abaixo dele um certo ruivo muito sério.

— Camus? — franziu o cenho, confuso, tendo a atenção do ruivo sobre si.

— Amamiya? — a pergunto do homem de cabelos rubos soou mas como uma confirmação, o que não só atiçou a curiosidade de Ikki, como também a de Milo.

— Vocês se conhecem? — o escorpiano questionou, interrompendendo. Logo depois, abriu o sorriso mais encantador e sacana que possuía, pulando de cima da escada para parar ao lado do Broussard. — Oi delícia, está livre hoje à tarde?

Após a fala do grego, seguiram-se alguns segundos de um silêncio constrangedor, até que o japonês bateu com a mão na própria testa, sem acreditar na cara-de-pau do louro, opiniãpo que foi compartilhada por Camus, que tentava a todos custo manter-se indiferente, o que era quase impossível depois de um... Pedido fora do comum.

Pigarreou, incomodado. Voltou-se para o moreno, ignorando o que se passara antes. Precisava de material de estudo e não sairia dali sem eles. Com educação, pediu ao oriental que lhe indicasse alguns escritos sobre a matéria que estudaria naquele semestre, assim como algumas indicações de livros. Se ele trabalhava lá — pelo menos era isso que se encontrava escrito em seu crachá de indentificação — devia conhecer títulos interessantes.

E assim se passou, tentando esquecer em vão a voz máscula do louro cara-de-pau.

A noite já caia pelos Campus quando o Amamiya, após passar um tempo em um dos bares com Milo, resolveu voltar para o dormitório. Sentia o cansaço começar a invadir seu corpo forte, isso porque seus estudos se iniciariam na manhã seguinte. Maldito momento em que aceitara sair com o escorpiano — que se dizia carente e ofendido por ter levado um gelo do ruivo —.

Tudo o que desejava agora era tomar um bom banho de ir dormir, já que logo precisaria levantar para aulas e mais aulas. Se bem que o primeiro dia de cada semestre sempre acabava se tornando o mais leve de todos.

Enfiou a chave na fechadura e girou a maçaneta, fechando a porta assim que entrou no local, estranhando o fato de estar tudo silencioso de mais. Deu de ombros, seus colegas deviam estar passeando em algum lugar, sendo pagantes com certeza tinham dinheiro para esbanjar.

E por pensar nisso se surpreendeu ao encontrar Shaka no quarto, sentado em sua cama na posição de Lótus. Estranhou ver o indiano fazer isso, porém nada questinou. Apenas foi até sua gaveta escolher qualquer roupa para vestir quando tomasse banho. E faria examente isso, se a voz desdenhosa do futuro filósofo não o interompesse.

— Por um instante eu pensei que você fosse um bom garoto e que eu estava enganado, Amamiya. — de olhos fechados esperou uma reação que não veio. — Mas, pelo jeito, eu estava certo;

— Não sei do que está falando, senhor Narottam. — o virginiano só podia ser louco, ao menos no ponto de vista do oriental. O que diabos queria dizer com toda aquela pose de eu sou superior seu mero mortal?

— Estou falando de suas leituras eróticas! — finalmente o louro abrira os nítidos olhos azuis, encarando a expressão de descrença por parte de companheiro de quarto. — Por Buda, isso é livro para se trazer pr'uma faculdade seu despravado?

— Você andou xeretanto as minhas coisas? — o moreno perguntou boquiaberto. Que tipo de ousadia era essa? Cadê a privacidade?

— Isso não vem ao caso. — o dono de maidexas douradas se defendeu, não gostando nada de ser chamado de xereta, por mais que fosse a completa verdade; — Você não tem princípios ou noção, Amamiya? Isso não é coisa para uma instituição desse tamanho!

— Já leu Cinquanta Tons de Cinza? — arqueou uma sobrancelha, percebendo que o outro fizera o mesmo, sem entender a pergunta.

— Não.

— Então pare de julgar aquilo que não conhece. — disse por fim, deixando um Shaka irritado sozinho no quarto. Ah, só podia ser brincadeira! Esse ano prometia ser uma bela porcaria!


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Notas finais do capítulo

Não se vocês notaram, mas no capítulo anterior eu citei que o Shura estudar Letras-Tradutor/Turismo, que são da área de humanas e o Milo não implicou com ele. Isso sinceramente foi erro meu porque eu sou idiota e-ê Foi mal :p

Espero que tenham gostado :3 Deixem aí sua opinião >.
Postado 10/06/15



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