Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 20
Richard Michels.


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês viram as notícias que saíram sobre a quarta temporada?! Não foi nada demais, mas pelo que Stephen falou em uma entrevista acho que as coisas não começarão do jeito que queremos. Ele falou que o episódio de estreia será seis meses depois de todo o incidente do final da terceira temporada. Disse também que é a primeira vez que ficou de queixo caído com o que os roteiristas escreveram, ou seja, lá vem bomba! Eu fico de queixo caído com TODOS os episódios. Além disso, parece que a Thea terá problemas com sua vida de heroína. Eu aposto em: As consequências de renascer do poço estão a consumindo e ela está matando em vez de salvar a cidade, sendo esse um dos motivos para Oliver e Felicity voltarem a Starling City, criando a nova identidade do "Arqueiro verde". Pelo que parece terão alguns personagens novos no Team também. A-D-O-R-O! Eu tenho um pouco de medo do que os produtores prepararam (Eles são loucos!). O que acham? Desculpa pela divagação hehehe Com quem mais posso conversar sobre as expectativas, se não com vocês? Estamos todos juntos no sofrimento até dia 7 de outubro! Me digam o que acham que pode acontecer ;) Agora chega de falar sobre isso e vamos ao que interessa, capítulo novo. Pelo título muitas de vocês confirmaram as dúvidas de quem era o grande invasor que é quase tão bom quanto a nossa loira. Inevitável não colocá-lo na história, por mais que eu duvide um pouco dele surgir na quarta temporada da série. Enfim, antes que me esqueça, gostaria de agradecer ao imenso carinho nos comentários. Boa leitura!



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POV OLIVER

Chegamos ao endereço indicado por Felicity. Diggle analisa o perímetro em volta, nos livrando de qualquer emboscada, enquanto eu e Bruce nos separamos para invadirmos por diferentes pontos do edifício. O morcego resolve entrar pelo telhado e opto pela saída de incêndio.

– Há movimentação no terceiro andar. – Ouço a voz de Bruce pelo comunicador e começo a subir os degraus cautelosamente, mas em uma velocidade necessária para capturar nosso alvo. Chego ao segundo andar e resolvo entrar no prédio quando vejo um dispositivo controlar a abertura da janela. Paro na porta de acesso ao terceiro andar e aguardo o retorno do Batman. – Ao meu sinal. – Aperto a mão no arco e assim que Bruce indica, arrombo a porta do apartamento. Ergo a arma em direção ao suspeito de costas para porta. O homem está sentado e parece calmo com a situação, o que me deixa um pouco preocupado. Um barulho ecoa pelo local e rapidamente vejo luzes vermelhas cruzarem meu corpo. Ótimo!

– Parece que enfim conseguiram me localizar. – Sua voz sai grave. – Não achei que fossem conseguir. – Vira a cadeira em minha direção. – Só espero que seu parceiro com habilidades tecnológicas esteja seguro. – Ameaça e travo o maxilar sem me mover.

– Por que está fazendo isso? – Tento ganhar tempo.

– Esse não será um daqueles momentos de filme que eu conto todo o plano para você, então algo dá errado e saio completamente prejudicado, não é? – Debocha e caminha de um lado para o outro no cômodo. – Provavelmente o morcego de Gotham está escondido em algum lugar, esperando a hora exata para invadir a sala, tentando te livrar dos lasers. – Divaga e sorri ao ver que está certo.

– O que você quer? – Opto por mudar a abordagem e o homem se surpreende com a pergunta.

– Nossa, depois de anos, enfim me perguntaram o que eu quero. – Franzo o cenho. – Sabe o que eu realmente quero? – Pergunta com toda a atenção voltada para mim. – Eu quero pagar essa dívida eterna e voltar a minha vida normal. – Suspira pesado e a irritação surge em seu rosto. – Será que tem como seu amigo invadir logo? Não aguento mais esperar. – Instantaneamente, a janela quebra e Laurel invade o local com o grito da Canário. O homem tapa os ouvidos e ri alto quando a contagem regressiva ecoa alto pela sala. 10. 9. Laurel avança até o homem, mas ele a desarma com um dispositivo. 6. O teto cede sob nossas cabeça e Bruce surge em meio as cinzas, pegando das mãos do homem o controle das armas. 3. 2. Os lasers somem e enfim relaxo meu corpo. Caminho até o homem desacordado e checo seus batimentos.

– Isso que é entrada. – Laurel diz para Bruce que sorri.

– Felicity! – A chamo esperando estar com o comunicador ligado. – Conseguimos pegar o responsável pela invasão. Vamos leva-lo para a sala de interrogatório.

[...]

– Parece que se enganou mais cedo. – Laurel debocha quando o homem aperta os olhos retornando a consciência. Tenta se mover brutamente, mas as amarras o impedem.

– Subestimei a capacidade de vocês. – Sorri sínico. – Mas quem garante que não era parte do meu plano? – Eleva uma sobrancelha e o sorriso de Laurel desaparece.

– Ele está blefando. – Bruce entra no cômodo ainda com seu traje. – Pode começar a falar, Richard. – O homem se surpreende ao ser chamado pelo nome e o morcego ergue uma pasta repleta de informações sobre a tal organização. – Achou que era o único com habilidades tecnológicas? – O homem engole seco e não responde.

– Duvido que encontre qualquer rastro de minha existência. – Dá os ombros. – Poucas pessoas possuem a capacidade de invadir meus bloqueios de segurança. – O barulho da tranca chega aos meus ouvidos e Felicity surge em meu campo de visão. O que ela pensa que está fazendo aqui? Cerro os punhos com sua teimosia de querer participar e a impeço de continuar, antes de se revelar para o homem amarrado.

– O que pensa que está fazendo aqui? – Digo ainda com a voz alterada e com os dentes cerrados.

– Eu sou a única com habilidades para conseguir mais informações, preciso ouvir o que ele tem a dizer. – Revira os olhos e justifica com um sorriso forçado nos lábios. Minhas feições não mudam e a loira suspira pesado. – Oliver. – Sussurra e toca meu braço. – Eu vou ficar bem. – Tenta me acalmar, mas em vão. Ela não entende que participando disso, fica totalmente exposta ao perigo por não ter uma identidade que a proteja. Encaro seus olhos pidões e solto o ar sabendo que não ganharei a discussão. Seu sorriso aumenta e enfim caminha em direção ao homem. Sigo seus passos e me surpreendo com a reação de Richard ao vê-la entrar no local. O homem que antes rebatia a discussão com Bruce, cessa as palavras e fita Felicity por completo. Provavelmente por ser a única sem um traje apropriado.

– Não pode ser. – Diz baixo e ninguém parece entender seu comportamento, inclusive Felicity.

– Pode começar a falar qual a real intenção dessa organização, Sr. Michels. – A loira diz analisando seu tablet calmamente. Como ela consegue ser educada em um interrogatório? A sala permanece em silêncio e bufo sem paciência.

– Não imaginei que fosse vê-la novamente. – O homem diz antes que pudesse fazer algo para persuadi-lo a falar. Felicity franze o cenho e olha para mim sem entender. – Quer dizer, sonhei milhões de vezes com esse momento, mas nunca imaginei que seria nessas circunstâncias. – O homem divaga e enfim perco a paciência com seu deboche. Pego uma de minhas flechas e a aproximo de seu pescoço.

– Faça o que ela pediu. – Ameaço com a voz ainda modificada e o vejo engolir seco.

– Há aproximadamente 20 anos atrás existia uma organização internacional, que tinha como objetivo obter o controle através do terrorismo e manipulação política, instalando o medo e exercendo a ditadura. Com o passar dos anos, essa organização perdeu força ao tempo que as pessoas não aceitaram essa opressão. Porém, um dos membros mais jovens dessa organização não se contentou com a derrota e fundou outra organização maior e mais violenta, que explorava os meus objetivos, a H.I.V.E. Depois de anos recrutando seu exército, ele resolveu enfim colocar em prática seus ideais, chegando a situação atual. Começou a atacando as cidades protegidas por aqueles que espalhavam esperança e transmitiam a ideia de segurança, os vigilantes. – Traz os olhos até mim. – Gotham e Starling City são apenas o começo de uma guerra. – Desbafa e todos na sala se olham chocados com a história.

– Quem é o grande controlador da organização? – Richard fica inquieto ao ser questionado. – Eu te fiz uma pergunta! – O morcego eleva a voz. O homem que antes encarava o chão traz o olhar em minha direção.

– Damian Dark. – Meu coração para ao ouvi-lo pronunciar esse nome e sinto meu corpo todo estremecer. Damian Dark? O grande inimigo de Ra’s Al Ghul? Olho para Felicity e Laurel chocadas, provavelmente com os mesmos pensamentos. Se até mesmo o líder da Liga dos Assassinos temia à ele, isso significa que estamos diante de uma grande ameaça. A situação é pior do que esperávamos.

– Como foi capaz de se envolver nisso?! – Laurel se exalta. – Que tipo de pessoa faz parte de uma organização com objetivo de instaurar o caos no mundo? – Debocha furiosa e Richard aperta os olhos com força.

– Na mesma época que essa organização surgiu, eu trabalhava no setor tecnológico de uma grande empresa em Central City. Meu chefe era a pessoa mais jovem ao assumir uma multinacional de sucesso e a empresa auxiliava a cidade em diversas maneiras, sempre em parceria com a prefeitura. – Olha para Laurel. - Sempre fui muito dedicado ao meu trabalho e me lembro de faltar apenas uma vez em 25 anos de contribuição, porque minha filha quebrou o braço e optei por ficar com ela. – Volta a encarar o nada. - Depois que ela se recuperou, voltei a trabalhar e para recompensar esse tempo ausente, ficava depois do expediente realizando minhas funções. Até que um dia, presenciei uma cena peculiar de meu chefe conversando com um dos responsáveis dessa organização, que na época era um criminoso procurado. A situação me deixou desconfiado e comecei a pesquisar mais sobre, até que descobri que meu chefe estava envolvido com um grande esquema de corrupção. – Faz uma pausa e passa a mão pelo rosto. – Uma noite resolvi confronta-lo dizendo que o entregaria para polícia. Eu só não esperava que ele fosse revidar, ameaçando minha família. – Ergue a cabeça e olha para Felicity com os olhos marejados. – Naquela mesma noite fui obrigado a partir, abandonando quem mais amava, com a promessa de que em alguns anos poderia voltar para casa se cumprisse meus deveres com a organização. – Olho para Felicity e a mesma está sem reação. Seu corpo está todo tenso e suas feições são indecifráveis. – Você colou adesivos em todo o seu gesso, porque não queria que seus colegas assinassem. – Meu coração falha uma batida e enfim compreendo a situação. Será mesmo que o que estou pensando é verdade? Esse homem diante de nós, é mesmo o pai de Felicity? Desperto de meus devaneios quando ouço a porta da sala fechar com força. Procuro por Felicity e não a encontro, suspiro frustrado imaginando o quanto como ela está com tamanha revelação. Respiro fundo tentando acalmar meus batimentos e opto deixa-la sozinha. Um pigarreio alto de Bruce ecoa pelo local e volto a interrogar meu pseudo-sogro.


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Notas finais do capítulo

Boqueio mil para escrever esse capítulo. Na verdade, a ideia estava na cachola e não sabia como passa-la para o papel. Não postei ontem, porque escrevi e reescrevi umas mil vezes até chegar a isso. Não estou completamente feliz com o resultado, mas foi o melhor que pude fazer em dois dias. Não posso deixar de agradecer as meninas do grupo pelo apoio e a linda luna_lovegood por me ajudar na escrita. Vocês são demais! Enfim, espero que tenham gostado da grande revelação. Não deixem de comentar. Beijinhos e até breve!