Depois do almoço agradável que o casal teve , eles voltaram para a empresa e já planejando ver o pai de Kate quando terminassem. Passaram o resto da tarde vendo os papeis de economia, mas tudo com um clima mais leve. Depois do almoço, das declarações de amor e de reatarem o romance, seus sorrisos não saiam mais de suas bocas e suas bocas não saiam mais de uma da outra. Os olhares que trocavam já tinham algo mais, já demonstravam a mudança que estava acontecendo.

A tarde não poderia está melhor, tirando Johanna que ligava a cada minuto para saber que horas Kate iria para o hospital para ver Jim e ainda a infernizava falando que não poderia perder o profissionalismo com Rick, que apesar de tirem tido algo no passado, o trabalho vinha em primeiro lugar no momento.

Rick: O que ela acha que estamos fazendo?

Kate: O que você acha? – Ela desligou a ligação da mãe.

Rick: Hum... Deixe-me pensar. – Ele rodeou a mesa e abraçou Kate por trás lhe dando um beijo no pescoço. – Fazendo o que sabemos de melhor.

Kate: E isso seria? – Ela se virou já passando seus braços sobre o pescoço dele.

Rick: Você sabe. É algo que a ciência todo dia tem uma explicação diferente.

Kate: Serio? E o que a ciência diz?

Rick: Eu mostro pra você.

Kate ficou olhando para os olhos de Rick enquanto ele a empurrava em direção a mesa colocando-a sentada sobre a mesma. Subiu uma de suas mãos que estavam sobre a cintura dela para o cabelo e os segurou firme enquanto aproximava seus rostos.

Kate: Rick... Não... – Ela queria sair, ainda estavam na empresa e não podiam fazer aquilo. Ela queria sair, mas não podia. Sentia falta do toque de seu amado, tanto que a mão dele que estava em sua cintura quando buscou a pele por baixo da blusa que vestia, fez com que seu corpo se arrepiasse e seus lábios buscarem os dele. Como ela havia sentindo falta daquele toque, daqueles beijos, tudo ainda parecia um sonho.

Rick: Kate, trabalho. – Ele disse apenas para provoca-la, sabia que quando atiçado o desejo de Kate, era quase impossível parar. Sabia pois quando namoraram era algo que eles faziam sempre. – Temos que parar.

Kate: Você não é nem louco – Ela terminou a distancia entre suas bocas e logo procurou a língua de Rick num movimento um tanto quanto feroz. Ele demorou um pouco para retomar o controle da situação, mas quando retomou suas mãos a puxaram para mais perto deixando seus corpos colados. Sentia Kate puxar seu cabelo e apertar seu ombro durante o beijo, o que poderia ser doloroso se ele não tivesse perdido no gosto dos lábios dela sobre os seus.

Rick: Isso foi bom. – Ele disse depois que se separaram em busca de ar. – Ainda sei um de seus pontos fracos.

Kate: Que bom que não esqueceu. – Ela aproximou suas testas e eles permaneceram assim ate que se recuperassem do beijo para Rick poder leva-la para o hospital.

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Quando entraram no hospital estavam de mãos dadas e sorrindo, sim, o sorriso não saia de seus lábios. Antes de entrarem na parte em que estava Johanna soltaram as mãos e Kate se despediu de Rick, ele a esperaria na entrada do Hospital.

Kate: Mamãe.

Johanna: Ei Kate. Como foi com o Rick?

Kate: Tudo muito bom, estávamos vendo os papeis da empresa e calculando o que poderíamos fazer para ajudar.

Johanna: Hum, e vocês não perderam o profissionalismo durante o trabalho?

Kate: Em nenhum momento. – Ela tentou sorrir discretamente, mas sua mãe viu.

Johanna: Tem certeza? Não há nada que você queira me contar?

Antes de Kate responder um médico se aproximou e pediu a presença da família Beckett em sua sala. Pelo tom que ele usou Kate logo pode perceber que não viriam noticias boas.

Médico: Sentem-se, por favor.

Johanna: Não obrigada, pode falar doutor. – Pelo jeito não havia sido somente Kate que entenderá o tom dele.

Médico: Bom, as noticias que tenho não são muito boas. O senhor Jim durante a tarde foi submetido a novos exames e foi comprovado que está com pneumonia por aspiração;

Kate: Desculpe doutor, mas pneumonia?

Médico: Sim, esse é um fato muito comum em pacientes como o senhor Beckett, devido a limitação do sistema imunológico, o paciente acaba aspirando seus próprios fluidos, sejam eles secreções e/ou líquidos estomacais, fazendo com que o mesmo se aloje no pulmão.

Johanna: E o que podemos fazer para reverter este caso? – Ela segurava a mão de Kate com toda força que tinha para o momento. Perder seu marido era a última coisa que passava pela sua mente.

Médico: Ele terá que se submeter a alguns tratamentos, não apenas para o AVC mas também para a pneumonia, teremos que intervir com antibióticos fortes E devo dizer que esses tratamentos são um agravante por ele já estar debilitado.

Kate: Dr, não importa o que precise ser feito, faça tudo para salvar meu pai. Dinheiro não é problema.

Médico: Senhorita, só preciso que entenda que a questão não é dinheiro e sim a maneira que o metabolismo do seu pai irá reagir.

Johanna: Jim é forte ele irá aguentar.

Kate: não poupe esforços doutor.

Médico: não pouparemos.

Kate: Agora posso ver meu pai?

Médico: Sim. Creio que a senhorita sabe onde é o quarto, só saiba que ele está em coma induzido.

Kate se apressou em sair da sala antes que chorasse. Se ela perdesse seu pai, nem Rick conseguiria calma sua dor.

Entrou no quarto em que Jim estava e o encontrou dormindo, melhor, assim ela poderia chorar sem que preocupasse seu pai. Aproximou-se da cama e se sentou na cadeira que estava ao lado, possivelmente usada por Johanna, segurou nas mãos dele e deixou as lágrimas saírem de seus olhos.

Ela não saberia explicar o que estava sentindo no momento, seu peito doía e sua mente se fazia longe. Seu dia estava tão bom, tão suave, tão romântico, ate que chegou ao hospital. Ela só queria sumir. Encontrar um abrigo e descansar de tudo que estava acontecendo.

Sua vida estava mudando num piscar olhos e ela não estava conseguindo suportar. Mas tinha. Tinha que suportar por sua mãe, tinha que ser forte pelas duas.

Kate: Papai, eu te amo. Melhore logo porque quero lhe contar o que está acontecendo comigo. Lembra-se do Rick? Aquele que conheci enquanto estive fora? Então, o reencontrei. E adivinhe, ele esta salvando nossa empresa. Nunca pensei que eu pudesse dizer isso mas, quero que você conheça ele, conheça meu namorado. – Ela secou as lágrimas que ainda insistiam em descer sobre seu rosto e beijou a testa do pai. – Melhore logo. Mamãe precisa do senhor. Eu preciso.

Ela saiu da sala antes que voltasse a chorar. Procurou por sua mãe e disse que estava indo para casa, Johanna ainda disse que poderia ir, mas Kate mentiu dizendo que queria ficar sozinha.

Ela não queria que sua mãe visse suas lágrimas ou tentasse carregar sua dor, ou que qualquer outra pessoa carregasse. Ela só precisava de uns braços para lhe abraçar e um peito para descansar, e só uma pessoa poderia lhe dá isso.

Kate ( ligando para Rick): você ainda está no hospital?

Rick: vim até uma cafeteria, você já saiu?

Kate: Rick, eu preciso de você aqui comigo agora.

Rick: Estou a caminho.

Kate: estou te esperando do lado de fora.

Kate sentou-se no banco que havia ali e deixou as lagrimas caírem por seu rosto, seu corpo estava tremulo e seu coração em pedaços, tudo que ela gostaria de ouvir naquele dia era que seu pai estava melhorando, saber desse agravante, fez com que seu coração ficasse em pedaços, chorava como uma criança, só Rick poderia entender ela naquele momento, sentiu a presença dele e deixou-se ser abraçada, em meio a soluços e muito choro ela explicou a situação a ele e ele a amparou não somente com seu ombro, mas com palavras de conforte e de ânimo.

Kate: Rick, por favor me tire daqui, eu quero ficar longe desse hospital.